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A Escola e os tipos de Inclusão Copia

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A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO
Resumo
A Lesão cerebral, conhecida como paralisia cerebral, é uma lesão que ocorre no cérebro e por consequência gera várias deficiências dentre elas a deficiência motora. Sendo assim quando falamos de uma criança que teve paralisia cerebral, logo nos remete a uma deficiência motora ocasionada por essa lesão no cérebro, quando este ainda não estava completamente desenvolvido. É bom ressaltar que a paralisia cerebral não é doença, e sim uma condição especial, que ocorre com algumas crianças, durante ou logo após o parto, na maioria das vezes por falta de oxigenação no cérebro. Deste modo, é bom entender que seus efeitos variam de pessoa para pessoa, desde casos mais leves até casos severos. O Aluno Entrevistado possui sua condição motora comprometida, revelou que é resultado de uma lesão cerebral na gestação. A proposta da escola inclusiva, se inicia dentro da família, pois a mesma deve estar disposta a buscar seus direitos.
Palavras-chave: Deficiência física. Paralisia cerebral. Inclusão.
 A deficiência física se refere a um comprometimento do aparelho locomotor que automaticamente compromete o sistema muscular como também o sistema nervoso. As doenças ou lesões que são provenientes desses sistemas, podem contribuir para quadros de limitações físicas com gravidade variáveis e graus diferenciados. 
Nesse caso específico, vamos concentrar na lesão cerebral, conhecida como paralisia cerebral, a qual pode ser proveniente de algumas situações como: por prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, rubéola, toxoplasmose, trauma de parto e subnutrição. 
	Alguns sinais de alerta são importantes serem observados para que sejam feitos diagnósticos, e esses possam ser utilizados como forma de amenizar as sequelas que possam ficar. Os sinais são: de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, como não firmar a cabeça, não sentar, não falar no tempo esperado. Perda ou alteração dos movimentos da força muscular ou da sensibilidade em membros superiores ou inferiores, etc. Contudo é de extrema importância que sejam observados esses sinais e qualquer tipo de alteração e dessa maneira se faz necessário buscar auxilio de profissionais.
	Dessa maneira, Bobath (BOBATH, 1984, p.1) conceitua paralisia cerebral como,
 	uma desordem do movimento e da postura devido a um defeito ou lesão do cérebro imaturo(...) A lesão cerebral não é progressiva e provoca debilitação variável na coordenação da ação muscular, com resultante incapacidade da criança em manter posturas e realizar movimentos normais. Esta deficiência motora central está frequentemente associada a problemas de fala, visão e audição, com vários tipos de distúrbios da percepção, um certo grau de retardo mental e/ou epilepsia. (BOBATH, 1984, p.1). 
 Fazendo uma análise simplista e de fácil entendimento, podemos dizer que a paralisia cerebral, é uma lesão que ocorre no cérebro e por consequência gera uma deficiência motora. Por este motivo, quando falamos de uma criança que teve paralisia cerebral, logo nos remete a uma deficiência motora ocasionada por uma lesão no cérebro, quando este ainda não estava completamente desenvolvido. Mas cabe lembrar aqui que ao usarmos o termo Paralisia cerebral, não significa dizer que o cérebro ficou paralisado e sim foi uma lesão em um determinado lugar especifico do mesmo.
É de grande valia ressaltar que a paralisia cerebral não é doença, e sim uma condição especial que ocorre com algumas crianças durante ou logo após o parto, na maioria das vezes, por falta de oxigenação no cérebro. Contudo, é bom entender que seus efeitos variam de pessoa para pessoa, desde casos mais leves até casos severos. Hoje em dia se tem uma classificação por tipo clínico, que é uma tentativa de especificar a alteração que cada criança apresenta: Espástica, a criança é muito dura, por isso, seus movimentos são mais lentos. Cabe ressaltar que é o tipo mais comum: Extrapiramidal, a criança produz movimentos indesejáveis e involuntários. Atáxico, a criança tem dificuldade de manter uma postura parada, é um tipo mais raro.
O Aluno Entrevistado e sua família, dispuseram-se do seu tempo para um bate papo informal sobre a necessidade especial que o aluno possui em relação a sua condição motora. Os mesmos revelaram que esta é resultado de uma lesão cerebral sofrida na sua gestação, possivelmente, por uma má oxigenação do cérebro. 
Após observarem alguns sinais de alerta, procuraram profissionais da área e chegaram ao diagnóstico da lesão cerebral. Inicialmente, o aluno entrevistado frequentou uma escola especial, pois a dificuldade motora era grande. O mesmo se locomovia em uma cadeira de rodas, e seus movimentos eram bem travados. Com a busca de auxilio no tratamento, com fisioterapias e psicomotricidades dentre outros, o mesmo começou a reagir bem. Hoje atualmente o mesmo não usa cadeira de rodas e sim muletas para a sua locomoção.
Em relação a educação inclusiva, os mesmos relataram uma dificuldade, pois não conseguiam vaga para o aluno frequentar uma escola regular. Eles tiveram que recorrer ao núcleo de educação para assim conseguir a vaga.
 Após ingressar na escola regular, relata que foi muito bem recebido e que os professores ajudavam de acordo com o que estava ao alcance de cada um. Pelo fato da sua dificuldade motora, seu processo de registrar o conteúdo foi mais lento, e encontrou alguns obstáculos. 
Nesse momento, a família buscou uma avaliação de uma profissional na área da terapia ocupacional, da qual descobriu que, com o uso de um computador o aluno seria mais ágil. A partir daí foi que o aluno começou a registrar tudo tendo o computador como um facilitador da aprendizagem. 
Hoje o aluno está concluindo o terceiro ano do ensino médio. Tem suas potencialidades cognitivas bem desenvolvida, como também a motora que evoluiu muito. Percebe-se que o mesmo possui potencialidades de cursar uma universidade no futuro. Dentro da sua visão acredita que os professores deveriam receber um preparo e uma formação digna, para poder lidar melhor com a inclusão, da qual hoje cada dia está presente na escola pública e regular, pois segundo ele, apenas a estrutura física do ambiente não é inclusão por inteiro. 
A escola na qual o aluno se encontra, possui uma estrutura física que não deixa a desejarem nada para alunos com deficiência motora, tanto que, só nos últimos três anos, três alunos com deficiência motora concluíram o Ensino Médio. 
A proposta de uma escola inclusiva, se inicia dentro da família primeiramente, pois a mesma deve estar disposta a buscar seus direitos. É de extrema importância a locomoção deste aluno até a escola, seja com transporte escolar particular, como também o transporte público. E se a locomoção for a pé, a caçada deve possuir mínimas condições. O ambiente escolar deve ter estrutura que possibilite acessibilidade e locomoção no ambiente, e até em sala de aula ter carteiras próprias para o aluno.
Pensando na questão pedagógica, é de extrema importância a conscientização dos colegas seja de sala, como também do colégio, para que eles possam entender as necessidades que este aluno precisa. E por fim, é claro, conversar com os professores, pois na maioria não tem conhecimento de como trabalhar com este aluno. Cabe então ao setor pedagógico e os professores da sala multifuncional orientar e dar algumas sugestões que possam contribuir para a aprendizagem deste aluno, contribuindo para efetivação da inclusão. 
Primeiramente, é necessário tentar atingir este aluno, tanto afetivamente quanto emocionalmente. Isso pode ocorrer através de uma conversa formal ou informal. Analisando assim o melhor caminho a percorrer é explicar a importância de persistir na realização tarefas e trabalhos por maiores que sejam as dificuldades apresentadas, proporcionando um ambiente positivo onde aconteça a assimilação e compreensão dos conteúdos.
Em todas as situações próprias ao desenvolvimento e à aprendizagem da criança na sala de aulae na escola, o aluno com comprometimentos motores deverá receber a atenção necessária para que possa delas participar, dentro das suas possibilidades e com o seu jeito de atuar. Dessa forma, tendo as mesmas oportunidades de participação e de execução, a criança se sentirá valorizada e estimulada, desenvolvendo sua auto-estima e, pelas experiências e oportunidades de interação social, terá condições de formar as estruturas mentais básicas para aprendizagem. (GODÓI, 2006, P.68)
Estimular o desenvolvimento das habilidades psicomotoras, habilidades sensoriais, a flexibilidade de pensamento, analise e crítica baseando-se em sua capacidade de expressão. Utilizar sempre que possível ferramenta diferenciada, como a manipulação de computador, encartes, jogos dentre outros. 
Portanto o objetivo é promover e favorecer a aprendizagem visando um desenvolvimento global, valorizando habilidades, competências, avanços, resgatando a autoestima, buscando seu crescimento educacional desenvolvimento afetivo, emocional e social.
Referências
LEITE, J. M. R. S.; PRADO, GF do. Paralisia cerebral: aspectos fisioterapêuticos e clínicos. Revista Neurociências, v. 12, n. 1, p. 41-45, 2004. 
GOMES, Claudia; BARBOSA, Altemir José Gonçalves. Inclusão escolar do portador de paralisia cerebral&58; atitudes de professores do ensino fundamental Inclusion of individuals with cerebral palsy in school&58; elementary school teachers' attitudes. Revista Brasileira de educação especial, v. 12, n. 1, p. 85-100, 2006. Disponível em: http://www.ingentaconnect.com/content/doaj/14136538/2006/00000012/00000001/art00007 acesso em 15 maio 2018.
ROTTA, Newra Tellechea. Paralisia cerebral: novas perspectivas terapêuticas. Jornal de pediatria. Vol. 78, suppl. 1 (2002), p. S48-S54, 2002. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/54628 acesso em 15 maio 2018. 
BOBATH, K. Uma base neurofisiológica para o tratamento da paralisia cerebral. 2ª e d. São Paulo, Manole, 1984.
Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização: deficiência física. [4. ed.] / elaboração profª Ana Maria de Godói – Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD... [et al.]. – Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. 98 p.: il.
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