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DIVÓRCIO, SEPARAÇÃO E A ALIENAÇÃO PARENTAL NAS VAS DE FAMÍLIA. FAMÍLIA A família é considerada a base de uma sociedade e o primeiro grupo social do qual todos fazem parte e é a partir dela que começamos a criar nossa identidade. O padrão familiar vem evoluindo de acordo com os anos, portanto aquela imagem de pai que trabalha fora para prover o sustento da família e da mãe com funções exclusivas de cuidado com a casa e educação dos filho, já não existe mais, assim como o casamento duradouro. Portanto, os pais passaram a ser mais participativos na vida e criação dos filhos e as mães migraram para o mercado de trabalho, a procura de uma carreira. A partir disso, os modelos os modelos familiares também passaram por mudanças e os direitos e deveres desses pais se tornaram iguais para como os filhos. Todos os padrões familiares tem seus direitos garantidos de acordo com a Constituição Federal: Família matrimonial – originada pelo casamento civil, prevista no art. 1514 CC. Família informal – formada por meio da união estável, prevista nos artigos 1723 CC e seguintes e no art. 226, p. 3º CF/88. Família monoparental – prevista no § 4º do art. 226 CF/88, se refere à mãe solteira ou pai solteiro + filhos. Família homo afetiva – reconhecida pelo STJ por analogia em 2007. Reconhecida pelo STF em 2012; Família socioafetiva – reconhecimento jurisprudencial e se justifica pelo elemento afeto. Princípio da isonomia entre filhos – art. 227, p. 6º CF/88. Antes da CF/88 havia diferenças entre filhos legítimos, filhos adotados e filhos fora do casamento. A partir da CF/88 todos os filhos têm os mesmos direitos e qualificações. Art. 1596 e 1799, CC e p. 4º do art. 1800 CC. SEPARAÇÃO JUDICIAL a separação judicial é um instituto do direito da família que viabiliza a cessação do vinculo conjugal. Ate meados de 1977, por conta da grande influencia religiosa (principalmente Católica) no país, o casamento extinguia-se somente após a morte de um dos cônjuges. Com a Constituição Federal de 88, o divorcio passa a depender da prévia separação judicial, tendo como requisito 1 ano de separação judicial e 2 para a separação de fato. Requisito esse que já não temais valia alguma. O Artigo 1571, III da Lei no 10.406 de 10/01/02, exemplifica o termino deste casamento a partir da separação conjugal § 1°O casamento válido se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divorcio. § 2° Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrario a sentença de separação judicial. Art. 1.572. Qualquer outro cônjuge poderá se propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum. § 1°A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição. Podendo ser feita de duas formas: Consensual: O contrato de casamento é desfeito em comum acordo. Logo, os conflitos entre as partes são resolvidos antes da ida ao judiciário. CC - Lei no 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 - Do Casamento Art. 1.574. Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção. Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges. Litigioso: Ocorre quando um dos cônjuges não deseja a separação ou não concorda com seus termos e quer discutir sobre algum item (por exemplo, a pensão alimentícia, a guarda dos filhos e/ou partilha dos bens). Por isso é necessária a mediação do juiz. Nesse caso um dos cônjuges precisa provar que: 1- O outro violou gravemente os deveres do casamento, tornando insuportável a vida dos dois. Pode ocorrer por: adultério, tentativa de morte, maus tratos, agressões físicas ou morais; falta de assistência mútua; falta de sustento, guarda e educação dos filhos; 2- Já não vivem como casados há mais de um ano consecutivo e não há chance reconciliação 3- Qualquer outra causa que o juiz possa considerar como violação do casamento. Não obstante a separação judicial, findar a sociedade conjugal mantém o vinculo matrimonial, dispensando assim os cônjuges do deveres do casamento de coabitação e fidelidade Art. 1.566, I e II: Com a separação, há cinco questões que terão que ser definidas pelo casal: Pensão alimentícia, Partilha dos bens; Guarda dos filhos; Visita dos filhos; Manutenção ou não do nome de casada pela mulher. Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. §6° O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. Pode-se concluir através dessa ementa que os casais podem se divorciar sem pedir a separação judicial na forma da lei, não possuindo mais a questão de tempo. Mas isso não quer dizer que a separação judicial foi extinta, ela ainda existe e está em vigor, portanto o casal pode escolher se querem a separação judicial antes do casamento. DIVÓRCIO O divórcio é qualquer tipo de separação ou rompimento entre coisas e/ou pessoas. Podendo ser realizado de forma judicial e extrajudicial, para que haja o divorcio é necessário que as partes forneça documentos como: certidão de casamento, certidão de nascimento dos filhos (se houver), copias dos documento (RG e CPF) dos cônjuges, documentos dos imóveis e documentos dos automóveis. Divórcio Judicial Consensual - A Lei 11.441/07 autorizou a realização de divocios consensuais em cartórios, onde o único requisito é que o casal não tenha filhos menores ou incapazes, pois nestes casos, os mesmos terão de passa pelo juizado. Divórcio Judicial Litigioso – Ocorre quando não há um acordo entre as parte, sobre determinado ponto a ser discutido no divorcio ou quando uma das partes não pertence aceitar esse divórcio. Nesse casos, é necessário que cada parte tenha o seu advogado. Divórcio Extrajudicial - É necessário que ambas as partes procure um único advogado, para que o mesmo elabore o pedido de divorcio com detalhes de todo o acerto patrimonial do casal, encaminhando tal pedido ao cartório. Posteriormente, basta que o casal compareça ao Tabelionato de Notas, acompanhados de se advogado para a assinatura da escritura publica de divórcio. A ALIENAÇAO PARENTAL – LEI N° 12.318/2010 Dentro da esfera jurídica, com os crescentes números de divórcios e separações, é necessária a intervenção do direito da família, como órgão indisponível, que objetiva a proteção do menor , tendo como suporte a figura do psicólogo jurídico em temas conflituosos desses processos judiciais, como a disputa de guarda dos filhos e suspeita da alienação parental. Segundo a Lei n° 12.318 - art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. A partir da comprovação de casos de alienação o juiz poderá prever sanções, todas previstas nos incisos do art. 6º da Lei nº 12.318, como: Multa estipulada ao alienador; Advertência aplicada no regime de convivência, ampliando esse regime a favor do genitor alienado; Determinas acompanhamento psicológico; Inversão de guarda; Suspensão da autoridade paternal. SINDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL A Alienação parental foi o termo criado na década de 80 pelo Doutor Richard A. Gardner, psiquiatra americano, que após alguns anos de pesquisa classificou-a como Síndrome da Alienação Parental (SAP), definindo-a como forma de abuso emocional que pode ocasionar outros transtornos psiquiátricos, geralmente iniciados após um processo de separação conjugal, ondeo genitor ou guardião passa a desqualificar o outro com o intuito de afastar aquela criança e destruir os vínculos afetivos existentes entre ambos . É portanto, a desconstrução da figura paternal de um dos genitores da criança (desmoralização desse genitor, classificada com “lavagem cerebral, por Gardner), com o intuito de manipular a criança a afasta-lo de seu convívio, por considera-lo um estranho. O termo PATOLOGIA, recentemente foi relacionado a SAP, quando a mesma não recebe seu devido tratamento, causando danos irreversíveis aos envolvidos. Manifesta-se a sociopatia, onde o único objetivo é causar danos a parte contraria, colocando seu objetivo acima ao amor próprio e ao próprio filho. Dentro da SAP temos: GENITOR 1 – ALIENADOR (objetiva excluir o outro) GENITOR 2 – ALIENADO (alvo da alienação) FILHOS: crianças/adolescentes – (principais vitimas da alienação) CARACTERISTICAS ALIENADOR – Exclusão do genitor alienado: Tomar decisões importantes sobre a vida dos filhos, sem consultar o outro genitor; Transmitir seu desagrado diante do contentamento externado pela criança em estar com o outro genitor. Interferir nas visitas: Controlar excessivamente os horários de visita; Não permitir que a criança enteja com o genitor. Atacar a relação entre filho(s) e o genitor alienado: Obrigar a criança a optar entre a mãe ou o pai, fazendo-a tomar partido no conflito; Recordar a criança, com insistência, motivos ou fatos ocorridos que levam ao estranhamento com o outro genitor. Denegrir a imagem do genitor alienado: Sugerir a criança que o outro genitor é perigoso; Emitir falsas acusações de abuso sexual e o uso de álcool e drogas. CRIANÇA/ADOLESCENTE ALIENADO – apresenta: Recusa a dar atenção, visitar ou se comunicar com o outro genitor e sua família; Temor a desobedecer o genitor alienador por medo de ser abandonado. DANOS FUTUROS - para a criança/adolescente: Depressão crônica; Inclinações ao uso abusivo de álcool e drogas.
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