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PRÁTICA 2 – PADRONIZAÇÃO DO MATERIAL DESINTEGRADO 
 
PARTE 1 
 
1) Para o pó obtido a partir da matéria-prima desintegrada, o produto está de acordo com o 
solicitado/ prove matematicamente e justifique. Caso não esteja, como poderia resolver o 
problema? 
Para se obter pó moderadamente grosso as partículas devem passar totalmente pelo tamis 
com abertura nominal de malha de 710µm e, no máximo, 40% pelo tamis com abertura 
nominal de malha de 250µm. 
Então, pode-se concluir que não obtivemos o pó de tamanho desejado, pois apenas 
50,21% das partículas passaram pelo tamis de abertura 710µm, o que significa que o pó 
provavelmente se enquadra na descrição de pó grosso, que são aquelas cujas partículas 
passam totalmente pelo tamis de abertura nominal de malha 1,70mm e, no máximo, 40% pelo 
tamis com abertura de malha 355µm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Indique como otimizar a produção a partir das folhas até obtenção do pó: 
 O processo seria otimizado se fosse utilizado o aparelho adequado, que seria o moinho 
de facas. Esse equipamento é mais aconselhado por se tratar de lâminas que giram, cortando 
as partículas que chegam até elas. É utilizado para materiais fibrosos de origem vegetal e 
animal. 
 
3) Escreva Procedimento Operacional Padrão (POP) de tamisação, classificando o produto 
obtido segundo a Farmacopeia Brasileira e de acordo com o solicitado. 
Pesar de 25 a 100 g de amostra; 
 Montar os tamises composto por tampa, Em ordem: tamis de abertura de 710 µm, tamis de 
abertura de 250 µm e coletor; 
Tamis Massa (g) % obtida 
710µm 12,06 49,79 
250µm 8,45 34,89 
Coletor 3,71 15,32 
Somatório 24,22 100 
 Inserir a amostra pesada aos tamises; 
 Com os tamises tampados, proceder com a tamisação, agitando o conjunto em movimentos 
horizontais rotativos e movimentos verticais; 
Verificar a pequenos intervalos de tempos se a operação foi concluída; 
Proceder com a tamisação por 20 minutos ou até que a operação esteja completa; 
 Recolha as frações de amostras em sacos plásticos previamente tarados; 
Pese cada uma das frações obtidas; 
Calcule a percentagem de amostra retida em cada fração obtida; 
Caso haja amostra retida no tamis de 710 µm, realize uma nova operação de desintegração; 
 Caso não haja amostra retida no tamis de 710 µm e haja até 40% de amostra retida no tamis 
de 250 µm, sua amostra é classificada como pó moderadamente grosso. 
 
PARTE 2 
 
4) Determine o diâmetro médio do pó desconhecido: 
Abertura Tamis Massa (g) % Pó Retido % x AT 
1,7 mm 0 0 0 
710 µm 12 42,63 30267,3 
355 µm 9,3 33,04 11715,0 
180 µm 4,93 17,51 3151,8 
125 µm 1,92 6,82 852,5 
 28,15 g 100 % 45986,6 
 
Diâmetro médio do pó: 459,87 µm 
 
5) É possível classificar o pó obtido? Justifique a resposta. 
De acordo com o tamanho da partícula obtida classificaríamos o pó em moderadamente 
grosso, porém não atende as especificações de passagem máxima de 40% pelo tamis de 250 
µm. 
 
GERAL 
 
6) Comente quanto à segurança em relação ao operador e ambiente e construa mapa de risco: 
RISCOS FÍSICOS: a utilização de alguns moinhos gera ruídos excessivos (principalmente 
moinho de facas); vibrações durante o manuseio (tamis e moinhos de superfícies planares); 
ambiente levemente úmido. 
RISCOS QUÍMICOS: encontrado em todos os equipamentos usados devido a formação de 
poeiras, névoas e vapores. 
RISCOS BIOLÓGICOS: devido a pouca ventilação, pode haver formação de fungos e 
outros micro-organismos nos materiais. 
RISCOS ERGONÔMICOS: equipamentos colocados em lugares que exigiram uma postura 
diferente para manuseá-lo (moinho de bolas no chão); grande esforço físico com os 
equipamentos. 
RISCOS MECÂNICOS: pouco espaço no local podendo levar a batidas, degraus elevados e 
mal localizados. 
 
MAPA DE RISCO 
 
 
 
7) Quais os pontos da Legislação (RDC Nº 67/2007) que podem ser relacionados com as 
práticas desenvolvidas? 
O regulamento técnico que institui as boas práticas de manipulação em farmácia 
contém os requisitos mínimos exigidos às farmácias para o exercício das atividades de 
manipulação de preparações magistrais e oficinais. 
 ANEXO I, Boas Práticas de Manipulação em Farmácias, estabelece para as farmácias 
os requisitos mínimos para a aquisição e controle de qualidade da matéria-prima, 
armazenamento, manipulação, fracionamento, conservação, transporte e dispensação de 
preparações magistrais e oficinais. 
Estabelece as responsabilidades do farmacêutico, entre elas supervisionar a 
manipulação e a aplicação das normas da BPMF, assim como as responsabilidades individuais 
dos funcionários e a organização. Também estabelece as atribuições da gerência superior. 
Sobre infra-estrutura estabelece que a farmácia deve estar localizada, projetada, construída ou 
adaptada às atividades a serem desenvolvidas citando toda a infra-estrutura necessária. 
Os ANEXOS II, III e V, são complementos do regulamento técnico e do ANEXO I: 
ANEXO II, Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo Índice Terapêutico, fixa 
os requisitos mínimos para a manipulação de substâncias de baixo índice terapêutico. 
 ANEXO III, Boas Práticas de Manipulação de Antibióticos, Hormônios, Citostáticos e 
Substâncias Sujeitas a Controle Especial, fixa os requisitos mínimos exigidos para a 
manipulação de medicamentos à base de hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias 
sujeitas a controle especial. 
 ANEXO IV, Boas Práticas de Manipulação de Produtos Estéreis, fixa os requisitos 
mínimos relativos à manipulação de preparações estéreis em farmácias. 
 ANEXO V, Boas Práticas de Manipulação de Preparações Homeopáticas, fixa os 
requisitos mínimos relativos à manipulação de preparações homeopáticas em Farmácias. 
 ANEXO VI, Boas Práticas para Preparação de Dose Unitária e Unitarização de Doses 
de Medicamento em Serviços de Saúde, estabelece os requisitos de Boas Práticas para 
Preparo de Dose Unitária e Unitarização de Dose de Medicamento, realizada exclusivamente 
em farmácia privativa de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência 
médica com a finalidade de ajustar às necessidades terapêuticas do paciente e racionalizar o 
uso dos medicamentos. 
 ANEXO VII, Roteiro de Inspeção para Farmácia. 
 ANEXO VIII, Padrão Mínimo para Informações ao Paciente, Usuários de Fármacos de 
Baixo Índice Terapêutico. 
 O ANEXO I, BPMF, item 8. MANIPULAÇÃO, refere-se a manipulação de matérias 
primas sob a forma de pó, como manipulado em aula: “8.7. Nas etapas do processo de 
manipulação, quando forem utilizadas matérias-primas sob a forma de pó, devem-se tomar 
precauções especiais, com a instalação de sistema de exaustão de ar, devidamente qualificado, 
de modo a evitar a sua dispersão no ambiente.” 
 
REFERÊNCIAS: 
 
 FARMACOPÉIA Brasileira. 4 ed. Parte I. São Paulo: Atheneu, 1988. 
 http://www.ufrgs.br/.../operacoes.../moinho-aplicacoes.php 
 http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/1/9524xa.yimg.com/kq/groups/.../formas+s
ólidas+fabricação+de+pós.pdf 
 http://accaciamessano.com.br/wp-content/uploads/downloads/2011/06/MOAGEM-
2010.pdf

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