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ROTEIRO DE ESTUDOS: TEORIA DO CONHECIMENTO 1. Campo de investigação da epistemologia (Livro-base, p. 35,36); � A epistemologia busca um conhecimento que tenha objetividade e validade universal, o que permite incluir tanto o conhecimento científico quanto o filosófico. 2. A alegoria da caverna de Platão (Livro-base, p. 51); � Platão explica com a alegoria da caverna a elevação do mundo sensível (tangível) ao mundo inteligível. A filosofia seria o caminho para o homem libertar-se das correntes da caverna (onde só vê as sombras) para, após conhecer o mundo verdadeiro, voltar para a caverna libertar seus companheiros. As sombras simbolizam a dóxa (opinião) enquanto a episteme (ciência) seria o encontro com o conhecimento do verdadeiro. 3. As contribuições de Descartes para a epistemologia (Livro-base, p. 52 - 54); � Dividia as ideias em três tipos: adventícia (sensações, percepções e lembranças), fictícia (fantasias e imaginações) e inata (racionais que já nascem com o homem). Para Descartes, a razão seria a fonte do conhecimento, aquilo que diferenciaria o homem dos outros animais. Considerava as deduções como o encadeamento de intuições e, a partir desse encadeamento, seria possível concluir novas ideias e relações. 4. Pragmatismo (livro-base, p. 63); Para o pragmatismo a verdade é útil, valiosa e funcionalista. O ser humano não é visto como um ser pensante e questionador perante os mistérios da natureza, mas sim como um ser prático, um ser que tem vontade e capacidade de agir. Logo, o intelecto humano estaria a serviço da praticidade e funcionalidade que o cotidiano do ser humano exige. 5. Racionalismo (Livro-base, p. 71 - 72); � O racionalismo enfatiza categoricamente o conhecimento racional e aponta que a razão é inata e não necessita da experiência para existir, sendo a razão anterior à experiência (a priori/vem antes – kant), mas os conteúdos seriam empíricos e poderiam variar com no tempo e no espaço, transformando-se com novas experiências. 6. Objetividade e subjetividade (Livro-base, p. 77); � Objetividade se apresenta como a formulação principal do Racionalismo, que busca na razão inata uma forma de compreender o mundo, enquanto que a subjetividade se apresenta como a principal forma de conhecer o mundo do Empirismo, que busca nas experiências sensoriais a forma de conceber e interpretar o mundo. 7. Perspectivas em teoria do conhecimento (Livro-base, p. 77); � O Renascimento, apesar de ainda guardar marcas do pensamento medieval, criou condições para a arrancada científica do século XVII. Foi uma época de instabilidade e perturbações políticas e sociais. A física de Galileu desafiava a autoridade da igreja e a Reforma provocou uma profunda divisão entre católicos e protestantes. No final do século XVI surgiram duas novas correntes de pensamento: o racionalismo e o empirismo. 8. A questão do método (Livro-base, p. 78); � Em “Discurso sobre o método”, Descartes aponta a razão humana (inata) como instrumento para conhecer a verdade e, a partir disso, desenvolve as primeiras bases do método científico. Aponta que todos tem capacidade e direito ao desenvolvimento da razão, visto que esta seria inata e ja nasceria com o indivíduo, necessitando apenas ser explorada. Não aponta incompatibilidade entre as verdades da ciência e as verdades da fé cristã. Para ele, seria necessário um método objetivo e reto, seguro e ordenado para se conhecer a verdade e, para isso, precisaria de um método. 9. As contribuições de Francis Bacon (Livro-base, p. 91); � Bacon era um empirista e defendia a experiência como a única fonte do conhecimento. Sua ciência se baseava num método experimental, valorizando a observação e a aplicação prática. Defendia que “nada está no intelecto que não tenha estado antes nos sentidos” e, a partir disso, apontava leis científicas baseadas na observação da repetição dos fenômenos com características constantes, procedimento denominado de indução. Ou seja, por meio da sensibilidade que o conhecimento se produziria, por um processo de abstração, as ideias. Para os empiristas, a experiência é sempre individual. 10. As influências kantianas (Livro-base, p. 92); � Kant aponta que foi despertado do seu sono dogmático pelo empirista David Hume, tendo sido muito influenciado por ele. Kant escreveu no intuito de criar uma conciliação entre o Empirismo e o Racionalismo, através daquilo que ficou conhecido como Criticismo. 12. O sistema filosófico de Husserl (Livro-base, p. 129); � O sistema filosófico de Husserl ficou conhecido como Fenomenologia. 11. Objetividade e subjetividade no âmbito fenomenológico (Livro-base, p. 130); � A fenomenologia é uma ciência subjetiva pura, onde se analisa o fenômeno dentro da subjetividade do observador, de forma que sujeito e objeto não podem ser desassociados. Analisa tematicamente o que o sujeito vive de forma consciente, mas apenas enquanto esta vivendo a experiência, naquele momento. A objetividade se apresenta nos métodos científicos racionais, enquanto a subjetividade se torna a forma de análise da fenomenologia. 13. O método fenomenológico (Livro-base, p. 136); A essência da pesquisa fenomenológica está na investigação dos significados que são desvelados a partir das exposições desses sujeitos. A descrição é a forma de diferenciar os atributos que os sujeitos criam. A pesquisa fenomenológica traz em si a questão da subjetividade, porque o sujeito e os fenômenos estão no mundo-vida com outros sujeitos, que também percebem os fenômenos. É por meio de suas experiências que é possível ao pesquisador interrogar o mundo ao redor. 14. Hermenêutica (Livro-base, p. 141- 146); � Hermenêutica é a ciência que estabelece os princípios, as leis e os métodos de interpretação. É a teoria que interpreta os sinais e os símbolos de uma cultura. As ciências hermenêuticas estudam o universo das culturas. O cientista hermenêutico busca descobrir as leis da mecânica da ação humana. Gadamer trouxe o aspecto histórico para a sua análise hermenêutica. E num contexto geral, a análise de texto, sua interpretação e reinterpretação após uma interpretação inicial em outro tempo, também entra nos aspectos da hermenêutica. 15. Características do pensamento científico (Livro-base, p. 41); � O pensamento científico está ligado a um conjunto de compromisso elevado que tem tanto dimensões metafísicas quanto metodológicas e que possibilita aos cientistas uma visão de mundo e um conjunto de regras que facilitam a investigação. A epistemologia tenta superar a metafísica pela análise da lógica da linguagem. 16. O embate do pensamento medieval (Livro-base, p. 74); � Agostinho se baseou em Platão em sua concepção de cristianismo e Deus onde, tal qual o Mundo das Ideias, todos os valores terrestres estariam aos quais o homem esta ligado seriam reflexos dos valores de Deus, os quais deveríamos reproduzir, de forma que o papel da razão humana seria aproximar o homem da grandeza e do mistério de Deus. Dessa forma, a essência do pensamento de Agostinho é abusca por resolver o impasse entre a fé e a razão. 17. Positivismo (Livro-base, p. 101 - 102); � A Lei dos Três Estados Positivista: teologia, metafísica e positivo. 1º Estado - Teológico: ocorrem poucas observações dos fenômenos e por isso a imaginação desempenha um papel fundamental, criando seres mitológicos e baseando a explicação da natureza através da fé na intervenção de seres sobrenaturais. Divide-se em outros três estados, sendo eles o fetichismo, politeísmo e monoteísmo. 2º Estado – Metafísico: busca a origem de como os fenômenos são produzidos, a partir de observações abstratas e da argumentação, numa busca mais natural de explicação das coisas, sem se ater a seres sobrenaturais, buscando explicações dentroda própria natureza. 3º Estado - Positivo: substitui a imaginação teológica e a argumentação abstrata metafísica pela observação positiva, analisando a partir de fatos, adentrando o aspecto científico e de pesquisa a partir de leis. Por conta disso, dividiu as ciências de forma que cada uma pudesse ter o maior grau de observação específica possível dentro de suas diretrizes. 18. Falseacionismo (Livro-base, p. 39); � Para Karl Popper, uma teoria só poderia ser considerada científica tem de ser considerada falsa pela experiência, ou seja, o critério que define o status científico de uma teoria é a sua capacidade de ser refutada ou testada. Defendia, assim, a falseabilidade como o único critério possível de demarcação entre ciência e não ciência. Ou seja, para algo ser considerado científico, é necessário que possa ser testado e, a partir desse teste, ser verificado se a teoria é real ou não. Se a teoria não pode ser testada ela não entraria no conceito de falseabilidade, ou seja, não seria científica, mas sim pseudocientífica.