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FORMAÇÃO DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS - FAE CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EQUIVALENTE À LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA RELATÓRIO DE ESTÁGIO BIANCA CAROLINA PEREIRA UBERABA/MG 2017 FORMAÇÃO DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS - FAE CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EQUIVALENTE À LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA RELATÓRIO DE ESTÁGIO BIANCA CAROLINA PEREIRA Relatório de estágio apresentado à FAE -Formação de Aproveitamento de Estudos, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Formação Pedagógica Equivalente à Licenciatura Plena em Matemática, sob a orientação da Professora Coordenadora Kátia de Souza Santos, realizado na E.E.Geraldino Rodrigues da Cunha. UBERABA/MG 2017 SUMÁRIO • CAPA • CONTRA-CAPA (Folha de rosto) • CARTA DE APRESENTAÇÃO • FICHA DE OFICIALIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO • FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA • RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA _PERFIL DA ESCOLA _CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA _A COMUNIDADE ESCOLAR _A ATUAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA PEDAGÓGICA E DOCENTE _O DESENVOLVIEMNTO DO PPP DA INSTITUIÇÃO _DIRETRIZES PEDAGÓGICAS _PLANO DE AÇÃO _AS DIFERENTES RELAÇÕES QUE SE ESTABELECEM NO INTERIOR DA ESCOLA _OS INDICATIVOS DE QUALIDADE DE ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS _CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE • RELATÓRIO DE ESTÁGIO _ENSINO FUNDAMENTAL - SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL _ENSINO MÉDIO • ATIVIDADES ESPECÍFICAS DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 1-ANÁLISE DE DOCUMENTOS _OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO MORTO _OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO VIVO _OBSERVAÇÃO E EFETIVAÇÃO DE MATRÍCULAS _OBSERVAÇÃO E EFETIVAÇÃO DE TRANSFERÊNCIAS _ACOMPANHAMENTO DO PREENCHIMENTO DE FICHAS E DOCUMENTOS _LEITURA DO DIÁRIO OFICIAL _OBSERVAÇÃO E MANUSEIO DE LIVROS OFICIAIS 2-ENTREVISTA COM A SECRETÁRIA PARA CONHECER OS PROCEDIMENTOS DA SECRETARIA 3-ENTREVISTA COM A COORDENADORA PARA CONHECER OS PROCEDIMENTOS DA COORDENAÇÃO 4-OBSERVAÇÃO DA ENTRADA E SAÍDA DOS ALUNOS 5-REUNIÃO DE PAIS 6-REUNIÕES DOS PROFESSORES 7-REUNIÕES DA A.P.M. 8-REUNIÕES DE CONSELHO DE CLASSE 9-PLANO DE GESTÃO 10-REGIMENTO ESCOLAR 11-SISTEMA DISCIPLINAR DA ESCOLA 12-SISTEMA DE AVALIAÇÃO, PROMOÇÃO E RECUPERAÇÃO DA ESCOLA 13-PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA 14-ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS 15-ANÁLISE DO CALENDÁRIO ESCOLAR • FICHA DE CONTROLE DE ESTÁGIO – CURSO DE MATEMÁTICA • CONCLUSÃO • ANEXOS RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA O estágio foi realizado na Escola Estadual Geraldino Rodrigues da Cunha, localizado na Praça João Rosa, S/N, Centro, Veríssimo em Minas Gerais. Telefone para contato: (34) 3323 – 1137, email: escola.160326@educacao.mg.gov.br. Diretor da escola: Ana Maria Carvalho da Silva, pedagoga: Lucimeire de Oliveira Souza e supervisora de estágio: Kátia de Souza Santos. O estágio foi realizado as segundas-feiras, terças-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras, no horário de 07h00min. às 10h00min. e no horário de 19h00min. às 22h00min. A escola pertence a rede estadual de ensino e está localizada na zona urbana, ofertando Ensino Fundamental, Médio, tendo organização em séries, com funcionamento manhã, tarde e noite. No Ensino Fundamental ela dispõe de 12 professores, 200 alunos e 8 turmas. No Ensino Médio de 12 professores, 225 alunos e 09 turmas. A escola contém 17 salas de aulas, bem amplas, arejadas, limpas, conservadas, tendo carteiras dispostas em fileiras, as quais estão em bom estado. A sala dos professores é pequena, tendo uma mesa, para ser colocado os materiais dos professores e várias cadeiras, armários com nome no qual os professores podem guardar seus materiais, wifi para ser usado pelos professores quando acharem necessário. A secretaria é toda informatizada, tendo um espaço muito bom para se trabalhar. Os corredores são amplos, iluminados, arejados, tendo espaço apropriado para locomoção. A biblioteca é grande e contém mesas para estudo, e um material razoável para pesquisas. A escola dispõe de um laboratório de informática com 25 computadores, todos com acesso a internet, podendo ser utilizado tanto por professores como por alunos. Os banheiros são limpos e amplos. A cantina é pequena, com uma estrutura muito boa, dispondo de várias mesas para os alunos utilizarem. A sala de vídeo e de reuniões é a biblioteca que é bem ampla, ventilada e contem televisão, DVD e retro projetor multimídia. A sala das supervisoras dispõe de um computador, com acesso a internet, impressora e mesas em bom estado. Com relação ao planejamento e a gestão escolar, a escola faz sistematicamente reuniões com pais, alunos e profissionais da educação para discussão a respeito do Projeto Político Pedagógico da escola que é elaborado por toda a comunidade escolar no início do ano letivo. Este é apresentado aos pais, professores, alunos, funcionários através de reuniões e encontros para discussão a respeito. E todos estão envolvidos com ele, fazendo cumprir o que está escrito. Uma escola democrática, competente e comprometida com a aprendizagem significativa do aluno, buscando transformar informações em saberes necessários à vida dos alunos. A clientela atendida pela escola é bastante diversificada. A maioria dos alunos do Ensino Fundamental e Médio são de famílias de baixa renda provenientes da zona rural e que moram nos arredores da escola e da cidade. A Comunidade escolar é formada por professores e profissionais que atuam na escola, por alunos que frequentam as aulas regularmente e por pais e/ou responsáveis dos alunos. Ela pode participar da gestão escolar por meio das instâncias colegiadas que são organizações compostas por representantes da comunidade escolar e local. Elas tem por finalidade fazer funcionar a gestão democrática no ensino público, ou seja, fazer com que seja pensado e decidido coletivamente as propostas de caráter educacional. O Colegiado Escolar é um órgão coletivo, consultivo e fiscalizador que atua nas questões técnicas, pedagógicas, administrativas e financeiras da unidade escolar. Como órgão coletivo, adota a gestão participativa e democrática da escola, a tomada de decisão consensual, visando à melhoria da qualidade do ensino. Embora com este nome, suas funções, sua estrutura e constituição são semelhantes às do conselho escolar. O Colegiado Escolar geralmente é constituído pelo diretor da unidade escolar e por representantes dos segmentos de professores, coordenadores pedagógicos, funcionários, alunos, pais ou responsáveis legais pelos alunos, de acordo com as normas definidas em estatuto. As funções do Colegiado Escolar são exercidas nos limites da legislação em vigor, das diretrizes da política traçadas pelas Secretarias de Educação, a partir do compromisso com a universalização das oportunidades de acesso e permanência naescola pública de todos os que a ela têm direito. Embora já venha se constituindo historicamente, ancorado nos movimentos sociais desde a década de 70, o colegiado escolar passou a ter maior importância a partir de meados da década de 90, quando o MEC passou a transferir recursos financeiros diretamente para as unidades escolares, de acordo com o princípio da escola autônoma, estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996. Outras estruturas de gestão colegiada que podem atuar no lugar ou em conjunto com o Colegiado Escolar são a Associação de Pais e Mestres (APM), a Caixa Escolar e o Conselho de Escola. A equipe gestora é composta por uma diretora, uma vice-diretora e uma coordenadora no horário matutino e uma no horário vespertino. No horário noturno a escola não possui coordenadora pois o número de alunos é insuficiente para contratação de um profissional específico. O “Conselho de Classe” é realizado a partir de uma discussão coletiva dentro da escola oriunda das reuniões mensais, nas quais são apontadas as dificuldades dos alunos, professores e instituição, a fim de melhorá-la. Quanto a Matriz Curricular da escola, os currículos do ensino fundamental e médio contemplam a base nacional comum e a parte diversificada prevista na LDB, com componentes curriculares e carga horária diversificada (semanal/anal) claramente definida. A matriz curricular corresponde às exigências da LDB e vai de acordo com o calendário e a carga horária prevista pela gestão em conjunto com a coordenação. Ao investigar o PPP da escola todos os fatores que envolvem o currículo estão de acordo com a LDB 93,94/96 e com as demais leis existentes. O tempo previsto para cada componente curricular é claramente definido e seguido pelos professores. O calendário ESCOLAR estabelece inicio e término de cada período letivo, feriado nacional e municipal, período de matrícula, período de avaliação e recuperação, reposição de aulas, atividades extracurriculares, eventos e recessos escolar. PERFIL DA ESCOLA CARACTERÍSTICAS DA CLIENTELA Quanto à caracterização sócio-econômica e cultural da escola, a clientela constitui-se de classe social baixa e média; grande maioria dos alunos são filhos de pessoas que trabalham como lavradores, operários da parte de produção de Usina e operários na fábrica de doces, têm também filhos de professores da nossa escola, crianças de profissionais da área de saúde e do executivo; uma parte dessas famílias encontra-se desempregados, apesar do desemprego não deixar de ter implicações nas condições de vida digna e saudável, a Escola vem se esforçando para levar um ensino de qualidade e confiabilidade pela atuação e competência dos profissionais que nela trabalham. A faixa etária das crianças atendidas na Escola é de sete a 56 anos. Partindo do pressuposto que as Unidades Escolares são partes integrantes do todo social, estando intimamente ligada à formação e transformação da sociedade que queremos formar, buscamos trabalhar conteúdos flexíveis, concretos, associáveis à realidade da clientela, priorizando os interesses populares, garantindo um bom ensino, levando em consideração o conhecimento prévio do aluno, inicialmente complexo a fragmentada, sincrética a uma visão mais elaborada e organizada (sintética). A COMUNIDADE ESCOLAR A comunidade escolar é formada por professores e profissionais que atuam na escola, por alunos matriculados que frequentam as aulas regularmente e por pais e/ou responsáveis dos alunos. Ela pode participar da gestão escolar por meio das instâncias colegiadas que atualmente determinam tudo que é feito na escola e todo o direcionamento das finanças e decisões tomadas referente aos cumprimento das normas e diretrizes de ensino. A ATUAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA PEDAGÓGICA E DOCENTE Uma das funções do coordenador, em parceria com a gestão, é envolver os professores nas diversas propostas que a escola desenvolve com base no projeto político-pedagógico (PPP). Ao observar o cotidiano e a prática da sala de aula, ele precisa refletir e estudar sobre os problemas encontrados com base em um planejamento aprofundado. A elaboração de um projeto institucional surge a partir da necessidade de resolver uma situação que incomoda, e, por isso, precisa ser compartilhada e discutida com todos em busca de soluções. Por isso, é importante socializar as dificuldades da escola com toda a equipe e a comunidade, organizando reuniões e planejando ações para que os docentes reflitam sobre a importância do trabalho coletivo. Nesse processo, o coordenador deve assumir o papel de articulador, garantindo o compromisso de todos com a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Para resolver um problema diagnosticado, a equipe gestora tem a função de traçar metas e definir objetivos a ser alcançados. Após o diagnóstico, é o momento de analisar a realidade da escola, refletindo sobre os conteúdos envolvidos e como desenvolvê-los. A questão deve ser discutida com toda a equipe docente para que, em seguida, sejam elaboradas as etapas do processo e definidas as funções de cada um. Quando a equipe escolar está envolvida no planejamento e execução desse plano, os docentes se sentem responsáveis pelas mudanças a serem alcançadas e o projeto se transforma em uma metodologia de trabalho. Na instituição em que trabalho, percebemos certa vez que, por falta de um profissional que atendesse a biblioteca no turno vespertino, os alunos estavam lendo muito pouco. Além disso, cada docente realizava atividades isoladas que não contribuem para desenvolver a prática de leitura da escola. Preocupadas com essa situação, a diretora e eu levantamos alguns dados e decidimos retomar um projeto já realizado, chamado “Comunidade de leitores”. Para colocá-lo em prática, revimos algumas ações e traçamos objetivos junto com a equipe. A proposta de resolução da situação-problema foi um desafio institucional que possibilitou encurtar a distância entre a biblioteca e a sala de aula. Mesmo sem um profissional responsável, as estratégias levaram à criação de bibliotecas ambulantes dentro da própria sala de aula, o que contribuiu com o desenvolvimento de habilidades leitoras nas crianças. Entre as ações que realizamos estão a maleta literária, que levava livros para a casa dos alunos; a leitura constante pelo professor; o estabelecimento de uma rotina de atividades sobre gêneros textuais variados; a seleção de livros que circulavam em caixas nas salas de aulas; visitas a outras bibliotecas da comunidade e as leituras em outros ambientes, como praças e jardins. Para possibilitar essa mudança, adquirimos livros e nosso acervo foi ampliado. Esse projeto institucional permitiu instalar na escola um clima de cooperação que foialém dos muros da instituição, possibilitando trocas de saberes entre os pais, as turmas, os funcionários, os professores e os gestores. Como outro benefício, destaco a colaboração do projeto para a formação dos professores. Os encontros sistemáticos, individuais ou coletivos, permitiram a troca de experiências e a reflexão sobre a prática, ampliando os conhecimentos do grupo. No final de um semestre de trabalho, realizamos a primeira análise e percebemos a melhora nos hábitos de leitura, o que colaborou também com outras atividades realizadas na sala de aula e com o resultado das avaliações. O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO O projeto político-pedagógico, conhecido como PPP, reúne em um só lugar os objetivos da escola e os meios que ela pretende utilizar para alcançá-los. Longe de ser meramente uma formalidade burocrática, ele deve ser um documento vivo, com informações atualizadas, e de conhecimento de todos, pois assim dará a base para as decisões e as diretrizes para as atividades que serão realizadas ao longo de todo ano. Por isso mesmo, se você quiser um PPP forte na sua escola, será preciso envolver toda a comunidade na sua elaboração. Abaixo, compartilhamos uma sugestão de estrutura do PPP. Mas lembre-se: o texto final será resultado de uma longa discussão, com adaptações feitas de acordo com a realidade da escola. Missão: Essa parte do texto nada mais é que do que a definição de que tipo de aluno você quer formar. Para fazer isso, pergunte-se por que e para que a escola existe no lugar em que ela está. A missão não precisará ser alterada todos os anos. Você saberá quando ela precisa de mudanças quando os objetivos iniciais forem alcançados, o público atendido mudar ou o contexto escolar for modificado, com a inserção de turmas de outras faixas etárias, por exemplo. Contexto : Apresente um breve histórico da comunidade em que a escola está inserida, levando em consideração características culturais, econômicas, sociais e físicas. O objetivo dessa parte é compreender a realidade da qual os alunos fazem parte. Muitos desses dados podem ser obtidos por uma pesquisa na comunidade, feita por meio de questionários, ou pela ficha de matrícula, que traz diversas informações sobre os hábitos e a família do estudante. Caracterização da escola: Qual é a situação da estrutura física? Quais são os recursos humanos, financeiros e materiais disponíveis? De que maneira se estrutura da gestão e se organiza o funcionamento geral da instituição? Como a comunidade participa da realidade escolar? Qual é o desempenho dos alunos nas avaliações internas e externas? Há evasão e abandono? Essas questões o ajudarão a esmiuçar o cenário da escola e ter clareza sobre que tipos de projetos poderão ser propostos e quais são as prioridades para o ano. DIRETRIZES PEDAGÓGICAS Com base no diagnóstico feito nos dois pontos anteriores, é hora de definir o que deve ser trabalhado. Nessa seção, o coordenador pedagógico, junto com a equipe de professores, deve se apoiar nos referenciais curriculares da secretaria e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para descrever os conteúdos, os objetivos de ensino, as metas e aprendizagem e a forma de avaliação. PLANO DE AÇÃO Essa seção deve conter tudo o que será feito na prática na escola. Então, liste todas as ações planejadas para o ano, inclusive os projetos institucionais previstos para serem desenvolvidos, e explicite os objetivos, a duração, os responsáveis e as etapas de cada um. AS DIFERENTES RELAÇÕES QUE SE ESTABELECEM NO INTERIOR DA ESCOLA Conviver bem com as pessoas é uma das condições necessárias para criar um ambiente de trabalho agradável em todas as áreas de atuação, inclusive na Educação, não é mesmo? Mas como será que o estabelecimento de relações harmônicas impacta nos afazeres do coordenador pedagógico? Acredito que impacta muito, porque o grupo de professores precisa confiar e encarar o coordenador como um parceiro que está ali para ajudá-lo na empreitada de assegurar as aprendizagens das crianças. Se não houver essa ponte, com quem o docente vai compartilhar as dúvidas e pedir auxílio quando precisar? Por isso, faz toda a diferença cultivar um bom relacionamento com a equipe para ser eficaz no trabalho.Como criar um bom relacionamento com a equipe, a responsabilidade de criar e manter o clima de cooperação é do próprio coordenador, que tem o papel de líder dos processos de planejamentos e de formação. Abaixo, fiz uma lista do que acredito ser essencial para atingir esse objetivo. Seja atencioso com pequenas atitudes no dia a dia. Quando convivemos muito com as pessoas, sabemos um pouco sobre suas preocupações e necessidades. Portanto, é sempre válido cumprimentá-las, perguntar a elas como estão, se precisam de alguma coisa, se a febre do filho pequeno já passou, etc. É a empatia em ação! Valorize os encaminhamentos. Elogiar as atividades ou a participação ativa na formação mostra que estamos ali para apoiar e reconhecer também. Tenha bom humor. Encarar os desafios e adversidades do cotidiano com leveza é fundamental. Nada mais chato que conviver com quem só reclama ou fica de cara feia. De que adianta? Problemas e desafios são intrínsecos à função de coordenar ou atuar em sala de aula. É mais gostoso se a encararmos com disposição e sabermos que é preciso resolver os problemas da melhor maneira possível, sem se desgastar demais. Ofereça ajuda. O professor pode precisar, por exemplo, de auxílio sobre como ensinar uma brincadeira nova para a turma. Respeite os diferentes saberes. Isso é fundamental! Já coordenei professor que tinha uma prática muito boa, mas tinha uma dificuldade imensa de compreender a teoria quando lemos um texto. O contrário também acontecia: o professor é ótimo nas análises e discussões de textos, mas tinha muita dificuldade na sala de aula. Respeitar não é ignorar, mas saber no que e como ajudar cada um. Aja com ética. Isso significa não admitir a fofoca. Falar ou ouvir comentários sobre outras pessoas só vale se for elogio ou críticas construtivas. Comentários maldosos precisam ser cortados. Deixe bem claro que nesse jogo o coordenador não entra. Se conseguirmos manter um bom clima de trabalho e conquistar a confiança e o respeito dos professores, poderemos investir na melhoria constante dos processos de ensino e de aprendizagem. OS INDICATIVOS DE QUALIDADE DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS A utilização de indicadores, nas últimas décadas, na área da educação, tem sido importante instrumento de gestão, pois possibilita que os responsáveis atuem nas redes de ensino, em programas e projetos, identificando situações que necessitam de mudanças, de incentivos ou aprimoramento.Os indicadores são compostos por parâmetros quantitativos e qualitativos que auxiliam no acompanhamento de determinada atividade, apontando se os objetivos estão sendo atingidos ou se há necessidade de intervenção. Indicadores qualitativos geralmente expressam a voz, os sentimentos, os pensamentos e as práticas daqueles que atuam em uma pesquisa ou em um processo de avaliação. São eles que geram uma interpretação subjetiva do pesquisador, relacionada a diferentes aspectos da realidade, tais como concepção de boa qualidade de vida da população, concepção de trabalho digno e bem-estar social. De acordo com Minayo (2009), Geralmente não vamos encontrar listagens de indicadores qualitativos, pois, diferentemente das escalas de mensuração, esses são construídos com os próprios atores que fazem parte do estudo avaliativo e, a não ser em casos culturais mais ou menos homogêneos, não podem e não devem ser replicados. (MINAYO, 2009, p. 87). Indicadores quantitativos podem ser expressos em quantidades e percentuais. Resultantes de apuração, contabilização e estatísticas, são apresentados em valores objetivos ou absolutos, referentes a fatos concretos e empíricos da realidade social. Estes indicadores, isoladamente, nada dizem, uma vez que os resultados são fruto da análise do pesquisador em função do seu estofo teórico. Mas esta análise de dados quantitativos combinados com indicadores qualitativos é essencial para enriquecer a compreensão de eventos, fatos ou situações da área educacional, auxiliando na identificação, monitoramento e análise de determinada situação e, consequentemente, na tomada de decisões Os indicadores educacionais são construídos para atribuir um valor estatístico à qualidade do ensino de uma escola ou rede, atendo-se não somente ao desempenho dos alunos, mas também ao contexto econômico e social em que as escolas estão inseridas. Tais ferramentas são úteis principalmente para o monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos, contribuindo para a criação de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da educação e dos serviços oferecidos à sociedade pela escola. O Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), criou, em 2007, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), um indicador de qualidade educacional que combina informações de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil e Saeb) com informações sobre rendimento escolar (aprovação). Tal indicador foi formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas, municípios e estado, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para as Unidades Federativas e o País. Em outubro de 2014 foram divulgados pelo Inep os resultados do Ideb de 2013 e da Prova Brasil. Esses resultados, aliados às taxas de Rendimento Escolar - taxa de aprovação (refere-se à quantidade de alunos aprovados no ano letivo); taxa de reprovação (refere-se à quantidade de alunos retidos no ano letivo); taxa de abandono (indica o número de alunos que não concluíram o ano letivo); taxa de distorção idade/série (indica a defasagem entre a idade e a série que o aluno deveria estar cursando) -, oferecem um quadro amplo da situação das escolas e sistema de ensino no que se refere à Educação Básica em nosso estado e país. CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE A escola tem em seu quadro 24 professores, sendo 11 homens e 13 mulheres, dos quais 8 são efetivos e os demais contratados. Quanto à formação, todos possuem licenciatura completa. A professora supervisora de estágio Kátia de Souza Santos é formada em Pedagogia, com pós em Supervisão e em Matemática. Ela é efetiva na escola, cumprindo uma carga horária de 40 aulas semanais, lecionando matemática. Os instrumentos utilizados por ela para avaliação são: ● Atividades de casa e sala. ● Atividades extras desenvolvidas em caderno separado e recolhido uma vez no bimestre. ● Avaliações escritas. RELATÓRIO DE ESTÁGIO ENSINO FUNDAMENTAL - Séries Finais do Ensino Fundamental Fundamental significa básico, essencial, necessário. É um adjetivo que faz referência àquilo que serve de fundamento, ou seja, que serve de base, de alicerce, de sustentáculo. O ensino fundamental consiste em uma dos níveis da educação básica, obrigatória no Brasil. Ele tem duração de nove anos e é direcionado na maioria das vezes à crianças com idade entre 6 e 14 anos. O objetivo principal do ensino fundamental é a formação básica do cidadão e desta maneira, de acordo com o artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) no Brasil, é necessário que o aluno já tenha o domínio da leitura e da escrita para o desenvolvimento e a capacidade de obter novos conhecimentos através destas habilidades. Também é necessário que o aluno tenha uma compreensão do ambiente social em que é inserido e que consiga evoluir esta habilidade de sociabilidade e dos valores que fundamentam a sociedade. A obrigatoriedade da matrícula para este nível da educação básica tem uma responsabilidade conjunta, pois cabe aos pais e responsáveis dos alunos a efetuação da mesma, mas o Estado também precisa garantir a oferta de vagas nas escolas públicas. Entretanto, este serviço também pode ser ofertado pelo ensino privado. A duração obrigatória do ensino fundamental só foi ampliada para os nove anos devido ao projeto de lei nº 3.675/04, transformado na Lei Ordinária 11.274/2006, que passou a incluir a classe de alfabetização, que antecede à primeira série e pertencia a chamada educação infantil.Desta forma, a divisão do ensino fundamental se dá da seguinte forma: Os anos iniciais, que correspondem às séries de 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos de idade e os anos finais, que compreendem as séries do 6º ao 9º ano. Os sistemas de ensino também podem desdobrar o ensino fundamental em ciclos, desde que a carga horária mínima anual de 800 horas, divididas em 200 dias letivos efetivos, seja respeitada. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) afirma ser atribuição dos docentes "elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino" (art. 13, II). Como a legislação não aponta uma etapa ou modalidade específica, entende-se que os professores do Ensino Fundamental estão incluídos nesse grupo. É verdade que um plano de trabalho é mais amplo do que um plano de aula. O primeiro pode contemplar objetivos de formação pessoal, relação com os pais e com a comunidade local, propostas ou projetos da escola, mas certamente deveincluir a organização de sua intervenção cotidiana junto aos alunos, que nada mais é do que o plano de aula. Para exemplificar: no mesmo artigo da LDB, afirma-se ser função de cada docente "estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento". Caso um professor não planeje suas aulas de acordo com a evolução concreta dos alunos, ele não conseguirá nem estabelecer estratégias nem tampouco preparar formas de apoiar os estudantes que apresentem dificuldades de aprendizagem. Como nossa legislação compreende a educação como um ato sistemático e deliberado, os planos de aula precisam existir. O professor e o coordenador podem contribuir para que todas as novidades se encaminhem de um jeito natural e bem-sucedido. (Foto: Manuela Novais) A saída da Educação Infantil e a entrada no Ensino Fundamental marcam uma passagem importante na vida das crianças. Nesse período, os alunos conhecem os novos professores e colegas, e muitos deles também precisam se adaptar a uma nova escola. O professor e o coordenador podem contribuir para que todas essas novidades se encaminhem de um jeito natural e bem-sucedido, não apenas com os alunos, mas também com as famílias. No 1º ano, a criança começa a ter uma rotina de alfabetização e a ser avaliada constantemente. As brincadeiras ainda devem ter seu espaço, mas o tempo será diminuído e a hora de estudar ganhará mais importância. Na mochila, a boneca ou o carrinho ainda poderão estar presentes, mas dividirão espaço com livros e cadernos. As responsabilidades, aos poucos, também irão crescer: haverá mais lição de casa, além de provas e notas. É natural que nesse momento os pais se sintam inseguros e tenham dúvidas sobre como seu filho irá lidar com essa situação. No 2º ano, a responsabilidade aumenta ainda mais, pois o brincar já não está tão presente. Além disso, há muitos alunos novos na escola que necessitam de uma boa recepção por parte da equipe escolar e passam por uma grande mudança em relação às amizades, ao ambiente e à nova rotina. Toda mudança traz certo desconforto, e por isso essa acolhida precisa ser bem planejada. No planejamento inicial com o professor do 1º ano, costumo orientá-lo a propor uma carga horária gradativa, mantendo atividades lúdicas como a hora do pátio, a leitura de histórias e as brincadeiras com fantoches. Outra questão que discutimos é o papel do professor de intermediar a adaptação da criança a essa nova rotina e, aos poucos, garantir sua autonomia. Esse processo é algo que a própria criança precisa enfrentar, e o docente deverá respeitar o tempo e o ritmo de cada um. Por sua vez, as famílias precisam ser acolhidas e receber o apoio não apenas dos professores, mas também da equipe gestora. É muito comum nos deparar com pais tirando dúvidas com o docente na porta da sala e pedindo ajuda para o filho. Para que isto não ocorra, uma das minhas ações de início do ano letivo é promover reunião com os pais para explicar como funciona a escola e tranquilizá-los. Eles devem conhecer a nova rotina dos filhos, a estrutura de trabalho, como eles serão avaliados e quais conteúdos serão trabalhados. Procuro trabalhar de maneira preventiva, conversando com os docentes sobre as atitudes mais adequadas para lidar com os alunos em sala de aula e também com as famílias. Uma ideia é elaborar um documento de orientação (um guia) para os pais, contribuindo para que a transição ocorra da melhor maneira possível. Contar com o apoio deles é essencial para que a criança se sinta segura e pronta para iniciar uma nova fase. Espaços organizados e bem cuidados podem indicar que a escola acredita na criança como protagonista do processo de aprendizagem (Foto: Gabriela Portilho) Recentemente, tive a oportunidade de conhecer algumas escolas de um município vizinho enquanto ajudava minha sobrinha a escolher uma instituição para matricular a filha dela. Nas visitas que fizemos, o que me chamou muito a atenção foi o contraste em relação à organização das salas de aula e dos materiais. Em algumas instituições, era visível o cuidado com a estética, a disposição dos objetos e com a construção de um local que incentiva crianças e adolescentes a interagir e a querer estar ali. Em outras, o ambiente tinha um excesso de mesas, de prateleiras e de materiais – basicamente, havia muita poluição visual e pouco espaço para movimento. Conversando com os gestores, percebi que esses diferentes tipos de organização não tinham nenhuma relação com os recursos financeiros, uma vez que todas eram escolas particulares da mesma cidade e cobravam mensalidades semelhantes. A conclusão a que eu cheguei foi que se tratava de uma questão de concepção pedagógica de cada instituição. As que apresentavam espaços organizados e bem cuidados davam indícios de seguir uma concepção sócio-interacionista da Educação, acreditando que o protagonismo da aprendizagem é da criança. As outras evidenciaram que o foco era o ensino por transmissão e que não havia uma lógica para favorecer a autonomia dos pequenos, uma vez que nenhum material ficava ao alcance deles. Diante disso, resolvi fazer uma lista com minha sobrinha elencando o que era essencial observar. A ideia era que isso nos auxiliasse na difícil decisão de escolher a instituição que acolhe diariamente uma criança. Abaixo, compartilho o que pensamos. Acesso a livros, jogos e materiais. Ter livros em bom estado de conservação e organizados em prateleiras, caixas ou nichos onde possam ser facilmente selecionados é um convite à leitura e à exploração. Os jogos também precisam ficar visíveis e acessíveis – só vale guardá-los se houver um rodízio entre eles. Também é importante deixar papéis, lápis, tintas e os mais variados instrumentos organizados e localizáveis. Interação. Mesmo em ambientes pequenos, é preciso assegurar que as crianças possam se movimentar, sentar juntas para brincar, ter espaços bem definidos como canto da leitura, espaços para os jogos de montar, brinquedos e acessórios para o faz de conta. As paredes. O que está nos murais e cartazes são os maiores indicativos do trabalho pedagógico que ocorre na sala. Por isso, as produções de Arte, as pesquisas dos diferentes eixos e as listas que são referências para as crianças precisam estar sempre atualizadas. ENSINO MÉDIO O Ensino Médio é a última etapa da Educação Básica. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394 /96), os Estados são responsáveis por, progressivamente tornar o Ensino Médio obrigatório, sendo que para isso devem aumentar o número de vagas disponíveis, de forma a atender a todos os concluintes do Ensino Fundamental, conforme estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE). O Plano Nacional de Educação foi sancionado em 2001, e estabeleceu metasa serem alcançadas em um prazo de 10 anos. No Brasil, o Ensino Médio tem a duração mínima de 3 anos. A finalidade do Ensino Médio, segundo a LDB 9394/96, em seu artigo 35º, é a seguinte: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Desde 2 de junho de 2008, com a aprovação da Lei nº 11.684 que alterou o artigo 36º da LDB, as disciplinas de Filosofia e Sociologia passaram a ser obrigatórias, em todos os anos do Ensino Médio. Segundo a LDB, sendo atendida a formação geral do educando, poderá oferecer a formação para o exercício de profissões técnicas. A articulação entre o Ensino Médio e a formação técnica profissionalizante pode ocorrer de forma: o Integrada – na mesma escola em que o estudante cursa o Ensino Médio, sendo que requer uma única matrícula. o Concomitante – pode ou não ser ministrada na mesma instituição em que o estudante cursa o Ensino Médio, sendo facultativo o convênio entre as distintas instituições. o Subseqüente – se oferecida aos estudantes que já tenham concluído o Ensino Médio. Independente da articulação entre o Ensino Médio e o Técnico Profissionalizante, o diploma de técnico de nível médio só será emitindo ao estudante que concluir, também, o Ensino Médio. As orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) estabelecem os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. A publicação é composta por três volumes: Linguagem, Código e suas Tecnologias (Volume 1), Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (Volume 2) e Ciência Humanas e suas tecnologias (Volume 3), todas disponíveis no site do MEC. Da obrigatoriedade do ensino no Brasil destacamos; O tempo de duração da escolaridade obrigatória no Brasil vai aumentar. Em novembro do ano passado, foi promulgada a Emenda Constitucional (EC) 59, que estabelece o prazo até 2016 para sua progressiva implementação nas redes. Até lá, todos os sistemas de ensino têm de se adequar, conforme parâmetros a ser estipulados pelo Plano Nacional de Educação, para oferecer "Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria". Com essa mudança, os brasileiros terão direito a 14 anos de ensino gratuito. Aos poucos, o país está ampliando o período mínimo pelo qual seus cidadãos, por lei, devem permanecer nos bancos escolares. Para recordar: até 1971, o ensino obrigatório e gratuito era de apenas quatro anos - o então chamado curso primário. Após 1971, passou a ser de oito anos e, em 2010, de nove, com a decisão de iniciar o Ensino Fundamental aos 6 anos de idade. Dada a obrigatoriedade em vigor hoje (nove anos), o Brasil se equiparou a muitos países da Europa, que têm entre nove e 11 anos de Educação assegurada pelo Estado. Com o texto da EC 59, nosso país vai ultrapassá-los, se considerarmos a legislação. Na prática, porém, um europeu tem cerca de 17 anos de escolarização durante a vida. Ou seja, estuda mais do que o mínimo previsto em lei. Por aqui, infelizmente, isso não acontece. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um adulto tem em média sete anos de escolaridade e cerca de 15 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais de idade eram analfabetos em 2008, apesar da lei que previa os oito anos de Ensino Fundamental. Os fatos comprovam que, por aqui, somente as leis não garantem nem o acesso nem a qualidade do ensino. Por outro lado, é essencial frisar que, caso elas não existissem, o quadro poderia ser muito pior! Geralmente, tendemos a ter certa repulsa a tudo o que nos é imposto por acharmos que isso agride nossa liberdade individual de escolha. Contudo, em Educação, essa obrigatoriedade se constitui num dever de mão dupla: o poder público tem de oferecer as vagas tanto quanto os cidadãos em idade escolar precisam, necessariamente, estar matriculados. E não deixa de ser também um direito de mão dupla: a sociedade pode exigir que seus membros sejam educados, assim como os indivíduos têm o direito de receber da coletividade o acesso à Educação. Ou seja, ninguém tem o direito individual de ser ignorante e os governos não têm o direito de manter o povo na ignorância. Por isso, devemos cobrar uma Educação gratuita de qualidade, assim como somos obrigados a estudar. Para o bem de toda a sociedade. Reclassificação Muitos acreditam que a reclassificação de alunos deva ser decidida por órgãos centrais, como Secretarias e Conselhos de Educação. No entanto, a legislação brasileira é clara ao indicar a unidade escolar como a responsável direta por essa tarefa. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o parágrafo 1º do artigo 23 define que na Educação Básica "a escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais". Especificamente sobre os ensinos Fundamental e Médio, o inciso I do artigo 24 indica a "classificação em qualquer série ou etapa" de três formas: "a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino". Ou seja, em todas as hipóteses a escola tem papel central. Assim, as diversas unidades precisam estabelecer procedimentos e critérios e criar mecanismos para realizar essas ações. Não há dúvidas de que os gestores serão desafiados a entrar num terreno bastante delicado, no qual até então imperavam a meritocracia e a rigidez imposta pelo espaço e tempo escolares tradicionais. Esse se constitui num excelente ponto para que as escolas avancem na sua autonomia, tão falada, mas nem sempre respeitada e muito pouco praticada. Carga horária Os ensinos Fundamental e Médio, segundo o artigo 24 da LDB, devem cumprir, no mínimo, 200 dias letivose 800 horas anuais. A Educação Infantil não está incluída nesta definição. A legislação nacional não diferencia a organização e o funcionamento das etapas educacionais de acordo com o tipo de escola. Assim, mesmo funcionando em um mesmo prédio, a Educação Infantil não precisa seguir as determinações específicas do Ensino Fundamental. Isso também serve para outras etapas ou modalidades. Caso a escola trabalhe também com Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, cada qual deve seguir sua regulamentação própria. Superlotação Ainda não temos nacionalmente uma lei. Há estados e municípios que já estipularam tanto quantidades máximas quanto mínimas para a formação de novas turmas. E nada impede que outros sistemas de ensino regulamentem o assunto independentemente de haver decisões estabelecidas para todo o país. Mas há grandes chances de muito em breve haver uma regulamentação para todo o Brasil. O projeto de lei 597/2007 determina o número máximo de alunos que podem ser acompanhados por um único professor da seguinte maneira: - cinco para turmas de crianças de até 1 ano de idade; - oito para turmas entre 1 e 2 anos; - 13 para turmas entre 2 e 3 anos; - 15 para turmas entre 3 e 4 anos; - 20 para turmas de 4 a 5 anos; - 25 alunos para turmas dos cinco primeiros anos do Ensino Fundamental; - 35 para as classes dos anos finais do Fundamental e para o Ensino Médio. O referido projeto de lei já passou pela análise da Câmara dos Deputados e encontra-se agora no Senado Federal. Sabe-se que esse assunto tem consequências diretas nas condições de atuação dos trabalhadores em Educação, com interferências específicas na organização das unidades escolares e na qualidade do ensino. Baixa renda, cor e gênero explicam abandono no Ensino Médio,segundo pesquisa do Cenpec, esses são os motivos que mantém mais da metade dos jovens entre 18 e 29 anos sem concluir a Educação Básica,14,7 milhões de jovens entre 18 e 29 anos não concluíram a etapa final da Educação Básica no ano de 2014. O número representa cerca de 38% da população nessa faixa etária ou 4 entre cada 10 jovens. O Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) resolveu investigar o perfil desses jovens e identificou dois grupos principais: os que abandonaram a escola e não retornaram e aqueles que ainda estão fazendo o Ensino Fundamental ou Médio, apesar da idade avançada. Fatores como a condição socioeconômica são apontados como motivo para a saída da escola. Considerando a renda média domiciliar per capita, 41,1% dos jovens sem o Ensino Médio se encontram entre os 25% mais pobres. 56,8% deles são do sexo masculino; 67,3% são negros e 65,8% estão no mercado de trabalho.O currículo também é colocado como ponto de atenção. Projetos que associam conhecimentos acadêmicos à experiência prévia dos alunos e seus projetos de vida devem ser considerados. "O currículo passa a fazer sentido para o jovem quando ele integra o campo de suas experiências passadas e de suas expectativas futuras", diz Antônio Augusto Gomes Batista, coordenador de pesquisa do Cenpec.A flexibilidade do currículo no Ensino Médio vem sendo discutida por diversos estudos e questionada por alunos. A entrega da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dessa etapa de ensino, prevista para julho deste ano, foi adiada até que seja aprovada uma reforma no ensino. O estudo Políticas para o Ensino Médio no Brasil: Os Casos do Ceará, Pernambuco, Goiás e São Paulo (2005-2014)" foi realizado pelo Cenpec, com apoio da Fundação Tide Setubal. ATIVIDADES ESPECÍFICAS DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR ANÁLISE DE DOCUMENTOS Observação da organização do arquivo morto O arquivo morto é depósito de papéis antigos que, pela importância, não podem ser descartados - fica em um outro espaço, dentro de pastas identificadas pelo ano. Os documentos que são armazenados são os seguintes; Mapa de movimento: Uma cópia do documento que tem o número de alunos por classe, transferências e mudanças de horário fica em uma pasta. Folhas de ponto: A escola envia as folhas para a Secretaria todo mês, mas guarda cópias para consultas e controle interno. Prestação de contas: Uma pasta com plásticos organizados por data fica com as notas fiscais e outros comprovantes de gastos. Educação inclusiva: O professor faz registros individuais dos estudantes em livros e impressos próprios, que são arquivados separadamente. Reunião de pais: Um pai faz a ata e a entrega à diretoria junto com a lista de presença. Os professores mantém uma cópia com eles. Projeto pedagógico: O PPP da escola é gravado em CD, porém uma cópia impressa é anexada aos projetos dos professores. Atendimentos à família: O registro das conversas particulares com os pais - com data e assinaturas - facilita a montagem do histórico do aluno. Formação semanal: Em cada encontro, um professor faz a ata, que serve para acompanhar as soluções e as ações encaminhadas. Reuniões mensais :As atas são digitadas, impressas e coladas em um livro próprio, com a assinatura dos professores presentes. Atendimentos a professores: Os registros das conversas individuais ajudam no acompanhamento de eventuais problemas com a equipe. Conselhos de ciclo: Os registros sobre alunos com dificuldades de aprendizagem ficam mais objetivos quando feitos em formulários individuais. Conselho de escola: A pauta da reunião mensal e as resoluções conjuntas - assinadas pelos presentes - são digitadas e coladas em um livro próprio. Pesquisa de orçamento: Os orçamentos feitos para a escola, até mesmo pela internet, são agrupados e vão compor o dossiê de cada compra. Conselho mirim: Atas registram as informações sobre as reuniões mensais do conselho dos alunos, formado por um representante de cada classe. Atrasos e saídas antecipadas: Uma ficha é colada em cada página, com o nome do aluno, dia, hora e motivo do atraso ou da saída antes do horário. Visitas à escola: A presença de supervisores, palestrantes e outras pessoas é registrada com a identificação completa do visitante e assinatura. OBSERVAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO VIVO Para ficarem acessíveis, documentos de consulta regular podem ser guardados em um arquivo com pastas suspensas, identificadas e organizadas com divisórias e plásticos. São eles: - Censo escolar anual - Decretos e resoluções da Secretaria de Educação - Fichas para o atendimento aos pais - Contratação temporária de funcionários - Encaminhamento para conselho tutelar - Calendário do ano em vigor, do anterior e do seguinte - Lei Orgânica do Município - Catálogo com os livros da biblioteca e os adotados no PNLD - Patrimônio (inventário patrimonial) - Planta da construção do imóvel - Ofícios recebidos e enviados - Quadro de horas extras - Quadro de entrega de documentos OBSERVAÇÃO E EFETIVAÇÃODE UMA MATRÍCULA ESCOLAR E utilizada uma ficha que é preenchida completa com os dados do aluno , da família e alguns dados socioeconômicos, com ela temos informações completas. Para facilitar a análise das informações, elas precisam ser sistematizadas. Isso significa organizá-las por temas e transformá-las em gráficos e tabelas. Assim, fica mais fácil fazer a leitura quantitativa e qualitativa das necessidades dos alunos ao tomar decisões. Um exemplo: quando os dados referentes à questão "Como o aluno vai para a escola?" forem tabulados e cruzados com os de "Distância percorrida", eles mostrarão a porcentagem de estudantes que gastam muito tempo no trajeto casa-escola. O que é possível fazer com isso? Perceber se é preciso oferecer um lanche aos que chegam com fome ou cansados e pensar nas primeiras atividades do dia - mais agitadas ou mais relaxantes, conforme o caso. Ou, ainda, para organizar as reuniões de pais - se são viáveis à noite e se terão adesão das famílias que moram longe. Segue abaixo modelo de formulário que é utilizado na secretaria da escola para matrícula; Os alunos e seus responsáveis já podem utilizar a Internet para fazer sua reserva de vaga. O Matrícula Fácil MG 2018 é uma inovação e está sendo lançado agora. O Matrícula Fácil surgiu para simplificar esse processo, pois os alunos ou seus responsáveis precisam apenas de um computador com acesso à Internet. Conheça o público alvo desse programa: ● Crianças que completarem 6 anos até 30/06/2018; ● Estudantes que tenham vindo de outras localidades de escolas públicas ou particulares e que tenham o pedido de transferência; ● Alunos que desejam cursar da 1ª a 4ª etapa do Ensino Fundamental no EJA (Educação de Jovens e Adultos). Fonte : https://www.educacao.mg.gov.br/ OBSERVAÇÃO E EFETIVAÇÃO DE UMA TRANSFERÊNCIA DE ALUNO Dentro da rotina de expedição de documentos, é necessário que este trabalho seja permeado por alguns fundamentos como racionalidade, simplicidade, objetividade e autenticidade, de forma que estes documentos comprovam a escolarização. Esta documentação acompanhará o aluno de maneira significativa, garantindo a qualquer tempo, o acesso, a permanência, a continuação e a conclusão de seus estudos. Para que a expedição de documentos aconteça de maneira legal, é necessário cumprir os prazos para expedição de cada documento, conferir a situação legal do curso e da instituição de ensino e utilizar os modelos oficiais dos documentos citados. Os documentos, quando são expedidos, devem ser legíveis, sem rasuras apresentando clareza sobre a vida escolar de cada aluno. Quando se faz necessária a transcrição de informações, deverá ser feita de maneira que seja cópia fiel dos documentos originais. Devem ser obrigatoriamente, assinados pelo diretor e/ou secretário, que são corresponsáveis pela veracidade dos registros, suas assinaturas devem ser acompanhadas dos respectivos nomes por extenso e número do Ato Legal de designação. Conforme cópia abaixo; ACOMPANHAMENTO DO PREENCHIMENTO DE FICHAS E DOCUMENTNOS Acompanhamento da preparação de pauta ATPC, com a coordenadora Kátia de Souza Santos. Para definir o conteúdo que será discutido, é levantado os temas por meio dos instrumentos que são utilizados para acompanhar as aprendizagens dos alunos (portfólios, simulados e observação de aulas) e assim, é verificado o que precisa ser trabalhado com os professores. As orientações que são recebidas na Diretoria de Ensino também ajudam na formação e são essenciais na formação dos professores. Antes da reunião: 1º. Planejamento o que é pretendido trabalhar na reunião em termos de conteúdos, temas ou assuntos; materiais que serão utilizados; a leitura a ser feita aos professores e a frase tema da pauta 2º. Digitação da estrutura da pauta : - Nome da escola. - Cabeçalho. - Objetivos da reunião de forma simples, clara e objetiva. - Conteúdos que serão trabalhados. - Atividades que na sequência vão desencadear as discussões, os estudos, isto é, um encaminhamento metodológico da reunião, do início até o fechamento da mesma. - Frase de finalização . 3º. Todos os professores recebem uma cópia da pauta, xerox de textos, ou seja, os materiais necessários para a reunião. 4º. Impressão da lista de presença. Tempo gasto em média três a quatro horas e, de uma reunião para outra, já se inicia o planejando para a próxima reunião. Abaixo cópia da pauta de formação; Durante a reunião: Inicio da reuniões com uma leitura de texto literário para os professores. Na sequência, são entregues a pauta da reunião e é feita a leitura da mesma. Também é entregue ao professor responsável pelo registro da reunião uma pauta que possui no verso um espaço para os registros. E arquivado esses registros e feito o encaderno ao final de cada semestre. Então, é dado início às atividades planejadas e encerradas com os comentários do que foi discutido e com propostas para as próximas reuniões. Ao final de cada semestre, os professores avaliam as reuniões de ATPC, para redirecionar as mesmas. Depois da reunião: Organização da pauta e materiais estudados num portfólio com as reuniões de ATPC. LEITURA DO DIÁRIO OFICIAL A leitura do diário oficial fica a cargo da bibliotecária, que se atualiza com todas as informações pertinentes a escola, aos professores e funcionários e posteriormente o arquiva e é uma comprovação de todos os atos publicados relativos ao funcionalismos público. OBSERVAÇÃO DE LIVROS OFICIAIS Prontuários, atas, projetos, fichários, autorizações, planos, prestações de contas, toda a documentação e organizada e armazenada em pastas . Tudo é separado por ano letivo, assim e se obtém facilidade em procurar livros de anos anteriores, todo o trabalho é feito pelas secretarias de diretoria da escola com auxilio da coordenação. ENTREVISTA COM A SECRETARIA PARA CONHECER OS PROCEDIMENTOS DA SECRETARIA Nome: Priscila Medeiros Formação Acadêmica: Pedagoga Tempo de Exercício: 16 anos Qual o papel da Secretaria Escolar: Sem a sua assinatura não saem da escola documentos como o histórico escolar e o de transferência de alunos - que, geralmente, têm prazo para serem entregues. Ela também ajuda na elaboração da grade curricular e marca a perícia quando um professor falta mais de três dias por motivos de saúde. Como e o papel da Secretaria nas atividades administrativas e pedagógicas da escola? O bom relacionamento com a comunidade começa pela secretária. Por isso, ter respeito e boas maneiras são qualidades básicas dessa profissional. Afinal, é ela, antes de todos, que vai atender os pais ao telefone e no ato da matrícula e ser consultada quando surgirem dúvidas sobre a data de reuniões. Quais são os problemas gerais daescola? Grande evasão de alunos, baixo envio de verbas para escola são um dos grandes gargalos. Como é o relacionamento da secretaria com o corpo docente? Conhecimento das normas O regimento interno é conhecido na ponta da língua pela secretária - que deve ser consultada em caso de dúvida. Além disso, leis e resoluções sobre Educação da rede de ensino e do Governo Federal têm de estar sempre à mão. Como é o relacionamento da secretaria com a direção: A clareza dos dados auxilia o diretor no controle, na supervisão e na prestação de contas dos recursos financeiros provenientes da secretaria ou de programas federais, como o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Em vista disso, a secretária precisa ter conhecimentos nessa área. ENTREVISTA COM A COORDENADORA PARA CONHECER OS PROCEDIMENTOS DA COORDENAÇÃO. Nome: Katia de Souza Santos Formação Acadêmica: Pedagoga , Pós graduação em Supervisão Tempo de Exercício: 15 anos Tempo de Experiência como Coordenador de Escola: 15 anos Número de alunos que coordena: 250 Número de professores que coordena: 25 Quais os objetivos gerais da Escola: Formar um cidadão que saiba conviver , compartilhar , cooperar e que vivencie momentos em que essas atitudes sejam necessárias e fundamentais. Fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriore Qual o organograma da Escola? Qual o papel do coordenador de Escola? Coordenar o processo de ensino aprendizagem. Como é a participação do Coordenador nas atividades administrativas e pedagógicas da escola? O meu cronograma é bem simples e construído depois de levantar os conteúdos e determinar o plano de formação. Nesse documento consta como e quando vou cumprir tudo, assim, evito me perder com as tarefas imprevistas. Quais são os problemas gerais da Escola? Indisciplina e falta de profissionais. Como é o relacionamento do Coordenador com o corpo docente? Coloco o que e quem deverá cumprir a ação/atividade naquela semana ou dia para que, no prazo estabelecido, eu consiga identificar o que eu devo fazer e o que os professores precisam me entregar. Por exemplo, se tenho uma reunião de análise de dados da escola, começo a pensar na duração desse encontro e em quais condições deverão ser garantidas para conseguir chegar ao meu objetivo. Para isso, muitas vezes antecipo também o cronograma dos professores, que preparam os materiais que vamos usar com antecedência. Como é o relacionamento do Coordenador com os funcionários? No dia a dia da escola, vão surgindo inúmeras situações que acabam alterando o planejamento previsto. São pais que aparecem na escola sem marcar horário, problemas que o professor não conseguiu administrar sozinho na sala de aula, docentes que tiveram de se ausentar por algum motivo, materiais pedidos que não ficaram prontos… No fim da jornada, sempre tenho aquele sentimento de algo que ficou para trás. Quais os materiais didáctico-pedagógicos oferecidos pela escola aos professores? livros didaticos, e paradidaticos , laboratorio de informatica, revistas cientificas , enciclopédias e etc. Conclusão Pessoal: O coordenador pedagógico, muito antes de ganhar esse status, já povoava o imaginário da escola sob as mais estranhas caricaturas. Às vezes, atuava como fiscal, alguém que checava o que ocorria em sala de aula e normatizava o que podia ou não ser feito. Pouco sabia de ensino e não conhecia os reais problemas da sala de aula e da instituição. Obviamente, não era bem aceito na sala dos professores como alguém confiável para compartilhar experiências. Outra imagem recorrente desse velho coordenador é a de atendente. Sem um campo específico de atuação, responde às emergências, apaga focos de incêndios e apazigua os ânimos de professores, alunos e pais. Engolido pelo cotidiano, não consegue construir uma experiência no campo pedagógico. Em ocasiões esporádicas, ele explica as causas da agressividade de uma criança ou as dificuldades de aprendizagem de uma turma. Hoje o coordenador organiza eventos, orienta os pais sobre a aprendizagem dos filhos e informa a comunidade sobre os feitos da escola. Mas isso é muito pouco. Na verdade, ele se faz cada vez mais necessário porque professores e alunos não se bastam. Além das histórias individuais que todos escrevemos, é preciso construir histórias institucionais. É duro constatar a fragilidade de tantas escolas que montam um currículo e uma prática efetiva durante anos e perdem tudo com a transferência ou a aposentadoria de professores. Construir história nos torna humanos, e é de estranhar que, justamente na escola, tantas vezes tudo recomeça do zero. O coordenador eficiente centraliza as conquistas do grupo de professores e assegura que as boas idéias tenham continuidade. Além do que se passa dentro das quatro paredes da sala de aula, há muito mais a aprender no convívio do coletivo - no parque, no refeitório, na rua, na comunidade. A dinâmica nesses espaços deve ser ritmada pelo coordenador. É preciso lembrar ainda que só quem não está em classe, imerso naquela realidade, é capaz de estranhar. E isso é ótimo! É do estranhamento que surgem bons problemas, o que é muito mais importante do que quando as respostas aparecem prontas. Só assim é possível que o coordenador efetivamente forme professores (e esse é o seu papel primordial). Ampliando a significação do dicionário, eu diria que no dia-a-dia de uma instituição educativa é preciso:- dispor segundo certa ordem e método as ações que colaboram para o fortalecimento das relações entre a cultura e a escola;- organizar o produto da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de ensino e da avaliação da prática; arranjar as rotinas pedagógicas de acordo com os desejos e as necessidades de todos; e ligar e interligar pessoas, ampliando os ambientes de aprendizagem. Esse é o sentido de ser um bom coordenador, não de uma instituição, mas de processos de aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos como os que temos nas escolas. Que os que desejam se responsabilizar por essa importante função vejam aqui um convite para criar um estilo de coordenar. OBSERVAÇÃO DA ENTRADA E SAÍDA DE ALUNOS Escalonar a entrada e a saída por turmas ou faixas etárias e usar mais de uma portaria são boas estratégias. Em qualquer caso, é preciso ensinar os alunos a respeitar os colegas ao transitar na escola. Para otimizar o fluxo com um sinal sonoro, sinos ou músicas são alternativas às campainhas estridentes. Os estudantes que chegam cedo e os que esperam pelos pais depois de o alerta soar podem fazer atividades previamente organizadas: para os mais novos, cantos de brincar com autonomia para os maiores, espaços de convivência, leitura e quadra para práticas esportivas. Se não houver quem supervisione osalunos, é possível propor um rodízio entre professores, equipe de apoio e pais. Pais e perueiros necessitam de orientação para não transformar o portão em campo de batalha. Sugestão: fazer com que a chegada e a partida dos alunos que usam transporte escolar tenha lugar um pouco antes do horário dos que são acompanhados por familiares ou responsáveis - desde que os estudantes não sejam prejudicados (alguns perueiros chegam a sugerir retirar a garotada da manhã alguns minutos antes de as aulas acabarem a fim de evitar o atraso do turno da tarde, mas você não deve autorizar esse procedimento). Quanto aos pais, eles podem ir até a porta da classe, no caso dos pequenos. No caso dos maiores, o melhor é deixar na portaria e aguardá-los nesse local na hora da saída. Lembrando que, caso os pais queiram conversar com docentes e gestores, devem ser orientados a marcar um horário, principalmente se for para assuntos particulares e demorados. Muitas pendências podem ser resolvidas na secretaria da escola nos horários de entrada e saída. Para tanto, basta garantir a presença de um funcionário para fazer o atendimento. O porteiro pode encaminhar os interessados. REUNIÃO DE PAIS Reunir-se com os responsáveis do aluno é sempre uma oportunidade para estreitar uma relação de parceria. Esse encontro assume importância de acordo com o projeto político pedagógico (PPP) da escola, que define o papel da instituição e da família na Educação das crianças. É preciso definir a pauta da discussão de acordo com cada momento específico. Na reunião de fim de ano, os pais precisam compreender as ações e projetos realizados na escola. Caso contrário, não entendem as propostas e têm a intenção apenas de cobrar boas notas. Organizo os temas que serão abordados após analisar os dados referentes à aprendizagem dos alunos. O conteúdo deve ser discutido entre a coordenação pedagógica e a equipe de professores, considerando alguns aspectos essenciais: - Acolhimento dos familiares; - Discussão sobre os temas mais relevantes no último bimestre/semestre; - Definição de uma boa estratégia para apresentar as ações aos pais; - Apresentação dos resultados finais dos alunos e as análises feitas pelos professores; - Seleção das produções de alunos para compartilhar os conteúdos trabalhados e a aprendizagem de cada um; - Organização dos materiais que serão apresentados (cadernos, portfólios, produções, entre outros); - Retrospectiva das principais ações desencadeadas pela escola com a apresentação de imagens; - Avaliação dos pais sobre o trabalho realizado: escutá-los é importante para saber suas perspectivas; - Plano de intervenção pedagógica definido para o semestre: quais serão as metas para o ano letivo que se iniciará. Além dos temas gerais, definimos em parceria o que será priorizado na reunião. Cada professor possui suas especificidades e, por isso, a pauta deve ser feita de acordo com a realidade de cada turma. A participação dos pais na vida escolar dos filhos é cada vez mais importante para alcançar bons resultados. Por isso, é essencial dar atenção a momentos como esses em que os docentes compartilham com as famílias todo o processo desenvolvido na sala de aula. REUNIÃO DOS PROFESSORES: Começo de ano é uma das épocas que mais gosto na rotina escolar, porque vamos começar a construir uma história nova! E daremos início às atividades fará toda a diferença. A cada ano, fica mais claro para mim que uma boa convivência entre todos os membros da escola e uma relação pautada no profissionalismo, respeito e objetivos comuns são determinantes para assegurar a qualidade do trabalho pedagógico. É responsabilidade da equipe de direção instaurar um bom clima de trabalho. Acredito que a primeira ação para construir um ambiente saudável seja planejar a primeira reunião do ano, acolhendo a todos e explicitando algumas especificidades da instituição. Mesmo que a escola faça parte de uma rede, cada uma constrói o seu funcionamento, definindo sua identidade ao longo dos anos. Então, é preciso compartilhar tudo com os novatos. No início do ano, um dos cuidados que precisamos ter é estabelecer um vínculo bacana com todos os professores e funcionários. O acolhimento dos novatos e também dos veteranos deve estar presente nas atitudes diárias e ser um dos pontos principais na pauta do primeiro encontro. Mensagem: Vale fazer um cartão, com mensagens distintas para cada grupo (novatos e antigos), ou um marcador de livros para ser entregue para cada pessoa, na medida em que elas chegam para a reunião. Outra possibilidade é passar uma mensagem coletivamente. Uma sugestão que já fiz e o grupo gostou muito foi tocar a música Filtro Solar e entregar a letra impressa. A voz de Pedro Bial combinado à poesia que ele declama dá um tom mais contemporâneo sem cair na pieguice de algumas mensagens que mais parecem conselhos de autoajuda. Dinâmica: Preparar uma dinâmica para que todos se conheçam é oportuno, mas é preciso cuidar para que ela não se estenda muito, pois a pauta é longa. Uma que gosto é aquela na qual você define as duplas ou solicita que cada um procure uma pessoa que ainda não conhece ou não tenha muita convivência. Depois, você orienta para que conversem por cerca de dois minutos, incluindo nesse bate papo uma meta ou objetivo pessoal ou profissional para o novo ano. Em seguida, cada pessoa apresenta o colega com quem conversou. Exemplo: se a Ana conversou com a Maria, será a Ana quem apresentará a Maria para o grupo, compartilhando o objetivo da colega e vice-e-versa. Claro que os membros da equipe de direção também fazem dupla com algum novato na escola, pois é fundamental que se incluam no grupo e participem da dinâmica para estabelecer vínculos. Aliás, isso vale para todas as atividades, pois é bem chato quando os gestores ficam apenas olhando e não participam, seja em palestras, cursos ou oficinas. Mesmo que eu já tenha feito o mesmo curso antes dos professores, volto a participar ativamente com eles. Depois desses dois primeiros momentos, cabe uma fala (curta!) de cada membro da equipe desejando um bom ano para todos. Bem, depois disso é hora de entrar na pauta da reunião propriamente dita e explicar o que farão nesse e nos outros dias do planejamento. REUNIÃO DA A.P.M A participação dos pais nas reuniões e decisões escolares em geral é um desejo de todo gestor. De maneira paradoxal, porém, quando essa presença ocorre, nem sempre ela é harmoniosa e bem-vinda. A recepção às famílias e suas ideias, muitas vezes, não é adequada e tão pouco acolhedora. Mas de nada vale pedir ajuda e depois não considerar o que é dito e sugerido. Aqui tivemos discussões durante reuniões que não
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