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SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PORTFÓLIO – 2016
3º Eixo: ÉTICA, ESTÉTICA E LUDICIDADE
Módulo C – Fase II
 Tema: “Resgate dos jogos e brincadeiras: das diferentes gerações na minha região”.
Crônica
 Na infância, era muito comum as brincadeiras na rua, sim, literalmente na rua, onde passam carros, ônibus, motocicletas e tudo mais.... Parece inacreditável se pensarmos nos dias de hoje, onde o máximo em que as crianças das grandes cidades podem chegar é no playground do prédio em que vivem, em algum parque ou no clube no qual sua família frequenta. 
 É... isso infelizmente é uma tendência, hora por que nos grandes centros urbanos houve um aumento significativo na população e com isso as ruas ficaram muito movimentadas e hora por que a desigualdade social está aumentando o índice de violência, gerando um pânico entre as pessoas, fazendo com que já não permitam mais que seus filhos permanecem brincando nas ruas. Preferem sobre tudo investir, muitas vezes, o pouco dinheiro que têm em videogames, computadores, tvs por assinaturas e/ou qualquer coisa que permitam que seus filhos se entretenham dentro de suas casas. 
 Mas o fato é que não posso deixar de lembrar dos meus momentos de infância, e olha que nem faz tanto tempo assim, onde a rua muitas vezes virava a quadra de vôlei, bastando apenas amarrar um fio de pendurar roupa de um poste a outro, ou quando a quadra em que morávamos era palco para os melhores esconderijos nas nossas brincadeiras de esconde-esconde ou, quando queríamos dar um beijinho na pessoa amada, a brincadeira certa era a salada mista.
 Pois é, o tempo passa, e hoje as crianças desconhecem a adrenalina de se jogar bets na rua, torcendo para a bolinha não cair no terreno do vizinho ou descer ladeira abaixo e você ter que sair correndo para pegar para não perder o jogo. Lembro também, das brincadeiras: lenço atrás, pique esconde, cabra cega e tantas outras pertencentes ao universo infantil da época.
 Hoje ao perguntarmos aos filhos e sobrinhos sobre quais suas brincadeiras prediletas a resposta é rápida e enfática: jogar videogame, um tal de Minecraft lidera o ranking, e assistir séries no netflix... E pior quando falo para eles que na minha época nada disso existia eles perplexos exclamam “nossa que chato que era”. 
 O fato é que as crianças dessa nova geração jamais saberão como nós fomos felizes, e quem sabe um dia quando elas já mais maduras escutarem nossas histórias, pela vigésima vez, realmente possam compreender que a infância delas fora raptada pela tecnologia.
 
SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PORTFÓLIO – 2016
3º Eixo: ÉTICA, ESTÉTICA E LUDICIDADE
Módulo C – Fase II
PLANO DE OFICINA PEDAGÓGICA
Estagiários (as): Deise Cristina dos Santos Marques RU 30675 e Vanessa da Costa Suckow Portela RU 223325
Escola Municipal Coronel Durival Britto e Silva – Ensino Fundamental
Disciplina: Recreação
Atividade aplicada nas turmas do Integral (alunos de séries diversas que permanecem na escola em tempo integral) 
Professoras: Ivani e Daniele
Tema: “Resgate dos jogos e brincadeiras: das diferentes gerações na minha região”.
 Brincadeira: Cabra cega
Justificativa:
 Esta brincadeira além de promover diversão e fazer com que a criança se surpreenda ao alcançar algum colega, permite que se desenvolvam algumas habilidades como: superar dificuldades, ser persistente, adquirir resistência, aguçar os sentidos e valorizar a sua capacidade de enxergar. A criança passará a compreender algumas dificuldades que as pessoas desprovidas de visão precisam enfrentar no seu dia a dia. 
Objetivos: 
- Desenvolver atenção tátil, auditiva e olfativa;
- Melhorar a percepção de espaço;
- Superar desafios;
- Respeitar as diferenças. 
Síntese do Assunto: 
A origem desse jogo está na história antiga. A brincadeira originalmente denominada de cabra-cega consiste num jogo em que uma criança, com os olhos vendados, tenta agarrar as outras que participam da brincadeira. Quando uma criança é pega, passa a ser a cabra-cega.
Trata-se de uma brincadeira muito comum em Portugal e na Espanha, de onde veio para a América. Esse jogo já era popular entre os romanos no século III a.C. com o nome de musca aena. Na Espanha recebe o nome de galinha-cega; na Alemanha, de vaca-cega; nos Estados Unidos, de Blindman's buff; na França, de Colinmaillard. No Brasil também é denominado de pata-cega e cobra-cega.
Apesar de ser uma brincadeira infantil, em tempos antigos ela era muito popular entre os adultos. O diarista inglês Samuel Pepys relatou um jogo muito parecido com a cabra-cega jogado por sua esposa e alguns amigos em 1664. Em 1855 o poeta inglês Alfred, Lord Tennyson disse ter brincado de cabra cega.
 	É possível vê-lo representado nos quadros de Goya e Brueghel. Entre os muitos benefícios, permite as crianças a se divertir e realizar exercícios físicos. 
Desenvolvimento – Encaminhamento Metodológico
 Posicionados em círculo, segurando as mãos, escolhem por sorteio ou por indicação a “cabra-cega” que se dirigirá ao centro da roda como os olhos vendados. Depois de dar três voltas sobre si mesma, a “cabra-cega” tentará pegar algum colega. O grupo poderá se espalhar para impedir que a cabra pegue alguém. Quando conseguir pegar alguém e o reconhecer, trocará de lugar com ele. 
  Em outra versão do jogo, a cabra-cega, além de alcançar os jogadores, deverá adivinhar pela audição, tátil e olfato, quem foi pego. Na versão em círculo, os alunos ficam parados tendo somente como opção a fala, instrumentos de sopro ou percussão para atrair a cabra cega.
 Enquanto a brincadeira acontece, os participantes fazem um jogo de perguntas e respostas, o que ajuda a cabra-cega a localizar os outros pela audição. 
O alcançado poderá dar dicas fazendo barulhos com instrumentos, falando, cantando, rindo...
 Para testarmos a percepção, somente um aluno do grupo fará as seguintes perguntas, se aproximará com um cheiro (flor, café...) ou, usará instrumentos como recurso.
- Cabra cega, eu estou aqui!
- Para esquerda!
- Para a direita!
- Está quente!
- Está frio! ...
 É importante definir bem os limites da brincadeira e retirar do espaço qualquer objeto que possa oferecer riscos às crianças, além disso, se o espaço for muito grande, a criança que está com os olhos vendados não irá achar ninguém.
 Esta atividade será realizada em sala ou no parque da escola sobre observação da professora. Poderá acontecer todas as vezes que a professora julgar necessária, ou quiser adaptá-la ao seu conteúdo. Realizar o fechamento com uma conversa com as crianças sobre suas dificuldades enfrentadas durante o momento em que estavam com os olhos vendados, que cheiros e sons perceberam, como se sentiram, tudo que oportunize reflexão e superação de desafios. 
Importante: durante a aula, pelo menos uma vez, todas as crianças deverão ser “cabra-cega”, para que no fechamento todas possam opinar sobre suas experiências. Todos os objetivos deverão ser alcançados, mesmo que parcialmente durante a brincadeira. 
Recursos: 
Uma venda e um espaço livre de objetos que possam trazer riscos, como quedas e choques. Sugerimos um pátio ou quadra poliesportiva, se possível, local com grama. Pode ser também uma sala de aula, desde que retiradas as carteiras e mesa do professor. 
Referências: 
http://br.guiainfantil.com/materias/educacao/jogoscabra-cega-brincadeiras-paracriancas/ Acesso em: 15/nov/2016
http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/cabracega/4e3d79dc3cb3176863000007.html Acesso em: 15/nov/2016
http://www.faccar.com.br/eventos/desletras/hist/2007_g/textos/18.htm Acesso em: 15/nov/2016
http://varievo.com/infantil/brincadeiras-de-crianca-cabra-cega Acesso em: 15/nov/2016

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