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NADO CRAWL HISTÓRICO, REGRAS DO NADO LIVRE E TÉCNICA DE NADO.

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HISTÓRICO DO CRAWL 
 
 
 No século XVII, do outro lado do mundo, os japoneses livres do preconceito do 
cristianismo europeu, incluíam por ordem do Imperador que a natação fosse ensinada e 
praticada nas escolas, mas como o Japão era um país fechado, isso não se disseminou 
para o resto do mundo. 
 
 Foi no final do século XIX na Inglaterra que a natação ressurgiu com mais 
intensidade, onde foi fundada a Sociedade Britânica de Natação e graças à atuação de 
“Lord Byron”, poeta e esportista, a natação passou a ser praticada em público, pois se um 
lorde podia nadar em público, todos podiam. 
 
O nado crawl é o resultado da longa busca de um estilo que fosse capaz de 
diminuir a resistência da água e aumentar a velocidade do nadador. 
Até então, o estilo empregado era uma braçada de peito, executada de lado. Mais 
tarde, passou-se a levar um dos braços à frente pela superfície, num estilo que recebeu o 
nome de single overarm stroke. 
 
Em 1870, J. Arthur Trudgeon, um instrutor inglês de natação aplicou uma técnica 
utilizada pelos nativos da América do Sul, em que os braços eram levados para frente, 
alternadamente (double overarm). A pernada, porém continuava a ser um golpe de 
tesoura. 
 
O nado contínuo com batimento alternado de pernas já era praticado por nativos do 
Pacífico, quando em 1898, Alik Wickham das Ilhas Salomão, nadando numa praia próximo 
de Sidney arrancou de George Farmer, um dos treinadores mais renomados da época a 
seguinte expressão “Olhem como rasteja sobre a água”, batizando o estilo de crawl, 
palavra inglesa que significa RASTEJAR. 
 
 Outro inglês chamado Frederick Cavill, que era um excelente nadador de peito, 
decidiu morar na Austrália onde construiu várias piscinas e começou a ensinar a natação. 
 Antes da virada do século, Cavill, fazendo uma viagem com sua família (incluindo 
seis filhos), observou vários nativos da região nadando usando um forte movimento de 
pernas e assim como Trudgeon, percebeu que todos nadavam com braçadas alternadas. 
Cavill decidiu então estudar a fundo e criou o "crawl australiano". 
 As principais características eram o grande deslizamento, as pernas esticadas e o 
movimento alternado de braços. Um dos filhos de Cavill, Richard, esteve na Inglaterra em 
1902 e nadou as 100 jardas em 58"8. Ao descrever o seu revolucionário estilo, Cavill 
disse: "é como estar engatinhando na água". 
 
Os americanos aperfeiçoaram o crawl australiano introduzindo uma movimentação 
muito maior de pernas para melhorar a posição horizontal do corpo e facilitar o 
deslocamento, surgiu então o “crawl americano”, que trouxe muitas glórias para os E.U.A, 
destacando o havaiano Duke Kahanamoku que utilizava uma pernada em 6 tempos, como 
um dos atletas mais vitoriosos. 
Normalmente os nadadores olímpicos se destacam por volta dos 20 anos e se 
afastam antes dos 30. A carreira olímpica de Duke não foi muito convencional. Ele fez 
parte da equipe de natação americana por mais de 20 anos. Com menos de 2 anos de 
treino em piscinas, estreou com 22 anos nas olimpíadas de Estocolmo, em 1912, idade 
considerada avançada para estreias olímpicas e despediu-se das competições aos 42 
anos de idade. Aos 20 anos foi visto por um treinador nadando na baía de Honolulu – 
identificou um talento e o convenceu a competir. Iniciou sua história gloriosa ao conquistar 
o ouro em sua primeira olimpíada, completando os 100m livre em 1’03”40. Participou de 
 
mais 3 olimpíadas, ganhou 5 medalhas, virou celebridade e passou a fazer exibições de 
surfe e natação. Morreu em 1968 aos 77 anos. E uma enorme estátua recebe os turistas 
na badalada praia de Waikiki. 
 
Depois de Kahanamoku, surge Johnny Weissmüller, que em 1924 nas Olimpíadas 
de Paris, torna-se o 1º homem a nadar os 100m livres abaixo de 1 minuto. Uma marca 
histórica veio abaixo. Após completar a prova em 58”60 os juízes não acreditam no que 
dizem os cronômetros. 
 
Na primeira Olimpíada da Era Moderna em 1896, somente o nado livre existia, onde 
eram utilizados o nado de peito ou o Trudgeon. Em 1900 surge o nado costas e junto com 
o crawl dominavam as provas de nado livre. O nado peito passa a ter uma prova separada 
em 1904. As provas femininas de nado livre foram incluídas nos Jogos de Estocolmo 1912 
e faziam parte todos os estilos existentes. 
 
Apesar de ser a forma mais rápida de nadar, o crawl não é considerado 
oficialmente como estilo e de acordo com as regras da FINA, órgão responsável pela 
natação mundial, as provas de competição são nadadas nos estilos: Livre, Costas, Peito e 
Borboleta. 
 
REGRAS DO NADO LIVRE 
 1. Nado Livre - significa que numa prova assim denominada, o competidor pode 
nadar qualquer estilo, exceto nas provas de medley individual ou revezamento medley, 
quando nado livre significa qualquer nado diferente do nado de costas, peito ou borboleta. 
 1- BORBOLETA 
 2- COSTAS 
 INDIVIDUAL 3- PEITO 
 4- LIVRE 
MEDLEY 
 1- COSTAS 
 2- PEITO 
 REVEZAMENTO 3- BORBOLETA 
 4- LIVRE 
 
 2- Alguma parte do nadador tem que tocar a parede ao completar cada volta e no 
final. 
 
3- É permitido ao nadador ficar submerso após a saída e a volta, não podendo 
ultrapassar a distância de 15m. Neste ponto a cabeça tem que quebrar a superfície da 
água 
 
TÉCNICA DO CRAWL 
 
1-SAÍDA 
 
Os tipos de saída mais utilizados atualmente são: 
 
- Partida Agarrada (Grab Start): Pés paralelos e 
ligeiramente afastados, com os dedos agarrados na 
extremidade do bloco; tronco flexionado com joelhos em 
semiflexão e as mãos segurando na parte anterior da 
plataforma. 
 
 
- Partida Atletismo (Track Start): Mãos segurando na 
parte anterior do bloco, com os pés afastados um na 
frente do outro, semelhante à largada do atletismo. 
 
- Partida em circundução: Pés na mesma posição da saída agarrada, porém com os 
braços estendidos na frente do corpo. Este tipo de saída é mais utilizado nas provas 
de revezamento. 
 
- Fase Aérea: Após a saída, o corpo realiza uma trajetória aérea de elevação do corpo de 
45° em relação á água, para alcançar a maior distância possível. 
 
 
2- ENTRADA NA ÁGUA 
A entrada na água deve ser feita em posição oblíqua 
(diagonal), com os braços estendidos, a cabeça encaixada e todo o 
corpo passando pelo mesmo lugar por onde entraram as mãos. 
 
Após entrar na água acontece o deslizamento e logo em seguida inicia-se o 
batimento de pernas erguendo os braços para cima, a fim de levar o corpo mais rápido em 
direção à superfície. 
 
Inicia-se a puxada da 1ª braçada com o corpo ainda submerso, realizando a 
respiração somente após as primeiras braçadas, para manter o equilíbrio do corpo e 
sustentar a posição na água. 
3- POSIÇÃO DO CORPO 
 
 Esta posição deve ser a mais paralela possível à linha da superfície. 
 
4- PERNADA 
 
O trabalho dos pés que para ser efetivo, deve ser aplicado abaixo do nível da água. 
A principal função do trabalho de pernas é auxiliar no equilíbrio e sustentação do corpo, 
pois em relação à propulsão a pernada corresponde de 20 a 30% do rendimento total, mas 
se ela não funcionar a flutuabilidade é afetada, criando zonas de atrito que prejudicam a 
progressão do nadador. 
O batimento dos membros inferiores é realizado com os pés soltos, ligeiramente 
voltados para dentro e em flexão plantar (ponta). 
Joelhos semiflexionados e movimentos alternados no sentido vertical, a partir dos 
quadris. Possui uma fase ascendente (negativa) e outra descendente (propulsiva). 
Um erro comum na aprendizagem é a pernada com movimentos exagerados de flexão ou 
extensão de joelhos. 
 
 
 
 
 
5- BRAÇADA 
 
O trabalho dos braços é dividido em duas fases: 
a) Aérea 
b) Aquática 
 
FASEAÉREA 
 
Não tem ação propulsiva, por isso é também chamada 
de fase negativa ou de recuperação. Uma vez que seu 
trabalho correto irá determinar a eficiência da puxada. 
O braço sai da água estendido e inicia imediatamente 
a flexão do cotovelo de modo que ele fique mais alto que a 
cabeça, atingindo uma flexão máxima de aproximadamente 
90°, deixando a mão solta e os dedos apontados para baixo. 
 
FASE AQUÁTICA 
 
É dividida em três etapas: 
 - Apoio; 
 - Tração; 
 - Empurrada. 
 
Responsável por 70 a 80% da propulsão do nado. 
 
 
Possui também três dimensões: 
- Profundidade; 
- Largura; 
- Comprimento. 
 
 
 
 
 
VISÃO FRONTAL FASE AQUÁTICA 
 
 
 
 
 O ritmo da braçada é alternado, quando uma mão entra a outra inicia a 
recuperação, sendo a segunda mais rápida. 
 Na entrada da mão (apoio), o cotovelo permanece mais alto que a mão, 
aumentando o efeito de alavanca. 
 Após o apoio, a mão vira para dentro tracionando a água para trás, com uma flexão 
do cotovelo de no máximo 90º. 
 O tronco realiza uma rotação que se propaga por todo o corpo devido a ação do 
movimento dos braços. 
 
 
 
6- RESPIRAÇÃO 
 
 A respiração do nado crawl pode ser feita de duas formas: 
 
 - LATERAL 
 - BILATERAL 
 
 A Bilateral é mais eficiente por permitir uma melhor simetria do movimento. 
 
 Técnicas de Respiração Bilateral: 
 - 3 x 1 (Três braçadas e uma respiração) 
 - 5 x 1 
 - 5 x 3 (Combinadas ou mistas) 
 - 7 x 3 
 - 7 x 5 (Alto Nível) 
 
7- VIRADAS 
 
 A virada do nado crawl pode ser executada de duas formas: 
 
 - SIMPLES - Toque na borda na borda com uma mão. 
 - CAMBALHOTA - Rolamento frontal e impulso com os pés. 
 
A virada Cambalhota ou Olímpica começou a ser utilizada nas Olimpíadas do México em 
1968. Até aquela época o toque da mão era obrigatório. 
A partir daí a FINA modificou a regra determinando que o toque na parede pudesse ser 
realizado com qualquer parte do corpo. 
Após a virada o nadador deve deixar a borda na posição de lado, virando para posição 
ventral. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
O nadador aproxima-se da borda iniciando a cambalhota a 
mais ou menos uma braçada antes da parede. 
 
Executa-se uma puxada forte do braço ao mesmo tempo em 
que começa a grupar o corpo para iniciar o giro. 
 
Realiza-se a virada cambalhota grupando as pernas ao corpo, 
soltando o ar pelo nariz e colando o queixo no peito. 
 
Após o giro encaixam-se os pés na parede com os joelhos 
flexionados e o corpo na posição dorsal. Em seguida vira-se 
para o lado, levando os braços à frente da cabeça para dar 
impulso em decúbito lateral. 
 
No impulso o corpo desliza de lado realizando a torção para a 
posição ventral, ao mesmo tempo em que se inicia o 
batimento de pernas alternadas ou simultâneas (golfinhada).

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