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TRAUMA OCLUSAL

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TRAUMA OCLUSAL
Pode ocorrer por erro do dentista, devido à restaurações, prótese sobre implantes, periodontia, endodontia = oclusão ferramenta de base pra todos os procedimentos odontológicos. 
O trauma oclusal pode ocorrer por iatrogenia ou o paciente pode nascer com trauma oclusal. Pode levar a uma dor aguda. 
Sempre que se fala em trauma oclusal deve-se investigar se há prematuridade (contato prematuro= contato que acontece antes da mandíbula atingir a MI), ou interferência olcusal, que algum contato com a relação independente já visto, opostos durante o movimento, ou seja uma interferência oclusal do movimento protrusivo, interfere no padrão de desoclusão da guia anterior, 22142 (?). Uma interferência no movimento de trabalho, vai interferir no lado de trabalho, fugindo de uma função pelo canino ou mesmo grupo, ou interfere no lado de balanceio, paciente faz uma guia lateral direita de trabalho, mas toca o lado de balanceio. 
Trauma oclusal: identificado no exame clínico.
Definição: Força oclusal excessiva, excesso de força sobre determinada localização do dente, produz trauma, é na superfície oclusal: trauma oclusal. 
Trauma primário: Força excessiva sendo direcionada sobre determinado dente, condição da estrutura óssea de suporte do dente é normal, ou seja periodonto sadio. – condições histopatológicas da estrutura de suporte boa. – não tem mobilidade do dente!
Espera-se como resultante desse trauma: uma restauração que fratura, uma cerâmica que quebre, dor no dente (sensibilidade). Há uma consequência e a principal é a abfração (extremamente frequente) traz muitos transtornos, já que não tem cárie, tem que procurar onde o trauma está ocorrendo, deve-se verificar a escovação, hábitos...
Secundário: efeito das forças excessivas, ou normais (sobrecarga), periodonto doente, bolsas verticais, pouca implantação óssea (perda óssea), exsudato purulento. – Mecânica: há movimentação do dente. Ex: menos de 1/3 da raiz do dente implantado.
Movimento: gera áreas de tensão e pressão. 
Reações teciduais na área de pressão: pressiona o ligamento periodontal, pode gerar hipóxia > necrose > reabsorção > tecido conjuntivo fibroso pouco diferenciado que preenche a zona de reabsorção > mobilidade
Ex: perda do 1M, os 2M sofrem mesialização e gera contato prematuro.
Restaurações “altas”: testa-se o dente com o carbono com o paciente deitado, entretanto durante a mastigação, o paciente mastiga sentado, pois essa é a posição de máxima intercuspidação, os ajustes oclusais geralmente feitos na posição deitada ficam baixas, deve-se ajustar com o paciente ereto. Deve ter três contatos. (A, B e C).
Um dente sem contato A e B é um dente sem equilíbrio oclusal. 
“A”: superfície vestibular inferior e superfície vestibular superior, uma vertente lisa contra uma triturante, uma cúspide de trabalho de conteção Centrica contra uma cúspide de trabalho de não contenção Centrica.
“B”: entre a vertente triturante inferior interna e a vertente triturante palatina superior interna. Vestibular contenção Centrica de trabalho, palatina de contenção Centrica de trabalho.
O que pode causar os traumas oclusais?
Pontos de contato excessivo, falta de engrenamento dos dentes, tratamento ortodôntico (movimentação), apinhamento de dentes, perda de dentes. O controle do trauma é importante para não perder estruturas de suporte.
Efeito da força oclusal sobre o periodonto é influenciado diretamente pela intensidade, direção, duração e frequência da força.
Doença periodontal promove a reabsorção óssea, então mesmo uma força normal pode causar trauma. Exige cuidados especiais. Perde-se o dente muito mais fácil. Analisar o padrão de mobilidade dental (com o cabo do espelho fazer uma pressão vertical), análise oclusal (verificação da dvo..), radiografia panorâmica em MI, periapicais e interproximais. 
Situações presentes em trauma oclusal: abfração, recessão, mobilidade, migração, sensibilidade a pressão... (são 17 –slides)
Abfração: lesão que acontece, e o agente causal não está na lesão. Muitas vezes nem é pelo contato. Um contato prematuro pode fazer com que haja desvio da oclusão, causando abfração em outros dentes.
Trauma oclusal e doença periodontal é controlado!
Abfração geralmente ocorre em dentes com bom suporte ósseo. Pode-se encontrar em paciente que fizeram tratamento ortodôntico já que a cortical é muito fina, qualquer trauma ela reabsorve muito facilmente. 
Fatores que levam a abfração: trauma no dente, escovação e ingesta (ex: paciente que toma bebidas gaseificadas, limão, bebidas ácidas). 
Diagnostico: tardio, a única fase que se pode reverter é a inicial, alteração da borda marginal gengival: única fase que se pode reverter.
Sucetibilidade ao trauma:
Tamanho da coroa, quanto maior a coroa;
Paciente com trespasse oclusal;
Relação dos contatos oclusais;
Número de dentes presentes no arco;
Padrão muscular: braquio é o mais suscetível, imprime mais força em uma restauração ruim, por exemplo;
Bruxismo, apertamento dentário: um dente mau ajustado, paciente com para função: muito mais complexo;
Se ocorrer erro, por exemplo, uma restauração “alta” ocorre mudança de padrão oclusal do paciente, é chamada de máxima intercuspidação adquirida. Existe uma forma de adaptação que é individual.
Tratamento:
Trauma primário: controle da força dos dentes envolvidos;
Secundário: tratar o periodonto primeiro (antibiótico terapia, profilaxia, cirurgia), ajuste oclusal. 
Consequencias da não intervenção: 
Adaptação (sem intervenção);
Trauma primário (patologia oclusal) sem tratamento: recessão, dor, abfração, mobilidade. Não é uma doença, mas o agente de mobilidade;
Trauma secundário: progressão da doença periodontal que vai levar a perda do dente; 
Há a necessidade de tratamento de trauma. Em caso de abfração: Avaliar refluxo gastro esofágico, cuidados de higiene e de ingesta.
Tratamento: 
Trauma Primário (É agressão!) controle de forças > Desgaste seletivo. (trata o trauma e ajusta restaurações, ortodontia, prótese);
Trauma Secundário: controle da doença periodontal (mais importante), já é doença (orientação) Controle da força oclusal e tratamento.
Ajuste oclusal não é tratamento. O que precisa é máximo contato oclusal, sem interferências. Não ter contato prematuro que desloque a mandíbula.

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