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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO- AMBIENTAL DA COOPERATIVA COASUL

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Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
Campus: Laranjeiras do Sul- PR
Acadêmicos: Adriano Diba Anhaia, Alessa Roling, Dilma de Oliveira, Maria Helena Prestes e Vanuza Stefanski
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO- AMBIENTAL DA COOPERATIVA COASUL
Laranjeiras do Sul- PR
2015
Acadêmicos: Adriano Diba Anhaia, AlessaRooling, Dilma de Oliveira, Maria Helena Prestes e Vanuza StefanskiBuskievicz
Planejamento de Responsabilidade Sócio Ambiental para a Cooperativa COASUL
Trabalho apresentado para obtenção de nota parcial, 2015.2, na disciplina de Responsabilidade Sócio Ambiental, para o curso: Bacharel em Ciências Econômicas, da turma da 8ª fase da Universidade Federal da Fronteira Sul.
Orientador: Prof. M.° Tiago da costa
Laranjeiras do Sul
2015
RESUMO
A atividade produtiva desenvolvida em uma cooperativa de grãos acaba gerando impactos ambientais expressivos. Deste modo, o presente trabalho tem por objetivo a presunção de implantar um Sistema de Gestão Ambiental na Coasul Cooperativa Agroindustrial, bem como apresentar planos de melhoria social. Para se atingir o objetivo proposto foi realizado um diagnóstico ambiental da organização, onde foram identificados os possíveis aspectos ambientais provocados em seu processamento produtivo. Após a analise desse estudo foi elaborado um plano de ação, onde foram especificados as prováveis maneiras de diminui os impactos, além de propostas para a melhoria da comunidade local, que também sofre influência da atividade da cooperativa.
1 INTRODUÇÃO
Os resíduos provocados pelas atividades desenvolvidas no setor produtivo em uma cooperativa de grãos podem causar impactos ambientais expressivos, nesse contexto se busca propor objetivos, metas, estratégias e ações de gestão socioambiental para organização. 
Os resíduos originados nos processos de beneficiamento e embalagem de grãos, provenientes das cascas e mesmo dos procedimentos de esmagamentos/trituração, necessitam de gerenciamento ou tratamento adequado, podendo ser usados ou reaproveitados na produção de nutrimentos ou rações para animais ou ainda como fonte de energia para a geração de calor (ALMEIDA, 2006).
As empresas que transformam cereais, precisam ter a instalação de dispositivos de aspiração de pó e isolação sonora dos equipamentos que reduzem emissões e ruídos, bem assim como a utilização de Equipamentos de Proteção Individual, tornam-se imprescindíveis, para garantir a saúde dos funcionários.
Segundo Almeida (2005), a Gestão Ambiental unifica a política ambiental, que é o conjunto consistente de princípios que formam os anseios sociais ou governamentais no que se reportar a regulação ou transformação no uso, controle, proteção e conservação do ambiente. Ao se utilizar de um SGA, a organização adquire uma visão estratégica em relação ao meio ambiente, em muitas vezes percebendo como uma oportunidade de desenvolvimento e crescimento. Por outro lado, deve ser enfatizado que estratégias sustentáveis garantem a proteção ambiental, tanto na dimensão do local de trabalho quanto dos trabalhadores, além de cooperar para a abolição ou minimização de impactos ambientais gerados.
Neste contexto se insere a Cooperativa Agropecuária Sudoeste Ltda - COASUL, fundada em 21/06/1969, na cidade de São João, na região sudoeste do Paraná, a qual nasceu da dificuldade de comercialização dos produtos agropecuários dos agricultores na região.
Além da produção primária recebida em suas unidades e industrializada distribuídas em 20 municípios, a Coasul fornece a seus 7.843 associados, em sua grande maioria constituídos de pequenos e médios produtores, insumos agrícolas e assistência técnica. 
Por ser uma cooperativa de produção agrícola, a Coasul foi se moldando aos períodos vividos pelas culturas na região, e com a ampliação da demanda de grãos, vem alargando expressivamente sua produção. Por um lado, essa produção provoca o aumento do número de empregos e desenvolvimento local, por outro lado poderá proporcionar impactos ambientais. 
Com o objetivo de inserir um SGA na unidade de Rio Bonito do Iguaçu, foi feito um levantamento, com base nos documentos que a cooperativa colocou à disposição, dos aspectos ambientais provocados e ações que se pretende minimizar, bem como o seu reaproveitamento de maneira sustentável e ecologicamente adequado dos resíduos gerados; para que a unidade possa ir adequando-se as responsabilidades sócio ambientais.
Primeiramente, será levantado nesse trabalho um breve histórico da organização, que tem como objetivo demonstrar ao leitor as suas características, como funciona, quais são os produtos e serviços que a mesma possui, em qual mercado está inserido, entre outras características. 
Após essa etapa foi realizado um levantamento sobre o mercado, ou seja uma análise ambiental que está dividida entre ambiente interno e ambiente externo.Dentro desses está o ambiente operacional e organizacional, e os fatores externos que podem afetar a demanda, oferta e preço, influenciando no bom desempenho da cooperativa.
Depois de realizado essa etapa mais teórica, será descrito as ações realizadas na Gestão Ambiental da cooperativa, bem como as ações propostas. Ou seja, Será descrito as estratégias mercadológicas que estão em andamento e as que foram propostas. Por fim será proposto um plano de ação e identificado as principais limitações e desafios que a organização possui.
 Dessa forma, realizou-se o estudo, utilizando a pesquisa exploratória descritiva. A pesquisa exploratória é utilizada “quando não se tem informação sobre determinado tema e se deseja conhecer o fenômeno” (RICHARDSON, 1989, p 26). A abordagem como poderá ser observado é qualitativa. Outra análise importante se refere a utilização de dados utilizados para a elaboração da pesquisa, os quais são secundários, pois foram adquiridos em documentos da própria organização, entre outros sites e artigos da internet, com o objetivo de obter dados referentes a fatores externos à organização e que podem afetá-la.
2 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL 
Neste tópico será apresentado o histórico organizacional da Cooperativa Coasul, evidenciando sua criação, como se originou, as atividades que realiza e os produtos que oferece. Será identificado também como é formada, os municípios de atuação e as ações que vem desenvolvendo no processo de responsabilidade sócioambiental.
2.1 HISTÓRICO ORGANIZACIONAL
Em 21 de junho de 1969, com a presença de quarenta e três produtores rurais, aconteceu a Assembleia de fundação no centro Comunitário da Igreja Matriz São João Batista, no município de São João – Paraná com o objetivo de legalizar a cooperativa agropecuária denominada de Cooperativa Agropecuária Sudoeste Ltda – Coasul; na oportunidade foi eleito o primeiro presidente. 
Cada cooperado subscreveu quotas partes de capital, no valor equivalente a Cr$ 100,00 (cem cruzeiros). Esse capital significava o início dos trabalhos da Cooperativa, como constam nas Atas, os recursos investidos pelos sócios na Cooperativa seriam utilizados para a construção de um pequeno espaço onde seria feito o recebimento dos produtos agrícolas e a venda de insumos e, de fato, isso se concretizou. 
No ano de 1971 foi construído o primeiro armazém, com o auxílio dos cooperados, que doaram materiais e auxiliaram com a mão de obra. Os primeiros Em 2008, a Cooperativa Agropecuária Sudoeste Ltda – Coasul teve sua razão social modificada em assembleia geral extraordinária para atender um pedido legal, pois começará o processo de industrialização com um frigorífico de frango e, para tanto, passa a ser denominada de Coasul Cooperativa Agroindustrial. 
A exigência legal solicita que o nome da cooperativa tenha semelhança com sua atividade, por isso a alteração,ainda que a Cooperativa trabalhe desde 2006 com a fabricação de rações e concentrados, produtos destinados principalmente ao gado leiteiro e comercializado em todo o Paraná e Santa Catarina. 
Atualmente, a Coasul Cooperativa Agroindustrial atua em 20 municípios da região sudoeste e centro-sul do Estado do Paraná e Oeste de Santa Catarina. A sua principal atividade é a agricultura, concentrada nos cereais como: milho, trigo, soja e feijão. Isso inclui a venda de insumos (semente, defensivos, fertilizantes) para o cultivo dos produtos, venda de implementos agrícolas, recepção e compra dos cereais.
FIGURA 1 – Municípios da área de ação da Coasul
Fonte: Arquivos da Coasul (2015)
2.2 ESTRUTURA E CULTURA ORGANIZATIVA COOPERATIVISTA NA COASUL 
A Coasul Cooperativa Agroindustrial é formada por agricultores de classes sociais diferentes, além de pertencerem a realidades diferentes; isso se deve em parte a grande extensão territorial que ocupa, já que ela atua em 20 municípios do Paraná. 
Dentre esses municípios há condições diferenciadas de produção, ou seja, cada qual tem seu potencial: em alguns, as condições de solo e clima favorecem mais a produção de milho; enquanto em outro, da soja, ou trigo. E ainda nesse contexto tem municípios que, por condições de solo, são essencialmente agropecuários, voltados especialmente à produção de leite, onde as poucas lavouras são direcionadas ao plantio de milho e sorgo para a silagem (alimentação para o gado leiteiro). Nesses locais, a comercialização principal da Cooperativa são as rações. 
A Cooperativa é administrada por uma diretoria composta por nove diretores, onde destes são eleitos o Presidente, o Vice-presidente e um Secretário. As eleições são realizadas a cada dois anos no momento da assembleia geral ordinária, a qual acontece anualmente. E ainda, tem a atuação de seis Conselheiros Fiscais, cooperados, eleitos anualmente com a função de fiscalizar as ações da diretoria. 
Baseada nas normas do Estatuto Social, é organizada uma chapa com nove nomes, todos cooperados; destes, um para o cargo de Presidente, um para Vice-presidente e um para Diretor Secretário; e seis cooperados para os cargos de Diretores os quais têm a função de, juntamente com a diretoria, administrar a cooperativa, mas com um diferencial: esses não têm expediente para cumprir na cooperativa, como o Presidente, o Vice e o Secretário. 
Toda a diretoria se encontra mensalmente para uma reunião com a função de discutir questões relacionadas à Cooperativa, tanto administrativas quanto financeiras. Quanto ao Conselho Fiscal, composto por seis integrantes, este tem a função de fiscalizar os entrepostos e as ações da Cooperativa, tanto a parte financeira como administrativa, levantando problemas e dificuldades encontradas em suas visitas mensais aos entrepostos. Toda a Diretoria e o Conselho Fiscal reúnem-se mensalmente para apresentar as questões levantadas e procurar apontar soluções. 
A Cooperativa é regida por um Estatuto Social, no qual constam questões como eleição, administração, finanças, ações sociais, educacionais e pareceres legais. Neste Estatuto Social consta que qualquer cooperado pode ser candidato a um cargo de diretor, ou está apto a formar uma chapa para concorrer à diretoria, desde que esteja com suas obrigações econômicas cumpridas. 
2.3 PRODUTOS, SERVIÇOS, PROCESSOS, ATIVIDADES, TECNOLOGIAS
A cooperativa Coasul unidade de Rio Bonito do Iguaçú, tem como estrutura física: 
•	Os secadores de grãos possuem sistema de captação de partículas;
•	Os processos de pré-limpeza e limpeza de grãos deverão contam com sistemas de controle das emissões, tais como ciclones, multiciclones ou filtros;
•	As moegas, em partes possuem sistemas de contenção das emissões fugitivas, com cortinas.
•	As vias internas estão 90% pavimentadas, em épocas de safra com estiagem as vias são molhadas para diminuir a geração e dispersão do pó;
•	Está Implantado uma barreira vegetal em todo o entorno da área operacional;
Os produtos: são as matérias-primas, ou seja, são os cereais colhidos nas lavouras de produtores associados ou não, dos municípios de abrangência. Estes são recebidos, passam pela padronização e depois armazenados, ficando à espera dos cooperados para uma posterior comercialização. 
Quadro 01- Produtos comercializados na Cooperativa no período de 2014/2015
	Produto
	Recebimento safra 2014/2015
	Período de Recebimento
	SOJA
	385.158
	Janeiro / maio
	MILHO
	116.082
	Janeiro / maio
	TRIGO
	3.308
	Agosto / Outubro
	Total
	504.548
	
Fonte: Elaboração própria ( 2015)
Produtos Fabricados: 	Não tem fabricação de produtos. A atividade se resume plenamente em receber, padronizar e armazenar para posterior comercialização.
Consumo de Energia Elétrica: consumo médio diário é de 1200 KWH. 
Consumo de Combustíveis: O Consumo médio é de 20 m³ de lenha por dia de secagem. Consumo anual total aproximadamente 3.000 m³ de lenha. Mais o uso de diesel para a frota de caminhões em torno de 180 litros mensais.
Consumo de Água: Consumo diário máximo de 1,0 m³, abastecido pelo poço artesiano.
As tecnologias presentes no processo dos produtos sãoautomatizadas: a utilização de máquinas de pré e pós limpeza, tombador hidráulico para carreta, captador de poluentes, calador hidráulico.
2.4 AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL/AMBIENTAL DESENVOLVIDAS
Na área ambiental a cooperativa realizou obras dentro do conceito de preservação dos recursos naturais. Em parceria com a multinacional DuPont e a Escola Municipal Nossa Senhora de Lourdes, realizou uma ação socioambiental com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a conservação do meio ambiente, da biodiversidade, da fauna e da flora, dos biomas e do consumo consciente dos recursos naturais. No encontro se abordou temas como reciclagem, recuperação de áreas degradadas e como reestabelecer a mata nativa, foi realizado plantio de árvores nativas no jardim da escola com os alunos, como pode ser visto na figura a seguir:
FIGURA 2: Plantio de árvores no jardim da escola
Fonte: Relatório anual de atividades 2013
Outra ação realizada com a parceria da DuPont e a Escola Municipal do Campo Imaculada Conceição, foi um concurso de redação e desenhos com o tema: MEU HÉROI O AGRICULTOR, que teve por objetivo valorizar o trabalhador rural como produtor de alimentos saudáveis despertando em todas as pessoas o respeito pelo seu trabalho, e foi apresentado também como produzir os alimentos de forma correta e segura, preservando o meio ambiente. Os alunos autores das três melhores redações foram premiados com uma bicicleta cada:
FIGURA 3 - Projeto Meu Herói o Agricultor
Fonte: Relatório anual de atividades 2013.
3 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA COOPERATIVA
Uma empresa de grande porte, como é o caso da Coasul, que atua com diversos tipos de atividades, muitas delas de relativo potencial poluidor, necessita de uma série de licenças diferentes, a seguir será detalhado as licenças que a cooperativa possui:
Licença da Secretaria da Agricultura e Abastecimento – SEAB-PR para comercializar e armazenar produtos de uso veterinário de natureza Biológica e Farmacêutica; 
Licença da Secretaria da Agricultura e Abastecimento -SEAB-PR para comercializar agrotóxicos nas subcategorias: Expurgo e Tratamento de Sementes; Registro junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP, como Consumidor de lenha, briquetes, cavaco, serragem de madeira e similares; 
Comprovante de inscrição e de situação cadastral junto a Receita Federal referente ao Comércio atacadista de matérias-primas agrícolas; 
Certificado de inscrição no Registro nacional de Sementes e mudas –RENASEM referente ao comércio de sementes de Aveia, azevém, cevada, feijão, milho, soja, trigo e triticale, ainda para mudas de eucalipto e pinus; 
Licença de Operação junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP para o Armazenamento, beneficiamento e comercialização de Cereais;
Licença de Operação junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP para o Comérciode fertilizantes, agrotóxicos, seus componentes, expurgo e tratamento de sementes; 
Licença da Secretaria da Agricultura e Abastecimento – SEAB-PR para comercializar Fertilizantes, corretivos e inoculantes; 
Cadastro de Atividade Potencialmente Poluidora no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA referente ao transporte, depósito e comércio de fertilizantes e agroquímicos, uso de recursos naturais: madeira, lenha ou carvão vegetal e comércio de motosserras; 
Certificado de regularidade junto ao Conselho Regional de Medicina Veterinária CRMV-PR; 
Certificado de regularidade junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná – CREA-PR; 
E por fim o Alvará de Localização concedido pela prefeitura municipal de Rio Bonito do Iguaçu. 
Diagnóstico ambiental é a avaliação da área de influência de um determinado empreendimento, neste diagnóstico deve conter a descrição dos fatores de influência direta e indireta da empresa. Um diagnóstico ambiental em uma empresa do porte como a Coasul, demandaria de bastante tempo e profundo conhecimento dos seus processos, que como já foram citados, são bem diversificados. Com isso, buscou-se fazer um levantamento prévio dos principais aspectos ambientais que podem vir ou não causar dano ambiental conforme exemplificados na tabela:
Tabela 2 – Aspectos ambientais e seus possíveis impactos ambientais
	Aspectos ambientais e seus possíveis impactos ambientais
	Atividade, produto
 ou serviço
	Aspecto
	Impacto
	Venda de fertilizantes
	Fertilizante misturado na água
	Contaminação das águas, e dos rios com mortandade de peixes
	Venda de defensivos
	Vazamentos no transporte ou na armazenagem, destino das embalagens
	Contaminação do solo, pessoas, animais, alimentos
	Venda de defensivos
	Uso excessivo
	Pragas resistentes pelo uso 
indiscriminado
	Recepção e classificação
	Semente tratada misturada 
a natural
	Semente tratada
misturada a natural
	Secagem
	Emissão de poluentes atmosféricos: Poeira, fumaça, casquinhas
	Doenças respiratórias, conflitos com a comunidade
	Secagem
	Utilização de lenha
nas caldeiras
	Desmatamento, Poluição no ar. Emissão de gás carbono
	Secagem
	Consumo de energia elétrica
	Sobrecarga das fontes
geradoras para atender
a demanda.
	Armazenagem
	Utilização de
fitossanitários para
controle de fungos, insetos e roedores.
	Contaminação dos
cereais.
	Expedição
	Consumo de óleo diesel pelos caminhões.
	Consumo de petróleo. (Fonte não renovável)
	Expedição
	Emissão de gases
dos escapamentos
	Poluição do ar
Fonte: Elaboração própria ( 2015).
Com base na tabela acima, foi feita a descrição e avaliação dos impactos ambientais provocados pelo empreendimento no seu processo produtivo:
Resíduos Sólidos: Os resíduos sólidos gerados no recebimento de cereais, são provenientes das partículas intrínsecas dos produtos agrícolas, que passam pelo processo de limpeza, ou seja, material particulado, classificado como inerte. Essas partículas liberadas são películas aderidas aos grãos, no caso do cereal milho, as quais soltam-se no momento que passam pelas máquinas de limpeza e secagem do cereal.
3.1 Pontos de geração dos resíduos sólidos na área operacional
Máquinas de limpeza - Responsáveis pela separação das impurezas contidas nos grãos. É um processo que causa o desprendimento de resíduos e poeiras, que são aspiradas pelo exaustor e retidas nos ciclones. 
Secador – Processo de redução de umidade dos grãos por aumento de temperatura e ventilação, gerando resíduos particulados (casquinhas). Os Captadores de partículas retêm esse material particulado e o direciona aos ciclones onde os fragmentos são ensacados.
Pátio – A circulação de caminhões carregados pode eventualmente, causar derramamento de resíduos pelo pátio. Estes resíduos são recolhidos e guardados temporariamente em recipientes.
Fornalhas do secador - Geração de cinza formada na queima de lenha. As cinzas são juntadas aos resíduos orgânicas acrescidas destinadas à compostagem.
3.2 Volume de resíduos sólidos produzidos e sua destinação final
	A geração diária de resíduos captados pelos equipamentos da unidade (ciclones, captadores do secador e cinzas da fornalha) e recolhidos pelo pátio varia de 0 (zero) na entressafra a 1500 kg por dia durante o pico de safra.
	Esses resíduos são compostos, predominantemente, por fragmentos vegetais, ou seja, fragmentos orgânicos, além de pequena quantidade de cinzas e terra. Todos os resíduos sólidos gerados são acondicionados temporariamente em sacos e, posteriormente, direcionados à compostagem para fertilização de lavouras. 
3.3 Pontos emissões atmosféricas na área operacional
Moegas - Local de descarga dos produtos agrícolas. Durante a movimentação dos grãos do interior do veículo transportador para o interior do compartimento receptor da moega, a movimentação do ar causa desprendimento de partículas e poeiras da massa de grãos e que são liberadas para a atmosfera.
Máquinas de limpeza - Realizam a separação das impurezas contidas nos cereais, são processos que causam o desprendimento de resíduos e poeiras, que são aspiradas pelo exaustor.
Secador - Processo de redução de umidade dos grãos por aumento de temperatura e ventilação, sendo responsável pela liberação de poeira e particulados (principalmente no milho) pelo exaustor e direcionadas aos ciclones.
Elevadores e fitas transportadoras - Pode ocorrer emissão de resíduos pelo grande volume transportado grãos em seu interior.
Silos de armazenagem de grãos - Emissão de poeira durante a descarga dos grãos da fita transportadora para as células armazenadoras.
Silo de expedição - compartimento destinado ao carregamento dos grãos em caminhões para expedição. Durante essa operação, há o desprendimento de partículas e poeiras.
Fornalha do secador - Originam pequena quantidade de fumaça pela queima de lenha. As emissões de fumaça da fornalha limitam-se ao momento do acendimento do fogo, pois com o início da operação de secagem, o ar quente formado segue para o interior do secador. Assim, a movimentação do ar da fornalha é invertido, não ocorrendo as emissões pela chaminé durante todo o período de secagem. 
Pátio - As circulações de caminhões pelo pátio durante os períodos de safra podem gerar poeira.
Emissões Sonoras
3.4 Pontos de emissão de ruídos na unidade operacional:
Elevadores, canos, roscas e fitas transportadoras - O atrito dos grãos com o metal dos equipamentos transportadores é uma das fontes de ruído.
Secador - Emissões sonoras causadas pela movimentação dos grãos no interior do secador e pela passagem do ar na saída do exaustor, além do motor elétrico que o movimenta.
Máquinas de pré-limpeza - Localizados no interior da casa de máquinas, a passagem dos grãos e as vibrações, contribuem com a emissão de ruídos.
Exaustores - Movimentados por motores elétricos de média potência que são fontes de ruído.
Tráfego de caminhões: Durante os períodos de safra amplia-se o tráfego de caminhões.
3.5 Efluentes Líquidos: 
Efluentes sanitários: 	Não há geração de efluentes líquidos nos processos de recebimento, secagem, limpeza, armazenamento e expedição dos produtos agrícolas. Os resíduos líquidos gerados no processo se constituirão somente de águas usada no consumo e higiene pessoal, que serão destinadas a rede de captação de esgoto.
Águas pluviais: Toda água pluvial que incidir sobre o empreendimento será direcionada e contida em pontos de contenção e infiltração de águas pluviais, dispostos no interior do terreno da unidade operacional. Não haverá, portanto, incidência externa de águas da chuva somente águas captadas no terreno e nas construções.
4 FATORES EXTERNOS E INTERNOS INFLUENCIADORES
Quando percebidas, as oportunidades podem gerar grandes vantagens competitivas para uma organização. O essencial é que a análise seja realizada de forma constante e fundamentada na realidade dos fatores do macroambiente, para que proporcione vantagem de competiçãoà organização pela elaboração das estratégias.
 É de suma relevância que seja realizada a análise situacional de mercado, pois é através da mesma que é possível conhecer, analisar e tomar decisões em relação aos produtos, estratégias, entre outros aspectos das variáveis estudadas.
Sendo assim, a seguir analisaremos questões como fatores econômicos, políticos, legais, sociais e ambientais, que tendem a influenciar positiva ou negativamente no desempenho da Cooperativa Coasul, evidenciando assim quais serão suas tendências, pontos de crescimento e queda. Será possível identificar as oportunidades e ameaças para o desenvolvimento da mesma e para o crescimento desse mercado.
4.1 FATORES ECONÔMICOS
A agricultura no Brasil é um setor muito importante para a geração de riqueza do país. Sua economia é voltada para o setor agrícola. Sendo assim, é de suma relevância que haja políticas governamentais que fomentei o desenvolvimento e crescimento desse setor, e consequentemente aumente a renda, PIB, entre outras variáveis que evidenciam o nível de desenvolvimento do país. A variação nesses indicadores pode ser afetado pela exportação de produtos agrícolas
Para proporcionar o aumento de produtividade, o Governo Federal criou em 1996 o PRONAF- Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, conforme pôde ser observado no site do Ministério do Desenvolvimento Agrário (2015), ou seja, é uma política governamental que visa estimular a produção agrícola. Essas políticas auxiliam os agricultores através de medidas que abrangem uma maior disponibilidade de recursos, através de programas de investimento e proporcionando melhores condições, para que o mesmo possa acessar o crédito rural. 
De acordo com Nassar (2015), essas políticas agrícolas são formadas por quatro pilares, sendo: o crédito rural com juros inferiores ao de mercado, programas de investimento de fácil acesso ao pequeno e médio produtor rural, seguro rural de produtividade e mecanismos de garantia de preço. De acordo com o autor, houve uma expansão na área plantada de grãos nas últimas cinco safras, totalizando um aumento de 1,9 milhão de hectares.
Conforme o site do Ministério da Agricultura (2015), o Governo Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estão determinando mais de R$ 180 bilhões em crédito para a agricultura, através do Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, “[...] com atenção ao custeio e à comercialização da safra e ao fortalecimento do médio produtor rural. São investimentos estratégicos para que o País possa continuar aumentando a sua produção e garantindo a oferta de alimentos de qualidade, com preço justo, para todos.”(http://www.agricultura.gov.br/pap)
O Governo Federal através dessas políticas tem apoiado os agricultores, visto que as exportações de commodities, conforme Souza (2011), sempre impulsionaram a economia brasileira, expandindo a arrecadação de impostos dos governos federal, estadual e municipal, e interliga o país com Mercados internacionais.
O Brasil tem sido um dos principais beneficiários com os preços das commodities no mercado internacional nos começo do século XXI. As exportações totais do país saltaram de US$ 72 bilhões em 2003 para US$ 201,9 bilhões em 2010, sendo que no último ano, 69,4% do total exportado era commodities, o que demonstra a importância das matérias-primas para a expansão das exportações brasileiras e ao mesmo tempo revela uma concentração da pauta exportadora. (SOUZA. 2011.) 
A cooperativa Coasul depende praticamente da agricultura para que obtenha resultados positivos. Podemos verificar assim que as políticas governamentais influenciam positivamente para o crescimento e desenvolvimento da mesma, facilitando o acesso aos produtores, a produtividade tenderá a aumentar e consequentemente a Receita da Cooperativa também. Além das políticas como o PRONAF E PRONAMP, nesse contexto, o mercado externo proporciona oportunidades para crescimento da cooperativa.
4.2 FATORES POLÍTICOS/ LEGAIS
A criação de elos com atores econômicos é importante não somente para expandir o mercado, mas também é possível se obter poder de negociação e discutir condições comerciais mais justas. E é nesse contexto que as cooperativas entram, possuem atividade diferenciada de outras empresas, justamente para auxiliar o produtor rural a escoar sua produção.
O comércio justo vem conscientizando consumidores a exigirem produtos cujos processos produtivos não explorem mão de obra infantil, que atendam à legislação trabalhista, que apresentem preço justo e que eliminem intermediários. 
Como podemos verificar, com a Constituição Federal de 1988, começa uma ênfase maior sob o cooperativismo. A lei vem apoiar os processos produtivos da cooperativa, para que não fique em desvantagem em relação a empresas do setor privado e consiga sobreviver no mercado
Desta forma, a seguir apresentaremos alguns artigos da Constituição Federal que discorrem sobre o cooperativismo relacionando a interferência do Estado na criação e desenvolvimento das cooperativas, discorre sobre os tributos, entre outros pontos.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos: […]XVIII- a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
Art. 146- A: Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42 de 19.12.2003) 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma de lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.[...] § 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
Art. 187- A política agrícola será planejada e executada, na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente: [...] VI – o cooperativismo. (CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL, 1988)
Anteriormente a Constituição de 1988, o governo podia intervir na gestão das Cooperativas e isso acabava interferindo em seu pleno desenvolvimento e prática do princípio de autogestão. Sendo assim, de acordo com ALVES (2003, pg. 11) “a principal inovação trazida pela Carta de 1988 foi a libertação do cooperativismo da ingerência estatal.”
Além dos artigos da Constituição, há também a Lei n.° 5.764, que foi sancionada em 16 de dezembro de 1971, que regula a prática do cooperativismo no Brasil. É conhecida como “Lei do Cooperativismo”, e possui influência dos princípios cooperativistas de Rochdale.
Conforme ALVES (2003), como a cooperativa é uma organização que não possui fins lucrativos e visa prestar serviços aos seus cooperados, ela possui um tratamento tributário diferenciado em relação ao que é realizado a uma organização comercial.
As cooperativas podem atender tanto os associados, como os não-associados. Sendo assim, ALVES (2003, pg. 15) nos relata que “[...] o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) só incidem sobre os resultados oriundos dos atos não cooperativos, uma vez que os atos cooperativos não constituem operação mercantil.”
Sendo assim, constata-se que esse fator é de suma relevância para o bom andamento da Cooperativa Coasul, vem a ser uma oportunidade visto que consta na Constituição Federal Brasileira de 1988, além de outras legislações específicas que apoiam o desenvolvimento da Cooperativa. Outro ponto que influencia positivamente é a formacomo é arrecadado os tributos nesse tipo de organização, sendo um diferencial em relação as outras empresas
4.3 FATORES SOCIAIS
Além das cooperativas possuírem vantagens por terem acesso há algumas políticas governamentais e por terem incentivo através de legislações específicas, podemos verificar que os Territórios possuem essa mesma tendência. São alvo de grandes investimentos realizados pelo Governo. Um exemplo disso é o Programa do Governo Federal conhecido como “Territórios da Cidadania”, que busca diminuir as desigualdades sociais da zona rural, através de políticas voltadas para o território.
Nesse contexto, podemos incluir o Território Cantuquiriguaçú, que é localizado nas mesorregiões Centro- Sul Paranaense e Oeste Paranaense. De acordo com COCA e FERNANDES (2009, pg. 02), o território da Cantu, “[...]engloba 20 municípios e possui como uma das principais características o protagonismo dos movimentos socioterriais nas tomadas de decisões sobre as políticas de desenvolvimento adotadas no território.”
O território da Cantuquiriguaçu é formado por diversos grupos sociais com diversas características. Podemos encontrar camponeses com terra e sem-terra, indígenas, agricultores atingidos por barragens e pequenos, médios e grandes produtores rurais. Nesse sentido, um fator importante que traz muitos benefícios para o território são os assentamentos.
Como podemos verificar, a população rural da Cantu é maior que os habitantes da zona Urbana, 
A população total do Território é de 232.729 habitantes, destes 112.332 moram em áreas urbanas e 120.397 em áreas rurais, como mostra o CENSO 2000. Portanto, o Cantuquiriguaçu é um território de características rurais. […] Os traços rurais do Cantuquiriguaçu são comprovados quando se analisa a geração de riqueza do território, já que a produção primária é responsável por 33% do total, enquanto no Paraná ela responde por 14%. Além disso, 50,8 % da PEA- População Economicamente Ativa do Território refere-se a agricultores de base familiar. (COCA e SOARES, 2009,pg. 06)
A região da Cantu aborda à maior reserva indígena do estado do Paraná, que estão às tribos Kaingang e Guarani. Possui o assentamento Ireno Alves que é considerado o maior da América Latina e três comunidades quilombolas, que estão no município de Candói.
Conforme COCA e SOARES (2009,pg. 09) “[...] 70 % dos municípios do território possuem assentamentos rurais, sendo este um dos aspectos que possibilitou a inserção do Território da Cantuquiriguaçu no programa federal “Territórios da Cidadania”.”
Sendo assim podemos verificar que a Cooperativa possui oportunidades visto que se encontra no Território da Cantuquiriguaçu, em que a fonte de geração de riqueza é a produção primária e a população rural é maior que a urbana. Outro fator que influencia positivamente é o fato de estar perto de muitos assentamentos onde poderá adquirir a matéria-prima (grãos) dos agricultores, como também, oferecer seus produtos (insumos, ração, defensivos) e serviços (assistência técnica).
4.4 FATORES AMBIENTAIS
O manejo, a conservação e a recuperação dos recursos naturais tem sido uma preocupação que vem mobilizando o mundo inteiro, vários estudos foram realizados e observam que os recursos naturais são finitos. A exploração e degradação do meio ambiente está ligada ao avanço do desenvolvimento tecnológico, científico e econômico que vem ocorrendo no decorrer dos anos.
Como temos acompanhado pela mídia, esses avanços tem alterado o planeta, ocasionando um aumento significativo da erosão, perda de fertilidade dos solos, destruição de florestas e rios, dilapidação da biodiversidade, poluição dos solos, água, ar e consequentemente contaminação dos alimentos. Conforme o Diagnóstico Socioeconômico do Território Cantuquiriguaçu (2007, pg.126), “as áreas com potencial à degradação do solo pela erosão ocorrem em 62,6% do território”. 
Ao mesmo tempo que a agricultura possuí o que há de mais moderno em seus maquinários, vem apresentando também, muitas consequências ao meio ambiente. As commodities são os produtos com maior valor de exportação, e conforme Balsan (2006,pg.128) “[...]permitiram um processo de modernização do país e seu crescimento econômico mais rápido ocorreu em alguns locais.” 
Para que essas problemáticas deixassem de existir, a partir de 1968 foram realizadas conferências com os países, para discutir ações a serem realizadas pelos mesmos, para a preservação do meio ambiente.
Sendo assim podemos verificar que os fatores ambientais, podem ser tanto uma ameaça como uma oportunidade para a cooperativa. É considerada uma oportunidade, visto que há planos de ações como verificado no trabalho anteriormente que visam a proteção e preservação do meio ambiente. Além dos documentos que foram confeccionados nas Conferências Internacionais, em que os países assumiram compromissos de realizar ações em seus territórios que visem o cuidado com a natureza.
Mas ao mesmo tempo, tende a ser uma ameaça, visto que fazemos parte de uma economia capitalista que é voltada para o consumo e produção desenfreada. Como é verificado em muitos estudos, os recursos são finitos, ou seja escassos. 
Conclui-se portanto que um dia esses recursos acabarão, afetando negativamente as organizações que dependem da matéria- prima que necessita desses recursos. Outro problema que temos enfrentado é as pragas nas plantações, o clima tem se alterado devido ao efeito estufa, afeando as produções. Além da sazonalidade das culturas, em que em alguns períodos há uma produção maior, e outras a produção cai.
4.5 FATORES INTERNOS DA COASUL
Pessoal capacitado: é ponto forte da organização, pois as pessoas que realizam os processos internos e externos, possuem diversos cursos sobre operacionalização dessa forma não existem altos índices de retrabalho ou perda de matéria-prima.
Lealdade das pessoas: é um ponto forte da cooperativa, pois os cooperados têm grandes expectativas no empreendimento e há pouca desistência dos mesmos.
Condição financeira: é um ponto forte, pois há um concreto retorno lucrativo.
Sistemas de informação: é um ponto forte, a Cooperativa tem um sistema informatizado que tem por função os controles de produção, custos e vendas. 
Qualidade do produto: é um ponto forte, pois está evidenciada sua qualidade pela certificação de órgãos públicos específicos;
A Cooperativa tem site para divulgação institucional e de seus produtos, expandindo a potencialidade de ser conhecida.
5 MATRIZ SWOT
Quadro 03 – Matriz Swot
	Oportunidades
	Ameaças
	Ambiente externo
	Agricultura ser maior geradora de riqueza do país;
	Preço das Commodities para exportação;
	Incentivo para a agricultura através de programas disponibilizados pelo Governo Federal (PRONAF E PRONAMP)
	Efeito estufa, degradação do meio ambiente
	Crédito rural com juros inferiores, seguro rural da produtividade, Programas de 
	Sazonalidade de Culturas
	Existência de legislação especifica para cooperativas, arrecadação tributária diferenciada
	Recursos naturais escassos e finitos. Degradação do meio ambiente
	Tecnologias para produção
	Economia Brasileira em recessão
	Forças
	Fraquezas
	Ambiente Interno
	Pessoal capacitado
	Não possui planejamento socioambiental
	Lealdade das pessoas
	Não tem assistência veterinária na unidade
	Condição financeira
	 
	Sistemas de informação
	 
	Qualidade do produto
	 
	Site para divulgação institucional 
	
Fonte: Elaboração própria (2015)
6 OBJETIVOS, METAS E ESTRATÉGIAS E PLANO DE AÇÃO
No empreendimento, foi verificado que vários procedimentos podem causar alterações que geram aspectos ambientais, potenciais causadores de impactos significativos, assim, a implantação de medidas mitigadoras, visando o atendimento à legislação vigente no país e no Paraná, bem como a melhoria contínua do desempenho ambiental da empresa, Na tabela a seguir, apresenta-se o plano de ação elaborado, constituído de objetivos e metas a serem alcançados para cada aspecto ambiental elencado, os quaisapresentam medidas para conter/eliminar: 
Quadro 04 - Plano de ação para garantir a melhoria continua da COASUL no curto prazo.
	Aspectos Ambientais
	Impactos Ambientais
	Objetivos
	Metas
	Prazos
	Escoamento da Safra Emissão de: poeira, gases
	Alteração do meio físico, solo e ambiente
	Minimizar os impactos 
 ao meio ambiente
	Escoamento mais eficaz, melhorando o fluxo e tempo de descarga
	70 dias
	Secagem doproduto
(milho e soja), com
emissão de ruído e
material particulado
	Danos auditivos,
deterioração da qualidade
do ar.
	Reduzir impactos
 locais
	Destino correto e controle de resíduos, implantação de atenuadores de ruídos.
	Imediato
	Remoção de impurezas como casca e material
particulado (sobras).
	Alteração do meio físico e contaminação do solo e água
	Gerar o mínimo possível de impurezas.
	Armazenagem e destino
correto dos resíduos
	Imediato
	Expedição do produto
com fluxo de caminhões e
geração de resíduos.
	Congestionamentos de veículos, alteração do meio físico
	Diminuir desperdício
embalagens
	Controle das atividades,
regulagem de máquinas
	Imediato
Fonte: Elaboração própria ( 2015)
	Com base no plano de ação apresentado acima, sugere-se a Coasul, o Controle da poluição: tem por objetivo minimizar possíveis danos ao meio Ambiente e a saúde pública. No controle da poluição por resíduos sólidos em suspensão, o sistema a ser utilizado é o de aspiração de pó, que serve para coletar todo o pó e as partículas que são emitidas durante a passagem dos grãos pelas máquinas de limpeza e secagem. 
As impurezas captadas são armazenadas em sacos de coleta e posteriormente distribuídas nas áreas agricultáveis dos próprios associados, onde servem como adubo orgânico. Os ciclones, normalmente são instalados no lado externo dos prédios, acoplados as máquinas por flanges e por dutos de ligação que conduzem as partículas (impurezas sólidas). Esse equipamento possui uma regulagem de maior ou menor passagem de ar, que deve ser adequada de acordo com a menor ou maior quantidade de impurezas presente nos produtos ou suas características. E ainda disponibilizamos um equipamento chamado filtro de mangas. Sua função e reter todo o pó passado pelos ciclones.
Plano de ação para a melhoria da comunidade local da Coasul de médio a longo:
Quadro 05 – Plano de ação para a comunidade
	Objetivo
	Meta
	Prazo
	Plantio e doação de árvores nativas 
	Recuperar áreas degradas
e incentivar a população local, 
através da conscientização
	05 anos
	Biblioteca, no espaço
 interno da cooperativa
	Incentivar a leitura 
dos cooperados,
 e a disseminar os princípios cooperativistas
	01 ano
Fonte:Elaboração própria ( 2015)
4.1 Impactos negativos e positivos da atividade da Coasul
A atividade desenvolvida na cooperativa é importante para a comunidade local e desenvolvimento da região, deste modo foram elencados alguns pontos de impactos positivos da atividade: 
Geração de empregos diretos e indiretos;
Agregação de valor à produção regional;
Redução das perdas de quantidade e qualidade;
Ampliação da arrecadação de tributos; 
Comercialização oportuna. Possibilita aos agricultores proceder a comercialização no momento mais adequado;
Por outro lado as atividades da Coasul causam impactos que atinge tanto o meio ambiente quanto a sociedade, desta forma durante todo o processo a cooperativa deve ter muita atenção nestes pontos e buscar sempre minimizar os impactos através de algumas medidas elencadas no quadro abaixo: 
Quadro 06 - Impactos e medidas solucionadoras
	Impactos
	Medidas para conter o impacto 
	Emissão de material particulado pelos equipamentos operacionais e pela movimentação (carga e descarga) e ruídos dos equipamentos
	Filtros nas saídas do secador e exaustores dos equipamentos operacionais e barreiras 
vegetais no entorno, uso de lenha seca, regulagem adequada do secador e adequação do processo de compostagem com rápida destinação para os resíduos orgânicos. 
	Aumento da população de roedores
 nas proximidades
	programa integrado de controle
 da população de roedores.
	Proliferação de insetos comuns
 à massa de grãos
	Manejo integrado de pragas de grãos armazenados com eficientes técnicas de tratamentos fitossanitários,
combinadas com a limpeza e máximo
 aproveitamento dos cereais
	Utilização de recursos 
florestais para lenha
	Uso exclusivo de lenha oriunda de áreas de reflorestamento para fins energéticos, principalmente eucaliptos.
Fonte: Elaboração própria ( 2015)
4.2 Controles de Acidentes
A Cooperativa possui normas de segurança do trabalho, as quais possuem procedimentos para que sejam realizadas suas atividades com segurança, periodicamente os empregados recebem treinamentos sobre os procedimentos corretos de trabalho.
Para a segurança dos empregados a cooperativa dispõe de equipamentos de proteção coletiva e para proteção pessoal, é disponibilizado equipamentos de proteção individual conforme a necessidade.
Em situações de acidente pessoal, serão prestados os primeiros socorros no local, pela própria equipe que é sistematicamente treinada e posteriormente será encaminhamento ao hospital para atendimento médico adequado.
Em casos de incêndios existe um conjunto de extintores localizados em locais de fácil acesso para a contenção inicial do foco de incêndio.
 Periodicamente é realizado treinamento com todos os funcionários envolvidos no processo produtivo. Desta forma, seria realizado o combate ao princípio incêndio pela própria equipe e imediatamente seria contatado o Corpo de Bombeiros, para auxiliar no controle do eventual incêndio.
A Cooperativa possui uma equipe com engenheiro, técnico, enfermeira e medico do trabalho, que atua prevenindo situações de riscos, acidentes e doenças do trabalho dando maior segurança aos empregados.
A mesma possui implantada a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a qual realiza várias ações como cursos, treinamentos, inspeções nos locais de trabalho e investigações de acidentes. 
A cooperativa possui também o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o qual tem por objetivo identificar os riscos existentes em diferentes processos de trabalho, levar os conhecimentos de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais a todos os empregados através da antecipação, reconhecimento, avaliação, controle e monitoramento, contribuindo para a redução dos mesmos. Em conjunto com o PPRA existe o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), o qual tem por objetivo promover a saúde dos trabalhadores, prevenir e diagnosticar precocemente as doenças, aumentar a qualidade de vida, reduzir o número de acidentes e doenças do trabalho e tornar melhor as condições de trabalho.
Com este conjunto de ações e medidas a cooperativa mantém a saúde e a integridade de seus empregados e também o controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
7 LIMITAÇÕES E DESAFIOS
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos estudos e observações levantadas junto ao empreendimento, analisando os impactos gerados foi possível verificar todas as não concordâncias atualmente existentes na questão ambiental. Com isso, foi possívelorganizar um plano de ação para a implantação das ações corretivas, visando obter harmonia relativas ao ambiente, comunidade e produção.
Além disso, a implantação de novas tecnologias, e o uso de equipamentos mais modernos devem ser usados para a melhoria contínua do comportamento ambiental, diminuindo impactos visuais e possíveis problemas futuros com a comunidade local e o meio ambiente.
Neste sentido, recomenda-se que a cooperativa busque sempre a ações corretivas e programas de monitoramento com a capacitação dos funcionários; para os mesmos estejam sempre capazes a desenvolver as atividades de forma consciente e ecologicamente correta, num melhoramento descontinuo e equilibrado.
9 REFERÊNCIAS UTILIZADASALMEIDA, J. R. etá al. Política e planejamento ambiental. Rio de Janeiro: Ed. Thex, 2005.
ALMEIDA, J. R et al., Gestão ambiental: para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Ed. Thex, 2006.
BALSAN, R. IMPACTOS DECORRENTES DA MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. CAMPO – TERRITÓRIO: revista de geografia agrária, v.1, n.2, p.123-151, Rio Grande do Sul.2006
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Plano Safra 2015/2016. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/pap> Acessado em 17/09/2015
 NASSAR, Andre M. Do crétido para a mitigação de riscos. Revista de Política Agrícola. Brasília -DF. 2015. Disponível: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/RPA%201%202015%20em%20pdf.pdf> Acessado em 18/09/2015.
SOUZA, Leonardo S. A Importância Econômica das Exportações de Commodities para o Brasil. BOLETIM MUNDORAMA. Divulgação Científica em Relações Internacionais. ISSN 2175-2052. 2011. Disponível em: <http://mundorama.net/2011/06/14/a-importancia-economica-das-exportacoes-de-commodities-para-o-brasil-por-leonardo-silveira-de-souza/> Acessado em 19/09/2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL. Manual de Trabalhos Acadêmicos da Universidade Federal da Fronteira Sul/Universidade Federal da Fronteira Sul; Simone Padilha ( coord). – Chapecó. 2014. 136 folhas.
COASUL COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL. Relatório anual de atividades 2013. Arquivos da Coasul, 2015

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