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Legislação Social II - AULA 01

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LEGISLAÇÃO SOCIAL II
AULA 01 – PREVIDÊNCIA SOCIAL – ESPÉCIES DE APOSENTADORIAS
Objetivo desta aula:
1. Aprofundar o estudo do direito previdenciário; 
2. Identificar os benefícios em espécies, começando pelas aposentadorias.
Introdução
Prosseguindo com nossos estudos, nossa disciplina visa acrescentar ainda mais aos conhecimentos já adquiridos, tratando na nossa aula das espécies de aposentadorias que integram nosso ordenamento jurídico Para isso, faz-se necessário o estudo da legislação pertinente para aplicação no nosso cotidiano, vamos conhecê-la?
Daremos continuidade ao estudo da previdência social, agora abordando os benefícios que podem ser concedidos aos segurados obrigatórios e facultativos.
Iniciaremos nossos estudos, falando das aposentadorias e os requisitos para concessão.
Aposentadoria por invalidez
Iniciaremos nosso estudo pela Aposentadoria por Invalidez
Está disciplinada nos artigos 42 a 47 da Lei 8213/91.
A aposentadoria por invalidez é concedida ao segurado que pode ou não estar em gozo de auxílio doença, conforme artigo 42 da lei 8213/91 e 43 do Decreto 3048/99 RPS. Observa-se que em tal hipótese, sua concessão fica adstrita à incapacidade para o trabalho e à impossibilidade de reabilitação para atividade laborativa que possa vir a garantir-lhe a sua subsistência. 
Significa que tem por objetivo substituir a remuneração do segurado que se encontre incapaz, total e definitivamente, para o exercício de atividade que lhe garanta sobrevivência.
Qual o procedimento para concessão da aposentadoria por invalidez? É obrigatório que o segurado se submeta a algum exame?
No nosso cotidiano, primeiro o segurado se submete à perícia médica, que é obrigatória, por médico habilitado pelo INSS e é concedido o auxílio doença que trataremos posteriormente.
Vejamos o que dizem os artigos 42, §1º, da lei 8213/91, e 43,§1º, do Decreto 3048/99.
Significa que o INSS, na verdade, espera e por medida de precaução, que haja uma recuperação do segurado por isso concede o auxilio doença.
Se não ocorrer a recuperação, destacando que o sentido é amplo, englobando a total inviabilidade e impossibilidade de exercício de atividade laborativa e adaptação a outra atividade, pode conceder a aposentadoria.
Para a concessão do beneficio, são exigidas, em regra, contribuições mínimas para sua concessão. Nessa hipótese, a carência é de 12 contribuições mensais, salvo se for em razão de acidente de qualquer natureza ou moléstia grave, a carência é dispensada. 
É indispensável, contudo, que o segurado compareça à Previdência para reavaliação e realização dos exames e tratamentos, sob pena de cessação do benefício. Se o segurado não puder comparecer à perícia, o perito deverá se deslocar até onde se encontra o segurado.
ATENÇÃO!
Quais os requisitos indispensáveis?
1) Ser segurado.
2) Carência: 12 contribuições mensais. Se for em razão de acidente de qualquer natureza, ou moléstia grave, a carência é dispensada. 
3) Incapacidade total e definitiva para o exercício de atividade que garanta a sobrevivência do segurado e dos seus dependentes. O perito do INSS deve comprovar essa incapacidade.
Aposentadoria por idade
Tem como finalidade, garantir a manutenção do segurado e de sua família, quando sua idade avançada não permita mais a continuidade do exercício de suas atividades laborativas.
O beneficio em questão encontra-se disposto na Lei 8213/91, nos artigos 48 a 51 e 51 a 55 do Regulamento da Previdência Social.
Requisitos para a sua concessão
Se for homem aos 65 anos de idade.
Se for mulher aos 60 anos de idade.
Haverá redução em 05 anos o limite na hipótese de trabalhador rural, em ambos os casos. E, ainda, para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar.
Além da idade, é necessário que o segurado tenha cumprido a carência mínima exigida em lei, ou seja, 180 contribuições atualmente, para os segurados filiados ao RGPS, a partir de 1991, data em que foi promulgada a Lei 8213/91, que aumentou o período de 60 para 180 contribuições. 
Em regra os requisitos deveriam ser cumulativos. Todavia não é o que ocorre.
A lei 10666/03 excluiu a perda qualidade de segurado para aposentadoria por idade para aqueles que já tenham a carência mínima cumprida, no caso 180 contribuições.
Podemos exemplificar tal situação no caso de um homem que tenha trabalhado dos 40 aos 55 anos de idade e posteriormente não mais contribuiu. Pelo raciocínio acima, ele poderá se aposentar por idade, pois já cumpriu a carência mínima de 180 contribuições.
Apesar de não ser a praxe do cotidiano, a aposentadoria por idade poderá ser requerida pela empresa, desde que o segurado tenha cumprido a carência quando completar 70 anos de idade, se do sexo masculino e 65 do sexo feminino, sendo compulsória, caso será devida a indenização na forma da legislação trabalhista. (disponibilizar o art. 51 da Lei 8213/91
Há que ressaltar a hipótese de empregado público, e os efeitos da aposentadoria por idade, conforme salienta muito bem o professor Fábio Zambitte: “o empregado público que se aposenta, ao contrário dos demais trabalhadores, deverá deixar a empresa pública, sociedade de economia mista ou entidade em que trabalha, pois com a aposentadoria, pela jurisprudência dominante, está rompido o vinculo empregatício, sendo novo ingresso somente possível por meio de concurso público (IIbrahim, Fabio Zambitte, síntese jurídica, impetus, 2005, /pag 164).
Essa forma de aposentadoria é concedida independentemente da vontade do segurado. O segurado, porém, deve ter preenchido todos os requisitos: idade, carência, tempo de contribuição, senão o empregador não poderá requerer a aposentadoria ao seu empregado. 
Trata-se, pois de uma faculdade do empregador, quer dizer que não há obrigatoriedade em requerer a aposentadoria compulsória de seu empregado.
Por fim, pode ainda ocorrer a aposentadoria por idade, em decorrência de transformação de aposentadoria por invalidez ou auxílio doença, só requerida pelo segurado desde que cumprida a carência, ou seja poderá requerer a conversão o que lhe possibilitará o retorno, inclusive, ao mercado de trabalho, sem que haja a perda do beneficio, assim como não haverá mais a necessidade de submeter-se a novas perícias.
Aposentadoria por tempo de contribuição
Antigamente, essa aposentadoria era chamada de aposentadoria por tempo de serviço, porém esta deixou de existir com a EC n. 20, passando a subsistir a aposentadoria por tempo de contribuição.
Aposentadoria por tempo de contribuição encontra amparo no artigo 201, § 7.º, da CRFB/88, assim como no art.56, decreto 3048/99. 
Com a atual aposentadoria por tempo de contribuição, o segurado tem que provar que trabalhou e contribuiu.
O segurado empregado, porém, não precisa provar que contribuiu, pois sua contribuição é presumida. Caso o empregador não tenha repassado as contribuições que recolheu do empregado à Previdência, será cobrado por isso, pois o empregado não pode ser prejudicado.
A aposentadoria por tempo de contribuição também exige no mínimo carência de 180 contribuições mensais.
A aposentadoria pode ser integral ou proporcional
Para ter direito à aposentadoria integral ou proporcional, é necessário também o cumprimento do período de carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa data têm de seguir a tabela progressiva. 
ATENÇÃO!
A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição.
A aposentadoria pode ser integral ou proporcional
Vale lembrar que o Decreto 6.722, de 30 de dezembro de 2008, dispõe que os dados constantes no Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS valem para todos os efeitos como prova de filiação à Previdência Social, relação de emprego, tempo de serviço ou de contribuição e salários-de-contribuição, podendo,em caso de dúvida, ser exigida pelo INSS a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação. Da mesma forma, o segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a inclusão, exclusão ou retificação das informações constantes do CNIS com a apresentação de documentos comprobatórios dos dados divergentes, conforme critérios definidos pelo INSS.
Importantíssimo notar que a inclusão do tempo de contribuição, prestado em regimes próprios de previdência, dependerá da apresentação de "Certidão de Tempo de Contribuição", emitida pelo órgão de origem. Para inclusão de tempo de serviço militar, é necessário apresentar Certificado de Reservista ou Certidão emitida pelo Ministério do Exército, Marinha ou Aeronáutica.
Caso suas informações cadastrais, vínculos e remunerações constem corretamente no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, será necessário apresentar os seguintes documentos:
• Número de Identificação do Trabalhador - NIT (PIS/PASEP ou número de inscrição do contribuinte individual/facultativo/empregado doméstico).
• Documento de identificação (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social, entre outros);
• Cadastro de Pessoa Física - CPF (documento obrigatório).
Não será contado como tempo de contribuição, o já considerado para concessão de qualquer aposentadoria do RGPS ou por outro regime de previdência social.
Se o segurado já se aposentou, por um regime próprio (união, estado ou município), poderá se aposentar novamente pelo regime geral, contudo não poderá utilizar o tempo de serviço para contagem no RGPS.
ATENÇÃO!
A aposentadoria por tempo de contribuição exige carência de mínima de 180 contribuições mensais.
Se o segurado quiser efetuar recolhimentos em atraso, não há problema conta-se como tempo de contribuição, mas não conta como carência, porque a carência são as conrtibuições mensais que o segurado faz.
Aposentadoria especial
É devida ao segurado que tenha trabalhado durante, 15, 20 ou 25 anos, em conformidade com a situação em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Podemos perceber que o benefício tem por finalidade atender a segurados que em razão de sua natureza de trabalho, fiquem expostos a agentes físicos, químicos e biológicos , ou combinação de das espécies mencionadas, acima dos limites de tolerância aceitos
Quem faz jus à aposentadoria especial?
Será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual (este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção). 
Não há distinção entre homens e mulheres: todos devem cumprir o mesmo tempo de atividade sujeita ao agente nocivo para, então, obter o benefício previdenciário especial.
ATIVIDADE
Após a análise da nossa aula, vamos pensar num caso hipotético?
Delores atualmente conta com 61 anos, tendo contribuído para previdência, no período compreendido entre 1992 a 2007. Depois disso, parou de contribuir e agora deseja se aposentar por idade.
Com base nos temas abordados em nossa aula, Delores faz jus a aposentadoria por idade?
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SÍNTESE DA AULA
Nesta aula, você:
Conheceu as espécies de aposentadorias contempladas na nossa legislação;
Analisou os requisitos para concessão de cada espécie de aposentadoria.
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA
Na próxima aula, você vai estudar:
Pensão por morte.
Auxílios doença comum e acidentário .
Salários família e maternidade.
Reabilitação profissional.
GABARITO
Sim, visto que Dolores cumpriu o período mínimo de contribuição para aposentadoria por idade, ou seja, 180 contribuições de acordo com o art. 25, II da Lei 8213/91.

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