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RELAÇÕES DE PARENTESCO

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MATERIAL DE APOIO Nº 16 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO – FCHPE 
DIREITO CIVIL IV – FAMÍLIA 
PROF. CARLOS ÁTILA 
 
1 
 
Consulta: Direito Civil, Famílias, Paulo Lôbo, Ed. Saraiva. 5ª Edição. (2014) 
ADVERTÊNCIA: ESTE MATERIAL SERVE PARA MERA ORIENTAÇÃO, NÃO 
TENDO A FINALIDADE DE ESGOTAR OS TEMAS ABORDADOS. O ESTUDO 
DEVE SER APROFUNDADO POR MEIO DE MANUAIS DOUTRINÁRIOS BEM 
COMO DURANTE AS AULAS EXPOSITIVAS. BONS ESTUDOS! 
 
RELAÇÕES DE PARENTESCO 
1. Base legal: art. 1591 a art. 1595 do CC. 
 
2. Noções gerais: Destaca-se inicialmente que as pessoas se unem em 
uma família em razão dos seguintes vínculos: 
 
▪ Vínculo conjugal ou união estável; 
▪ Parentesco por consanguinidade ou outra origem; 
▪ Afinidade. 
 
3. Conceitos: 
 
▪ Relação que vincula entre si as pessoas que descendem do 
mesmo tronco ancestral. (Clóvis Beviláqua) 
 
▪ É a relação que vincula entre si pessoas que descendem umas 
das outras, ou de autor comum (consanguinidade), que aproxima 
cada um dos cônjuges dos cônjuges dos parentes do outro 
(afinidade), ou que se estabelece, pro fictio iuris, entre adotante e 
adotado. (Pontes de Miranda) 
 
▪ Parentesco em sentido estrito: Abrange somente o 
consanguíneo, definido de forma mais correta como a relação que 
vincula entre si pessoas que descendem umas das outras, ou de 
um tronco comum. 
 
▪ Parentesco em sentido amplo: Abrange não apenas o 
parentesco consanguíneo, mas também o parentesco por 
MATERIAL DE APOIO Nº 16 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO – FCHPE 
DIREITO CIVIL IV – FAMÍLIA 
PROF. CARLOS ÁTILA 
 
2 
 
Consulta: Direito Civil, Famílias, Paulo Lôbo, Ed. Saraiva. 5ª Edição. (2014) 
ADVERTÊNCIA: ESTE MATERIAL SERVE PARA MERA ORIENTAÇÃO, NÃO 
TENDO A FINALIDADE DE ESGOTAR OS TEMAS ABORDADOS. O ESTUDO 
DEVE SER APROFUNDADO POR MEIO DE MANUAIS DOUTRINÁRIOS BEM 
COMO DURANTE AS AULAS EXPOSITIVAS. BONS ESTUDOS! 
 
afinidade e o decorrente da adoção ou de outra origem, como as 
técnicas de reprodução assistida. 
 
▪ Parentesco por afinidade: É o vínculo que se estabelece entre 
um dos cônjuges ou companheiro e os parentes do outro (sogro, 
genro, cunhado). A relação tem os seus limites traçados na lei e 
não ultrapassa esse plano, pois que não são entre si parentes ou 
afins de afins. (affinitas affinitatem non parit) Tal vinculo resulta 
exclusivamente do casamento ou união estável. 
 
4. Importância: Reveste-se de grande importância prática, porque a lei lhe 
atribui efeitos relevantes, estatuindo direitos e obrigações recíprocas 
entre os parentes, de ordem pessoal e patrimonial, e fixando proibições 
com fundamento em sua existência. (Orlando Gomes) 
 
5. Parentesco resultante da consanguinidade ou de outra origem. (art. 
1593) 
 
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de 
consanguinidade ou outra origem. 
▪ Natural é que decorre da consanguinidade; 
▪ Civil é o que decorre da uma criação legal; (Ex. adoção) 
 
▪ Outra origem: 
 
- As hipóteses dos filhos nascidos da inseminação artificial 
heterólogo. (art. 227, § 6º da CF, art. 1597, V do CC) 
 
- Relações de parentesco socioafetiva. * 
 
6. As relações de parentesco socioafetivas: * 
MATERIAL DE APOIO Nº 16 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO – FCHPE 
DIREITO CIVIL IV – FAMÍLIA 
PROF. CARLOS ÁTILA 
 
3 
 
Consulta: Direito Civil, Famílias, Paulo Lôbo, Ed. Saraiva. 5ª Edição. (2014) 
ADVERTÊNCIA: ESTE MATERIAL SERVE PARA MERA ORIENTAÇÃO, NÃO 
TENDO A FINALIDADE DE ESGOTAR OS TEMAS ABORDADOS. O ESTUDO 
DEVE SER APROFUNDADO POR MEIO DE MANUAIS DOUTRINÁRIOS BEM 
COMO DURANTE AS AULAS EXPOSITIVAS. BONS ESTUDOS! 
 
 
▪ Funda-se na possibilidade de reconhecimento de paternidade 
“desbiologizada ou socioafetiva”, em que, embora inexistam laços 
de sangue, há vínculos afetivos que a sociedade reconhece como 
mais importantes que o vínculo de sangue; 
 
▪ As relações de parentesco socioafetivas “inscrevem-se na 
realidade segundo a qual uma pessoa é recepcionada no âmbito 
familiar, sendo nesta criada e educada, tal como se da família 
fosse”. (Luiz Edson Fachin) 
 
▪ É possível a paternidade socioafetiva fundada na posse do 
estado de filiação, vez que a verdade socioafetiva não é menos 
importante que a verdade biológica, assim, a realidade jurídica 
não está fincada apenas nos lacos biológicos, mas também nos 
afetivos; 
 
▪ O STJ entende que o vínculo socioafetivo prevalece sobre a 
verdade biológica e que a maternidade socioafetiva deve ser 
reconhecida, mesmo no caso em que a mãe tenha registrado a 
filha de outra pessoa como sua; 
 
▪ Por outro lado, o STJ igualmente entendeu em um caso concreto, 
que a paternidade socioafetiva, mantida com o pai registral, não 
afasta os direitos decorrentes da paternidade biológica, sob pena 
de violar o direito à dignidade da pessoa humana. Assim, 
“reconhecida à paternidade biológica, prospera a petição de 
herança, não subsistindo aos sucessores do investigado 
legitimidade pugnar pela prevalência da paternidade socioafetiva, 
sobretudo quando o próprio pai registral concorda com o pleito. 
MATERIAL DE APOIO Nº 16 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO – FCHPE 
DIREITO CIVIL IV – FAMÍLIA 
PROF. CARLOS ÁTILA 
 
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Consulta: Direito Civil, Famílias, Paulo Lôbo, Ed. Saraiva. 5ª Edição. (2014) 
ADVERTÊNCIA: ESTE MATERIAL SERVE PARA MERA ORIENTAÇÃO, NÃO 
TENDO A FINALIDADE DE ESGOTAR OS TEMAS ABORDADOS. O ESTUDO 
DEVE SER APROFUNDADO POR MEIO DE MANUAIS DOUTRINÁRIOS BEM 
COMO DURANTE AS AULAS EXPOSITIVAS. BONS ESTUDOS! 
 
Se é o próprio filho que busca o reconhecimento de vinculo 
biológico com outrem, porque durante toda a vida foi induzido a 
acreditar em uma verdade que lhe foi imposta por aqueles que o 
registraram , não é razoável que se lhe imponha a prevalência da 
prternidade socioafetiva, a fim de impedir sua pretensão, ainda 
que haja consequência patrimonial advinda do reconhecimento 
jurídico do vínculo de parentesco”; 
 
▪ Na V Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal 
aprovou-se o seguinte enunciado – nº 519: “O reconhecimento 
judicial do vínculo de parentesco em virtude de socioafetividade 
deve ocorrer a partir da relação entre pais (s) e filho (s), com base 
na posse do estado de filho, para que produza efeitos pessoais e 
patrimoniais”. 
 
7. A questão da multiparentalidade: É uma questão que goza de 
aceitação na doutrina, que sustenta a possibilidade e reconhecimento de 
“dupla paternidade” ou “multiparentalidade”. 
 
▪ O tema é polêmico, tendo surgido algumas decisões judiciais 
quem admitem a hipótese do registro conjunto. (Ex. preservação 
da maternidade biológica, quando a mãe faleceu no parto e a 
criança foi criada, tendo sido criada por terceira pessoa como 
filha) (TJSP) 
 
▪ A formação da família moderna não consanguínea tem sua base 
na afetividade e nos princípios da dignidade da pessoa humana e 
da solidariedade. (art. 1593 do CC) 
 
MATERIAL DE APOIO Nº 16 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO – FCHPE 
DIREITO CIVIL IV – FAMÍLIA 
PROF. CARLOS ÁTILA 
 
5 
 
Consulta: Direito Civil, Famílias, Paulo Lôbo, Ed. Saraiva. 5ª Edição. (2014) 
ADVERTÊNCIA: ESTE MATERIAL SERVE PARA MERA ORIENTAÇÃO, NÃO 
TENDO A FINALIDADE DE ESGOTAR OS TEMAS ABORDADOS. O ESTUDO 
DEVE SER APROFUNDADO POR MEIO DE MANUAIS DOUTRINÁRIOS BEM 
COMO DURANTE AS AULAS EXPOSITIVAS. BONS ESTUDOS! 
 
8. Parentesco resultante da adoção: Os filhos, havidos ou não da 
relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e 
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas 
à filiação. (art.227, § 6º da CF e art. 1596 do CC) 
 
Art. 1.619. A adoção de maiores de 18 (dezoito) anos dependerá da 
assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva, 
aplicando-se, no que couber, as regras gerais da Lei nº 8.069, de 13 
de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
9. O parentesco espiritual: O sistema jurídico brasileiro não confere 
importância ao parentesco espiritual (spiritualis cognatio), derivado das 
qualidades de padrinho e afilhado, cujo direito canônico sempre 
reconheceu, inclusive como impedimento matrimonial. 
 
10. Vínculos de parentesco: Estabelece-se pro linhas: reta e colateral, e a 
contagem faz-se por graus. 
 
▪ Parentesco em linha reta: São parentes em linha reta as 
pessoas que estão umas para com as outras na relação de 
ascendentes e descendentes. (art. 1591) 
 
✓ Efeitos importantes do parentesco em linha reta: 
 
✓ Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos 
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e 
amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. (art. 
229 da CF/88) 
 
MATERIAL DE APOIO Nº 16 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO – FCHPE 
DIREITO CIVIL IV – FAMÍLIA 
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Consulta: Direito Civil, Famílias, Paulo Lôbo, Ed. Saraiva. 5ª Edição. (2014) 
ADVERTÊNCIA: ESTE MATERIAL SERVE PARA MERA ORIENTAÇÃO, NÃO 
TENDO A FINALIDADE DE ESGOTAR OS TEMAS ABORDADOS. O ESTUDO 
DEVE SER APROFUNDADO POR MEIO DE MANUAIS DOUTRINÁRIOS BEM 
COMO DURANTE AS AULAS EXPOSITIVAS. BONS ESTUDOS! 
 
✓ Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir 
uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver 
de modo compatível com a sua condição social, inclusive 
para atender às necessidades de sua educação. (art. 1694 
do CC) 
 
✓ A indicação dos descendentes e ascendentes, no art. 
1829, como sucessores legítimos, e como herdeiros 
necessários, no art. 1845 do CC. 
 
▪ Parentesco na linha colateral: São parentes em linha colateral 
ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um 
só tronco, sem descenderem uma da outra. (art. 1592 do CC) 
 
✓ Efeitos importantes da linha colateral: 
 
✓ Acarreta o impedimento para o casamento, até o 
parentesco de terceiro grau. (art. 1521, IV do CC) 
 
✓ Obrigação de pagar alimentos: Na falta dos ascendentes 
cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de 
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos 
como unilaterais. (art. 1697) 
 
✓ Chamamento para suceder até o quarto grau: Se não 
houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas 
no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até 
o quarto grau. (art. 1839) 
 
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Consulta: Direito Civil, Famílias, Paulo Lôbo, Ed. Saraiva. 5ª Edição. (2014) 
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COMO DURANTE AS AULAS EXPOSITIVAS. BONS ESTUDOS! 
 
✓ Adoção do principio de que os mais próximos excluem os 
mais remotos. (art. 1840) 
Das Relações de Parentesco 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as 
outras na relação de ascendentes e descendentes. 
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as 
pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra. 
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de 
consangüinidade ou outra origem. 
Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de 
gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos 
parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente. 
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo 
vínculo da afinidade. 
§ 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes 
e aos irmãos do cônjuge ou companheiro. 
§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento 
ou da união estável.

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