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Universidade Estácio de Sá – Campus Resende
Disciplina: Direito Civil V (Direito de Família)
Prof.: Ciro Ferreira dos Santos
Aula 02 – 1. Direito de Família 
a. Conceito de Direito de Família 
b. Importância do Direito de Família 
c. Estrutura e Objeto do Direito de Família 
d. Fontes do Direito de Família brasileiro 
 
2. Relações de Parentesco 
a. Conceito e espécies (consanguíneo, por afinidade e civil) 
b. Linhas e Graus – contagem 
c. Efeitos jurídicos (arts. 1.591 a 1.595, CC) 
Conceito de Direito de Família
 
Complexo de normas que regulam a celebração do casamento, sua validade e os efeitos que dele resultam, as relações pessoais e econômicas da sociedade conjugal, a dissolução desta, a união estável, as relações entre pais e filhos, o vínculo do parentesco e os institutos complementares da tutela e curatela. Insere-se nesse conceito, todos os institutos do direito de família, regulados pelo novo Código Civil nos arts. 1.511 e 1.783.
É o ramo do direito que regula as relações existentes entre os diversos membros da família e as suas influências sobre as pessoas e bens.
É o ramo do direito civil concernente às relações entre pessoas unidas pelo matrimônio, pela união estável ou pelo parentesco e aos institutos complementares de direito protetivo ou assistencial, pois embora a tutela ou a curatela não advenham de relações familiares, tem devido a sua finalidade, conexão com o direito de família.
Conteúdo do Direito de Família
Direito Matrimonial – abrange as normas concernentes à validade do casamento (capacidade para o casamento, impedimentos matrimoniais, causas suspensivas, celebração, prova, nulidade e anulabilidade do casamento); à relações pessoais entre os cônjuges (direitos e deveres recíprocos e relações econômicas); e a dissolução da sociedade conjugal e do vínculo matrimonial.
Direito Convivencial – regula as relações advindas do concubinato e da união estável.
Direito Parental – regula as relações de parentesco, contento normas sobre filiação, adoção, poder familiar e alimentos.
Direito Assistencial – disciplina os institutos do direito protetivo, ou seja, a Guarda, a Tutela, e a Curatela e Medidas específicas de proteção ao menor (ECA – Lei. 8.069/90).
Objeto do Direito de Família
A família é o objeto do direito de família, mesmo que determinadas relações não sejam necessariamente ligadas diretamente ao contexto de família (tutela e curatela), no contexto jurídico temos três acepções fundamentais do vocábulo família, que são elas: a) amplíssima; b) a lata e c) a restrita. 
A amplíssima – abrange todos os indivíduos que estiverem ligados pelo vínculo da consangüinidade ou da afinidade, chegando a incluir estranhos, como no caso do art. 1.412 § 2° do CC, em que as necessidades da família do usuário compreendem também as das pessoas de seu serviço doméstico. 
A lata – além dos cônjuges ou companheiros, de seus filhos, abrange parentes da linha reta ou colateral, bem como os afins (parentes do outro cônjuge ou companheiro), como se verifica no art. 1.591 e seguintes do CC. 
A restrita – conjunto de pessoas unidas pelos laços do matrimônio e da filiação, ou seja, unicamente os cônjuges e a prole. Dá-se o nome de entidade familiar a comunidade familiar formada pelos pais, que vivem em união estável, ou por qualquer dos pais e descendentes, independente de existir vínculo conjugal.
Critérios do Direito de Família
Com base nessas acepções, a legislação emprega a palavra família tendo em vista os seguintes critérios:
Critério Sucessório – A família abrange os indivíduos chamados por lei a herdar um dos outros. Compreende todos os parentes em linha reta (ascendentes e descendentes), os cônjuges ou companheiros e os colaterais até o 4° grau.
Critério da Autoridade – A família restringe-se aos pais e filhos menores, pois nela se manifesta o poder familiar.
Critério Fiscal – Com relação ao Imposto de Renda, a família restringe-se ao marido, à mulher, ao companheiro, aos filhos menores, aos maiores inválidos ou que freqüentarem a universidade às expensas do pai; às filhas solteiras e ao ascendente inválido que viva sob dependência econômica do contribuinte e aos filhos que morem fora do ambiente doméstico se pensionados em razão de sentença judicial.
Critério Previdenciário – A família abrange o casal, os filhos de qualquer condição até 21 anos (não emancipados) ou inválidos (as), enteados e menores sob tutela.
Caracteres da Família
Caráter Biológico – É a família por excelência, agrupamento natural.
Caráter Psicológico – Fator espiritual que une os componentes do grupo, é o amor familiar.
Caráter Econômico – Grupo dentro do qual o homem e a mulher, com auxílio mútuo e o conforto afetivo, se munem de elementos para a realização material, intelectual e espiritual.
Caráter Religioso – Tratando família como instituição, ela é um ser eminentemente ético e moral (influência do Cristianismo).
Caráter Político – Família e a célula da sociedade (art. 226 CF) e dela nasce o Estado.
Caráter Jurídico – Estrutura orgânica regulada por normas jurídicas.
Fontes do Direito de Família no Direito Brasileiro
Considerado o vocábulo “fonte” com sendo a origem histórica, pode-se dizer que o direito de família foi bastante influenciado pelo Direito Canônico, introduzido em nossa legislação pelas Ordenações Filipinas e, posteriormente, pelo Código Civil de 1916.
Atualmente, são consideradas fontes formais do Direito de Família:
a) a Constituição Federal (arts. 226 e 227);
b) o Código Civil (Livro próprio, dividido em 2 Títulos: Direitos Pessoais (arts. 1.511 a 1.638) e Direitos Patrimoniais (art. 1.639 ss.).
c) outras leis: Código Penal, Código de Processo Civil, Estatuto da Criança e do Adolescente, Convenções internacionais, etc.
Também a jurisprudência constitui uma importante fonte do direito de família nos dias atuais, visto que as recentes decisões dos tribunais têm influenciado enormemente esse ramo do direito.
Parentesco
Conceito: 
É a relação vinculatória existente não só entre pessoas que descendem uma das outras ou de um mesmo tronco comum, mas também entre um cônjuge ou companheiro e os parentes do outro, entre adotante e adotado e entre pai institucional e filho socioafetivo.
Espécies:
Natural ou consangüíneo (art. 1.593 e 1.595 CC) – vínculo entre pessoas descendentes de um mesmo tronco ancestral, portanto ligadas umas as outras pelo mesmo sangue. Ex.: pai e filho, dois irmãos, dois primos, etc.
linha reta – pessoas ligadas umas as outras por vínculo de ascendência ou descendência.
linha colateral – pessoas provindas de um tronco comum, não descendem umas das outras.
Matrimonial – parentesco oriundo do casamento
Extramatrimonial – parentesco oriundo de relações fora do casamento (união estável, relações sexuais eventuais, etc.)
duplo ou simples – conforme derive dos dois genitores ou somente de um deles. 
Ex. Irmão Germanos – nascidos dos mesmos pais. 
 Irmãos Unilaterais – que são de um só deles (pai ou mãe) e podem ser:
	 - Uterinos – filhos da mesma mãe e pais diversos.
	 - Consangüíneos – filhos do mesmo pai e de mães diferentes.
Afim (art. 1.595 §§ 1º e 2º e 1.521 CC) – estabelece por determinação legal, sendo o liame jurídico entre um consorte, companheiro e os parentes consangüíneos e civis do outro, nos limites estabelecidos em lei, desde que haja matrimônio válido ou união estável. O concubinato impuro e o casamento putativo (segundo alguns autores) não gera tal afinidade (é controverso). O parentesco afim gera impedimento matrimonial na linha reta, assim não podem casar sogro e nora, sogra e genro, enteada e padrasto, enteado e madrasta, em hipótese alguma. Na linha colateral, cessa a afinidade com o óbito do cônjuge ou companheiro.
Obs: Art. 1.521, IV – vide rats. 1° e 3° do decreto-Lei n° 3.200de 19/04/41, que permite o casamento de parentes colaterais de terceiro grau.
Civil (art. 1.593 CC) – refere-se a Adoção, estabelece vínculo entre o Adotante e o Adotado, que estende-se aos parentes de um e de outro.
Sócioafetivo (art. 1.593 e 1.597, V CC) – relação entre o pai institucional e o filho advindo de inseminação artificial heteróloga, gerando relação paterno-filial, apesar não haver vínculo biológico entre o filho e o marido de sua mãe, que anuiu na reprodução assistida.
Importância do parentesco – Efeitos Jurídicos
Obrigação alimentar 
Direitos e deveres recíprocos
Proibições – Casamento – Impedimentos
testemunhar contra outro parente (art. 405, § 2º CPC)
Impedimentos – Juiz não pode atuar em processo de parente (art. 134, IV e V do CPC)
Impedimento – Inegibilidade (art. 14, § 7º CF) – Presidente, Governador, Prefeito e seus substitutos.
Contagem de Grau – Parentesco
Parentesco Consangüíneo:
a) Linha Reta (art. 1.591 e 1.594, 1ª parte CC)
Conceito: São as pessoas que estão ligadas umas ás outras por um vínculo de ascendência e descendência (art. 1.591 CC)
É contado pelo número de gerações, ou seja, de relações existentes entre o genitor e o gerado. Tantos serão os graus quantas forem as gerações (art. 1.594, 1ª parte). Cada geração representa um grau.
b) Linha Colateral (art. 1.592 e 1.593, 2ª parte)
Conceito: São as pessoas que, provindas de tronco comum, não descendem umas das outras (art. 1.592 CC).
Também se conta pelo número das gerações, subindo, porém, de um dos parentes até o ascendente comum, e descendo, depois, até encontrar o outro parente (art. 1.594, 2ª parte).
Nosso ordenamento jurídico limita o parentesco em linha colateral até o 4º grau.
Simetria entre afinidade e parentesco natural
Afinidade – Conceito:
Liame jurídico que se estabelece entre cada consorte ou companheiro e os parentes do outro, mantendo certa analogia com o parentesco consangüíneo no que concerne a determinação das linhas e graus (art. 1.595 §§ 1º e 2º CC). 
Linha Reta – não se extingue com o fim da união (art. 1.595 § 2º CC)
Linha Colateral – limite até o 2º grau. Extingue-se com o fim da união (art. 1.595 § 1º, 2ª parte)
Caso Concreto
Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique sua resposta.
Gabarito: Ainda que sejam irmãos unilaterais, Camila e Gabriel são parentes consanguíneos, em linha colateral de 2o. grau. Portanto, Camila não tem razão, conforme arts. 1593 e 1594, CC.
Questão objetiva 1
(DPE-SC Técnico Administrativo 2013) Assinale a alternativa incorreta de acordo com o Direito Civil brasileiro. 
a.     Na linha reta, considera-se o parentesco até o quarto grau.
b.     São parentes em linha reta os pais, filhos, avós e netos.
c.      O parentesco pode ser natural ou civil.
d.     Com a dissolução do casamento ou da união estável, não se extingue o grau de parentesco por afinidade na linha reta.
e.     Vínculo de parentesco por afinidade é aquele em que cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro.
Gabarito: Letra "A" - art. 1591, CC
Questão objetiva 2
(Defensor Publico TO 2013) Com base no que dispõe o Código Civil sobre as relações de parentesco, assinale a opção correta.
a.     O parentesco por afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
b.     O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou da afinidade.
c.      Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
d.     O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos colaterais do cônjuge ou companheiro, até o quarto grau.
e.     Consideram-se parentes em linha reta as pessoas que estejam umas para com as outras na relação de ascendência, descendência e colateralidade.
Gabarito: Letra "C" - art. 1595, CC.

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