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EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR • ESTÁTICA ISOMÉTRICA • DINÂMICA ISOTÔNICA CONCÊNTRICA EXCÊNTRICA ISOMÉTRICA • ESTABILIZAÇÃO DO MOVIMENTO • UTILIZADA NO INÍCIO DA REABILITAÇÃO • UTILIZADA NOS PÓS-OPERATÓRIOS • MINIMIZA EFEITOS DO DESUSO E IMOBILIZAÇÕES • CONTRAÇÕES MANTIDAS DURANTE 10 SEG., DECANSO DE 10 SEG. POR 10 X (COHEN, 2004); (PRENTICE, 2002). • ORIENTAR RESPIRAÇÃO DO PACIENTE CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA • O MÚSCULO TEM SEU COMPRIMENTO DIMINUÍDO • Ex: Durante o chute no futebol, o quadríceps trabalha de maneira concêntrica CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA • Há um alongamento gradativo das fibras musculares juntamente com a contração EXERCÍCIOS EXCÊNTRICOS LORENZ, D. & REIMAN, M. (2011) • - Exige menor atividade muscular para manter a mesma força • - Menor quantidade de fibras musculares são ativadas para exercer uma mesma força • - Menor consumo de oxigênio quando as fibras são alongadas excentricamente • - Menor produção de calor (menor metabolismo celular) • Os músculos que agem em atividades de desaceleração, principalmente em altas velocidades, devem ser fortalecidos com contração excêntrica. • Ex: Isquiotibiais funcionam como freios do movimento de extensão do joelho durante o chute. • Ex: Rotadores externos do ombro funcionam com freios do da rotação interna do ombro na fase final do arremesso. • PREVENÇÃO DE LESÕES MUSCULARES • PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES TENDÍNEAS • ESTUDOS MOSTRAM DIMINUIÇÃO NO VOLUME DE TENDÕES INFLAMADOS • ESTIMULAM A FORMAÇÃO E A ORGANIZAÇÃO DO TECIDO FIBROSO CICATRICIAL, DE MODO QUE ELE RESISTA À TRAÇÃO SEM MICRORUPTURAS. • Os exercícios excêntricos têm sido utilizados também na prevenção de lesões musculares dos isquiotibiais. Um estudo contou com avaliação isocinética de 30 velocistas de elite comprovou que a fraqueza excêntrica dos isquiotibiais foi um fator comum entre os que sofreram lesões. (SUGIURA et AL, 2008). Cuidado: Os exercícios excêntricos devem ser introduzidos em estágios mais avançados da reabilitação, se forem aplicados de maneira agressiva podem gerar dor muscular tardia (Cohen e Abdala, 2004). • ASKLING et al (2003) • 30 jogadores de futebol em 2 grupos • Grupo 1: treinamento convencional do clube • Grupo 2: treinamento convencional + excêntricos • Avaliação: força de IQT no dinamômetro isocinético; velocidade máxima na corrida; monitoramento de lesões durante 10 meses; • Resultados: o grupo 2 mostrou aumento significativo da força e velocidade em relação ao grupo 1. mostrou também menor número de lesões tendíneas. • Ohberg, Lorentzon e Alfredson (2004), Em seu estudo, observaram que após 12 semanas de treinamento excêntrico de tríceps sural, 32 dos 36 tendões não apresentavam sinais de neovascularização (avaliados por ultra sonografia e Dopler colorido), além de apresentarem uma melhora significativa da sintomatologia. EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS • EXERCÍCIOS PASSIVOS - Prevenir contraturas musculares e aderências capsulares - Manter a integridade articular ou tecido mole - Manter a elasticidade muscular - Estimular o sistema circulatório - Manter a nutrição da cartilagem - Manter os padrões cinestésicos de movimento • EXERCÍCIOS ATIVOS - Ativo Assistido - Ativo Livre - Ativo Resistido • EXERCÍCIOS ISOCINÉTICO - Contração muscular realizada a uma velocidade angular constante EXERCÍCIOS RESISTIDOS • Definição: é qualquer forma de exercício resistido na qual uma contração muscular dinâmica ou estática é resistida por uma força externa, aplicada manual ou mecanicamente. • Favorecem o desempenho muscular: restauram, melhoram ou mantêm a força, a potência e a resistência muscular • Aumentam a força do conjunto dos tecidos conjuntivos: Tendões, ligamentos, músculos • Contribuem para maior densidade mineral óssea • Diminuem a sobrecarga nas articulações durante a atividade física • Contribuem para a capacidade de reparar e regenerar tecidos moles lesados, devido a um impacto positivo na remodelação do tecido • Favorecem o desempenho físico durante atividades laborais, cotidianas e recreativas • Promovem da massa muscular magra ou da gordura corporal • Favorecem a sensação de bem estar • Melhor condicionamento cardiorrespiratório • Liberação de substâncias vasodilatadoras • Melhora da qualidade de vida • FORÇA MUSCULAR: é a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer uma resistência durante um esforço máximo único. O treinamento de força é feito com uma carga pesada em um número pequeno de repetições ou curto período de tempo. • POTÊNCIA: é o trabalho exercido pelo músculo em uma unidade de tempo. Quanto maior a intensidade do exercício e menor o período de tempo para executá-lo, maior a potência. • RESISTÊNCIA À FADIGA: habilidade de se realizar atividades de baixa intensidade, repetitivas ou sustentadas, por um tempo prolongado. O alinhamento apropriado do corpo requerem controle requerem resistência dos músculos posturais. PRINCÍPIOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO • Princípio da sobrecarga: para que o desempenho muscular melhore é preciso aplicar uma carga que exceda a capacidade metabólica do músculo. • Princípio da adaptação específica: os exercícios devem ser específicos para a função almejada. • Princípio da reversibilidade: a reversão dos efeitos do exercício físico acontecem uma semana ou duas depois de cessados os exercícios resistidos. • Para a aplicação do exercício é importante a recuperação. • A recuperação aguda do exercício leva 3 a 4 minutos. • Durante a recuperação as reservas de energia são repostas, o ácido lático é removido e o glicogênio é reposto. • Se não é dado o tempo correto de recuperação após o exercício, prejudica-se o resultado do treinamento. • Deve-se respeitar a idade na prescrição de um treino resistido. ELEMENTOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS • Alinhamento dos segmentos do corpo durante o exercício • Estabilização das articulações proximais ou distais para prevenir substituições • Intensidade: carga do exercício • Volume: número de repetições e séries; número de exercícios por sessão • Frequência: número de sessões por dia ou por semana • Intervalo de repouso: entre séries e sessões • Duração: estrutura total de tempo de um programa • Velocidade do exercício • Periodização: variação de intensidade e volume • Integração: uso dos exercícios que simulem demandas funcionais • DEFINIÇÃO DA CARGA RM (resistência máxima) 1 RM: é a carga máxima que se consegue fazer 1 repetição. 10 RM: é a quantidade máxima de carga que o indivíduo consegue fazer 10 repetições. Equivale a aproximadamente 75% de 1 RM Faixa geral de treinamento de força 70%-80% da RM Pacientes com déficits significativos na FM e treino de resistência 30%-50% da RM • VOLUME - Quanto mais alta a carga, menor o volume e vice-versa - 75% de 1 RM 10 repetições - 60% de 1 RM 15 repetições - Segundo Kisner (2005) 1 a 6 séries apresentam bons resultados - Força: 2 ou 3 séries de 6 a 12 repetições - Resistência: 3 a 5 séries de 40 ou 50 repetições utilizando resistência elástica • PROGRAMA DE DELORNE E OXFORD SÉRIES QUANTIDADE DE PESO REPETIÇÕES 1 2 3 50% DE 10 RM 75% DE 10 RM 100% DE 10 RM 10 10 10• TÉCNICA DE MCQUEEN SÉRIES QUANTIDADE DE PESO REPETIÇÕES 3 (Iniciante/inte rmediário 100% DE 10 RM 10 4-5 (avançado) 100% de 2-3 RM 2-3 • TÉCNICA DE ADAPTAÇÃO DE BERGER - SE ELE CONSEGUIR 8 REPETIÇÕES, AUMENTAR A CARGA EM 10%. SÉRIES QUANTIDADE DE PESO REPETIÇÕES 3 100% DE 10 RM 6-8 REPETIÇÕES • FREQUÊNCIA DO TREINO - 3 sessões semanais de trabalho - 2 sessões semanais por grupo muscular • INTERVALO - Quanto menor o intervalo, maior a intensidade metabólica do treino favorecendo a hipertrofia. • VELOCIDADE DE EXECUÇÃO - O treino de potência com maior velocidade - O treino de força com menor velocidade e melhor controle motor • RESPIRAÇÃO - Treino leve: utilizar respiração contínua, sem preocupação em coordenar - Treino moderado ou intenso: concêntrica (inspiração) e excêntrica (expiração) BIBLIOGRAFIA • HALL, C. M., BRODY, L. T. Exercício Terapêutico – Na Busca da Função. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2007, 2 edição. • PRENTICE, William E. Técnicas de Reabilitação em Medicina Esportiva. Barueri-SP: Ed. Manole, 2002. • KISNER, C., COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos – Fundamentos e Técnicas. 5ª ed. São Paulo: Manole, 2009. • ANDREWS, J. R., HARRELSON, G. L., WILK, E. K. Reabilitação Física das Lesões Desportivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2000. • CARRIÈRE, B. Bola Suíça – Teorias, Exercícios Básicos e Aplicação Clínica. São Paulo: Manole, 1999. • COHEN E ABDALA. Lesões nos Esportes. Rio de Janeiro: Ed. Revinter, 2003. • SAHRMANN, Shirley A. Diagnóstico e Tratamento das Síndromes de Disfunção dos Movimentos. São Paulo-SP: editora Santos, 2005.
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