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TECNOLOGIA DE PESCADO E DERIVADOS
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
Captura do Pescado
Das 4 proteínas mais consumidas (carne bovina, peixe, frango e suíno), o pescado vai fornecer 17% de toda proteína que é ingerida pelo homem (peixes, crustáceos e moluscos). Se destaca na OMS por causa do valor biológico alto da proteína, além da quantidade de proteína presente na carne/musculatura, os teores são sempre altos (aproximadamente 20%). O valor biológico alto está relacionado com a absorção dos aas essenciais presentes na carne, que vão ser prontamente absorvidos pelo organismo humano.
Alimento: Valor nutricional, rico em proteínas, lipídeos, vitaminas, minerais e carboidratos. Todos os aminoácidos essenciais da carne do pescado, é totalmente digerido e absorvido pelo homem.
É altamente nutritivo, mas a carne é muito perecível caso a cadeia do frio não seja bem realizada, ou seja, deteriora mais rápido. Isso ocorre porque a carne do pescado (bivalvos, peixes, crustáceos e moluscos têm um teor de umidade (água) sempre muito alta. Além disso, tem nutrientes que vão ser usados como substrato por microrganismos que vão levar a deterioração do músculo. 
Alterações na musculatura após a captura do pescado: 
- Autólise: processo autolítico intenso. As enzimas do animal que antes tinham uma ação construtora, passam a ter uma ação destrutiva. As enzimas endógenas vão levar a quebra de proteína e de lipídeo na musculatura.
- Bacteriana: causada pela microbiota. O local que está retirando esse pescado será muito importante, porque dependendo do lugar a contaminação será muito alta (exemplo: Baia de Guanabara). Além disso, o pescado já traz uma microbiota que é dele e durante a manipulação a bordo essa contaminação pode aumentar muito rápido, por causa da temperatura externa que vai mediar o crescimento microbiano. É preciso ter boas práticas de manipulação ao longo de toda cadeia produtiva. Está relacionado a higiene da embarcação, higiene e bom estado de saúde do manipulador (pescador).
- Oxidação do lipídio: O lipídio do pescado é altamente insaturado (5 duplas ligações), a qualidade nutricional desse lipídeo é maior. A presença de AG essenciais vai fazer com que essa qualidade nutricional se destaque. 
A oxidação será um problema nos peixes que apresentarem maior teor de lipídeo na sua musculatura. As espécies após a pesca serão separadas em magras (até 2% de gordura na musculatura) e gordas (acima de 2% de gordura na musculatura). Isso é importante porque para estender a vida útil do peixe gordo precisa conduzir de forma diferente. A oxidação do lipídio nos peixes mais gordos que será um problema se pensar em aumentar o tempo de vida útil dele, porque durante a estocagem o lipídeo vai auto oxidar e a carne do pescado vai reduzir a qualidade, principalmente relacionado a cor, cheiro e gosto. Por isso que peixe gordo requer mais cuidados. 
OBS.: O teor de tecido conjuntivo/colágeno é muito baixo no pescado quando comparado ao teor de colágeno presente na musculatura do bovino, por isso as alterações são mais rápidas.
OBS.: A quantidade em dias em relação a duração do pescado após a retirada é muito importante, assim como a manipulação ao longo da cadeia produtiva (setor de produção, distribuição, consumidor...) para evitar a deterioração do peixe.
Captura do pescado
Pescado (Qualidade = Grau de Frescor): A qualidade está relacionada ao grau de frescor que o pescado apresenta no momento da compra/comercialização ou no momento que a indústria recebe o lote para o processamento.
A qualidade pode ser evidenciada através de algumas características: 
1- Odor de planta marinha (cheiro de mar): se esse odor for amoniacal já houve ação dos microrganismos que utilizaram os nutrientes presentes na musculatura e produziram metabolitos tóxicos (odor ruim = improprio para consumo); 
2- Olho brilhante, completo e ocupando toda órbita; 
3- Musculatura firme/elástica; 
4- Muco límpido/transparente na superfície; 
5- Escamas e nadadeiras aderidas à pele
6- Orpéculo que protege as brânquias apresentando dificuldade para abrir, resistente.
7- Brânquias avermelhadas com muco límpido; 
8- Musculatura permanece firme com a compressão digital (se continuar com o formato do dedo está ruim). 
Matéria Prima: cuidados especiais no momento que lança a rede até o convés. É necessário que o cuidado se estenda ao longo de toda cadeira produtiva, nas embarcações, a bordo, no entreposto; distribuição e comércio. E que a manipulação também seja adequada. 
No momento que o pescado chega a bordo são acondicionados em monoblocos de PVC. A primeira manipulação é separar as espécies de acordo com o valor comercial. A embarcação sempre será autorizada em uma espécie alvo, dependendo dessa espécie alvo outras espécies também virão a bordo, chamadas de espécies fauna acompanhantes. O que tiver valor comercial será colocado no gelo, o que não tiver será devolvido para a água. A fauna acompanhante não pode ser mais jogada fora, mas nem todas as regiões se adequaram a esse pedido. 
Os peixes são divididos em: peixes ósseos e cartilaginosos. O peixe cartilaginoso tem naturalmente mais ureia na sua musculatura, na hora de acondicionar na embarcação tem que ser em galeria separada. A produção de amônia será superior nesses peixes cartilaginosos. 
Depois que separou as espécies, a segunda manipulação é lavar a musculatura das espécies que ficaram por causa da produção de muco (pode ser com a própria água do mar), isso serve para retirar a mucina (glicoproteína). Depois disso, o pescado é colocado no gelo. 
Na hora que o animal está morrendo ocorre falência do SNC (asfixia), como o corpo vai sinalizar isso? Liberando o muco pela glândula da pele. Esse muco é uma glicoproteína, com a função anticongelante, muco acaba sendo utilizado pela microbiota como um substrato. 
É recomendado o acondicionamento do pescado no gelo na primeira hora após o abate, com isso todas as alterações vão ser desaceleradas (acontecem, mas de forma mais lenta), com isso consegue aumentar o número de dias para comercializar o pescado com qualidade. 
OBS.: Falhas durante o processo: perda de frescor
OBS.: Não pode ter outros animais no desembarque do peixe: risco de contaminação e zoonoses. E no convés não pode ter nenhum material que possa ser um perigo para o consumidor mais para frente: prego, martelo, chão sujo, sacolas de plástico e outros.
OBS.: No tubarão a sangria tem que ser feita a bordo.
A bordo da embarcação os peixes maiores precisam ser descabeçados, eviscerados, lavados e colocados no gelo. Não pode ser realizado no chão. Tem que retirar a cabeça em peixes acima de 3 kg ainda na embarcação, porque a cabeça contém as brânquias onde ocorrem as trocas gasosas, é um ponto de contaminação muito alto porque muitos microrganismos podem se proliferar ali, com isso retira um foco de contaminação. Evisceração ocorre porque as vísceras são altamente contaminadas, devido à presença da microbiota e enzimas endógenas que aceleram o processo autolíticos, então é realizado para evitar o aumento da contaminação do pescado durante a sua estocagem a bordo. Lavagem é feita para retirar as sujidades, restos de sangue e vísceras que ainda ficaram presentes na carcaça. Isso tudo consegue frear a ação autolítica e da microbiota na carcaça do pescado. 
Pescado (grau de frescor): fatores
- Técnica de captura (forma que retira o peixe da água): dependendo da forma que a embarcação vai proceder e a forma de pesca, essa qualidade pode ser maior. 
Ex.: Para retirar o camarão do fundo do mar passa uma rede enquanto a embarcação navega. Dependendo do pesqueiro pode lançar essa rede várias vezes (lançava até 8x antigamente) e o tempo de duração que vai influenciar na qualidade do camarão. Na década de 80 o tempo de pesca era cerca de 8 horas e a quantidade de camarão com defeito gerava em torno de 50% (principalmente em relação a4º cauda dele). O índice de defeito era muito alto, para melhorar a qualidade do camarão desembarcado o lance de rede e o tempo que ocorre a pescaria foi diminuída, o tempo máximo agora é de 4-6 horas. 
A energia do peixe está na forma de ATP, vai fazer com que o peixe se movimente e se reproduza, esse ATP vai ser obtido através do ciclo de Krebs.
Esse pescado quando é retirado da água de forma rápida, vai morrer por asfixia mas vai agonizar menos, com isso o músculo após a morte ainda terá ATP remanescente. Como está morto não tem mais oxigênio, esse ATP não vai poder mais ser degradado via CK, será degradado via anaeróbica. A principal forma de energia armazenada no corpo do pescado (energia de reserva) é o glicogênio. Esse glicogênio presente na musculatura também vai ser degradado só que por via anaeróbica, tendo como produto final o ácido láctico. Isso é importante, no início da aula foi falado que tempo de vida útil seria menor porque o músculo do pescado tem muita água, a atividade de água é alta, as bactérias precisam de atividade de água elevada para que possam produzir metabolitos. Além de ter proteínas, vitaminas, nitrogenados não proteicos, AG livres e nutrientes para serem usado.
O músculo do pescado tem um PH próximo da neutralidade quando está vivo, a partir do momento que morre e o glicogênio de reserva presente passa a ser degradado produzindo ácido láctico no final, esse PH da musculatura vai cair, saindo de quase 7 para torno de 6,1. Nos peixes que possuem uma musculatura mais escura (maior teor de musculatura esquelética sanguínea) esse PH pode chegar a 5,7 (atum, sardinha, cavala, cavalinha), o teor de glicogênio nesses peixes acaba sendo um pouco mais elevada, isso faz com que esse PH consiga baixar pra em torno de 5,7. Isso é importante porque junto com a cadeia do frio, consegue além de frear a ação enzimática e do microrganismo, consegue também abaixar o PH e controlar melhor a ação dos microrganismos. Mas para de fato conseguir baixar o PH, o abate do pescado tem que ser de maneira rápida, peixe não pode agonizar/sofrer.
OBS.: Na captura do atum é comum nas embarcações utilizarem o espinhel para fazer a captura, durante umas 4-6 horas, depois que lança o ultimo espinhel a embarcação volta e começa a fazer o transbordo do peixe. Se o peixe chega se debatendo muito o pescador vai pegar um porrete de madeira e vai bater na cabeça do atum para parar de se mexer, porque quanto mais se mexe mais glicogênio gasta para tentar fugir. 
Contrário -> peixe lutando para fugir da arte de pesca, quanto mais ele se mexe mais energia ele gasta, inclusive a energia de reserva que está na forma de glicogênio. Peixe morreu, ocorre a bioquímica do músculo pós morte. O ATP remanescente e o glicogênio vai ser degradado por via anaeróbica para que ocorra a produção de ácido láctico e aconteça a queda do PH. Se não tem glicogênio, como isso vai acontecer na musculatura? Então o peixe não pode se debater e agonizar. Nas capturas industriais é comum esse atordoamento acontecer se o peixe chega ainda vivo no convés (asfixia), o pescador imediatamente então bate com a madeira na cabeça para matar de vez. 
- Armazenamento: O armazenamento em relação a cadeia do frio é importante justamente para que possa frear os principais agentes envolvidos com o fenômeno de deterioração: enzimas autolíticas, microbiota e oxidação do lipídeo. A partir do momento que coloca o pescado no gelo, essas alterações serão inibidas, mas não por completo. Mas esse tempo é mais que necessário para que o pescado seja vendido no mercado interno com qualidade nutricional e sensorial e também para que a indústria receba o lote para o processamento. A cadeia do frio é muito importante! 
O ideal é que a temperatura chegue em torno de 18-21º na embarcação e que chegue a 0º na primeira hora após o abate. Assim consegue frear de forma parcial esses agentes envolvidos coma deterioração do músculo. Se não for acondicionado no gelo na primeira hora, a contaminação será muito intensa. 
Obs.: O musculo do pescado tem afinidade por água, se ficar imerso o consumidor acaba levando mais água para casa.
- Práticas no ponto de venda: Empresas capacitam o pescador artesanal para que possa trabalhar com eles.
- Falhas no controle de qualidade
OBS.: Espinhel para peixes pesados como o atum, acima de 50Kgs. Vara ou redes para peixes menos pesados. 
OBS.: A demora para remover o peixe da água, causa stress e ele começa a morrer por asfixia e falência do SNC, e se debate para tentar fugir da pesca. O stress cliva as reservas de glicogênio da musculatura, antes do peixe morrer eficazmente, assim o pH do musculo não diminui após a morte pela degradação do glicogênio, se mantendo um pH em torno de 7, favorecendo a proliferação bacteriana. Sob estresse aumenta ainda mais o rigor cadavérico do animal, não tem mais energia disponível ao animal, há assim complexação da actina com miosina, formando então o complexo actomiosina. 
Quando o glicogênio é degradado corretamente após o abate, isso se obtém retirando o animal rapidamente da água, ele é degradado por via anaeróbica tem como resultado a produção do ácido lático, isso faz com que o pH da musculatura se abaixe, e isso favorece o impedimento da proliferação bacteriana principalmente na musculatura escura que é rica em glicogênio, deixando o pH dessa região em torno de 5,7 a 6,1.
O frescor significa a qualidade. É comum avaliar a qualidade do atum no momento que chega a bordo, além de levar em consideração as características organolépticas tem que avaliar a intensidade da cor da musculatura, porque muitas vezes ele já está sem cabeça.
Exemplo na captura de atum avaliar a intensidade da cor vermelho brilhante da musculatura do atum. A musculatura é muito rica em pigmentos, principalmente mioglobina e hemoglobina. Após o abate, esses pigmentos também serão oxidados e essa coloração é alterada. O tempo em dia faz com que os peixes percam a sua cor vermelho brilhante, conferida pelos pigmentos musculares. Essa intensidade indica se tem ou não qualidade para a exportação.
	Categorias
(Classificação)
	Níveis de Qualidade 
	1
	Carne cor vermelho cereja; excelente frescor; sem limo; fácil separação das fibras e elevado teor de gordura;
	2+
	Carne cor vermelho púrpura; ótimo frescor; sem limo; textura firme; estrutura do corpo com partes danificadas e amassadas pelo gelo.
	2H
	Carne cor rosada; bom estado de frescor; sem limo; textura firme; estrutura do corpo danificada pelo gelo.
	2
	Carne cor rosa; bom estado de frescor; pouca quantidade de limo; corpo com pequenas lesões 
	2-
	Carne cor marram pardo; sem translucidez; frescor regular; presença de limo e odor; pequenas lesões.
	3
	Carne cor marrom; grande quantidade de limo; odor pútrido; textura flácida e lesões evidentes.
Porque um inspetor precisa levar em consideração a arte de pesca? O peixe das camadas inferiores, sofre uma pressão dos peixes depositados acima dele, devido ao peso do gelo e peixes acima dele, tem que se levar em consideração a arte de pesca e o tipo de armazenamento usado na embarcação.
OBS.: Se o peixe tiver dano na musculatura significa que a microbiota presente já entrou e utilizou a carne do pescado.
O cheiro de odor pútrido indica a produção dos metabólitos tóxicos, tornando o peixe inviável para o consumo. NÂO PODE SER COMERCIALIZADO. O padrão em dias da duração dos peixes, quanto ao seu frescor para consumo dura em média de 8 a 14 dias. 
Segmentos de importância econômica: Há dois segmentos que vão atuar na captura do pescado
1- Artesanal ou de pequena escala: contribui com 45% de toda a produção nacional desembarcada. 
2- Industrial ou de média/grande escala: contribui com cerca de 55% de toda a produção nacional desembarcada. 
Segmento Artesanal
- A captura sempre ocorre próxima aos continentes ou costões. As embarcações muitas vezes não são autorizadas, então não conseguem se afastar muito do continente, por isso a captura vai ocorrer emlocais mais abrigados porque não conseguem se distanciar. 
- Variadas embarcações desde jangadas movidas a remo até embarcações motorizadas. Venta muito nas primeiras horas do dia, então saem de madrugada no barco a vela se afastando bem do continente. Quando volta não tem mais vento, precisam retornar a remo porque as embarcações não são motorizadas. Barco com cerca de 8 metros de comprimento.
- Artes de pesca: Usa meios próprios de produção, tem registro de pesca que durante o período de defeso fica parado. Ele mesmo constrói as embarcações (barco cerca de 8 metros de comprimento) e instrumentos de pesca. Autônomo, não tem carteira assinada. Durante o período de defesa da espécie, o governo paga um salário.
- Formas de captura: Linha de mão, armadilhas (captura da lagosta - chamadas de covos), redes (de cerco, arrasto de espera - muito usado por pescador preguiçoso porque tira só no dia seguinte, mas tem muito peixe moído - o certo é focar de 4-6 horas para fazer o recolhimento), tarrafas e cerco de madeira. 
Caracterizada: Mariscagem – Pode ser a panha do mexilhão no costão, captura do camarão, caranguejo e outros. 
- Diversidades e volume de espécies: Pescador artesanal sempre vai em busca do pescado e o que trouxer na rede ele desembarca e comercializa. Diversidade grande de espécies no momento do desembarque, mas a biomassa de cada espécie é baixa (quantidade).
- Representa 45% produção do montante desembarcado a nível nacional (MPA, 2011). O índice de desperdício ainda é muito alto.
Principais municípios onde a produção é desembarcada: Rio de Janeiro (Baía de Guanabara); Angra dos Reis; Cabo Frio; Macaé; Niterói; São Gonçalo; São Francisco de Itabapoana. Locais representativos em relação ao volume de desembarque. 
Principais Pontos de desembarque na Baía de Guanabara (RJ/Niterói) Jurujuba; Ilha da Conceição; Ponta da Areia; Praia Grande; Gradim; Itaoca; Ilha do Governador; Mauá; Piedade; Suruí; Principalmente Jurujuba e ilha da conceição.
Segmento Industrial
- As pescas ocorrem em locais mais distantes do litoral, porque há uma frota que tem um alto poder de captura. Captura ocorre mais distante do continente em função da autonomia das embarcações, conseguem permanecer vários meses no mar.
- Essa pesca é praticada por pessoa física ou jurídica. O pescador tem carteira assinada, tem todos os direitos trabalhistas e a função a bordo pode ser diversas: gelador, mestre de convés, pescador e outros. Ganha dependendo da função que exerce dentro da embarcação.
- Embarcações e equipamentos: Essas embarcações tem muita autonomia, o esforço de pesca é grande em função da tecnologia empregada. Tem equipamentos para detectar cardumes e anomalias de onda, se tem plânctons para alimentação de pescado (ai vão atrás, porque se tem comida tem peixe). 
- Grandes estoques, requer o uso do congelamento a bordo, caso o navio fique 2 meses no mar. As embarcações apresentam grande autonomia, possuem GPS para a detecção de cardumes, entre outros mecanismos. 
- Espécies de grande valor comercial
- Artes de pesca com alto poder de captura, pescam espécies que possuem grandes cardumes, tornando a pesca eficaz. Temos como exemplo a pesca da sardinha e atum; 
- Representa 55% produção (MPA, 2011)
- Principais formas de captura: arrasto simples, arrasto duplo de fundo, rede de cerco, rede de espera e espinhel, vara e isca viva
Principais municípios de desembarque em relação ao segmento industrial: Belém/PA Camocim/CE; Natal/RGN; Vitória/ES; Rio de Janeiro/Niterói-RJ; Santos-Guarujá/SP; Itajaí-Navegantes/SC; Rio Grande/RS.
PROVA Pesca pode ser dividida em:
Pesca de subsistência: Não tem fim comercial
Pesca Amadora: Para turismo e lazer, assim como na pesca científica a produção não é processada nem beneficiada. O produto pode ser consumido.
Pesca Artesanal ou de pequena escala
- Uso de artefatos simples e muitas vezes precários
- São geralmente utilizadas embarcações de porte pequeno de madeira, muitas sem motor deslocamento por velas ou remos, e com pequena autonomia (pesca costeira)
- Os apetrechos de pesca são geralmente: arpões, espinhel, linhas de fundo, redes de espera, de arrastão de praia, tarrafas, armadilhas variadas (geralmente cercos de madeira)
- Regiões Norte e Nordeste tem maior importância na pesca artesanal
Pesca Industrial ou de Grande escala:
- Embarcações grandes, com casco de aço e potentes motores, possuem maior autonomia e pescam na província nerítica e oceânica, que corresponde ao alto-mar. 
- Contam com aparatos tecnológicos para a localização dos cardumes como sensoriamento remoto, sonares, navegação por GPS, redes de arrosto com mais de 50 Km de extensão.
- Regiões Sudeste e Sul (mais importantes na Pesca Industrial)
Artes de Pesca: RJ
Armadilhas / Covos / Potes - captura da lagosta e polvos. 
Tarrafa, Linha de mão, e Arrasto de Praia
O Covo é uma armadilha de forma cônica, é utilizada ao longo da costa para a captura de enguia e lagosta.
Os Alcatruzes são potes de barro ou em plástico com um pequeno orifício na base. São utilizados ao longo da costa e pescam essencialmente o polvo.
Rede-de-Espera (Método de Emalhe)
Método de Cerco
Rede de Cerco 
Rede de Cerco flutuante
Método de Arrasto (4 km de extensão)
Arrasto simples
Arrasto duplo de fundo 
Espinhel: método de linha na superfície, meia-água e/ou fundo
Um cabo de nylon resistente, depois cabos secundários que contém iscas para pegar os peixes. 
Vara e Ísca viva -Alvo: atum e afins
Captura acidental: exemplos
Aves marinhas
Tartarugas marinhas 
Mamíferos marinhos
Embarcações Pesqueiras no RJ: 
Arrasteiro, Baleeira, Canoa, Barco de Espinhel, Traineira, Atuneiros, Espinheleiros. 
Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS)
-Implantado em 2006 - Finalidade:
Monitoramento; Gestão pesqueira; controle das operações das frotas pesqueiras; melhorar a segurança do pescado embarcado. Aplicada apenas ao segmento industrial
Concentração das Atividades RJ: na maior parte do estado do Rio, ainda é usado como principal método as redes de cerco e arrasto duplo, seguidas por vara e isca viva
Total Desembarcado RJ: sardinha verdadeira, cavalinha, bonito listrado, savelha, xerelete, espada, dourado, corvina, cara-pau, bonito, entre outros. Ordem de maior importância do total desembarcado no Rio. 
Categorias Comerciais:
Peixes ósseos e cartilaginosos, crustáceos e moluscos. 
Obs: Grupo dos peixes 87% da produção nacional é proveniente de peixes ósseos (classe Osteichthyes)
O habitat aquático representa 90% da produção desembarcada
Em 2010: sardinha verdadeiras, corvina, pescada-amarela, bonito-listrado, tainha. Sardinha, castanha, cação, pescadinha real, serra e bagre (= 50,7% da produção total)
Em 2011: sardinha verdadeira, corvina e outros peixes, e bonito listrado. 
Pesca Extrativa continental
Curimatá, pramutaba, Jaraqui, Dourada, Pescada, Pacu = 44,6% da produção
Aquicultura Continental: piscicultura
Tilápia e Tambaqui (67% da produção) e Tambacú, Carpa e Pacu (20,1%)
Peixes cartilaginosos
Categorias Comerciais: 
Classe Chondrichthyes ou Elasmobrânquios
Ricos em óxido de trimetilamina + uréia (ambos são nitrogenados não proteicos) - responsável pelo cheiro de planta do mar, são substancias que não são proteínas mas tem o Nitrogênio presente na sua estrutura química.
Com o tempo acabam se transformando em amônia por ação enzimática da carne. 
Em peixes de água doce os teores de extrativos nitrogenados não proteícos, são baixos.
Brasil: 150 espécies
Cação-azul / Cação-lixa (Lambaru) / Cabeça-chata / Fidalgo / Mangona
Representa –10% produção desembarcada
Em 2011: 11.759,0 t
Uso: carne para a alimentação humana (sopa de barbatanas de tubarão). Também fornece couro e fígado para extração de óleo). As raias: pintada, manteiga e viola
Camarões
Captura nacional: 10% produção
Farfantepenaeussubtilis
Farfantepenaeus brasiliensis
Xiphopeneauskroyeri e F.schimitti
Em 2011:
Camarão-rosa-oceânico:10.331,2t;Camarão-sete-barbas:15.417,8t (45%);
Camarão-branco:4.115,7t.
Pesca extrativa marinha: 57.344,8t
-Carcinicultura:65.670,6t
-Pesca extrativa continental:5.7779,5t
Litopenaeusvannamei: camarão-branco-do-pacífico ou camarão-de-paras-brancas.
Lagostas
Panulirusargus
Panuliruslaevicaudae
-Produção 2009: 7.268 t 
 2010: 6.866 t
 2011: 6.929,2 t
-Estados produtores: Ceará, Pernambuco e RGN
Pescadas com Covos ou manzuás
Moluscos
- Captura mundial: < 1% produção
Malacocultura: cultivo de moluscos
Principais espécies: ostras, mexilhões e vieiras
Maior produtor nacional: Santa Catarina
Suportam apenas temperaturas até 4ºC, se colocarmos elas em 0ºC elas acabam morrendo. 
Importância da Captura na Tecnologia de Pescado
Fenômenos naturais: deterioração 
Método de Captura X Rigor Mortis (pode levar de 2 a 12h, dependem da forma como o pescado é retirado do mar e o stress do animal) Para industrial o ideal é um tempo de rigor mortis longo
Desgaste físico
Falta de oxigênio
Temperaturas elevadas
Práticas de Manuseio: Lavagem, sangria, evisceração, lavagem, resfriamento, sanitização.
Objetivos Técnicos:
Proibição – locais de recria e desova;
Tamanho da malha da rede, para que as formas juvenis dos peixes consigam escapar, e se reproduzir. 
Estabelecer um potencial;
Restrição a alguns métodos de captura.
Dimensões da população:
Incorporação de indivíduos novos;
Taxa de crescimento das espécies;
Morte devido a causas naturais;
Pesca

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