Prévia do material em texto
Profa. Kamilla Barreto Espectrofotometria de Absorção Atômica Outubro, 2017 CAMPUS PETROLINA DISCIPLINA: ANALISE INSTRUMENTAL CURSO: LICENCIATURA EM QUIMICA (Atomic Absortion Spectroscopy - AAS) Espectroscopia Termo geral para a ciência que trata da interação da matéria com vários tipos de radiações. Métodos Espectrométricos/Espectrometria Tratam da medida da intensidade da radiação usando dispositivos eletrônicos. Espectrometria: medida do espectro eletromagnético Espectrometria Molecular Faixa do espectro: 190 – 800 nm Moléculas absorvem a radiação Espectro em forma de banda Ex: colorimetria Atômica Faixa do espectro: 190 – 800 nm Átomos absorvem a radiação Espectro em forma de raias Ex: absorção atômica, emissão atômica Princípios de Kirchoff Um elemento no estado fundamental é capaz de absorver radiação no mesmo que ele emite quando excitado E0 E* E0 E* Absorção atômica Propriedades da Radiação Radiação eletromagnética – é uma forma de energia que é transmitida através do espaço em alta velocidade. As ondas luminosas consistem em campos magnéticos e elétricos oscilantes, perpendicularmente orientados. Luz pode ser descrita tanto em termos de partículas como de onda. Definição de Onda: Amplitude (A): comprimento do vetor elétrico no ponto máximo da onda; Período (p): tempo em s, para passagem de máximos ou mínimos sucessivos em um ponto fixo no espaço; Frequência (ν): número de oscilações do campo que ocorrem por segundo e é igual a 1/p; Comprimento de Onda (λ): distância linear entre dois pontos equivalentes em ondas sucessivas. Relação entre frequência e comprimento de onda: c • c = é a velocidade da luz = 3,0 x 108 m.s-1 = 3,0 x 1010 cm.s-1 onda de número 1 λ hc hc E hE • Energia é inversamente proporcional ao comprimento de onda. • Número de onda – cm-1. h = 6,6 x 10-34 J.s Radiação Eletromagnética As radiações ultravioletas (UV) têm comprimentos de onda menores que as visíveis. As radiações infravermelhas (IV) têm comprimentos de onda maiores que as visíveis. Técnicas espectroscópicas Espectrometria de absorção atômica Espectrometria de emissão óptica Espectrometria de fluorescência atômica Espectrometria de raios gama Espectroscopia na região visível Espectroscopia na região infravermelho Espectroscopia na região ultravioleta Atômica Molecular 1 – átomos, íons e moléculas podem apenas existir em estados discretos de energia. Qualquer alteração neste estado, absorção ou emissão de energia, se dará pela quantidade de energia exatamente igual a diferença entre os dois estados; 2 - Quando átomos, íons ou moléculas absorvem ou emitem radiação na transição de um estado energético para outro, E1 e E2, a diferença de energia dependerá do comprimento de onda, λ, e a frequência ν, da radiação envolvida. Teoria Quântica: Medidas espectroscópicas Espectroscopia de absorção, medimos a quantidade de luz absorvida em função do comprimento de onda. O arco-íris foi o primeiro espectro observado, resulta da decomposição da luz branca. A luz branca é o resultado da mistura das várias cores do arco-íris Espectrofotometria de absorção atômica A = log (P0/P) = abc P 0 P Xo + h X* A c Técnica analítica que se baseia na absorção de radiação das regiões visível e ultravioleta do espectro eletromagnético por átomos no estado fundamental Processo de absorção Cada espécie atômica é capaz de absorver suas próprias frequências características da radiação eletromagnética! Lei de absorção – Lei de Beer-Lambert ou somente Lei de Beer – nos diz quantitativamente como a grandeza da atenuação depende da concentração das moléculas absorventes e da extensão do caminho sobre o qual ocorre absorção. O Analito absorve a radiação. 100% 0 0 P P T P P TTransmitância Absorbância Relação entre absorbância e transmitância • Perdas por reflexão e espalhamento, cerca de 8,5%. • Para compensar estas perdas, se faz a medida de um branco. P0 e P vão se referir a potência de uma feixe que passou pelo branco. solução solvente P P P P A loglog 0 Lei de Beer A absorbância é proporcional a concentração de uma espécie absorvente c e ao caminho óptico b do meio absorvente. abcA • a é absortividade, é uma característica da substância. Como absorbância é adimensional, a unidade da absortividade deve cancelar as unidades de b e c. • Quando a concentração está em mol.L-1 e o caminho óptico em cm, então a absortividade molar (e), L.mol-1.cm-1. bcA e • Exemplo: Encontre a absorbância de uma solução 0,00240mol.L-1 de uma substância com absortividade molar de 313 L.mol-1cm-1 numa célula de 2,00cm de caminho óptico. R = 1,5024 Limitações da Lei de Beer A lei de Beer só descreve o comportamento de soluções diluídas. Desvios da relação linear entre absorbância e a concentração. Qualquer substância que absorva luz visível parece colorida quando a luz branca é transmitida através dela ou é refletida a partir dela. A substância absorve determinados da luz branca, nossos olhos detectam os não absorvidos. Cor complementar é a cor observada. • A parte de uma molécula que é responsável pela absorção de luz é chamada cromóforo. • A absortividade é função do solvente, composição da solução e da temperatura. • A absorbância e a absortividade dependem do comprimento de onda. Espectro de absorção Espectro de absorção - métodos de registro Ordenada: - Porcentagem de Transmitância (%T) - Absorbância (A) - log (A) - Absortividade molar (e) Abscissa: - Comprimento de onda (UV-Visível) - Número de onda (Infravermelho) - Frequência A aparência do espectro depende de: Natureza da espécie absorvente. Quantidade de níveis de energia. Resolução do espectrofotômetro Cada Elemento Químico Apresenta um Espectro de Absorção Único Espectros de absorção na região do visível de alguns metais: Elementos diferentes possuem diferentes níveis energéticos… • Na absorção atômica a amostra é atomizada permanecendo os átomos gasosos no estado fundamental. • Os átomos que permanecem no estado fundamental estão em condições de absorver radiação emitida por uma fonte apropriada. Etapas Necessárias para Efectuar Determinações Analíticas por AAS 1) Átomos no Estado Gasoso 2) Absorção de Radiação pelos Átomos 3) Medição da Radiação Absorvida Definição A AAS consiste na medida da absorção da energia luminosa por átomos no estado fundamental Princípio da AAS Fonte de radiação Atomizador Mono cromador I0 IT Espectrometria de Absorção Atômica Detector A energia radiante, proveniente de uma fonte, que atravessa uma nuvem com vapor atômico sofre a absorção exatamente naqueles que podem excitar os átomos do vapor atômico. Todos os demais cujas energias não correspondem às energias de excitação atômica, atravessam a nuvem atômica sem sofrer atenuação de intensidade. Vapor atômico I0 IT Espectrometria de Absorção Atômica Espectrometria de Absorção Atômica Relação entre radiação e concentração Lei de Beer A = a b c = log I0 / IT A: absorvância a: absortividade b: percurso ótico c: concentração “A absorvância é diretamente proporcional à concentração da espécie absorvente, em determinadas condições” Espectrometria de Absorção Atômica Fonte de Radiação Atomizador Monocromador Detector Chama, Forno de grafite e Geração de HidretosLâmpada de Cátodo Oco e Lâmpada de Descarga sem Eletrodo Fotomultiplicadora Atomização por Chama (FAAS) Espectrometria de Absorção Atômica Características da HCL Cátodo é recoberto com uma liga ou um sal do elemento; normalmente é necessário uma lâmpada para cada elemento; Lâmpada é preenchida com um gás inerte; Emite um espectro de raias atômicas, com específico de cada elemento; Lâmpadas têm um tempo de vida útil. FUNÇÃO: emitir radiação nos específico para o elemento; Espectrometria de Absorção Atômica Cada raia corresponde a um nível de excitação do elemento Fe Espectrometria de Absorção Atômica Lâmpada de Alumínio Consiste em um ânodo de tungstênio e um cátodo cilíndrico selado em um tudo de vidro preenchido com argônio ou neônio a uma pressão de 1 a 5 torr; O cátodo é construído com o metal cujo espectro é desejado ou serve para suportar uma camada desse metal Lâmpadas de Catodo Oco Lâmpadas de Descarga sem Eletrodos Fontes mais empregadas Lâmpada de catodo oco (HCL) Fonte mais usada em 90% dos casos Produz linhas de emissão específicas para o elemento usado para construir o cátodo Aplicação de uma alta diferença de potencial, na ordem de 300 V, entre os eletrodos provoca a ionização do gás inerte e uma corrente de 5 a 30 mA é gerada quando os cátions gasosos e os elétrons migram para os eletrodos; Os íons do gás nobre formados são acelerados em direção ao catodo e, colidindo com a superfície da cavidade catódica, produz uma nuvem atômica, por um processo chamado de sputtering (espirrar); Os átomos da nuvem são excitados por colisões com os átomos gasosos energizados e emitem radiações (as raias de ressonância de preferência) quando retornam ao estado fundamental. Processo de emissão em uma lâmpada de catodo oco Processo de emissão em uma lâmpada de catodo oco “sputtering” Excitação Emissão (-) (-) (-) Exemplos de linhas (nm) usadas em espectrometria de absorção atômica Espectrometria de Absorção Atômica Elemento em Solução aquosa M0(g) FUNÇÃO: formar átomos livres no estado fundamental, aptos a absorver uma parte da radiação emitida Atomizador Chama (FAAS) Forno de grafite (GF AAS) Geração de Hidretos (HG AAS) Tipos de Atomização SOLUÇÃO DO ANALITO SPRAY AEROSSOL SÓLIDO/GÁS MOLÉCULAS GASOSAS ÁTOMOS ÍONS ATÔMICOS ÍONS EXCITADOS ÁTOMOS EXCITADOS MOLÉCULAS EXCITADOS hν molecular hν atômico hν atômico Processos que ocorrem durante a atomização Espectrometria de Absorção Atômica Atomização na Chama Mistura de gases combustível e oxidante Temperatura entre 2000 ºC – 2750 ºC: ambiente ideal para atomização de grande parte dos elementos Equilíbrio entre átomos no estado fundamental e íons Na+ + e-Na0 Razão átomos excitados/átomos no estado fundamental = 0,1% Espectrometria de Absorção Atômica Solução Problema Aerosol Sólido/Gás Moléculas gasosas ÁtomosÍons Spray Líquido/GásNebulização Dessolvatação v o la tiliz a ç ã o DissociaçãoIonização íons excitados átomos excitados Espectrometria de Absorção Atômica Na+ e Cl-(aq) nebulização Dessolvatação v o la tiliz a ç ã o dissociaçãoionização Na+ e Cl- (aerossol) NaCl (sólido) NaCl (gasoso)Na 0 e Cl0(gás) Na* (gás) Na+ + e-(gás) Na+*(gás) ❖ Chama química: ar-C2H2; N2O- C2H2 * ✓ Chama elétrica: plasmas (M+*) * ✓ Vapor frio (Hg) ✓ Hidretos (As, Sb, Bi, Pb, etc): compostos voláteis ❖ Forno de grafite * ✓ Atomizadores metálicos (tubo, tira, filamento, etc) * Mais comuns Atomização Maneira de converter a amostra em átomos Atomização por vapor frio Atomização de Hidretos Certos elementos: As, Sb, Sn, Se, Bi e Pb ✓ somente para determinação de Hg; ✓ Único elemento metálico que tem Pvapor apreciável em Tamb. Nebulização Produção de aerossol: as amostras em solução são introduzidas no atomizador na forma de uma nuvem fina, denominada de aerossol. Gotas com diâmetro < 5 m Nebulizadores pneumáticos: Tubo concêntrico (mais comum) Fluxo transversal Disco poroso Babington (a) Tubo concêntrico (b) Fluxo transversal (c) Disco poroso (d) Babington Amostra Orifício Tubo de vidro Argônio Aerossol Processo de transporte: aspiração Nebulizadores pneumáticos de tubo concêntrico: Amostra líquida é sugada através de um tubo capilar por um tubo de alta pressão de gás; O gás em alta velocidade divide o líquido em pequenas gotas de vários tamanhos, que são então levados ao atomizador ✓ Mais comum Vaporizador eletrotérmico (ETAAS): ➢ uma corrente elétrica faz com que a amostra evapore no gás de argônio; ➢ análise quantitativa; altura dos picos ou as áreas. A amostra (sólida ou líquida) é colocada em um condutor (cilindro de carbono ou filamento de tântalo). Cabeça do queimador Anel de segurança Deflector de fluxo Oxidante do nebulizador Oxidante auxiliar Botão de ajuste do nebulizador Nebulizador Combustível Capilar de entrada da amostra Orifício para despressurização Queimador de fluxo laminar de mistura prévia Sistema Nebulizador - Queimador Atomização por Chama Queimador de Fluxo Laminar/Pré-mistura Cabeçote do queimador Anel de selagem do queimador Aberturas para alívio de pressão “Spoiler” Defletores Parafuso de retenção do “Spoiler” Oxidante Auxiliar Combustível Ajuste do nebulizador Capilar de amostragem Nebulizador Dreno Oxidante do nebulizador Espectrometria de Absorção Atômica com Chama - FAAS Chama: ✓ Transparência ✓ Eficiência na atomização Limites de detecção: 10 g L-1 a 100 mg L-1 Métodos bem estabelecidos A aparência e o tamanho das regiões dependem do tipo e razão entre combustível e oxidante. Mistura combustível- oxidante Zona de combustão primária (ou de pré-aquecimento ou cone primário) Região entre zonas (ou região interconal) – parte da chama mais utilizada Zona de combustão secundária (ou cone externo); Regiões em uma chama ✓ Cor azul; ✓ O equilíbrio térmico não é atingido e, por esta razão, não é utilizada. Zona de combustão primária ✓ Formação de óxidos estáveis; ✓ Interferência de bandas moleculares. Região entre zonas ✓ Mais usada em espectrometria atômica; ✓ Rica em átomos livres. Zona de combustão secundária Tipos de chamas Combustível Temperaturas (oC) Acetileno 2250 Hidrogênio 2050 Gás natural 1800 Acetileno 2700 Oxidante Ar Ar Ar Óxido nitroso ✓ Chama mais comum: ar (oxidante)/acetileno (combustível) – determinação de aproximadamente 35 elementos; ✓ Elementos que formam compostos refratários (Al, Zr, Cr, Ca, etc) necessitam de chamas mais quentes, como óxido nitroso/acetileno. 59 Espectrometria de Absorção Atômica Mistura Gasosa Oxidante Combustível Temperatura ºC Ar O2 Ar N2O O2 H2 H2 Acetileno Acetileno Acetileno 2000-2100 2550-2750 2100-2400 2600-2800 3050-3150 Gases Utilizados * A chama de ar/acetileno é a mais utilizada Fotos retiradas do AAS IF Sertão Câmpus Petrolina 1. Apenas 5 a 15 % da amostra nebulizada atinge a chama, ocorrendo ainda diluição posterior pelos gases combustível e oxidante, o que reduz a concentração do analito na chama 2. Volume mínimo de 0,5 a 1,0 mL de amostra para leitura confiável 3. As amostras viscosas (por ex. óleos, sangue e plasma sanguíneo) devem ser diluídas com um solvente antes da nebulização Desvantagens da atomização em chama (Thomerson e Thompson, 1975 in Vogel, 6ª ed.)✓ A absorção depende do tipo de chama e taxas de fluxo (vazões) do combustível, oxidante e amostra. ✓ Se a chama é rica em combustível (chamas redutoras - amareladas), o excesso de carbono tende a reduzir óxidos e hidróxidos metálicos, aumentando a sensibilidade para compostos que tendem a formar refratários (Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Mo, Cr, Sn). ✓ Uma chama “pobre”, com excesso de oxidante, é mais quente (chamas oxidantes – azuladas), aumentando a eficiência na atomização (Pb, Zn, Cu). ✓ Elementos diferentes necessitam, cada um, de chamas ricas ou pobres para melhores análises. Espectrometria de Absorção Atômica Monocromador FUNÇÃO: selecionar apenas 1 que chegará ao detector Monocromadores ✓Uma banda espectral (1 ou 2) é selecionada pela rotação do elemento dispersor (prisma ou rede) ou pelo movimento do plano focal. ✓Os primeiros instrumentos utilizavam prismas, todavia hoje as redes de reflexão são mais utilizadas, devido a: serem mais baratas; fornecerem melhor separação de ; dispersarem a radiação linearmente ao longo do plano focal. Monocromadores Prismas e redes (grades) de difração Monocromador Fenda de entrada Fenda de saída Fotomultipli cadora Rede Componentes de um Monocromador (a) Uma fenda de entrada que fornece uma imagem óptica regular. (b) Uma lente colimadora ou um espelho que produz um feixe paralelo de radiação. (c) Um prisma ou rede que dispersa a radiação em seus comprimentos de onda componentes. (d) Um elemento (lente ou espelho) de foco que direciona a radiação para uma superfície plana (plano focal). (e) Uma fenda de saída no plano focal que isola a banda espectral desejada. Czerney-Turney Bunsen Fendas dos monocromadores ✓Papel importante no de- sempenho dos monocroma- dores. ✓Duas peças de metal ✓Uma faixa espectral em particular pode ser posta em foco na fenda de saída girando-se o elemento dispersor. ✓A abertura pode ser fixa ou variável. Ajuste da largura da fenda ✓A largura efetiva de banda depende da dispersão da rede ou do prisma, bem como da largura das fendas de entrada e saída. ✓Largura estreita maior resolução menor intensidade Abaixo de uma certa largura da fenda, não há estreitamento da largura efetiva da banda, e ainda, há diminuição da potência do feixe. Efeito da largura da fenda Figura - Efeito da largura da fenda no detalhamento espectral para o vapor do benzeno Ajuste da largura da fenda ✓Fendas largas menor resolução, maior intensidade (maior relação sinal/ruído, S/N) análise quantitativa, porém há uma diminuição na faixa linear. ✓ Fendas estreitas maior resolução, menor intensidade análise qualitativa. ✓Quando se deseja resolução e alta relação sinal/ruído (S/N), deve-se diminuir a fenda e aumentar o tempo de integração dos transdutores ou o número de repetições das medidas. Prisma como elemento dispersor ✓A dispersão da radiação se baseia nos processos de refração, diferente para cada . ✓Na escolha de um monocromador a base de prisma, deve-se levar em conta a dispersão e absorção da radiação pelo material. ✓Região do visível: Vidro ou vidro Flint (dopado com chumbo), que apresenta maior variação do índice de refração com o . Absorvem na região UV ✓Região do ultravioleta/visível: Quartzo Rede como elemento dispersor ✓Dispositivo constituído de uma superfície plana com uma série de ranhuras muito próximas, paralelas e equidistantes, traçadas sobre uma placa de vidro (rede de transmissão). ou placa com metal depositado (rede de reflexão). ✓ rede: de 3 a 10 cm ✓ Rede mestre. Construída sobre uma superfície polida e riscada com ponta de diamante. São caras, pois requerem equipamentos de alta precisão para sua construção. (300 a 2000 linhas/mm. 1.200 a 1.440, normalmente). ✓ Redes replicadas. São formadas a partir da rede mestre por um processo de deposição de resina. Em seguida, alumínio, ouro ou platina é depositado para se torna reflexiva. ✓ Redes holográficas. Construída com lasers. Grande perfeição no que diz respeito à forma e perfeição das linhas. (6.000 linhas/mm a um custo relativamente baixo). ✓ Redes côncavas. Permite a confecção de monocromadores sem o uso de espelhos ou lentes de focalização. É vantajoso em termos de custo. Espectrometria de Absorção Atômica Detector FUNÇÃO: transformar a energia radiante (luz) em corrente elétrica Fotomultiplicadoras Basicamente é constituída por uma janela de quartzo, um cátodo fotoemissivo, vários dinodos e um ânodo A radiação que sai do monocromador alcança o cátodo fotossensível. A energia da radiação é capaz de remover alguns elétrons da superfície do cátodo. Estes elétrons são acelerados, por uma DDP, para um dínodo, que amplifica o número de elétrons. Após ser amplificados em vários dínodos, os elétrons alcançam o ânodo, gerando um sinal elétrico. Espectrometria de Absorção Atômica VISTA PANORÂMICA DE UM ESPECTROFOTÔMETRO DE ABSORÇÃO ATÔMICA Espectrometria de Absorção Atômica Fabricante Perkin-Elmer Espectrometria de Absorção Atômica Fabricante Analytic Jena Espectrometria de Absorção Atômica Sensibilidade e Limite de Detecção Termos que descrevem o desempenho do equipamento Sensibilidade: é a inclinação da curva A x conc Limite de detecção: é a menor concentração que um elemento pode ser determinado. Espectrometria de Absorção Atômica Parâmetros de mérito (FAAS) Limite de detecção: depende de cada elemento LD na faixa de mg.L-1 Erro médio: 1-2% Elementos: detecta cerca de 70 elementos (FAAS ~ 64) Monoelementar ( um elemento de cada vez) Espectrometria de Absorção Atômica Calibração do equipamento Curva de calibração com soluções de concentrações conhecidas, como na espectrofotometria Como toda técnica analítica, as medidas são relativas Otimização da temperatura da chama, da taxa de aspiração, da altura do queimador, da intensidade da lâmpada: depois de otimizadas, estas condições não podem variar A faixa de concentração das soluções depende de cada elemento Temperatura da chama Absortividade no específico Espectrometria de Absorção Atômica Custos: FAAS ~ R$ 30.000,00 GF AAS ~ R$ 80.000,00 Lâmpadas R$ 500,00 – 1.500,00 Gases, energia, manutenção????? Aplicações: Ambiental (solos, águas, plantas...) Clínica (urina, sangue, cabelo...) Alimentos (teor de metais em cereais, enlatados...) Indústria (minérios, petróleo,medicamentos...) Espectrometria de Absorção Atômica Quadro comparativo Custo Tempo Interferentes Qualidade do operador FAAS Alto Baixo Baixo Alto Espectro fotometria Médio Médio Médio Alto-Médio Colorimetria Médio-Baixo Médio-Alto Alto Alto-Médio Titrimetria Baixo Médio-Alto Médio Baixo Espectrometria de Absorção Atômica AAS com Forno de Grafite (GF AAS) Forno Chama Espectrometria de Absorção Atômica AAS com Forno de Grafite (GF AAS) Única Modificação no equipamento: substituição do atomizador O nebulizador/queimador é substituído por um FORNO DE GRAFITE O forno de grafite é conectado a dois eletrodos por onde passa uma corrente elétrica, que aquece-o até temperaturas de 2600 ºC Tubo de grafite piro-revestida Tubo de Grafite de Plataforma Tubo de Grafite de Alta Densidade o Forno de grafite aquecido transversalmente (de um lado a outro); o Tubos ou bastões de grafite eletricamente aquecidos abertos nas duas extremidades; o Orifício central para introdução da amostra. ✓ feita de grafite e posicionada na porta de acesso da amostra - evaporação e incineração na formausual. Plataforma de L’vov 1960 - plataforma de L’vov: ❖ Determinar Fe em amostras de ferritina Atomização: 3 ou mais etapas secagem, pirólise (queima), atomização 1. 10 L amostra (~0,1 mg L-1 Fe) - forno a 90 ºC; 2. Secagem (remover o solvente) - 120 ºC por 20 s; 3. Pirólise (destruir matéria orgânica) - 1400 ºC por 60 s; 4. Atomização (vaporizar o Fe) - 2100 ºC por 10 s; 5. Limpeza (eliminar qualquer resíduo que tenha permanecido) - 2500 ºC por 3 s. * o forno é purgado com Ar ou N2 - remover material volátil * * o pesar a amostra moída finamente em uma plataforma de grafite e inserir manualmente num forno o maior quantidade de amostra é analisada, portanto, limite de detecção 100 vezes menor que na injeção de líquidos Amostragem direta de sólidos Tubo de grafite Plataforma Desvantagens do GFAAS: • são lentos (~2 minutos por elemento); • requer sistema mais complexo (mais caro); • maior habilidade do operador (condições ótimas de operação). ✓ sensibilidade maior (limite de detecção 10-10 a 10-13 g do analito); ✓ menor quantidade de amostra (g ou L); ✓ não utiliza gases tóxicos ou inflamáveis; ✓ pré-tratamento “in situ” (derivados de petróleo, sangue e solventes orgânicos, folhas de plantas, tecidos animais). Características de desempenho (comparando com a FAAS) Vantagens do GFAAS: Espectrometria de Absorção Atômica Elemento em Solução aquosa M0(g) FUNÇÃO DO FORNO DE GRAFITE: ATOMIZADOR, formar átomos livres no estado fundamental, aptos a absorver uma parte da radiação emitida PROGRAMA DE AQUECIMENTO Espectrometria de Absorção Atômica pirólise atomização limpeza secagem T (°C) Tempo (s) Programa de Temperatura: otimizado para cada elemento e matriz 98 Espectrometria de Absorção Atômica SecagemT (°C) Tempo (s) Eliminação do solvente Temperaturas entre 60-200 °C Etapa lenta, para não projetar amostra Ex: para soluções aquosas a secagem é feita em 105 ºC Espectrometria de Absorção Atômica Pirólise T (°C) Tempo (s) Eliminação da matriz da amostra Temperaturas entre 200-1600 °C Etapa lenta, para não volatilizar o analito Ex: para Au em soluções ácidas, pirólise até 900 ºC Temperaturas dependente da matriz e do analito Espectrometria de Absorção Atômica Atomização T (°C) Tempo (s) Formação do vapor atômico; átomos gasosos no estado fundamental Temperaturas de 1400-2600 °C Etapa rápida para todo analito volatilizar simultaneamente; etapa de medida Ex: para Cr, temperatura de 2300 ºC Temperaturas dependente do analito Espectrometria de Absorção Atômica LimpezaT (°C) Tempo (s) Eliminação de qualquer resíduo Temperaturas 200 °C maiores que a atomização utilizada Etapa rápida Espectrometria de Absorção Atômica Características da GF AAS Limite de detecção: 1000 vezes maior que na FAAS LD na faixa de g.L-1 Elementos: detecta cerca de 55 elementos (FAAS ~ 64, TOTAL ~70) Volume de amostra: cerca de 5-30 L por medida (FAAS ~ 2-5 mL) Tempo de medida: cerca de 1-3 minutos (FAAS ~ 5-10 segundos) Automatização: a amostra é introduzida automaticamente Custo: muito mais caro que um FAAS Analista: muito mais conhecimento que para FAAS 103 Espectrometria de Absorção Atômica Injeção da amostra: Pipetador automático (autosampler) 104 Espectrometria de Absorção Atômica Vista superior do pipetador automático Espectrometria de Absorção Atômica Forno de Grafite Pipetador automático AAS com Geração de Hidretos (HG AAS) Única Modificação no equipamento: cela de quartzo em T sobre o atomizador Espectrometria de Absorção Atômica NaBH4 + H + + M MHx (Hidreto volátil) M = As, Bi, Ge, Sb, Se, Te, Pb e Hg Gás de arraste (N2 ou Ar) conduz os hidretos gasosos até uma cela de quartzo aquecida ( ~1000 °C), que atomiza os hidretos Técnicas de Geração de Hidretos ❖ amostras contendo As, Sb, Se, Bi e Pb; ❖ adição de solução aquosa acidificada da amostra em boridreto de sódio a 1%, contido em recipiente de vidro: 3BH4 - + 3 H+ + 4 H3AsO3 3 H3BO3 + 4 AsH3 + 3 H2O ❖ arsina (hidreto volátil) é transportado para a câmara de atomização por um gás inerte; ❖ Decomposição leva à formação de átomos do analito. Amostra e NaBH4Gás inerte Tubo de absorção de quartzo h Queimador Para capela de exaustão Agitador magnético Atomização de Hidretos (Geração de Hidretos) ✓ para determinação de mercúrio (pressão de vapor razoável em temperatura ambiente) ✓ mercúrio elementar é levado em um tubo por um fluxo de gás inerte através da mistura onde o elemento foi formado. Atomização por Vapor Frio AAS com Geração de Hidretos (HG AAS) Espectrometria de Absorção Atômica Gases Para determinação de Hg a técnica é chamada de Vapor Frio (CV), porque o Hg não forma hidreto para o estado Hg0(g) Vapor frio - Hg Tubo aquecido na chama hidretos Sistema de geração química de vapor Espectrometria de Absorção Atômica Características da HG AAS Limite de detecção: cerca de 1000 vezes menor que na FAAS LD na faixa de g.L-1 Elementos: detecta cerca de 8 elementos (FAAS ~ 64, TOTAL ~70) Volume de amostra: 0,1- 5 mL por medida (FAAS ~ 2-5 mL) Tempo de medida: cerca de 30 – 60 segundos (FAAS ~ 5-10 seg) Custo: pouco mais caro que um FAAS Analista: muito mais conhecimento que para FAAS Espectrometria de Absorção Atômica Quadro comparativo AAS Custo Tempo Interferentes Qualidade do operador LD N° elementos Vol. amostra FAAS Baixo Rápido Poucos Média mg L-1 ~ 64 ~ 15 mL GF AAS Alto Lento Muitos Alta g L-1 ~ 55 ~ 100 L HG AAS Médio Médio Muitos Alta g L-1 ~ 8 100 L – 10 mL interferência de ionização, interferência de matriz, interferência de fundo. INTERFERÊNCIAS interferência espectral, interferência química, Interferência Química Produção de compostos estáveis na chama: dissociação incompleta; Produção de compostos refratários: que não se dissociam Solução: Aumento da temperatura da chama Uso de agentes de liberação Extração do analito Aumento da temperatura da chama Ex: óxido de alumínio se dissocia mais facilmente na chama de óxido nitroso – acetileno do que na chama ar - acetileno RESULTADO: Formação de átomos livres em fase gasosa Ex: ANÁLISE DE CÁLCIO NA PRESENÇA DE FOSFATO: adição de excesso de cloreto de lantânio ou cloreto de estrôncio acarreta a formação de fosfato de lantânio (ou de estrôncio) e o cálcio pode ser determinado na chama de ar-acetileno sem qualquer interferência do fosfato. Uso de agentes de liberação M – X + R ↔ R – X + M Interferência de ionização A interferência de ionização ocorre quando a temperatura da chama é muito alta para o analito e, por isso, tem energia suficiente para levá-lo além do estado atômico neutro e produzir íons. SOLUÇÃO Adição de supressor de ionização à amostra, padrões e branco. Ex.: K, Na, Rb e Cs, metais alcalinos que se ionizam facilmente e tornam a chama rica em elétrons, desfavorecendo a formação de outros cátions. Resultado O analito presente na amostra se ionizará menos facilmente. Trabalhar com chamas mais frias, que diminuem os efeitos da ionização. Interferência de matriz Elas ocorrem por que as características físico-químicas da matriz de amostra (viscosidade, velocidade de queima, tensão superficial), podem diferir consideravelmente dos padrões da curva de calibração. SOLUÇÃO Observar: concentração de sais, ácidos, ou bases dissolvidos; solventes;temperaturas de padrões e amostra. Espectrometria de Absorção Atômica Interferências em AAS Interferências espectrais: espécies moleculares na chama Estas espécies também absorvem a radiação da LCO ABSORÇÃO DE FUNDO (Background) Uso de uma lâmpada de deutério, que emite radiação na forma de bandas Espelho plano seccionado: ora passa a radiação proveniente da LCO, ora passa a radiação da lâmpada de D2 “CORREÇÃO DE FUNDO” Curva analítica– A versus C. Para análise quantitativa, utiliza-se uma série de soluções padrões do analito de concentrações conhecidas para construir a curva analítica. A partir da curva se obtém uma equação linear por regressão. Método dos mínimos quadrados baCA baxy 22 2 22 )( ii iiiii ii iiii xxn xyxyx b xxn yxyxn a Exercício Solução de P (ppm) Absorbância 1,00 0,230 2,00 0,436 3,00 0,638 4,00 0,848 Amostra de urina 0,518 22 2 22 )( ii iiiii ii iiii xxn xyxyx b xxn yxyxn a b = 0,024 a = 0,2056 Amostra – ?? ppm