Buscar

resumo direito penal segundo bimestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça
Aumento de pena	
I- se o crime é praticado por motivo egoístico;	
II- se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência
Tipo qualificado pela menoridade da vítima: trata-se de menor de 18 e maior de 14 anos. Se a vítima é maior de 18 anos, aplica-se o caput do art. 122. Se a vítima é menor de 14 anos, há crime de homicídio	. 
Tipo qualificado pela resistência diminuída da vítima: se anular completamente a capacidade, há crime de homicídio (ex: embriaguez anula completamente tal capacidade).	
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa, salvo se de resistência nula (alienado mental, criança, ausência de vontade válida)
Elemento subjetivo do tipo: dolo, direto ou eventual.
Vítima determinada
Lapso temporal: é irrelevante, bastando prova do nexo objetivo entre eles.
Tentativa: É inadmissível, embora em tese possível, pois de acordo com o CP, se não houver morte ou lesões corporais graves, o fato é atípico.
Participação: pode ser moral ou material. 
Moral é a praticada por induzimento (faz penetrar na mente da vítima a ideia da autodestruição) ou instigação (a vítima já pensava em suicidar-se e esta ideia é acoroçoada pelo partícipe). 
Material é a realizada por meio de auxílio.
Momento consumativo: ocorre com a morte da vítima ou com a produção de lesões corporais de natureza grave. 
Hipóteses:
1- a vítima tenta suicidar-se e vem a falecer: pune-se o participante com pena de reclusão, de dois a seis anos
2- da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave: pune-se o fato com pena de reclusão, de um a três anos
Se a vítima, pretendendo matar-se com um tiro de revólver, erra o alvo e fere um terceiro, vindo matá-lo: responde por homicídio culposo
Pacto de morte
A e B se trancam em um quarto hermeticamente fechado. 
 sobrevivente é quem abriu a torneira: responde por homicídio, uma vez que praticou o ato executório de matar
Os dois abrem a torneira de gás, não se produzindo qualquer lesão corporal em face da intervenção de terceiro: ambos respondem por tentativa de homicídio, uma vez que realizaram ato executório de matar.
Se um terceiro abre a torneira e os dois se salvam não recebendo lesão corporal de natureza grave: os dois ficam impunes, sendo que o terceiro responde por tentativa de duplo homicídio, uma vez que realizou ato executório de matar
A abre a torneira e A e B sofrem lesão corporal grave: A responde por tentativa de homicídio e B por participação em suicídio.
Roleta russa e duelo americano
O sobrevivente responde por participação em suicídio 
se passar a arma com o gatilho puxado: dolo eventual
Art. 123. Infanticídio- Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após
Sujeito ativo: só pode ser a mãe. Não impede que terceiro responda por infanticídio diante do concurso de pessoas.
Sujeito passivo: neonato ou nascente, de acordo com a ocasião da prática do fato: durante o parto ou logo após.
O que vem a ser “influência do estado puerperal”?
Estado puerperal é o conjunto das perturbações psicológicas e físicas sofridas pela mulher em face do fenômeno do parto. 
Distinção aborto e infanticídio: antes do inicio do parto existe aborto; a partir de seu início, infanticídio. O parto começa com a dilatação, em que se apresentam as circunstâncias caracterizadoras das dores e da dilatação do colo.
Distinção homicídio e infanticídio: influência do estado puerperal
Momento consumativo: ocorre com a morte do nascente ou neonato
E se o infanticídio fosse parágrafo do art. 121?
O partícipe ou co-autor, que não se encontra no estado puerperal, não seria beneficiado como é no art. 123. Não seria elementar, e sim circunstância.
Discute-se se a figura culposa seria típica ou atípica.
doutrina que considera típica: homicídio culposo 
Art. 124. Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque
Conceito de aborto: conduta, da gestante ou de terceiro, consistente na interrupção da gestação com a consequente morte do feto. 
Sujeitos ativos: a gestante, no autoaborto, e qualquer pessoa, nas outras figuras típicas.
Sujeito passivo: o feto. No aborto provocado por terceiro há dois sujeitos passivos: a vida do feto e a liberdade pessoal da gestante. 
Momento consumativo: se dá com a morte do feto, decorrente da interrupção da gravidez.
Momento da morte: pode ser tanto no ventre materno ou depois da prematura expulsão provocada.
Autoaborto e aborto consentido
Concurso de pessoas:
1- participação de terceiro na hipótese de indução, instigação ou auxílio de maneira secundária à gestante a provocar aborto em si mesma. 
Se o terceiro executar ato de provocação do aborto, não será partícipe do crime do art. 124, mas sim autor do fato do art. 126
2- o terceiro, ainda que atue como partícipe, induzindo, instagando, etc, responde nos termos do art. 126.
Se ocorrer morte ou lesão corporal de natureza grave, o partícipe ou coautor do autoaborto, além de responder por este delito, pratica homicídio culposo ou lesão corporal de natureza culposa
Gestante que provoca em si mesma o aborto terapêutico ou sentimental:
tratando-se de aborto necessário previsto no art. 128, I, não há crime. Se se trata de aborto sentimental entendemos que subsiste o delito, uma vez que essa disposição só permite a provocação do aborto por médico. 
Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante
Homicídio de mulher grávida: há crime de aborto provocado, desde que consciente o sujeito da gravidez.
Concurso de crimes: quando ocorre grave ameaça ou violência como meios de execução da provocação do aborto, existem dois crimes em concurso formal: aborto sem o consentimento da gestante e constrangimento ilegal. 
Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante:	
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
O consentimento pode não ser verbal ou expresso, resultando da própria conduta da gestante. É necessário que persista durante toda a conduta do terceiro, conhecendo a gestante o fato em suas bases integrantes. 
Art. 127. As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provoca-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Morte que causa aborto ≠ aborto seguido de morte
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário	
I- se não há outro meio de salvar a vida da gestante;	
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro (aborto sentimental)	
II- se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Natureza das causas: excludentes da antijuridicidade
Aborto praticado por enfermeira: tratando-se de aborto necessário, em que não há outro meio de salvar a gestante, não responde por delito. Não por causa do art. 128, mas sim pelo estado de necessidade elencado no art. 24. No caso do aborto sentimental, porém, a enfermeira responde pelo delito, uma vez que a norma permissiva faz referência expressa à qualidade do sujeito que pode ser favorecido: deve ser médico.
Aborto necessário:	
o consentimento da gestante é dispensável
Se a gestante se recusa e o médico provoca o aborto necessário: o médico não reponde por delito de aborto. Seu comportamento é lícito diante do estado de necessidade.
Requisitos: que a vida da gestante corra perigo e que não exista outro meio de salvá-la.
Aborto sentimental
Só é permitido em face de prévio consentimento da gestante. 
Requisitos: que a gravidez seja resultante de estupro e que haja consenso prévio da gestante ou de seu representantelegal, no caso de incapaz.
Capítulo II
DAS LESÕES CORPORAIS
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Lesão corporal de natureza grave
§1º Se resulta:
I- incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias;
II- perigo de vida;
III- debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV- aceleração de parto
§2º Se resulta:
I- incapacidade permanente para o trabalho; 
Não precisa ser necessariamente um emprego. Tanto faz se preterdolosa ou não 
II- enfermidade incurável;
III- perda ou inutilização de membro, sentido ou função; ataque a órgãos duplos caracteriza-se como debilidade permanente.
IV- deformidade permanente;
V- aborto
Lesão corporal seguida de morte
§3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo
Diminuição de pena	
§4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa. Se menor de 14 anos de idade, incide uma causa de aumento de pena, nos termos do § 7º (“aumento de pena em face da idade do sujeito passivo”).
Conduta típica: consiste em atingir a integridade corporal ou a saúde física ou mental de outrem. A lesão física é constituída de modificação do organismo humano por intermédio de ferimentos, mutilações, equimoses etc. O dano também pode incidir sobre a saúde fisiológica ou psíquica da vítima.
Ação nuclear: ofender
PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM
Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente
Parágrafo únic: a pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimento de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.
Se for um perigo FUTURO, será mera infração administrativa
Só existe quando não se encaixa no art. 121 e no 129
Objeto jurídico: vida e saúde da pessoa humana
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: pessoa certa e determinada, e não se caixa nas pessoas do art. 133 e 134
Consumação: situação efetiva de perigo
Tentativa: é possível na forma comissiva, mas é difícil de ser provado
Formas:
simples - caput
majorada- p. único
Classificação: crime comum, subsidiário, comissivo ou omissivo próprio, ação livre, plurissubsistente na forma ativa e unisubsistente na forma passiva, unisubjetivo (pode ser praticado por uma ou mais pessoas)
ABANDONO DE INCAPAZ
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos ricos resultantes do abandono
§1º Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave
º2º Se resulta a morte
AUMENTO DE PENA
§3º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:
I- se o abandono ocorre em lugar ermo
II- se ao gente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima
III- se a vítima é maior de 60 anos
Objeto jurídico: integridade física e saúde
Sujeito ativo: quem exerce cuidado, guarda, vigilância ou autoridade em relação ao sujeito passivo
Sujeito passivo: o incapaz de defender-se dos riscos do abandono, estando sob a guarda, cuidado, vigilância ou autoridade do sujeito ativo
Incapacidade: não é a civil! Pode ser corporal ou mental, durável ou temporária, como no caso da embriaguez
Exposição ≠ abandono
No abandono, o sujeito deixa a vítima sem assistência no lugar de costume. Na exposição, leva a vítima a lugar diferente daquele em que lhe presta assistência.
Momento consumativo: ocorre com o abandono, desde que resulte perigo concreto
Tentativa: admissível na forma comissiva
Crime próprio
OMISSÃO DE SOCORRO
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Parágrafo único: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Objeto jurídico: a solidariedade que deve existir entre os homens
Ação nuclear: “deixar de prestar” (direto) e “não pedir” (indireto)
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Se o sujeito for pai, tutor, médico, enfermeira, etc da vítima: haverá o crime de abandono de incapaz, do art. 133, ou , conforme hipótese, o de abandono material (art. 244). 
Várias pessoas e uma presta assistência à vítima: de acordo com a doutrina, não há delito; o cumprimento do dever por uma delas desobriga as outras.
Sujeitos passivos: 
criança abandonada
criança extraviada (criança perdida)
pessoa inválida
pessoa ferida – não se exige que as lesões sejam graves, mas que seja sem possibilidade de arrostar o perigo com suas próprias forças
pessoa em grave e iminente perigo
Se a vítima recusa o socorro: existe crime, pois o objeto jurídico é irrenunciável.
Sujeito que, com dolo de homicídio, atropela a vítima, não lhe prestando socorro: responde por homicídio doloso ou tentativa de homicídio, ficando a omissão de socorro absorvida.
Lesão corporal doloso seguida de omissão de socorro: omissão fica absorvida
Sujeito que atropela a vítima sem culpa e não lhe presta assistência: responde por omissão de socorro
Figura preterdolosa – dolo no antecedente e culpa no consequente. Se fosse o contrário seriam dois crimes: omissão de socorro e homicídio
DA RIXA
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores
Parágrafo único: se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na riva, a pena de detenção, de 6 meses a 2 anos
Conceito: briga entre mais de duas pessoas, acompanhada de vias de fato ou violências físicas recíprocas.
Número mínimo de rixosos: três, ainda que um tenha morrido
Objeto jurídico: integridade física, paz social, incolumidade física e mental
Sujeitos ativos: rixosos
Sujeitos passivos: os rixosos
Rixoso inimputável: no número mínimo exigido para a existência da rixa não importa que algum dos rixosos seja inimputável. Desde que uma das pessoas seja imputável, é irrelevante a situação pessoal das outras.
Momento de atuação: o sujeito pode ingressar na rixa depois de iniciada ou dela sair antes de terminada. Em ambos os casos, responde pelo delito
Participação material: ocorre por meio de vias de fato ou lesões corporais
Participação moral: decore de induzimento ou instigação
A rixa pode ser realizada por intermédio de lançamento de objetos, não sendo necessário corpo a corpo
Rixa ≠ delito multitudinário
Na rixa os sujeitos agem uns contra os outros, no delito multitudinário todos têm intenção comum, dirigida a fim determinado
Participação na rixa ≠ participação no crime de rixa
Participação na rixa é a conduta de quem intervém diretamente na luta. Existe participação no crime de rixa na conduta de quem concorre, de qualquer modo, para a luta, instigando, etc.
Tentativa:
Na rixa de improviso não existe, porque não há iter criminis
Na rixa preordenada:
1ª posição: existe se tiver iter criminis
2ª posição: há tentativa, mas é difícil de ser diferenciado o ato preparatório e o início de execução
3ª posição: não há como prever se será uma briga desordenada ou ordenada, então não há tentativa.
Concurso de crimes:
1- crime de ameaça: fica absorvido
2- lesão corporal leve e vias de fato: fazem parte da própria descrição da rixa; fica absorvido
3- homicídio e lesão grave: poderá haver concurso se for identificado o autor; figura qualificada
4- tentativa de homicídio e tentativa de lesão grave: se for identificado o autor, mas nesse caso não terá figura qualificada
5- crime contra o patrimônio – concurso de crimes
6- disparo de arma de fogo – depende do contexto, se estava na rixa ou não
7- porte de arma de fogo 0 desde que identifique a pessoa,responde pelos dois crimes
Maior parte da doutrina acredita que em concurso de crimes o sujeito responde por rixa qualificada
Admite participação? Sim. Vai ser o sujeito que não entrou na briga mas ofereceu algum apoio psicológico
CRIMES CONTRA A HONRA
Como se procede a ação penal nos crimes contra a honra?	
Em regra, os crimes são apurados por meio da ação penal privada, podendo ser promovida pela vítima ou por quem tenha qualidade legal para representá-la. Porém, há exceções: 
no caso de crime praticado contra a honra do Presidente da República ou contra chefe de governo estrangeiro: ação penal pública condicionada à requisição do ministro da justiça; 
quando for praticado contra funcionário público em razão de suas funções: tanto a ação penal privada ou a ação penal pública condicionada à representação, consoante súmula 714 do STF
quando a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência (art. 140 §3º): ação penal pública condicionada à representação; 
quando for praticada a injúria real do art. 140 §2º (quando a injuria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes):
quando resulta em lesão leve: ação penal pública condicionada à representação
quando resulta em lesão grave: ação penal pública incondicionada
quando praticada por vias de fato: ação penal privada
CALÚNIA
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime
§1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga
§2º É punível a calúnia contra os mortos
EXCEÇÃO DA VERDADE
§3º Admite-se a prova da verdade, salvo:
I- se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II- se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n. I do art. 141;
III- se do crime imputado, embora de ação publica, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Honra objetiva e honra subjetiva
Honra subjetiva é o sentimento de cada um a respeito de seus atributos, o que cada um pensa sobre si mesmo. Honra objetiva é a reputação, aquilo que os outros pensam a respeito do cidadão no tocante a seus atributos
A calúnia e a difamação atingem a honra objetiva da vítima (reputação). A injúria ofende a honra subjetiva do sujeito passivo (ferindo a honra-dignidade ou a honra-decoro).
Calunia≠ difamação ≠ injúria	
Damásio: Enquanto na calúnia existe imputação de fato definido como crime, na difamação o fato é meramente ofensivo à reputação do ofendido. Além disso, o tipo da calúnia exige o elemento normativo da falsidade da imputação, o que é irrelevante no delito de difamação, salvo na hipótese do parágrafo único do art. 139. Enquanto na injúria o fato versa sobre qualidade negativa da vítima, ofendendo-lhe a honra subjetiva, na difamação e na calúnia há ofensa à reputação, versando sobre fato a ela ofensivo ou criminoso.
Objeto jurídico: a honra objetiva
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa física. 
OBS: Caluniar ou difamar o presidente da republica, os presidentes do senado federal, da câmara dos deputados e do supremo tribunal federal constitui delito contra a segurança nacional, desde que haja motivação política. Se particular o motivo, trata-se de crime comum.
Mortos (§2º)	
Não são sujeitos passivos, não obstante a redação do dispositivo. Vítimas são o cônjuge, o ascendente, o descente ou o irmão do falecido.
Elemento normativo do tipo: Contido na expressão “falsamente”. Se atribui a terceiro a pratica de crime que realmente ocorreu, inexiste a calúnia.
Fato definido como contravenção: não há calúnia e sim contravenção
Chamar alguém de infrator, dizer que alguém vem praticando infrações: é injúria
Momento consumativo: ocorre no instante em que a imputação chega ao conhecimento de um terceiro que não a vítima 
DIFAMAÇÃO
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação	
EXCEÇÃO DA VERDADE	
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções
A exceção da verdade é um instrumento reconhecido a uma pessoa para demonstrar que o fato imputado a outrem é verídico. O momento para se levantar a exceção da verdade é o da defesa prévia, previsto no art. 395 do CPP. No crime de injúria não é admitido, já que lhe é atribuído uma qualidade negativa, e não um fato, atingindo a honra subjetiva. No crime de difamação em regra não é admitida, pois, além de não ser a imputação de um fato criminoso, a difamação também se constitui por imputação de fato verdadeiro, mas permite-se a exceção da verdade na hipótese do parágrafo único do artigo 138 do código penal, quando o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício das suas funções (propter officium), pois é do interesse público saber se há irregularidade no funcionamento do serviço público, maculando-se a honra deste perante a sociedade. Em regra geral, a exceção da verdade é aceita no crime de calúnia, já que consiste em imputar falsamente a outrem conduta definida como crime, e uma vez que se prove que o fato é verdadeiro, não há o que se falar nessa figura típica, isentando-se o acusado de responsabilidade. Porém, o código penal reserva três exceções ao uso do instrumento de exceção da verdade, elencados no parágrafo 3º do artigo 138: se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n. I do art. 141; se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 	
Objeto jurídico: a honra objetiva (reputação)
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa, determinada e identificada
OBS: difamação absorve a injúria
Doentes mentais podem ser difamados
Momento consumativo: ocorre no instante em que um terceiro, que não o ofendido, toma conhecimento da imputação ofensiva à reputação
Em regra é irrelevante que o fato seja falso ou verdadeiro. Excepcionalmente, entretando, o legislador permite a prova da verdade quando se trata de imputação de fato ofensivo à reputação de funcionário publico.
INJÚRIA
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo0lhe a dignidade ou o descoro	
§1º O juiz pode deixar de aplicar a pena: (perdão judicial)	
I- quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria	
II- no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria	
§2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes	
§3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: pode ser cometida contra qualquer pessoa, desde que tenha capacidade de compreensão do conteúdo da expressão ou atitude ultrajante
Não há atribuição de fato, e sim de qualidade negativa. 
Objeto jurídico: honra subjetiva da pessoa, que constitui o sentimento próprio a respeito dos atributos físicos, morais e intelectuais de cada um
Art. 141. As penas cominadas neste capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:	
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;	
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.	
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)	
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
Exclusão do crime
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:	
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou porseu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;	
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.	
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
A retratação é o ato de desmentir uma afirmação, reconhecendo-a como inverídica. A retratação só é admita na calúnia e na injúria (que se processam por ação penal privada), pois dizem respeito à atribuição de um fato a alguém, que pode ser desmentido. No caso da injúria, é uma qualidade negativa, o que seria dificil de desfazer o efeito da ofensa. Segundo o art. 107, VI, do código penal, a retratação é causa extintiva de pena, porém só produz efeitos penalmente, não impedindo a propositura de reparação de danos (art. 67, II, CPP)
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único.  Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 140 deste Código.  
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.	
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.	
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:	
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;	
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Tortura ≠ constrangimento ilegal	
Na tortura há intenso sofrimento
Objeto jurídico: a liberdade de autodeterminação
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Obs: sujeito ativo funcionário público: sendo o fato cometido no exercício da função, responde pelo delito descrito no art. 350 do Código Penal
Sujeito passivo: é indispensável que possua capacidade de autodeterminação
Atentar contra a liberdade pessoal dos presidente das republica, do senado federal, da câmara dos deputados ou do supremo tribunal federal: crime contra a segurança nacional
Consumação: se dá no momento em que a vítima faz ou deixa de fazer alguma coisa
Tentativa: admissível
Elementos subjetivos do tipo: dolo, conhecimento da ilegitimidade da pretensão e o nexo de causalidade entre o constrangimento e a conduta do sujeito passivo. 
Tipos qualificados (§1º)
Armas: podem ser próprias (instrumentos destinados a ataque ou defesa. De fogo, punhais, bombas, facões, etc) ou impróprias (não são fabricadas com finalidade de ataque ou defesa, mas tem poder ofensivo. Machados, facas de cozinha, tesouras, navalhas, etc)
Para que incida a qualificadora, é necessário que a arma seja empregada. 
Seqüestro e cárcere privado
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:  
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:	
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;  	
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;	
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias.	
IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;  	
V - se o crime é praticado com fins libidinosos.  
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:	
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Elementos do tipo: privar a liberdade de locomoção
Sequestro ≠ cárcere privado	
No segundo há confinamento
Extorsão mediante sequestro: faz-se interpretação extensiva e pensa-se que extorsão mediante cárcere privado é punido da mesma forma, pois para manter em cárcere privado é necessário sequestrar. “Se o crime menor é punido, o crime maior também será.”
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa (se for menor de 18 anos – ECA)
Tentativa: tentou executar, mas não conseguiu privar a liberdade de locomoção
Consumação: momento da restrição da liberdade
Constrangimento ilegal ≠ sequestro ou cárcere privado	
 “No delito de sequestro o bem lesado é, principalmente, a liberdade de locomoção, perdurando no tempo a situação ilícita; no constrangimento ilegal a lesão à liberdade de locomoção se atém a uma determinada conduta de fazer ou não fazer, não se protraindo no tempo.”
Ocorrendo lesão corporal: há concurso material entre sequestro ou cárcere privado e delito de lesão corporal leve, grave ou gravíssima. 
Ocorrendo morte: resulta concurso entre sequestro ou cárcere privado e homicídio, doloso ou culposo.

Continue navegando