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Fundação CECIERJ – Vice Presidência de Educação Superior a Distância Cálculo II – AD2 (2014/2) - Gabarito Solução da Questão 1 A função 2 6 4 2 3 2 1 ( ) 2 x x f x x x x que aparece no integrando é uma função racional própria. Seu denominador pode ser fatorado como 6 4 2 2 4 2 2 2 22 ( 2 1) ( 1)x x x x x x x x , logo 2 2 6 4 2 2 2 2 3 2 1 3 2 1 2 ( 1) x x x x x x x x x Vamos decompor esta última fração em frações parciais: 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 1 ( 1) 1 ( 1) x x A B Cx D Ex F xx x x x x Reduzindo ao mesmo denominador, obtemos 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 2 4 2 4 2 3 2 2 2 2 5 3 4 2 5 4 3 4 3 2 1 ( 1) 1 ( 1) ( 1) ( 1) ( 1)( ) ( ) ( 1) ( 2 1) ( 2 1) ( )( ) ( ) ( 1) 2 2 x x A B Cx D Ex F xx x x x x Ax x B x x x Cx D x Ex F x x Ax x x B x x x x Cx D Ex Fx x x Ax Ax Ax Bx Bx B Cx Dx Cx Dx Ex 3 2 2 2 2 5 4 3 2 2 2 2 ( 1) ( ) ( ) (2 ) (2 ) ( 1) Fx x x A C x B D x A C E x B D F x Ax B x x Igualando os numeradores, devemos ter Cálculo II AD2 – Gabarito 2014/2 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ P ág in a2 0 0 2 0 2 2 2 3 1 2 2 1 A C B D A C E C E B D F D F A B Logo, 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 1 2 1 2 1 2 2 ( 1) 1 ( 1) x x x x xx x x x x . De volta a integral indefinida, temos portanto: (1) (2) (3) (4) (5) (6) (1) (2) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2ln | | ln | 2 1 2 1 2 2 1 ( 1) 2 1 2 1 2 2 1 1 ( 1) ( 1) 1 3 2 1 ( 1) dx dx dx dx dx dx dx dx dx dx x dx x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 2 (4)(3) (6)(5) 2 2 1 | arctg( ) arctg( ) 1 1 1 x x x C x x x (*) Justifiquemos os cálculos das primitivas. Nas integrais (3) e (5) , podemos usar simultaneamente a substituição simples 2 1 2u x du xdx e fica 2 (3) 2 ln | | ln | 1 | 2 1 du dx u x u x x , e 2 2 (5) 2 2 1 1 ( 1) 2 ( 1) du dx u u x x x Na integral (6), usamos a substituição trigonométrica 2tg secx dx d , baseando-se no triângulo associado Figura 1 Cálculo II AD2 – Gabarito 2014/2 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ P ág in a3 Conclui-se também que arctg x , 2 sen 1 x x , 2 1 cos 1x , 2 2 2 4sec 1 ( 1) secx x Usando isso na integral (6), obtém-se 2 2 42 2 2 2cos (1 cos2 ) sen 2 2sen cos sen cos arctg 2 2 2 2sec sec( 1) 1 dx d d d x x x x Simplificando a expressão obtida em (*), tem-se 2 2 2 2 2 2 2 ln 1 1 1 1 3 2 1 ( 1) x C x dx x x x x x x x Solução da Questão 2 Iniciemos calculando a primitiva. Para isso, comecemos fazendo a substituição simples t tu e du e dt (1) Assim ficamos com 3 2 2 3/2 2 3/2(1 ) (1 ) t t e dt e u du dt u (2) Note que o denominador possui uma expressão da forma 2 2a u , com 1a , o que sugere aplicar uma mudança de variáveis via método de substituição trigonométrica usando a função tangente (ou cotangente), como mostra o triângulo associado da figura a seguir Figura 2 Cálculo II AD2 – Gabarito 2014/2 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ P ág in a4 Assim 2tg secu du d . E ainda: 2 2 2 2 sec 1 1 sen 1 u u sec u u (3) Substituindo em (2), fica 3 2 2 2 2 3/2 2 2 2 2 2 3/2 3/2(1 ) (1 ln sec tg sen tg sec tg sen sec cos(1 ) (sec ) cos ) cos (sec cos ) t t e dt e C u du d d d u d d (4) Precisamos agora voltar para a variável original. Por (1) e (3), obtemos 2 2 tg , sec 1 , sen 1 t t t t e e e e . Logo 3 2 2 3/2 2 ln 1 (1 ) 1 t t t t t t e e dt e e C e e Para o cálculo da integral definida dada no enunciado, basta agora aplicar o TFC: ln 2ln 2 3 2 2 3/2 2 0 0 ln 1 (1 ) 1 2 1 5 2 2 1 ln 5 2 ln 2 1 ln 5 2 2 1 5 2 t t t t t t e e dt e e e e . Solução da Questão 3 a) Sejam ( ) 1 a b x f x x e 1 ( ) b a g x x . Apliquemos o critério do limite do quociente para as funções acima ( ) 11lim lim lim lim 1 1 1( ) 1 1 a bb bx x x x b a b x f x xx g x x x x pois 1 1 0b a e a b e portanto 1 lim 0 bx x . Cálculo II AD2 – Gabarito 2014/2 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ P ág in a5 Desta forma, as integrais 1 1 a b x dx x e 1 1 b a dx x têm mesmo comportamento no que diz respeito à convergência. Pelas hipóteses, tem-se 1 1b a b a . De acordo com os exemplos referenciais, segue que 1 1 b a dx x é convergente. Portanto, a integral 1 1 a b x dx x também converge. Solução da Questão 3 b) Por definição 3 3 4 4 lim (ln ) (ln )t t e e dx dx x x x x Calculemos a integral indefinida 3 4 (ln ) dx x x Fazendo 1 lnu x du dx x , obtém-se 3 3 2 2 4 4 2 2 (ln ) (ln ) du dx x x u u x Portanto 3 2 2 2 4 2 2 2 lim lim 2 (ln ) (ln ) (ln ) (ln ) t t t ee dx x x x t e , pois 2 2 lim 0 (ln )t t . Solução da Questão 4 Sejam 1 ( ) ( ) F x f x e 2 2 .arctg ( ) (1 ) x x G x x . Essas funções são contínuas em [0, ) , ( ) 0G x e, por hipótese, ( ) 0F x . Aplicando o critério do limite do quociente ( ) ( ) G x F x , obtemos Cálculo II AD2 – Gabarito 2014/2 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ P ág in a6 2 2 2 2 .arctg ( ) .arctg(1 ) lim lim lim ( ). 0 1( ) (1 ) ( ) x x x x x G x x xx f x c F x x f x , onde este último limite é aquele dado no enunciado. Portanto as integrais 0 1 ( ) dx f x e 2 2 0 .arctg (1 ) x x dx x têm o mesmo comportamento no que diz respeito à convergência. (1) Analisemos esta última integral imprópria. A função arctgy x é limitada para [0, )x , a saber , 0 arctg 2 x . Desta forma 2 2 2 2 .arctg (1 ) 2(1 ) x x x x x (2) Avaliemos a convergência da integral imprópria 2 2 0 2(1 ) x dx x Comparemos esta integral com a integral imprópria de 3 1 y x . Para isso, notemos que 1 2 2 2 2 2 2 0 0 1 2(1 ) 2(1 ) 2(1 ) x x x dx dx dx x x x (3) Agora podemos usar o critério do quociente para comparar a integral imprópria da segunda parcela acima com 3 1 1 dx x , que sabemos ser convergente, pelos exemplos referenciais. (Obs.: note que esta comparação tem que ser com uma integral imprópria 3 1 a dx x em que 0a para que possamos usar o exemplo referencial citado. No nosso caso, escolhemos 1a . Convença-se de que 3 0 1 dx x e por isso não podemos usar esta para comparação). 42 2 22 2 3 2 12(1 ) lim lim lim . 0 1 2(1 ) 2 21 1 x x x x xx x x x Cálculo II AD2 – Gabarito 2014/2 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ P ág in a7 Portanto as integrais 2 2 1 2(1 ) x dx x e 3 1 1 dx x têm o mesmo comportamento quanto à convergência e assim 2 2 1 2(1 ) x dx x é convergente. Logo, voltando a (3), 2 2 0 2(1 ) x dx x é convergente. (Obs.: A primeira parcela do segundo membro de (3) é a integral definida de uma função contínua no intervalo de integração, logo integrável neste intervalo). Voltando a (2), segue do critério de comparação que 2 2 0 .arctg (1 ) x x dx x é também convergente. Finalmente, voltando a (1), segue que 0 1 ( ) dx f x é convergente. OBS.: a integral imprópria 2 2 0 .arctg (1 ) x x dx x poderia também ser calcular explicitamente, usando-se a substituição 2 1 arctg 1 y x dy dx x e obtendo-se 2 2 0 .arctg (1 ) 8 x x dx x . Neste caso, seguiria de (1) que a integral imprópria 0 1 ( ) dx f x é convergente.
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