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Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸a˜o – Semana 7 – Soluc¸a˜o Temas abordados : Regra da cadeia; Derivac¸a˜o impl´ıcita; Derivada de func¸o˜es inversas Sec¸o˜es do livro: 3.5, 3.6, 3.7, 3.8 1) Suponha que a relac¸a˜o entre o comprimento L, em metros, e o peso P , em kg, de um determinado peixe seja dada por P (L) = 10L3. Suponha ainda que a taxa de variac¸a˜o do comprimento em relac¸a˜o ao tempo, dado em anos, satisfaz a equac¸a˜o d dt L(t) = 0, 2 (2− L(t)). (a) Determine o comprimento do peixe no caso em que P = 20 kg. (b) Determine a taxa de variac¸a˜o do peso em relac¸a˜o ao tempo. (c) Use os itens anteriores para determinar a taxa de variac¸a˜o do peso do peixe, em relac¸a˜o ao tempo, para um peixe de 20 kg. Soluc¸a˜o: (a) Note que P (t) = 10L(t)3. No instante t0 em que P (t0) = 20 temos que L(t0) = 2 1/3. (1) (b) Derivando e usando a regra da cadeia obtemos P ′(t) = 30L(t)2 d dt L(t) = 6L(t)2(2− L(t)). (2) (c) Combinando (10) e (13) obtemos P ′(t0) = 6 · 22/3(2− 21/3). Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 7 - Pa´gina 1 de 25 2) Um avia˜o de cac¸a sobrevoa uma cidade percorrendo uma trajeto´ria retil´ınea conforme a figura abaixo. Sua posic¸a˜o escalar sobre tal trajeto´ria e´ uma func¸a˜o do tempo x(t) = 3t−2 se t ≤ 1 e x(t) = t3 se t > 1, onde t e´ o tempo medido em minutos. A distaˆncia entre o cac¸a e a cidade e´ dada por y(t) = √ H2 + x2(t). (a) Calcule os limites laterais lim h→0± x(1 + h)− x(1) h e em seguida decida sobre a existeˆncia de x′(1). (b) Determine a velocidade escalar do avia˜o v(t) = x′(t), para cada t real. (c) Dada f(z) = √ H2 + z2, encontre d dz f(z). (d) Sabendo que y(t) = f(x(t)), determine d dt y(t). (e) Em quais instantes o avia˜o se aproxima e em quais ele se afasta da cidade? Soluc¸a˜o: (a) Temos que lim h→0− x(1 + h)− x(1) h = 3 e lim h→0+ x(1 + h)− x(1) h = lim h→0+ (1 + h)3 − 1 h = lim h→0+ 3h+ 3h2 + h3 h = 3. Dessa forma, x′(1) = 3. (b) Segue diretamente da expressa˜o para x(t) e do item acima que v(t) = x′(t) = { 3, se 0 < t ≤ 1, 3t2, se t > 1. (c) Aqui, lembre-se que ( √ z)′ = 1/(2 √ z). Logo, pela regra da cadeia, f ′(z) = 1 2 √ H2 + z2 (z2)′ = z√ H2 + z2 (d) Do mesmo modo, para o item d), temos que y′(t) = d dt f(x(t)) = f ′(x(t))x′(t), e e´ suficiente agora usar os itens (b) e (c). (e) Veja que o avia˜o se aproxima sempre que a distaˆncia y(t) diminui, isto e´, para o valores de t que satisfazem y′(t) < 0. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 7 - Pa´gina 2 de 25 3) Indique por W (V ) o trabalho realizado por um ga´s ideal ao se expandir isotermicamente, desde um volume inicial V0 ate´ o volume V . Pode-se mostrar que em unidades apropria- das, W (V ) = C · ln ( V V0 ) , onde C > 0 e´ uma constante que depende da temperatura e do nu´mero de mols do ga´s. Suponha que o volume seja uma func¸a˜o do tempo dada por V (t) = 2t4 + 1, t ≥ 0. A poteˆncia gerada pelo sistema e´ a taxa de variac¸a˜o do trabalho em relac¸a˜o ao tempo. (a) Encontre as derivadas d dV W (V ) e d dt V (t). (b) Encontre a expressa˜o da poteˆncia gerada pelo sistema, P (t) = d dt W (V (t)). (c) Sabendo que C = 10, obtenha a poteˆncia do sistema quando o volume e´ 33. Soluc¸a˜o: (a) A derivada de V com relac¸a˜o ao tempo e´ dada por V ′(t) = 8t3. Para o ca´lculo da derivada de W com respeito a V temos que usar a regra da cadeia como segue dW dV = C 1 V/V0 d dV ( V V0 ) = C V0 V 1 V0 = C V . O termo 1 V/V0 acima e´ exatamente a derivada da func¸a˜o ln(s) aplicada no ponto s = V/V0. (b) Usando a regra da cadeia novamente obtemos P (t) = dW dt = dW dV dV dt = C V 8t3 = C 8t3 2t4 + 1 . (c) Usando a expressa˜o de V (t) conclu´ımos que o instante em que o volume e´ igual a 33 e´ exatamente t0 = 2. Agora basta usar a expressa˜o acima para calcular P (2) = 640/33. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 7 - Pa´gina 3 de 25 4) Suponha que o nu´mero de indiv´ıduos de uma populac¸a˜o de bacte´rias seja dado, no ins- tante t ≥ 0, por N(t) = 2N0/(1+ekt), onde k > 0 e´ uma constante e N0 > 0 e´ a populac¸a˜o inicial. Sabendo que a derivada da exponencial e´ ela pro´pria, (ex)′ = ex, resolva os itens seguintes. (a) Determine o instante t0 em que o nu´mero de indiv´ıduos e´ metade do inicial. (b) Determine a derivada d dt ekt. (c) Determine a taxa de variac¸a˜o do nu´mero de indiv´ıduos em relac¸a˜o ao tempo. (d) Sabendo que N0 = 1000 e k = 4, determine a taxa acima no instante t0 calculado no item (a). Soluc¸a˜o: (a) Procuramos por t0 tal que N(t0) = 2N0/(1 + e kt0) = N0/2. Isto e´, 1 + ekt0 = 4⇒ ekt0 = 3⇒ t0 = (ln 3)/k, onde aplicamos o logaritmo em ambos os lados da penu´ltima expressa˜o. (b) Pela regra da cadeia (ekt)′ = ekt(kt)′ = kekt. (c) Uma outra aplicac¸a˜o da regra da cadeia nos fornece N ′(t) = (2N0(1 + e kt)−1)′ = −2N0(1 + ekt)−2kekt. Note que, no ca´lculo da derivada acima, poder´ıamos ter utilizado a regra do quoci- ente. (d) Para obter a reposta do u´ltimo item basta fazer t = t0 = ln 3/k na expressa˜o acima e lembrar que eln 3 = 3. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 7 - Pa´gina 4 de 25 5) A func¸a˜o secante, com o domı´nio restrito ao intervalo [0, pi/2) e contradomı´nio restrito ao intervalo [1,∞), e´ bijetiva sendo portanto invert´ıvel. Sua inversa arcsec : [1,∞) −→ [0, pi/2) e´ definida por y(x) = arcsec(x) ⇔ y ∈ [0, pi/2) e sec(y(x)) = x. Sabendo que ela e´ deriva´vel em (1,+∞), siga os passos abaixo para calcular y′(x). (a) Use a regra do quociente (ou a da cadeia) para mostrar que d dy sec(y) = sec(y) tg(y). (b) Aplique o operador de derivac¸a˜o d dx em ambos os lados da igualdade x = sec(y(x)), na˜o esquecendo de usar a regra da cadeia para derivar o lado direito da igualdade. (c) Isole o termo y′(x) na expressa˜o encontrada acima. (d) Lembrando que x = sec(y) e sec2(y) = tg2(y) + 1, escreva tg(y) como func¸a˜o de x. (e) Substitua sec(y) e tg(y) na resposta do item c) para obter a expressa˜o de y′(x) como func¸a˜o apenas da varia´vel x. Soluc¸a˜o: (a) Temos que d dy sec(y) = d dy 1 cos(y) = −1 · (cos(y))′ cos2 y = sec(y) tg(y). (b) Usando a regra da cadeia para derivar a igualdade x = sec(y(x)) com respeito a` varia´vel x, obtemos 1 = d dx x = d dx sec(y(x)) = sec(y(x)) tg(y(x))y′(x). (c) Note que o termo y′(x) do lado direito e´ exatamente a derivada da func¸a˜o “de dentro”na composic¸a˜o sec(y(x)). Segue da expressa˜o acima que y′(x) = 1 sec(y) tg(y) . (d) Usando a identidade trigonome´trica citada no enunciado obtemos tan2(y) = sec2(x)− 1. Uma vez que y ∈ [0, pi/2) temos que tan(y) ≥ 0. Desse modo, conclu´ımos que tg(y) = √ sec2(y)− 1. (3) Substituindo-se y = arcsec(x) na expressa˜o acima obtemos que tg(arcsec(x)) = √ x2 − 1. (4) (e) Combinando-se (3) e (4) segue que a derivada da func¸a˜o arco secante e´ d dx arcsec(x) = 1 x √ x2 − 1 , x ∈ (1,+∞). Uma observac¸a˜o importante e´ que a func¸a˜o secante pode ser invertida em um intervalo maior, a saber (−∞,−1] ∪ [1,+∞). Nesse caso o contradomı´nio seria [0, pi/2) ∪ (pi/2, pi] e, procedendo como acima, obter´ıamos a seguinte derivada (veri- fique!) d dx arcsec(x) = 1 |x|√x2 − 1 , |x| > 1. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 7 - Pa´gina 5 de 25 Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸a˜o – Semana 8 – Soluc¸a˜o Temas abordados : Taxas relacionadas; Extremos de func¸o˜es Sec¸o˜es do livro: 3.9, 4.1 1) Suponha que um barco seja puxado para o cais por uma corda presa a` sua proa, situada 6 m abaixo do apoio da corda no cais, conforme a figura abaixo. Suponha ainda que a cordaseja puxada com uma velocidade de 2 m/s. Nesse caso, o comprimento c(t) da corda entre a proa e o apoio, a distaˆncia d(t) do barco ao cais e o aˆngulo θ(t) entre a corda e a vertical sa˜o func¸o˜es do tempo t. Denote por τ o instante em que c(τ) = 10 m. (a) Calcule o valor de d(τ). (b) Calcule a derivada d′(τ). (c) Calcule o valor de tg(θ(τ)). (d) Usando os itens anteriores e a regra da cadeia, calcule o valor de θ′(τ). c(t) d(t) θ(t) 6 Soluc¸a˜o: (a) Utilizando o teorema de Pita´goras no triaˆngulo retaˆngulo de lados d(τ), c(τ) e 6, temos que d(τ) = √ 102 − 62 = 8. (b) Novamente por Pita´goras, segue-se que as medidas c(t), d(t) e 6 esta˜o relacionadas por c2(t) = d2(t) + 62. Derivando essa igualdade e utilizando regra da cadeia, segue que 2c(t) c′(t) = (c2)′c=c(t)(c(t)) ′ = (c2(t))′ = (d2(t) + 62)′ = (d2)′d=d(t)(d(t)) ′ = 2d(t) d′(t). Da igualdade 2c(t) c′(t) = 2d(t) d′(t), isolando d′(t), obtemos que d′(t) = c(t) c′(t)/d(t). Observe agora que c′(t) = −2, uma vez que a corda esta´ sendo puxada com uma velocidade de 2. Apo´s esta observac¸a˜o, basta substituir t = τ na expressa˜o de d′(t) e usar os valores d(τ) = 10, obtido no item anterior, c(τ) = 10 e c′(τ) = −2, de modo a obter d′(τ) = −20 8 . (c) A tangente de θ(τ) e´ igual a` medida d(τ) = 8 do cateto oposto dividida pela medida 6 do cateto adjacente, de modo que tg(θ(τ)) = 8 6 . (d) Em um instante gene´rico t, tem-se tg(θ(t)) = d(t)/6. Derivando esta igualdade em relac¸a˜o a t, obte´m-se que ( 1 + tg2(θ(t)) ) θ′(t) = d′(t)/6. Basta agora isolar θ′(t), susbtituir t = τ e usar os valores ja´ calculados de tg(θ(τ)) = 8/6 e d′(τ) = −20/8, de modo a obter θ′(τ) = −12 80 . Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 8 - Pa´gina 6 de 25 2) Considere um reservato´rio, na forma de um hemisfe´rio de raio R = 10 m, com a´gua ate´ uma altura h, conforme ilustra a figura abaixo. Nesse caso, o volume de a´gua e´ dado por V (h) = (pi/3)(3Rh2 − h3). Suponha que o reservato´rio esteja sendo abastecido com uma vaza˜o de 16 pi m3/min. Portanto a altura h e o raio r da superf´ıcie da a´gua sa˜o func¸o˜es do tempo. Observe que a forma esfe´rica do reservato´rio estabelece uma relac¸a˜o entre as func¸o˜es h = h(t) e r = r(t). (a) Usando a regra da cadeia aplicada a V (h(t)), determine o valor de h′(τ) no instante τ em que h(τ) = 4. (b) Obtenha a relac¸a˜o entre as func¸o˜es h(t) e r(t) menciona acima. (c) Usado os itens anteriores, determine o valor de r′(τ) no instante τ em que h(τ) = 4. r R h Soluc¸a˜o: (a) Como o reservato´rio esta´ sendo abastecido com uma vaza˜o de 16 pi m3/min, segue que (V (h(t)))′ = 16 pi, para todo t. Temos que V ′(h) = pi(2Rh−h2). Pela regra da cadeia, obtemos enta˜o que 16 pi = (V (h(t)))′ = (V (h))′h=h(t)(h(t)) ′ = pi(2Rh(t)− h2(t))h′(t). Isolando h′(t), segue que h′(t) = 16 2Rh(t)− h2(t) . Calculando isso no instante τ , no qual h(τ) = 4, obtemos que h′(τ) = 16 8R− 16 . (b) Pela figura, observando que a altura do reservato´rio e´ R, temos que r(t) e R−h(t) sa˜o os catetos de um triaˆngulo retaˆngulo de hipotenusa R. Pelo teorema de Pita´goras, segue que r2(t) + (R− h(t))2 = R2. (c) Isolando r(t) da igualdade do item anterior, obtemos que r(t) = √ 2Rh(t)− h2(t). Em particular, no instante τ em que h(τ) = 4, temos que r(τ) = √ 8R− 16. Agora derivando a igualdade do item anterior e utilizando a regra da cadeia, segue que (r2)′r=r(t)(r(t)) ′ + ((R− h)2)′h=h(t)(h(t))′ = 2r(t)r′(t)− 2(R− h(t))h′(t) = 0. Isolando r′(t), obtemos que (∗) r′(t) = R− h(t) r(t) h′(t). Calculando isso no instante τ e utilizando os valores r(τ) e h′(τ), obtidos nos ı´tens anteriores, e h(τ) = 4, segue que r′(τ) = R− 4√ 8R− 16 16 8R− 16 = 16 R− 4 (8R− 16) 32 . Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 8 - Pa´gina 7 de 25 3) Suponha que, na construc¸a˜o de uma barraca com vista frontal na forma de um triaˆngulo iso´sceles de altura h, as laterais devem ser feitas a partir de uma lona com 6 m de comprimento e 3 m de largura, conforme ilustra a figura. (a) Determine o comprimento b da base do triaˆngulo em func¸a˜o da altura h. (b) Use o item anterior para expressar o volume V (h) da barraca em func¸a˜o de h. (c) Determine h de forma que o volume V (h) seja ma´ximo, justificando a sua resposta. 3m 3m b h Soluc¸a˜o: (a) Usando o Teorema de Pita´goras obtemos que 32 = h2+(b/2)2, e assim b = 2 √ 9− h2. (b) Basta usar o item (a) para se concluir que V (h) = 3 bh 2 = 3h √ 9− h2, h ∈ [0, 3]. (c) Note que V ′(h) = 3 √ 9− h2 − 3h2/√9− h2. Assim e igualando a zero conclu´ımos que os pontos cr´ıticos de V sa˜o {0, 3, 3/√2}. Uma vez que V (0) = V (3) = 0 e V (3/ √ 2) > 0 conclu´ımos que o ponto cr´ıtico h = 3/ √ 2 e´ o ponto de ma´ximo global de V em [0, 3]. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 8 - Pa´gina 8 de 25 4) Um filtro na forma de um cone circular reto tem altura igual a 10 cm e raio da base igual a 5 cm. Suponha que uma certa quantidade de a´gua seja colocada nesse filtro e que ela escoe para um recipiente na forma de um cilindro circular reto de mesmo raio e altura que o filtro, conforme ilustra a figura abaixo. Indique por x a altura da a´gua no filtro e por y a altura da a´gua no recipiente. (a) Sendo r o raio da superf´ıcie da a´gua no filtro, use semelhanc¸a de triaˆngulos para determi- nar r em func¸a˜o de x. (b) Sabendo que o volume de um cone circular reto de raio r e altura x e´ igual a (1/3)pir2x, determine o volume V1(x) da a´gua no filtro como func¸a˜o de x. y x10 5 (c) Determine o volume V2(y) de a´gua no recipiente cil´ındrico. (d) Considerando que x = x(t) e y = y(t), em que t > 0 denota o tempo, determine y′ no instante τ > 0 tal que x(τ) = 5 e x′(τ) = −0, 5. Soluc¸a˜o: (a) Fazendo um corte transversal no cone veremos dois triaˆngulos retaˆngulos semelhan- tes. Os catetos do primeiro medem 5 e 10. Os respectivos catetos do outro medem r e x. Segue enta˜o r = x/2. (b) Basta usar a fo´rmula do volume do cone e lembrar que r = r(x) = x/2 para obter V1(x) = (pi/12)x 3 (c) O volume de a´gua no cilindro reto e´ dado por V2(y) = 5 2 · pi · y. (d) Como a a´gua escoa do cone para o cilindro sem desperd´ıcio, a taxa de variac¸a˜o dos dois volumes V1 e V2, em mo´dulo, sa˜o iguais. Como uma delas diminui enquanto a outra aumenta, elas teˆm sinal contra´rio, isto e´, d dt V2(y(t)) = − ddtV1(x(t)). Assim, podemos usar os itens anteriores e a regra da cadeia para obter 3 pi 12 x(t)2x′(t) = d dt V1(x(t)) = − d dt V2(y(t)) = −25piy′(t), ou ainda y′(t) = − 1 4 · 25x(t) 2x′(t). Fazendo t = τ e usando os valores do enunciado conclu´ımos que y′(τ) = 1/8. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 8 - Pa´gina 9 de 25 5) Suponha que uma viga retangular, de largura x e altura y, deva ser cortada de um cilindro de sec¸a˜o circular de raio a, como ilustra a figura abaixo. A resisteˆncia R dessa viga e´ diretamente proporcional ao produto de sua largura x pelo quadrado de sua altura y. Indique por K a constante de proporcionalidade e observe que a altura y = y(x) pode ser obtida a partir da largura x, e portanto a resisteˆncia R = R(x) pode ser expressa apenas em func¸a˜o da largura da viga x, onde x varia de 0 ate´ o diaˆmetro 2a do cilindro circular. (a) Obtenha a expressa˜o de y = y(x) em termos de x. (b) Obtenha a expressa˜o da resisteˆncia R = R(x) como func¸a˜o de x. (c) Calcule os pontos cr´ıticos de R(x) no domı´nio (0, 2a). (d) Calcule o valor ma´ximo da resisteˆncia que pode ser obtido entre as vigas cortadas do cilindro. x y Soluc¸a˜o: (a) Como o centro do c´ırculo de raio a coincide com o centro do retaˆngulo inscrito de lados x e y, a diagonal deste retaˆngulo tem comprimento igual a 2a. Pelo teorema de Pita´goras, segue que (2a)2 = x2 + y2, e portanto y= y(x) = √ 4a2 − x2. (b) A resisteˆncia e´ dada por R = Kxy2, isto e´, R = R(x) = Kx(4a2 − x2) = K(4a2x− x3). (c) Como a func¸a˜o R e´ deriva´vel em (0, 2a), os pontos cr´ıticos nesse intervalo sa˜o as soluc¸o˜es da equac¸a˜o R′(x) = K(4a2− 3x2) = 0. No domı´nio (0, 2a), a u´nica soluc¸a˜o dessa equac¸a˜o e´ x = 2a√ 3 (d) Aplicamos o me´todo da otimizac¸a˜o para a func¸a˜o R(x), onde x ∈ [0, 2a]. O valor de R na fronteira de dom(R) e´ dado por R(0) = R(2a) = 0. Nos itens anteriores vimos que R possui apenas o ponto cr´ıtico x = 2a√ 3 . O valor de R nesse ponto e´ dado por R ( 2a√ 3 ) = K ( 4a2 ( 2a√ 3 ) − ( 2a√ 3 )3) = K 16a3 3 √ 3 = K 16a3 √ 3 9 > 0. Comparando os valores de R na fronteira e nos pontos cr´ıticos, conclu´ımos que o valor acima e´ o valor ma´ximo de R. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 8 - Pa´gina 10 de 25 Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸a˜o – Semana 9 – Soluc¸a˜o Temas abordados : Teorema do Valor Me´dio; Crescimento de func¸o˜es; Otimizac¸a˜o Sec¸o˜es do livro: 4.2, 4.3, 4.5 1) Suponha que, na produc¸a˜o de uma lata de refrigerante, o custo do material da lateral e do fundo e´ de uma unidade moneta´ria por cent´ımetro quadrado, mas para o material da tampa esse custo e´ de 98/27 unidades moneta´rias por cent´ımetro quadrado. Suponha ainda que a lata seja cil´ındrica de raio r cm e altura h cm, conforme ilustra a figura abaixo, e que o volume seja constante e igual a 53 pi cm3. A ma´quina que fabrica as latas e´ capaz de fazer latas com raio da base r entre 1 e 6 cm. (a) Obtenha a expressa˜o da altura h em func¸a˜o do raio r e do volume da lata. (b) Obtenha a a´rea lateral L(r) da lata em func¸a˜o do raio r. (c) Obtenha o custo de produc¸a˜o C(r) de uma lata de raio r. (d) Calcule o raio r0 que minimiza o custo de produc¸a˜o. r h Soluc¸a˜o: (a) O volume V da lata e´ dado pela a´rea da base pi r2 vezes a altura h, isto e´, V = pi r2 h. Usando que V = 53 pi e isolando h na igualdade anterior, obte´m-se h = h(r) = 53/r2. (b) Substituindo h = h(r) na expressa˜o da a´rea lateral L = 2 pi r h, obte´m-se L(r) = 2 pi 53/r. (c) A soma das a´reas lateral e do fundo e´ igual a L(r) + pi r2, enquanto que a a´rea da tampa e´ pi r2. Considerando o custo destes materiais e a expressa˜o de L(r), segue-se que C(r) e´ dada por C(r) = 2 pi 53 r + pi r2 + 98 27 pi r2 = pi ( 2 53 r + ( 98 27 + 1 ) r2 ) = 125pi ( 2 r + r2 27 ) . (d) Aplicamos o me´todo da otimizac¸a˜o para a func¸a˜o C(r), onde r ∈ [1, 6]. Temos que C ′(r) = 125pi ( − 2 r2 + 2r 27 ) = 250pi ( − 1 r2 + r 27 ) Os pontos cr´ıticos de C sa˜o obtidos resolvendo para r − 1 r2 + r 27 = 0 ⇐⇒ r 27 = 1 r2 ⇐⇒ r3 = 27. Como r > 0, segue que r = 3 e´ o u´nico ponto cr´ıtico de C. O valor de C nesse ponto e´ dado por C(3) = 125pi ( 2 3 + 1 3 ) = 125pi. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 9 - Pa´gina 11 de 25 Os valores de C nos pontos de fronteira de [1, 6] sa˜o C(1) = 125pi ( 2 + 1 27 ) > 125pi, C(6) = 125pi ( 1 3 + 36 27 ) > 125pi. Comparando os valores de C na fronteira e nos pontos cr´ıticos, conclu´ımos que o valor acima e´ o valor mı´nimo de C. Segue que r = 3 e´ o ponto de mı´nimo de C em [1, 6], logo o raio r0 = 3 minimiza o custo de produc¸a˜o. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 9 - Pa´gina 12 de 25 2) Para construir um cone circular reto remove-se um setor de uma folha circular de cartolina de raio 10pi cm e unem-se as duas margens retil´ıneas do corte, conforme a figura ao lado, em que a indica o aˆngulo do setor circular restante em radianos. O objetivo desse exerc´ıcio e´ determinar os aˆngulos a que fornecem os cones de maior volume. Uma vez montado o cone, denote sua altura por h e seu raio da base por r, de modo que seu volume e´ dado por (1/3)pir2h. (a) Lembrando que o per´ımetro do setor circular ao lado e´ igual a 10pia, obtenha a expressa˜o de r em func¸a˜o do aˆngulo a. (b) Determine o volume do cone obtido em func¸a˜o do aˆngulo a. (c) Determine o aˆngulo a0 para o qual o volume do cone obtido seja o maior poss´ıvel. Soluc¸a˜o: (a) Temos que o per´ımetro da base do cone e´ 2pir = 10pia, de modo que r = 5a. (b) Primeiro obtemos h como func¸a˜o de r, fazendo um corte no cone com um plano que conte´m a altura h, obtendo assim um triaˆngulo retaˆngulo com catetos medindo h e r e com hipotenusa medindo 10pi. Segue que (10pi)2 = h2 + r2, de onde obtemos que h = √ (10pi)2 − r2. Substituindo a expressa˜o de r em func¸a˜o de a e usando a fo´rmula para o volume do cone obtemos V (a) = 1 3 pir2h = 25pi 3 a2(100pi2 − 25a2)1/2. (c) Aplicamos o me´todo da otimizac¸a˜o para a func¸a˜o V (a), onde a ∈ [0, 2pi]. A derivada de V e´ dada por V ′(a) = 25pi 3 ( 2a(100pi2 − 25a2)1/2 − 25a3(100pi2 − 25a2)−1/2) . Colocando em evideˆncia a(100pi2 − 25a2)−1/2, temos que V ′(a) = 25pi 3 (100pi2 − 25a2)−1/2a(−75a2 + 200pi2) = 0, se e so´ se a = 0 ou 75a2− 200pi2 = 0. Como a ∈ [0, 2pi], segue que os pontos cr´ıticos de V sa˜o 0 e 2pi √ 2/3 e os pontos de fronteira do domı´nio sa˜o 0 e 2pi. Uma vez que V (0) = V (2pi) = 0 e V (2pi √ 2/3) > 0, conclu´ımos que o aˆngulo que maximiza o volume e´ a0 = 2pi √ 2/3. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 9 - Pa´gina 13 de 25 3) Um meia-atacante avanc¸a em direc¸a˜o a` a´rea adversa´ria perpendicularmente a` linha de fundo. Suponha que a bola esteja a uma distaˆncia de h metros da linha de fundo, que o gol tenha 6 metros de comprimento e que a linha da bola esteja 2 metros distante da trave direita. Conforme ilustra a figura, o aˆngulo θ de visa˜o do atleta depende de h. (a) Utilizando uma func¸a˜o trigonome´trica in- versa, determine o valor de α(h) e β(h). (b) Observando que θ(h) = pi/2 − α(h) − β(h), calcule θ′(h) e determine os pontos cr´ıticos de θ(h) no intervalo (0,+∞). (c) Determine os intervalos de crescimento e de- crescimento de θ(h) (d) Calcule os limites lim h→0+ θ(h) e lim h→+∞ θ(h). (e) Determine o valor de h de modo que o aˆngulo de visa˜o do jogador seja ma´ximo. α β 6 2 h θ Soluc¸a˜o: (a) De acordo com a figura temos que tan(α) = h/8 e tan(β) = 2/h, de modo que α(h) = arctan ( h 8 ) e β(h) = arctan ( 2 h ) . (b) Lembrando que d dy arctan(y) = 1/(1+ y2) e usando a regra da cadeia obtemos, apo´s algumas simplificac¸o˜es, θ′(h) = − 8 64 + h2 + 2 4 + h2 = −6h2 + 96 (64 + h2)(4 + h2) . (5) Dessa forma, o u´nico ponto cr´ıtico de θ(h) no intervalo (0,+∞) e´ h = 4. (c) Estudando o sinal da derivada conclu´ımos que θ′ > 0 em (0, 4), e θ′ < 0 em (4,+∞). Note que isso implica que h = 4 e´ um ponto de ma´ximo local de θ. (d) Perceba inicialmente que θ + β + α + (pi/2) = pi, de modo que θ(h) = pi 2 − arctan ( h 8 ) − arctan ( 2 h ) . Uma vez que a func¸a˜o arctan e´ cont´ınua, temos que lim y→0 arctan(y) = arctan(0) = 0. Por outro lado, como limx→(pi/2)− tan(x) = +∞ e a inversa da tangente e´ a func¸a˜o arctan, temos que lim y→∞ arctan(y) = pi/2. Essas informac¸o˜es e a expressa˜o acima implicam que lim h→0+ θ(h) = lim h→+∞ θ(h) = 0. (e) Como a func¸a˜o cresce em (0, 4) e decresce em (4,+∞), o ponto h = 4 e´ o ponto de ma´ximo global de θ. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 9 - Pa´gina 14 de 25 4) Para uma bola arremessada verticalmente sem resisteˆncia do ar, temos que a energia mecaˆnica m v(t)2 2 +mgs(t) = E se conserva, onde s(t) e v(t) sa˜o, respectivamente, a posic¸a˜o e a velocidade instantaˆneas, m e´ a massa do bloco e g e´ a gravidade. Supondo que m = 1, g = 2 e que E = 8, temos que s(t) e´ soluc¸a˜o da seguinte equac¸a˜o(∗) s ′(t)√ 4− s(t) = 2 Como ilustra os itens a seguir, a equac¸a˜o (∗) pode ser melhor entendida a partir do fato de que, se a derivada de uma func¸a˜o for identicamente nula em um intervalo, enta˜o a func¸a˜o e´ necessariamente constante. (a) Calcule as derivadas das func¸o˜es −2 √ 4− s(t) e 2t. (b) Lembrando que se uma func¸a˜o tem derivada identi- camente nula em um intervalo I, enta˜o ela e´ cons- tante em I, use o item anterior e as informac¸o˜es dadas para obter uma relac¸a˜o entre as func¸o˜es −2 √ 4− s(t) e 2t. (c) Use o item anterior e a condic¸a˜o inicial s(0) = 3 para obter a expressa˜o de s(t). (d) Determine a velocidade no instante t = 1. Soluc¸a˜o: (a) Temos que (2t)′ = 2 e, usando a regra da cadeia e que ( √ (x))′ = 1/2 √ x, obtemos que (−2 √ 4− s(t))′ = −2( √ (x))′x=4−s(t)(4− s(t))′ = s′(t)√ 4− s(t) . (b) Pelos ca´lculos do item anterior e como s(t) e´ soluc¸a˜o da equac¸a˜o (∗), temos que (−2√4− s(t))′ = 2 = (2t)′, para todo tempo t. Portanto as func¸o˜es −2√4− s(t) e 2t diferem por uma constante, ou seja, tem-se que −2 √ 4− s(t) = 2t +K, onde K ∈ R. (c) Usando as informac¸o˜es do item anterior, temos que K = −2 √ 4− s(t)− 2t. Como s(0) = 3, obte´m-se que K = −2 √ 4− s(0) = −2. Portanto −2 √ 4− s(t) = 2t − 2, o que mostra que s(t) = 3 + 2t− t2. (d) Como s(t) = 3 + 2t− t2, segue que v(t) = (3 + 2t− t2)′ = 2− 2t. Logo v(1) = 0. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 9 - Pa´gina 15 de 25 5) Denote por v(t) a velocidade de um corpo de massa m = 0, 1 kg que foi lanc¸ado verti- calmente com velocidade inicial v(0) = 63 m/s e sujeito a uma forc¸a de resisteˆncia do ar FR = −v(t). Nesse caso, usando a aproximac¸a˜o g = 10 m/s2 da acelerac¸a˜o da gravidade, pode-se mostrar que v(t) e´ soluc¸a˜o do problema de valor inicial v′(t) 1 + v(t) = −10, t > 0, v(0) = 63 Para encontrar a soluc¸a˜o v(t), resolva os itens seguintes. (a) Calcule as derivadas das func¸o˜es ln(1 + v(t)) e −10 t. (b) Lembrando que se uma func¸a˜o tem derivada identicamente nula em um intervalo I, enta˜o ela e´ constante em I, use o item anterior e as informac¸o˜es dadas para obter uma relac¸a˜o entre as func¸o˜es ln(1 + v(t)) e −10 t. (c) Use o item anterior e a condic¸a˜o inicial v(0) = 63 para obter a expressa˜o de v(t). (d) Determine o instante em que o corpo alcanc¸a a altura ma´xima. Soluc¸a˜o: (a) Note que d dt (−10t) = −10 e d dt (ln(1 + v(t)) = v′(t) 1 + v(t) = 10, (6) por hipo´tese. (b) Segue de (6) que d dt (ln(1 + v(t)) + 10t) = v′(t) 1 + v(t) + 10 = 0. (7) Seja enta˜o f(t) = ln(1 + v(t)) + 10t (8) de modo que f ′(t) = 0 em (0,+∞). Pelo Teorema do Valor Me´dio f(t) e´ constante em (0,+∞), e assim ln(1 + v(t)) = −10t+K1, (9) para alguma constante K1 ∈ R. (c) Tomando-se a exponencial nos dois lados de (9), obtemos v(t) = Ke−10t − 1, onde K = eK1 e´ tambe´m uma constante. A igualdade acima vale para todo t > 0. Assim, por continuidade, vale tambe´m para t = 0. Fazendo enta˜o t = 0 conclu´ımos que 63 = v(0) = Ke−10×0 − 1, o que implica que K = 64. Logo v(t) = 64e−10t − 1. (d) A altura ma´xima e´ atingida no instante t0 em que v(t0) = 0. Assim e −10t0 = 1/64 = 2−6, o que nos fornece −10t0 = −6 ln 2, ou ainda, t0 = 3 ln 2/5 ≃ 0, 414, em que usamos a aproximac¸a˜o ln 2 ≃ 0, 69. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 9 - Pa´gina 16 de 25 Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸a˜o – Semana 10 – Soluc¸a˜o Temas abordados : Concavidade; Esboc¸o de gra´ficos; regra de L’Hopital Sec¸o˜es do livro: 4.4, 4.6 1) Durante o processo de tosse, provocado pela presenc¸a na traque´ia de algum corpo es- tranho, a traque´ia se contrai com o objetivo de aumentar o fluxo de ar atrave´s dela, e assim tornar mais eficiente o me´todo de expulsa˜o do corpo estranho. Segundo Poiseuille, indicando por r0 o raio da traque´ia em estado normal e por r ≤ r0 o seu raio durante a tosse, o fluxo de ar V = V (r) na traque´ia pode ser modelado por V (r) = K r0 2 r4 se 0 ≤ r ≤ r0/2, K(r0 − r) r4 se r0/2 ≤ r ≤ r0, onde K e´ uma constante positiva. (a) Determine os pontos cr´ıticos de V (r) no intervalo (0, r0). (b) Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de V (r). (c) Determine os intervalos em que o gra´fico de V (r) e´ coˆncavo para cima ou para baixo. (d) Use os itens anteriores para esboc¸ar o gra´fico de V (r) no caso em que K = 1. Soluc¸a˜o: (a) Observe que o u´nico ponto onde a func¸a˜o pode na˜o ser deriva´vel e´ r = r0/2. De fato, calculando os limites laterais do quociente de Newton nesse ponto temos que lim r→ r0 2 − V (r)− V ( r0 2 ) r − r0 2 = lim r→ r0 2 − 1 r − r0 2 ( Kr0 2 r4 − Kr0 25 r40 ) = Kr40 4 , e lim r→ r0 2 + V (r)− V (r0) r − r0 2 = lim r→ r0 2 + 1 r − r0 2 ( K(r0 − r)r4 −K(r0 − r)r 4 0 24 ) = 3Kr40 16 , e portanto V na˜o e´ deriva´vel em r = r0/2. A derivada nos intervalos (0, r0/2) e (r0, r) pode ser feita de maneira usual e tem a seguinte expressa˜o V ′(r) = { 2Kr0r 3 se 0 < r < r0/2, K(4r0r 3 − 5r4) se r0/2 < r < r0. (10) Como a func¸a˜o acima se anula somente no ponto r = 4r0/5, os pontos cr´ıticos de f sa˜o r0/2 e 4r0/5. (b) Note que por (10) observa-se que V ′(r) > 0 em (0, r0/2). Ale´m disso, fazendo o estudo do sinal do polinoˆmio 4r0r 3−5r4 observamos que V ′(r) > 0 em (r0/2, 4r0/5) e V ′(r) < 0 em (4r0/5, r0). Dessa forma, a func¸a˜o e´ crescente em (0, r0/2) e (r0/2, 4r0/5), e decrescente em (4r0/5, r0). Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 17 de 25 (c) A derivada segunda pode ser calculada como acima e, apo´s as devidas simplificac¸o˜es, obtemos V ′′(r) = { 6Kr0r 2 se 0 < r < r0/2, 4Kr2(3r0 − 5r) se r0/2 < r < r0. (11) Procedendo de maneira ana´loga a feita do item (b), via estudo do sinal de cada parte da derivada segunda dada em (11), conclu´ımos que a func¸a˜o e´ coˆncava para cima nos intervalos (0, r0/2) e (r0/2, 3 r0/5), e coˆncava para baixo no intervalo (3 r0/5, r0). (d) O gra´fico tem o aspecto mostrado abaixo. Observe que, apesar de na˜o ser deriva´vel r0 2 3r0 5 4r0 5 r0 x ma´xy infl. em r0/2, a func¸a˜o V (r) e´ cont´ınua nesse ponto, sendo portanto crescente em todo o intervalo (0, 4r0/5). Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 18 de 25 2) Conforme ilustra a figura abaixo, as a´reas dos retaˆngulos inscritos na circunfereˆncia x2+y2 = 16 podem ser calculadas por meio da func¸a˜o A(x) = 4x √ 16− x2, com x ∈ [0, 4]. (a) Calcule os pontos cr´ıticos da func¸a˜o A(x) no intervalo (0, 4). (b) Determine os intervalos de crescimento e os de decrescimento da func¸a˜o A(x). (c) Determine os intervalos em que a concavi- dade do gra´fico de A(x) e´ voltada para baixo e os intervalos em que concavidade e´ voltada para cima. (d) Esboce o gra´fico de A(x). x y Soluc¸a˜o: (a) A derivada de A e´ dada por A′(x) = 4 √ 16− x2 − 4x 2 √ 16− x2 = 64− 8x2√ 16− x2 , 0 < x < 4, (12) e se anula somente no ponto x = √ 8. (b) Como √ 16− x2 > 0 em (0, 4), fazendo o estudo do sinal de 64 − 8x2, conclu´ımos que A(x) e´ crescente em (0, √ 8) e decrescente em ( √ 8, 4). (c) Fazendo a derivada com relac¸a˜o a x em (12), obtemos pela regra do quociente A′′(x) = −16x√ 16− x2 + x(64− 8x2) (16− x2)3/2 = 8x(−24 + x2) (16− x2)3/2 , 0 < x < 4. (13) Agora observe que como x/(16− x2)3/2 > 0 em 0 < x < 4, estudando-se o sinal do polinoˆmio (64− 8x2), conclu´ımos que o gra´fico tem concavidade voltada para baixo em (0, 4). (d) Com base em (a)-(c), conclu´ımos que o gra´fico de A(x) e´ como ao lado. √ 8 4 x ma´xy Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 19 de 25 3) Suponha que o nu´merode milhares de pessoas infectadas por um v´ırus seja modelado pela func¸a˜o N(t) = −2t3+at2+bt+c, em que a, b e c sa˜o constantes e o tempo t e´ medido em anos. Suponha ainda que, no instante t = 0, nove mil pessoas estavam infectadas, um ano depois esse nu´mero atingiu um valor mı´nimo e, em seguida, cresceu ate´ atingir um valor ma´ximo para t = 2. (a) Determine as constantes a, b e c a partir das informac¸o˜es dadas. (b) Determine o nu´mero de pessoas infectadas 1, 2 e 3 anos depois do instante t = 0. (c) Determine a concavidade de N(t) e, em seguida, esboce o seu gra´fico para t ∈ [0, 3]. Soluc¸a˜o: (a) Uma vez que N(0) = c e 9 mil pessoas esta- vam infectadas no instante t = 0 conclu´ımos que c = 9. Segue das informac¸o˜es do enun- ciado que N ′(1) = N ′(2) = 0. Uma vez que N ′(t) = −6t2+2at+b, substituindo os valo- res t = 1 e t = 2 conclu´ımos que a e b devem satisfazer o sistema linear{ 2a+ b = 6 4a+ b = 24, e portanto a = 9 e b = −12. Desse modo N(t) = −2t3 + 9t2 − 12t. y ma´x. loc. 9 5 4.5 4 mı´n. loc. 1 1.5 2 x 3 (b) Basta usar a expressa˜o de N(t). (c) Como N ′′(t) = −12t+18, estudando o sinal de N ′′ conclu´ımos que N e´ coˆncava para cima em (0, 3 2 ) e coˆncava para baixo em (3 2 , 3). Pelos dados do enunciado ja´ sabemos que t = 1 e t = 2 sa˜o pontos cr´ıticos de N(t). Como N(t) e´ deriva´vel, e N ′(t) e´ um polinoˆmio do segundo grau, conclu´ımos que estes sa˜o os u´nicos pontos cr´ıticos de N(t). Ainda pelo enunciado, ja´ sabemos que estes sa˜o pontos de ma´ximo local e mı´nimo local, respectivamente. Note que o item (b) confirma esta´ informac¸a˜o. Agora, como N ′′(t) troca de sinal em t = 1.5, segue que este e´ um ponto de inflexa˜o. Notando que N(3/2) = 9/2, e usando as informac¸o˜es dos itens (a)-(d) obtemos o gra´fico ao lado. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 20 de 25 4) O mecanismo de suspensa˜o dos automo´veis consiste num sistema composto de uma mola e de um amortecedor. Denotando por s(t) a posic¸a˜o vertical de um ve´ıculo de massa m em relac¸a˜o a posic¸a˜o de equil´ıbrio, temos que a forc¸a da mola e´ dada, pela lei de Hooke, por F = −ks(t) e a forc¸a do amortecedor e´ dada por R = −bv(t), onde v(t) e´ a velocidade instantaˆnea e a constante b e´ denominada viscosidade do amortecedor. Como a forc¸a resultante e´ F +R, pela Segunda Lei de Newton, temos que (∗) ma(t) = −ks(t)− bv(t) para t > 0. Suponha que, em unidades adequadas, m = 1, b = 4 e k = 4 e considere s(t) = −3te−2t. (a) Calcule v(t) e a(t) e verifique que a equac¸a˜o (∗) e´ satisfeita. (b) Calcule os pontos cr´ıticos de s(t) e determine seus extremos locais e seus intervalos de crescimento e decrescimento. (c) Determine os pontos de inflexa˜o de s(t) e os interva- los onde a concavidade e´ voltada para cima e onde e´ voltada para baixo. (d) Determine as ass´ıntotas de s(t) e, em seguida, esboce o seu gra´fico. Soluc¸a˜o: (a) Temos que v(t) = −3(te−2t)′ = −3((t)′e−2t + (e−2t)′t) = −3(e−2t − 2te−2t) = −3(1− 2t)e−2t e tambe´m que a(t) = −3((1− 2t)e−2t)′ = −3((1− 2t)′e−2t + (e−2t)′(1− 2t)) = 12(1− t)e−2t. Segue enta˜o que −4s(t)− 4v(t) = −4(−3te−2t +−3(1− 2t)e−2t) = 12(1− t)e−2t = a(t), verificando a equac¸a˜o (∗). (b) Temos que s′(t) = v(t) = 0 se e so´ se t = 1/2, que e´ o u´nico ponto cr´ıtico. Ale´m disso, como e−2t > 0, segue que o sinal s′(t) e´ igual ao sinal de −3(1 − 2t). Logo temos que s′(t) > 0, se t > 1 2 e tambe´m s′(t) < 0, se 0 ≤ t < 1 2 . Portanto a func¸a˜o s cresce em (1 2 ,∞) e decresce em [0, 1 2 ). Temos enta˜o que t = 1/2 e´ ponto de mı´nimo global de s. (c) Como e−2t > 0, segue que o sinal s′′(t) = a(t) e´ igual ao sinal de 12(1 − t). Logo s′′(t) > 0, se 0 ≤ t < 1 e tambe´m s′′(t) < 0, se t > 1. Portanto a func¸a˜o s tem concavidade para cima em [0, 1) e tem concavidade para baixo em (1,∞). Temos enta˜o que t = 1 e´ um ponto de inflexa˜o de s. (d) Na˜o existem ass´ıntotas verticais nem ass´ıntota horizontal pela esquerda, uma vez que s(t) e´ cont´ınua e esta´ definida em [0,∞). Para determinar se existe ass´ıntota horizontal pela direita, calculamos o limite lim t→∞ s(t) = lim t→∞ −3t e2t = lim t→∞ −3 2e2t = 0, Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 21 de 25 onde usamos L’Hospital, de modo que s = 0 e´ ass´ıntota horizontal pela direita. Usando essas informac¸o˜es, podemos esboc¸ar o gra´fico de s(t) como ilustrado abaixo. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 22 de 25 5) Considere duas cargas ele´tricas com carga unita´ria e positiva, fixadas num eixo perpen- dicular a uma parede, como na figura abaixo. O potencial ele´trico gerado por essas duas part´ıculas num ponto x ao longo desse eixo e´ dado, em unidades convenientes, pela seguinte func¸a˜o V (x) = 1 |x+ 1| + 1 |x− 1| , x > −1. (a) Verifique que o potencial ele´trico e´ dado por V (x) = − 2 x2 − 1 , −1 < x < 1 2x x2 − 1 , x > 1 (b) Calcule a forc¸a exercida numa part´ıcula de carga unita´ria posicionada em x, dada por F (x) = −V ′(x). (c) Calcule os pontos cr´ıticos de V (x) e determine seus extremos locais e seus intervalos de crescimento e decrescimento. A forc¸a F (x) se anula em algum ponto? (d) Determine os pontos de inflexa˜o de V (x) e seus intervalos de concavidade para cima e para baixo. (e) Determine as ass´ıntotas verticais e horizontais de V (x) e esboce seu gra´fico. Soluc¸a˜o: (a) Para −1 < x < 1 temos que x+ 1 > 0 e que x− 1 < 0, portanto V (x) = 1 x+ 1 − 1 x− 1 = − 2 x2 − 1 = −2(x 2 − 1)−1. Para x > 1 temos que x+ 1 > 0 e que x− 1 > 0, portanto V (x) = 1 x+ 1 + 1 x− 1 = 2x x2 − 1 = 2x(x 2 − 1)−1. (b) Basta obter V ′(x). Como V (x) na˜o esta´ definida no ponto x = 1 onde muda sua expressa˜o alge´brica, para derivar V (x) basta derivar cada expressa˜o alge´brica (−2(x2 − 1)−1)′ = 4x(x2 − 1)−2, (2x(x2 − 1)−1)′ = 2(x2 − 1)−1 − 4x2(x2 − 1)−2 = −2(x2 + 1)(x2 − 1)−2, de modo que V ′(x) = { 4x(x2 − 1)−2, −1 < x < 1 −2(x2 + 1)(x2 − 1)−2, x > 1 (c) Nas ana´lises de sinal, vamos usar diversas vezes que x2 − 1 e´ negativo para −1 < x < 1 e positivo para x > 1 e que (x2 − 1)2 e´ positivo para x 6= ±1. Pelo item (b), o sinal de V ′(x) em (−1, 1) e´ o sinal de x. Segue que x = 0 e´ ponto cr´ıtico, que V (x) e´ decrescente em (−1, 0) e crescente em (0, 1). Em particular, x = 0 e´ um mı´nimo local. O sinal de V ′(x) em (1,∞) e´ o sinal de −(x2 + 1) que e´ sempre negativo. Segue que V (x) e´ decrescente em (1,∞). Como x = 0 e´ o u´nico ponto cr´ıtico de V (x), segue esse e´ o u´nico ponto onde a forc¸a F (x) se anula. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 23 de 25 (d) Uma vez que V ′(x) na˜o esta´ definida no ponto x = 1 onde muda sua expressa˜o alge´brica, para obter V ′′(x) basta derivar cada expressa˜o alge´brica (4x(x2 − 1)−2)′ = 4(x2 − 1)−2 − 16x2(x2 − 1)−3 = −4(3x2 + 1)(x2 − 1)−3 (−2(x2+1)(x2−1)−2)′ = −4x(x2−1)−2+8(x2+1)x(x2−1)−3 = 4x(x2+3)(x2−1)−3 de modo que V ′′(x) = { −4(3x2 + 1)(x2 − 1)−3, −1 < x < 1 4x(x2 + 3)(x2 − 1)−3, x > 1 O sinal de V ′′(x) em (−1, 1) e´ o sinal de −(x2 − 1)−3, que e´ o sinal de −(x2 − 1), que e´ positivo para −1 < x < 1. Segue que V possui concavidade para cima em (−1, 1). O sinal de V ′′(x) em (1,∞) e´ o sinal de x(x2 − 1)−3, que e´ o sinal de x2 − 1, que e´ positivo para x > 1. Segue que V possui concavidade para cima em (1,∞). Portanto V (x) sempre possui concavidade para cima e na˜o possui pontos de inflexa˜o. (e) Uma vez que V (x) e´ cont´ınua em (−1, 1)∪(1,∞), os candidatos a ass´ıntotas verticais sa˜o x = −1 e x = 1. Temos que lim x↓−1 V (x) = lim x↓−1 − 2 x2 − 1 = +∞, uma vez que x2− 1 se anula em x = −1 e que o sinal de −2/(x2− 1) quando x ↓ −1 e´ positivo. Com uma ana´lise ana´loga, conclu´ımos que lim x↑1 V (x) = lim x↑1 − 2 x2 − 1 = +∞. Segue que ambasx = 1 e x = −1 sa˜o ass´ıntotas verticais de V (x). Temos por u´ltimo que lim x↓1 V (x) = lim x↓1 2x x2 − 1 = +∞, uma vez que x2− 1 se anula em x = 1, que 2x na˜o se anula em x = −1 e que o sinal de 2x/(x2 − 1) quando x ↓ 1 e´ positivo. Pela forma do domı´nio de V (x) ela so´ pode ter ass´ıntota horizontal a` direita. Temos que lim x→∞ V (x) = lim x→∞ 2x x2 − 1 = limx→∞ 2 2x = 0, onde usamos L’Hospital no limite indeterminado ∞/∞. Segue que y = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal a` direita de V (x). Para esboc¸ar o gra´fico de V (x) primeiro notamos que V (x) e´ sempre positivo, o que segue da sua expressa˜o no enunciado da questa˜o. Do item (c) segue que V ′′(x) e´ sempre positivo. Assim, o gra´fico de V (x) esta´ sempre acima do eixo x com concavidade para cima. O item (b) nos diz que V (x) e´ decrescente em (−1, 0), crescente em (0, 1) e novamente decrescente em (1,∞). Juntando essa informac¸a˜o com a informac¸a˜o das ass´ıntotas, temos que o esboc¸o do gra´fico de V (x) abaixo. Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 24 de 25 Lista de Aplicac¸a˜o da Semana 10 - Pa´gina 25 de 25
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