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Nutrição, nutrientes, avaliação nutricional, guia alimentar

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Objetivo 1: estudar os tipos de nutrientes e suas funções biológicas
O que são NUTRIENTES? São substâncias utilizadas pelo metabolismo do organismo essenciais ao seu funcionamento. Os alimentos contêm nutrientes que o organismo não consegue sintetizar, assim o organismo humano adquire os nutrientes através da alimentação.
São COMPONENTES DO ALIMENTO, substância química com estrutura química definida capaz de desempenhar um função de ATENDIMENTO DO PROCESSO DE MANUTENÇÃO DA VIDA E DA PRODUÇÃO DE MATÉRIA VIVA. 
CLASSIFICAÇÃO
ORIGEM
ORGÂNICOS: proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas e ácidos nucleicos.
INORGÂNICOS: água e sais minerais.
FUNÇÃO
ENERGÉTICOS: proteínas, hidratos de carbono e gorduras. (fornecem energia para a realização das funções do organismo e para as diversas atividades).
REGULADORES: vitaminas, minerais, água. (regulam as reações químicas que ocorrem nas células ou no material intercelular, são os responsáveis pela homeostasia do organismo).
PLÁSTICOS: proteínas e lipídios (destinam-se a formar o organismo, promovendo seu crescimento e a substituição das perdas que ele sofre).
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Minerais, proteínas, lipídios, hidratos de carbono e vitaminas.
QUANTIDADES REQUERIDAS NA DIETA
MACROnutrientes e MICROnutrientes.
OBRIGATORIEDADE DE PRESENÇA NA DIETA
ESSENCIAIS: condicionalmente indispensáveis.
NÃO ESSENCIAIS: que podem ser metabolizados pelo organismo a partir de outros nutrientes.
MACRONUTRIENTES: CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E ÁCIDOS GRAXOS
São nutrientes necessários ao organismo DIARIAMENTE e em MAIORES QUANTIDADES;
Fornecem energia e são componentes fundamentais para o crescimento e manutenção do corpo;
CARBOIDRATOS, GLICÍDIOS, HIDRATOS DE CARBONO ou AÇÚCARES
FUNÇÕES: principal fonte de ENERGIA para a maioria das células do organismo; FONTE DE CARBONO para a síntese de componentes celulares; depósito de ENERGIA QUÍMICA para utilização em trabalhos biológicos; elementos ESTRUTURAIS de células e tecidos; função POUPADORA de PROTEÍNAS; função anticetogênica (evita o acúmulo de substâncias ácidas pela metabolização de ácidos graxos); indispensável para o bom funcionamento do SNC (única fonte energética do cérebro é a glicose); fonte energética emergencial do músculo cardíaco; estrutura do DNA, RNA e ATP
A ingestão diária recomendada de carboidratos é de 50% a 60% do valor calórico total;
Eles são encontrados nos amidos e açúcares e, com exceção da lactose e do glicogênio do tecido animal, são de origem vegetal;
O açúcar pode ser adicionado ou estar presente naturalmente nos alimentos. Os carboidratos transformam-se em glicose mais rapidamente;
CLASSIFICAÇÃO
SIMPLES: glicose, frutose, sacarose e lactose.
São formados por açúcares simples ou por um par deles;
Sua estrutura química faz com que possam ser facilmente digeridos e mais rapidamente absorvidos.
Açúcar de mesa, mel, açúcar do leite e das frutas, garapa, rapadura, balas, chicletes, doces em geral, refrigerante.
COMPLEXOS: amido
Formados por cadeias mais complexas de açúcares;
Podendo sua digestão e absorção ser mais prolongada;
Cereais e derivados, tubérculos, leguminosas.
NÚMERO DE CADEIAS DE CARBONO
Monossacarídeos: glicose (forma predominante de absorção dos carboidratos, combustível celular, é rapidamente absorvida, sendo utilizada como fonte de energia imediata ou armazenada no fígado e no músculo na forma de glicogênio muscular), frutose (metabolizada no fígado para servir de combustível básico do organismo, encontrada principalmente nas frutas e no mel, fornece energia de forma gradativa, o que evita a concentração de açúcar no sangue), galactose (sintetizada na glândula mamária para produzir a lactose do leite, proveniente da lactose).
Oligossacarídeos: rafinose e estaquiose.
FIBRAS: carboidratos não digeríveis.
Dissacarídeos: ligação glicosídica entre dois monossacarídeos. Sacarose (encontrada na cana-de-açúcar e beterraba, tem rápida absorção e metabolização, eleva a glicemia e fornece energia imediata para a atividade física, contribuição para a formação de reservas de glicogênio), lactose (principal açúcar presente no leite, sendo o açúcar menos doce) e maltose (é resultado da quebra do amido presente em cereais em fase de germinação e nos derivados do malte).
Polissacarídeos: amido (encontrado nos vegetais, constitui a principal fonte dietética de carboidrato), glicogênio, quitina.
PROTEÍNAS
As proteínas são componentes primordiais das células vivas e são resultantes da condensação de aminoácidos, com formação da ligação peptídica.
AMINOÁCIDOS: ESSENCIAIS (devem ser incluídos na dieta e que não são sintetizados pelo organismo) ou NÃO ESSENCIAIS (podem ser sintetizados pelos animais).
FUNÇÕES: catalisadores biológicos (enzimas); hormônios; imunológica; transporte de nutrientes e metabólicos (muitas moléculas pequenas ou íons são transportados por proteínas específicas a diversas partes do corpo, como a hemoglobina que transporta o oxigênio); função estrutural; movimento coordenado (são o principal componente do músculo, sendo que a contração muscular é levada a efeito pelo movimento deslizante de dois tipos de filamentos proteicos); sustentação mecânica (colágeno dá alta força de tensão e sustentação à pele e aos tecidos); geração e transmissão de impulsos (a resposta das células nervosas a estímulos específicos é feita através de proteínas receptoras); crescimento e diferenciação (fatores proteicos de crescimento); 
ESTRUTURA
PRIMÁRIA: sequência de aminoácidos
SECUNDÁRIA: arranjo espacial da cadeia polipeptídica
TERCIÁRIA: enovelamento da cadeia polipeptídica
QUATERNÁRIA: montagem das cadeias polipeptídicas.
CLASSIFICAÇÃO
ESTRUTURA
FIBROSAS: cadeias polipeptídicas arranjadas em longas fitas ou folhas; papel estrutural; predominância de uma estrutura secundária; insolúveis em água.
GLOBULARES: cadeias polipeptídicas empacotadas em formas de esferas; mais complexas; vários tipos de estruturas secundárias; funções variadas.
NATUREZA QUÍMICA
SIMPLES/HOMOPROTEÍNAS: são formadas exclusivamente por aminoácidos.
Protoaminas; Albuminas; Globulinas; Glutelinas; Prolaminas/gliadinas; Albuminoides
COMPLEXAS/CONJUGADAS/HETEROPROTEÍNAS: são formadas por cadeias de aminoácidos ligadas a grupos diferentes (prostéticos).
Glicoproteínas, cromoproteínas, fosfoproteínas, nucleoproteínas, lipoproteínas.
PAPEL BIOLÓGICO
ESTRUTURAIS/CONSTRUÇÃO: são as responsáveis pela construção dos tecidos.
Colágeno, queratina, miosina, albumina, hemoglobina.
REGULADORAS: são as que controlam e regulam as funções orgânicas.
Enzimas (amilase, maltase, pepsina), hormônios (insulina, gastrina, ACTH).
PROTETORAS/DEFESA: são anticorpos que defendem o organismo e são produzidas por células específicas do sistema imunológico (linfócitos).
VALOR NUTRITIVO
COMPLETAS: são as que provêm e mantêm o ser vivo.
Caseína, glicina, ovoalbuminas, lactoalbuminas, albumina e miosina.
SEMI-COMPLETAS: são as que provêm, mas não mantêm o ser vivo.
Legumelina, faseolina, legumina, gliadina.
INCOMPLETAS: são incapazes de prover e manter a vida.
LIPÍDIOS
Hidrofóbicos (baixa solubilidade em água);
FUNÇÕES: energética (reserva nos adipócitos e oxidação mitocondrial); estrutural (suporte de órgãos, proteção mecânica e isolamento térmico); biocatalizadora (vitaminas lipídicas, hormonas esteroides e prostaglandinas); transportadora (ácidos biliares e lipoproteínas); como receptoras de membrana têm um papel regular de comunicação celular.
CLASSIFICAÇÃO
SIMPLES: substâncias que produzem ácidos graxos e glicerol quando decompostas. Compreendem monoglicerídeos, diglicerídeos, triacilgliceróis, óleos, gorduras, ceras.
COMPLEXOS: substâncias que apresentam outros componentes na molécula, além de ácidos graxos e álcool. Compreendem fosfolipídeos, glicolipídeos, lipoproteínas.
PRECURSORES e DERIVADOS: substâncias que se produzem na hidrólise ou decomposição enzimática dos ácidos graxos saturados e não saturados: esteróis, vitaminas lipossolúveis, pigmentos, compostos nitrogenados.
MICRONUTRIENTES: VITAMINASE SAIS MINERAIS
São nutrientes necessários para a manutenção do organismo, embora sejam requeridos em PEQUENAS QUANTIDADES, de miligramas a microgramas. 
VITAMINAS
Compostos orgânicos que não podem ser sintetizados pelo organismo;
Encontram-se em pequenas quantidades na maioria dos alimentos;
Atuam como COENZIMA (substância necessária para o funcionamento de certas enzimas que catalisam reações no organismo) e ANTIOXIDANTE (substâncias que neutralizam radicais livres);
CLASSIFICAÇÃO
LIPOSSOLÚVEIS: vitaminas A, D, E e K, solúveis em gorduras. São encontradas em alimentos essencialmente lipídicos. Necessitam da bile para sua absorção e são transportadas via circulação linfática. Podem ser armazenadas e suas funções são geralmente estruturais.
A: crescimento e desenvolvimento dos tecidos, capacidade antioxidante, funções reprodutivas, integridade dos epitélios e importante para a visão.
D: fundamental para a absorção de cálcio e fosforo, ajuda no crescimento, resistência dos ossos, dos dentes, dos músculos e dos nervos.
E: antioxidante.
K: catalisar a síntese dos fatores de coagulação do sangue no fígado (protombina).
HIDROSSOLÚVEIS: vitaminas do COMPLEXO B (coenzimas no metabolismo celular) e a vitamina C (agente estrutural vital e antioxidante), solúveis em água. Apresentam menos problemas de absorção e transporte. São conduzidas via circulação sistêmica e excretadas pelas vias urinarias. Não podem ser armazenas, exceto no sentido geral de saturação tecidual. 
C: antioxidante, cicatrizante, crescimento e manutenção dos tecidos corporais, incluindo matriz óssea, cartilagem, colágeno e o tecido conjuntivo.
B1 (tiamina): liberação de energia dos carboidratos, gorduras e álcool.
B2 (riboflavina): disponibiliza a energia dos alimentos, crescimento em crianças, restauração e manutenção dos tecidos.
B3 (niacina): produção de energia nas células e síntese de hormônios sexuais, ações de enzimas.
B5 (ácido pantotênico): transformação de energia de gorduras, proteínas e carboidratos para a produção de substâncias essenciais.
B8 (biotina): produção de energia dos alimentos, para a síntese de gorduras e para a excreção dos resíduos de proteínas.
B9 (folato): age como co-enzima no metabolismo dos carboidratos, mantêm a função do sistema imunológico, participa na formação e maturação de células do sangue.
B12 (cobalamina): age como co-enzima ligada ao metabolismo dos aminoácidos, fundamental para a fabricação de DNA e RNA, formação de células vermelhas do sangue.
MINERAIS
São substâncias de origem inorgânica que fazem parte dos tecidos duros do organismo, como ossos e dentes. Também são encontrados nos tecidos moles, como músculos, células sanguíneas e sistema nervoso. 
Possuem função reguladora, contribuindo para a função osmótica, equilíbrio ácido-base, estímulos nervosos, ritmo cardíaco e atividade metabólica.
CÁLCIO: formação de ossos e dentes, coagulação sanguínea, ativação de enzimas, condução de impulsos nervosos e contração muscular.
MAGNÉSIO: crescimento dos ossos, função normal do cálcio, atividade normal das enzimas e para o uso de energia.
SÓDIO: equilibra os líquidos corporais, manutenção do equilíbrio ácido-base, excitabilidade dos músculos e controla a pressão osmótica.
POTÁSSIO: manutenção do líquido intracelular, contração muscular, condução nervosa, frequência cardíaca, produção de energia, síntese de proteínas e ácidos nucleicos.
FÓSFORO: formação de ossos e dentes, absorção de glicose, metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos, participa de sistemas enzimáticos.
FERRO: formação da hemoglobina, oxidação celular e participa de reações enzimáticas.
COBRE: formação do sangue e dos ossos, liberação de energia dos alimentos, produção de melanina.
IODO: necessário para a produção do hormônio da tireoide, taxa de metabolismo, crescimento e reprodução.
MANGANÊS
ZINCO: ação de enzimas, saúde do sistema imunológico, maturação sexual masculina, crescimento e formação de tecidos.
SELÊNIO: parte vital do sistema antioxidante do corpo.
FLÚOR: resistência dos dentes.
Objetivo 2: conhecer os exames nutricionais
EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES (EPF)
Pesquisar a presença de vermes e parasitas no organismo;
É utilizado para identificação de diversas infestações parasitárias, ovos ou larvas de helmintos e de cistos de protozoários.
EXAME DE URINA
Análise física: cor (uma urina normal tem coloração amarela ou amarela clara, observa o aspecto límpido ou turvo e odores anormais); 
Análise bioquímica: pH, densidade.
EXAMES BIOQUÍMICOS
PROTEÍNAS VISCERAIS: albumina, pré-albumina, transferrina, proteína transportadora de retinol.
ENZIMAS: fosfatase alcalina, alanina aminotranferases, aspartato aminotransferase, δ-glutamiltransferase.
HEMOGRAMA: hemoglobina, hematócrito, capacidade de ligação do ferro total, ferro sérico, ferritina, VCM e HCM.
Objetivo 3: pesquisar os métodos e exames de avaliação
A AVALIAÇÃO NUTRICIONAL tem como função verificar o estado de saúde do paciente, identificando possíveis distúrbios nutricionais e tornando possível intervir adequadamente alterando este quadro.
Utiliza procedimentos diagnósticos.
Em geral, um único método de avaliação não reflete, precisamente, o estado nutricional e metabólico dos indivíduos. 
Trata-se de um processo dinâmico, feito por meio de comparações entre os dados obtidos e os padrões de referência, que envolve não somente a coleta inicial dos dados, mas também a reavaliação periódica da evolução do estado nutricional do paciente, fornecendo subsídios para o diagnóstico nutricional.
MÉTODOS OBJETIVOS: antropometria, composição corpórea, parâmetros bioquímicos e consumo alimentar.
MÉTODOS SUBJETIVOS: exame físico e avaliação global subjetiva.
- EXAMES BIOQUÍMICOS
São indicadores da avaliação nutricional, bastante úteis, objetivos e precoces, pois evidenciam logo as alterações biológicas, evitando, assim, possíveis lesões celulares e/ou orgânicas.
VANTAGENS: confirmação objetiva de deficiências nutricionais; identificação precoce dos problemas nutricionais; monitoramento do estado nutricional do paciente em tratamento; escolha da intervenção nutricional; prognostico de morbimortalidade e delineamento de fatores de risco.
DESVANTAGENS: alguns fatores podem alterar os exames bioquímicos, prejudicando a avaliação do estado nutricional (uso de algumas drogas/fármacos, condições ambientais, estado fisiológico, estresse, lesão, inflamação, custo elevado, baixa especificidade para problemas nutricionais; sensibilidade e especificidade do método analítico.
INDICADORES HEMATOLÓGICOS
INDICADORES PROTÉICOS VISCERAIS (PLASMÁTICOS): a diminuição de proteínas plasmáticas pode indicar desnutrição. Porém outros fatores podem modificar a concentração das proteínas séricas (estado de hidratação, hepatopatias, inflamação, infecção, aumento do catabolismo).
PROTEÍNAS TOTAIS: soma de todas as proteínas presentes no plasma.
ALBUMINA: possui meia-vida longa (18 a 20 dias) e funções de ligação e transporte de inúmeras substâncias, além de ser responsável pela manutenção da pressão coloidosmótica.
Valores AUMENTADOS: desidratação.
Valores DIMINUIDOS: situações de estresse metabólico, edema, má absorção intestinal, doenças hepáticas, síndrome nefrótica.
TRANSFERRINA: possui meia-vida curta (8 a 10 dias) e tem como função transportar o ferro sérico no plasma.
Valores AUMENTADOS: carência de ferro, gravidez, sangramento crônico, desidratação.
Valores REDUZIDOS: situações de estresse metabólico, doenças hepáticas crônicas, neoplasias, hiper-hidratação.
PRÉ-ALBUMINA: transporta hormônios tireoidianos e formar um complexo com a proteína ligante de retinol. Por sua meia-vida curta (2 a 3 dias), é considerada um melhor indicador.
Valores AUMENTADOS: desidratação, insuficiência renal.
Valores REDUZIDOS: situações de estresse metabólico.
PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE RETINOL: transporta vitamina A na forma de retinol
Valores AUMENTADOS: desidratação, insuficiênciarenal.
Valores REDUZIDOS: situações de estresse metabólicos, doenças hepáticas, hiper-hidratação, carência de vitamina A e zinco.
FIBRONECTINA: tem importância nos mecanismos de defesa não imunológicos do organismo, como da adesão das células e cicatrização de feridas. Apresenta níveis reduzidos na desnutrição e durante a administração de dietas de conteúdo calórico muito baixo e/ou carentes de aminoácidos e lipídios.
SOMATOMEDINA C: especialmente em crianças, pois é o medidor do hormônio do crescimento.
INDICADORES SOMÁTICOS
ÍNDICE CREATININA-ALTURA (ICA): medida indireta da massa muscular e do nitrogênio corporal. É utilizado para estimar a massa proteica muscular. É calculado a partir do volume 
pode identificar desnutrição e estado de hipercatabolismo, com degradação intensa do musculoesquelético.
ICA= creatinina urinária x 100/ coeficiente de creatinina.
80 a 90%: depleção leve; 60 a 80% moderada; <60% grave.
Possui restrições para nefropatas, que possuem níveis elevados de creatinina por conta da disfunção renal; idosos, por causa da perda de massa magra corpórea seus níveis de creatinina podem estar alterados; em vegetarianos pode ver alterações nos índices por causa da baixa ingestão de carne.
- ANTROPOMETRIA
Antropometria é a medida das dimensões corpóreas. As medidas antropométricas mais empregadas na avaliação do estado nutricional são: peso, altura, circunferências (braço e cintura), comprimento do braço e pregas cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular, suprailíaca). Através da combinação destas medidas pode se calcular as relações peso/altura2 e a circunferência muscular do braço e o índice de gordura do braço.
PESO E ALTURA
Peso: o peso é a soma de todos os componentes corporais (água, gordura, ossos, músculos) e reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo.
Altura: são medidas que expressam o processo de crescimento linear do corpo humano
Estatura: é a medição em pé de crianças maiores de dois anos até a idade adulta. Utiliza-se o estadiômetro.
Comprimento: é a medição em decúbito dorsal (deitado, de ventre para cima), utilizado para crianças até dois anos de idade (mesmo que esta já fique em pé). Utiliza-se o infantômetro
Recomenda-se que a altura seja obtida estando o paciente de pé, encostado em um haste vertical inextensível (superfície lisa ou parede), nuca, nádegas e calcanhares devem tocar esta haste, estando o indivíduo descalço. Quanto ao peso, o sujeito deverá estar com o mínimo de roupa, sendo considerado o peso do período da manhã.
PREGAS CUTÂNEAS
A medição das pregas cutâneas constitui o meio mais conveniente para estabelecer, indiretamente, amassa corpórea de gordura. Através da somatória das pregas (tríceps, bíceps, subescapular, supra-ilíaca), obtém-se a porcentagem de gordura corporal com o auxílio de uma equação de regressão linear. A medida isolada da prega cutânea do tríceps proporciona uma estimativa das reservas gordurosas do subcutâneo, a qual relaciona-se com o volume de gordura do organismo.
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) E CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB)
A CMB é calculada a partir da PT e CB pela seguinte fórmula: CMB = CB - 3,14 x PT 
CMB = Circunferência muscular em cm CB = Circunferência braquial em cm PT = Prega tricipital em cm.
ÍNDICE DE GORDURA DO BRAÇO
É definido como o quociente da medida da prega tricipital (em mm) e a distância olécrano-acromial (em dm2 ). Esta medida apresenta uma correlação positiva quando se compara ao índice de massa corporal, e está indicada como medida antropométrica sempre que a medição da altura e do peso não for possível em pacientes hospitalizados.
- SINAIS CLÍNICOS
Consiste em avaliar as manifestações que podem estar relacionadas com possível alimentação inadequada, evidenciando-se por meio de alterações de tecidos orgânicos, de órgãos externos como a pele, mucosas, cabelos e os olhos.
- HISTÓRIA ALIMENTAR
A avaliação do estado nutricional do paciente deve ocorrer nas primeiras 24 horas de internação. Durante a anamnese alimentar, são pesquisadas as quantidades e qualidade de alimentos ingeridos, antes e durante a doença atual, bem como informações sobre perda de apetite, aversão por alimentos, náusea, vômito, alterações do trato digestivo (dificuldade de mastigação, azia, queimação, obstipação, diarreia e outros), abuso de bebidas alcoólicas e alterações no peso. Deve-se obter todas as informações que poderão contribuir para o estabelecimento da conduta terapêutica futura.
-AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL
Aplica-se o método ASG para diagnosticar e classificar a desnutrição, com enfoque em questões relacionadas à desnutrição crônica ou já instalada, como percentual de perda de peso nos últimos seis meses, modificação na consistência dos alimentos ingeridos, sintomatologia gastrointestinal persistente por mais de duas semanas e presença de perda de gordura subcutânea e de edema20(D). Além disso, é o único método que valoriza alterações funcionais que possam estar presentes.
-EXAME FÍSICO
O exame físico pode fornecer evidências das deficiências nutricionais ou piora funcional, que podem afetar o estado nutricional e que, muitas vezes, podem ser perdidas na entrevista.
Consegue detectar se o paciente está acima ou abaixo do seu peso habitual; sinais de depleção nutricional: perda de tecido subcutâneo na face, bola gordurosa de Bichart, tríceps, coxas e cintura; perda de massa muscular nos músculos quadríceps e deltoide; presença de edema em membros inferiores, região sacral e ascite; presença de desidratação na avaliação do pulso e pele; alteração da coloração de mucosas, pele e conjuntiva para diagnosticar carências de vitaminas e minerais.
- ÍNDICES CORPORAIS EXTERNOS
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
Pode ser utilizado tanto para classificar o grau de obesidade de uma pessoa quanto o risco de saúde;
IMC = peso corporal (kg) / estatura corporal² (m);
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL
É calculada fazendo a divisão da circunferência da cintura pela do quadril, ambas em centímetros.
Um valor igual ou acima de 0,94 para homens e 0,82 para mulheres representa um alto risco para a saúde.
Objetivo 4: diferenciar obesidade, subnutrição e desnutrição, caracterizando seus sintomas
- DESNUTRIÇÃO
É uma consequência da ingestão inadequada de proteínas e calorias ou de deficiências na digestão ou absorção de proteínas, resultando na perda de tecido gorduroso e muscular, perda de peso, letargia e fraqueza generalizada. Variedade de síndromes clínicas, todas caracterizadas pela ingestão dietética inadequada de proteínas e calorias para alcançar as necessidades corporais.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A CAUSA/ETIOLOGIA
PRIMÁRIA: reversível com terapia nutricional
Causada por dieta inadequada, privação nutricional, não relacionada a doenças, déficit de ingestão.
SECUNDÁRIA: correção da causa
Determinada por patologias que acometem os processos relacionados à ingestão, digestão, absorção, metabolização e excreção do alimento.
Alimentos fornecidos de maneira satisfatória, mas com aproveitamento inadequado.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS NUTRIENTES
ESPECÍFICA: quando falta um nutriente específico (anemia ferropriva, escorbuto, raquitismo).
GLOBAL: quando é caracterizada por um déficit proteico e um déficit calórico/energético.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DURAÇÃO
AGUDA: atual/recente; CRÔNICA: de longa data que persiste; PREGRESSA: existente no passado.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A INTENSIDADE
LEVE, MODERADA ou GRAVE.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO CLÍNICO
MARASMO: falta de fontes de energia
PERDA PONDERAL E DEPLEÇÃO ACENTUADA DO TECIDO ADIPOSO SUBCUTÂNEO E DA MASSA MUSCULAR.
É uma forma crônica de desnutrição, na qual a deficiência primariamente de carboidratos e lipídios, em estágios avançados, é caracterizada por perda muscular e falta de gordura subcutânea.
Ocorre quando os indivíduos não seguem uma dieta mínima de nutrientes, carboidratos, lipídios e proteínas, durante muito tempo, em quantidade suficiente necessário ao bom funcionamento do corpohumano.
SINTOMAS: perda de tecido celular subcutâneo e muscular; emagrecimento seco; cabelos escassos e finos; costelas, articulações e ossos faciais proeminentes; pele fina e frouxa sem lesões; infecções intercorrentes; deficiência imunológica; crianças apáticas e fracas; sem edema visível; 
KWASHIORKOR: falta de proteína e vitaminas.
DEFICIÊNCIA PROTÉICA É MAIOR QUE A REDUÇÃO DE CALORIAS TOTAIS.
DOENÇAS AGUDA RELACIONADA AO ESTRESSE FISIOLÓGICO DE UMA INFECÇÃO, QUE INDUZ UMA CASCATA METABÓLICA NOCIVA EM UMA CRIANÇA JÁ DESNUTRIDA.
Falta de proteínas e vitaminas, geralmente associado com elevado consumo de carboidratos.
A presença de EDEMA PERIFÉRICO é o que diferencia do marasmo.
SINTOMAS: edema; abdome protuberante, distensão abdominal; cabelos com coloração amarelho-avermelhada; crianças apáticas e letárgicas; infecções intercorrentes; deficiência imunológica; hepatomegalia; gordura subcutânea preservada; 
KWASHIORKOR-MARASMÁTICO: falta de todos nutrientes.
SINTOMAS: perda de tecido celular subcutâneo; edema de extremidades; 
CONSEQUÊNCIAS: perda de peso e massa muscular; dificuldade de cicatrização de feridas; alteração dos mecanismos de imunocompetência; redução dos eritrócitos e do débito cardíaco; alterações da função cerebral e de aprendizagem; redução do volume intravascular de água; ressecamento e enrugamento da pele; cabelo escasso, fino e facilmente arrancado; perda de pelos; deterioração funcional do sistema digestório.
- SUBNUTRIÇÃO
É uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma dieta pobre, de uma absorção deficiente do intestino dos alimentos ingeridos; do consumo anormalmente alto de nutrientes pelo corpo; perda excessiva de nutrientes por processos como a diarreia; sangramento.
- OBESIDADE
É uma doença crônica caracterizada pelo excesso de massa gorda (gordura) de um indivíduo, ou seja, mais de 20% do seu peso total.
O excesso da massa gorda está relacionado à ingestão calórica maior que a queima calórica.
Constitui em um estado de má nutrição, decorrente de uma alimentação mal balanceada e, no caso da obesidade, normalmente associada ao excesso de ingesta alimentar
ETILOGIA
Fatores endógenos: genéticos, endócrinos, psicogênicos, medicamentosos, neurológicos, metabólicos.
Fatores exógenos: alimentação, estresse, sedentarismo.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A CELULARIDADE ADIPOSA
HIPERPLÁSICA: aumento do número de células adiposas.
HIPERTRÓFICA: aumento do tamanho das células adiposas existentes.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A DISTRIBUIÇÃO CORPORAL
ANDRÓIDE/MAÇÃ: gordura abdominal; é mais comum em homens; pode causar doenças cardio-vasculares.
GINÓIDE/PÊRA: gordura nos quadris; é mais comum em mulheres; pode causar doenças vasculares e ortopédicas.
Objetivo 5: conhecer o funcionamento da balança energética
- METABOLISMO
Conjunto das reações químicas que ocorrem num organismo vivo com o fim de promover a satisfação de necessidades estruturais e energéticas.
Conjunto de transformações e reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula.
Maneira pela qual o organismo processa suas moléculas, seja no sentido da síntese para a obtenção de macromoléculas, ou no sentido de lise para obtenção de moléculas precursoras, ou mais ainda para a obtenção de energia necessária para a manutenção do organismo vivo.
FUNÇÕES
Obter energia química pela degradação de nutrientes ricos em energia oriundos do ambiente;
Converter as moléculas dos nutrientes em unidades fundamentais precursoras das macromoléculas celulares;
Reunir e organizar estas unidades fundamentais em proteínas, ácidos nucléicos e outros componentes celulares;
Sintetizar e degradar biomoléculas necessárias às funções especializadas das células.
METABOLISMO BASAL: designa o mínimo de energia necessária para regular a fisiologia de um organismo.
Taxa metabólica basal: quantidade de energia necessária para a manutenção dos processos vitais básicos.
- ANABOLISMO
FASE SINTETIZANTE DO METABOLISMO e VIA BIOSSINTÉTICA.
Divisão do metabolismo responsável pela síntese de macromoléculas (proteínas, lipídios, polissacarídeos e ácidos nucleicos) a partir de moléculas precursoras (aminoácidos, ácidos graxos, monossacarídeos, bases nitrogenadas).
Necessita em seu processo de construção de uma oferta de energia e substratos (moléculas menores) adequados à velocidade de suas reações.
Seria o processo responsável pelo crescimento, regeneração e manutenção dos diversos tecidos e órgãos presentes no organismo.
Utilização da energia na forma de trabalho.
Síntese de biomoléculas.
ENDERGÔNICA
- CATABOLISMO
FASE DEGRADATIVA DO METABOLISMO e VIA DEGRADATIVA
As moléculas orgânicas, nutrientes, carboidratos, lipídios e proteínas provenientes do ambiente ou dos reservatórios de nutrientes da própria célula são degradados por reações consecutivas em produtos finais menores e mais simples.
Também ocorre quando o organismo está sem energia suficiente e busca a destruição de seus próprios tecidos e reservas.
Extração de energia.
Simplificação das moléculas a compostos comuns.
EXERGÔNICA.
*Para ocorrer essas duas “fases” do metabolismo, é necessário um trânsito acentuado de energia. No catabolismo, por haver “quebra” de moléculas, há liberação de energia; por outro lado, o anabolismo é uma fase de síntese, necessitando de energia para sua ocorrência. 
quantidade de anabolismo > catabolismo = balanço metabólico positivo
quantidade de anabolismo < catabolismo = balanço metabólico negativo
quantidade de anabolismo = catabolismo = balanço metabólico nulo
Objetivo 6: elucidar as guias alimentares
Os guias alimentares são instrumentos que definem as diretrizes utilizadas na orientação de escolhas alimentares saudáveis pela população.
ORIENTAR A POPULAÇÃO NA ESCOLHA DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS E PORÇÕES ADEQUADAS.
O Guia é para todas as pessoas, individualmente e como membros de famílias e comunidades, assim como cidadãos. 
ELABORAÇÃO DOS GUIAS ALIMENTARES
Identificação dos problemas de saúde, estabelecendo prioridades;
Avaliação dos padrões de consumo alimentar;
Integração às políticas e programas nacionais de saúde e alimentação;
Prevenir déficit ou excesso de energia, incluindo adequação de macronutrientes, com aporte adequado de vitaminas e minerais. Ressaltar a importância da atividade física;
Avaliação da aceitação do guia e de sua representação visual na divulgação;
Evitar número excessivo de informações.
Os guias alimentares devem:
Promover e manter a saúde global do indivíduo com orientações direcionadas para prevenção de doenças;
Ser baseada em pesquisas atualizadas;
Ter uma visão global da dieta;
Ser úteis para o público-alvo;
Encontrar uma forma realista de suprir as necessidades nutricionais utilizando-se da dieta habitual de cada população;
Ser práticos e os nutrientes e energia adaptados segundo idade, sexo e atividade física;
Ser dinâmicos, permitindo o máximo de flexibilidade para a escolha dos alimentos, a fim de suprir as necessidades nutricionais do indivíduo;
Considerar os níveis de escolaridade e socioeconômico da população.
PRINCÍPIOS
Alimentação é mais que ingestão de nutrientes;
Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo;
Alimentação saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável;
Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares;
Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares.
ESCOLHA DOS ALIMENTOS
In natura
Óleos, gorduras, sal e açúcar
Alimentos processados
Alimentos ultraprocessados
DOS ALIMENTOS À REFEIÇÃO
Café da manhã, almoço, janta, pequenas refeições.
Grupos: feijões, cereais, raízes e tubérculos, legumes e das verduras, frutas, castanhas e nozes, leite e queijos, carnes e ovos, água.
O ATO DE COMER E A COMENSALIDADE
Comer com regularidade e atenção;
Comer em ambientes apropriados;
Comer em companhia.
10 PASSOSPARA A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
Limitar o consumo de alimentos processados;
Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Objetivo 7: compreender a influencia da alimentação no desenvolvimento infantil
A amamentação é vital para a saúde da mãe e da criança durante toda a vida. A recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde é que as crianças sejam amamentadas exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade e, após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, continuando, entretanto, a amamentação até pelo menos a idade de 2 anos (BRASIL, 2002e; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001a, 2001b). A exceção é para as mães portadoras de HIV/aids e outras doenças transmitidas verticalmente, que devem ser orientadas para as adaptações necessárias para a correta alimentação de seus filhos . O enfoque da alimentação no curso da vida é essencial para compreender como intervenções nutricionais podem contribuir para a prevenção de doenças não-transmissíveis. O aleitamento materno é a primeira prática alimentar a ser estimulada para promoção da saúde, formação de hábitos alimentares saudáveis e prevenção de muitas doenças.
a) Benefícios da amamentação
O leite materno é um alimento completo. Isso significa que, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Ele é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e funciona como uma proteção imunológica, pois é rico em anticorpos, protegendo a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê. Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a formação dos dentes, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.
Benefícios para o bebê: O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.
Benefícios para a mãe: Reduz o peso mais rapidamente após o parto. Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto. Reduz o risco de diabetes. Reduz o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros 6 meses desde que a mãe esteja amamentando exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro alimento) e em livre demanda (dia e noite, sempre que o bebê quiser) e ainda não tenha menstruado.
Benefícios para a família e para o sistema de saúde: Não amamentar pode significar sacrifícios para uma família com pouca renda. Em 2004, o gasto médio mensal com a compra de leite para alimentar um bebê nos primeiros seis meses de vida no Brasil variou de 38% a 133% do salário-mínimo, dependendo da marca da fórmula infantil. A esse gasto devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças não amamentadas. Para os serviços de saúde a economia é em um menor número de internações, consultas e medicações. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas evitáveis.
O Pai / Companheiro: O pai tem sido identificado como importante fonte de apoio à amamentação. Ele tem importante papel, não apenas nos cuidados com o bebê, mas também nos cuidados com a mãe. Portanto, cabe ao profissional de saúde dar atenção ao novo pai e estimulá-lo a participar desse período vital para a família.
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