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0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITACOATIARA CURSO LICENCIATURA EM INFORMÁTICA BEATRIZ DA CRUZ BELÉM DIFICULDADE DE LEITURA: A CONTRIBUIÇÃO DO SOFTWARE DE AUTORIA VISUAL CLASS COMO APORTE METODOLÓGICO NA ESCOLA MARIA NIRA GUIMARÃES NO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA ITACOATIARA 2013 1 BEATRIZ DA CRUZ BELÉM DIFICULDADE DE LEITURA: A CONTRIBUIÇÃO DO SOFTWARE DE AUTORIA VISUAL CLASS COMO APORTE METODOLÓGICO NA ESCOLA MARIA NIRA GUIMARÃES NO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA Trabalho de Conclusão de curso apresentado a Universidade do Estado do Amazonas – UEA, como pré- requisito para a conclusão do curso de Licenciatura em Informática. Orientadora: Prof.ª. MSc. Romy Guimarães Cabral. ITACOATIARA 2013 2 Ficha Catalográfica elaborada por Kátia Maria Melo de Vasconcelos B428d Belém, Beatriz da Cruz Dificuldade de leitura: a contribuição do software de autoria Visual Class como aporte metodológico na Escola Maria Nira Guimarães no município de Itacoatiara/ Beatriz da Cruz Belém. – Itacoatiara, 2013. 37f. : il. ; 21cm. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Informática) - Universidade Estadual do Amazonas, 2013. Orientadora: Msc. Romy Guimarães Cabral 1. Dificuldades de leitura 2. Recursos tecnológicos educacionais 3. Inabilidade na leitura I. Título CDU – 372.4 3 Itacoatiara - AM, 28/11/2013 Acadêmica: Beatriz da Cruz Belém Título: Dificuldade de Leitura: A Contribuição do Software de Autoria Visual Class Como Aporte Metodológico na Escola Maria Nira Guimarães no Município de Itacoatiara. _____________________________________________ Professora MSc. Romy Guimarães Cabral Professora Orientadora _____________________________________________ Caroline Barroncas de Oliveira Professor Avaliador 1 _____________________________________________ Kayro Figueira Pires Professor Avaliador 2 4 Dedico este trabalho a Deus pela vida que tem me proporcionado, aos meus pais, Maria e Valdomiro, irmãos e amigos, pelo amor, incentivo, paciência e compreensão, pois abriram mão da minha companhia para que eu alcançasse meus objetivos. 5 Agradeço a Deus, primeiramente, pela vida, coragem, sabedoria, e persistência em alcançar meus objetivos neste trabalho. Aos meus Pais, minha eterna gratidão e honra, pois tiveram paciência e me deram todo apoio que precisei durante essa fase da minha vida, em que precisei me ausentar, para a realização do curso. Aos meus Professores, do Curso de Licenciatura em Informática da Universidade do Estado do Amazonas –UEA, Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara/CESIT, em Especial minha orientadora Professora MSc. Romy Guimarães Cabral, pelo apoio e dedicação com que acompanhou o desenvolvimento deste trabalho. Aos meus colegas do curso pelos momentos que compartilhamos juntos o conhecimento, pelos momentos felizes que para sempre ficarão guardados na memória como boas lembranças. Aos meus colegas Pibidianos, Ana Claudia, Fernanda Batista e Jorgildo Feijó, pelo apoio com os alunos no Laboratório de Informática, durante a execução do Projeto de Pesquisa. Aos meus Amigos, Wallysnei e Angela, pelo apoio espiritual, amor, cuidado e paciência que sempre tiveram comigo. 6 O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra. Provérbios 15:33 7 RESUMO Este trabalho de conclusão de curso relata a experiência vivenciada durante a prática de Estagio Supervisionado I e II do Curso de Licenciatura em Informática da Universidade do Estado do Amazonas – UEA. No Estágio I foi desenvolvido um Projeto de Pesquisa que abordou as dificuldades de Leitura encontradas pelos alunos do 4º ano da Escola Municipal Maria Nira Guimarães. Em seguida foi elaborado um Plano de Ação para contribuir com as questões-problema, esse plano foi aplicado no Estágio II, na referida escola. Tal ação objetivou minimizar o problema de Leitura encontrado em sala de aula. Utilizamos como base metodológica e didática o computador e o software de autoria Visual Class como ferramenta de apoio para o desenvolvimento e aplicação das aulas que foram ministradas no Laboratório de Informática. O trabalho realizado contribuiu para minimizar os problemas de compreensão de leitura, alcançando resultados positivos no processo de ensino-aprendizagem do aluno na perspectiva do domínio do processo de leitura. Palavras Chaves: Estágio; Leitura; Ensino-aprendizagem; Visual Class. ABSTRACT This work reports the completion of course lived experience while practicing Supervised Internship I and II of the Degree Course in Computer Science from the State University of Amazonas - UEA . In Stage I we developed a research project that addressed the difficulties encountered by students reading the 4th year of the Municipal School Nira Maria Guimarães. Was then prepared an Action Plan to help with the problem issues, this plan was implemented in Stage II, at the school. Such action aimed to minimize the problem of reading found in the classroom. The base of methodological and didactic computer and authoring software Visual Class as a support tool for the development and application of the lessons that were taught in the Computer Lab. The work helped to minimize the problems of reading comprehension, achieving positive results in the process of teaching and student learning in the perspective of the domain of the reading process. Key-Words: Stage; Reading; Teaching and Learning; Visual Class. . 8 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 10 2 LOCAL DA PESQUISA ............................................................................................................ 11 2.1 HISTÓRICO DA ESCOLA .............................................................................................. 11 3 PROJETO DE PESQUISA ....................................................................................................... 16 3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 16 3.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 17 3.3 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 18 3.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 18 3.4 REFERÊNCIAL TEÓRICO .............................................................................................19 3.4.1 APRENDIZAGEM ............................................................................................................. 19 3.4.2 LEITURA ............................................................................................................................ 20 3.4.3 LETRAMENTO DIGITAL ................................................................................................. 21 3.4.4 INCLUSÃO DIGITAL ........................................................................................................ 22 3.4.6 SOFTWARE DE AUTORIA ............................................................................................. 24 3.4.7 VISUAL CLASS .......................................................................................................... 25 3.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 26 3.5.2 RECURSOS MATERIAIS ................................................................................................ 27 3.6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .................................................................................. 28 3.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................... 29 3.7.1 OUTRAS REFERÊNCIAS ............................................................................................... 29 4 PLANO DE AÇÃO ................................................................................................................ 31 4.1 ATIVIDADE .................................................................................................................... 31 4.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 31 4.3 OBJETIVOS GERAL: ..................................................................................................... 31 4.3.1 ESPECÍFICOS: ................................................................................................................. 31 4.4 ESTRATÉGIA ................................................................................................................ 31 4.5 RESPONSÁVEL ............................................................................................................ 32 4.6 DATA ............................................................................................................................. 32 4.7 AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 32 5 RESULTADOS ALCANÇADOS .................................................................................................... 33 9 6 CONSIDERAÇÔES FINAIS .......................................................................................................... 35 7 REFERÊNCIAS CITADAS ............................................................................................................. 36 7.1 OUTRAS REFERÊNCIAS CONSULTADAS .................................................................. 36 ANEXOS ................................................................................................................................................. PLANOS DE AULA .................................................................................................................. FOTOS DAS AULAS ............................................................................................................... 10 1 APRESENTAÇÃO O estágio acadêmico supervisionado é uma forma de unir teoria à prática, é um campo onde o acadêmico pode perceber a realidade cotidiana e a complexidade de sua área profissional. Diante desse contexto Tracz et al (2011, p.5), diz que o estágio é uma chance que o acadêmico tem para aprofundar conhecimentos e habilidades nas áreas de interesse do aluno. O presente trabalho foi desenvolvido durante o Estágio Supervisionado I e II, e aplicado com alunos do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Prof.ª Maria Nira Guimarães, localizada na zona urbana do município de Itacoatiara-AM. Este trabalho mostra que através do uso do computador e do software de autoria Visual Class, que inserir a tecnologia educacional como ferramenta de apoio para o desenvolvimento de aulas incentivou os discentes a compartilhar o conhecimento, e a interação entre os alunos, a qual pode acontecer de forma espontânea, além de facilitar o processo de ensino-aprendizagem de cada participante. A disciplina abordada no Projeto de Pesquisa foi Língua Portuguesa, destacando o assunto de Leitura, pois ela é a base para o estudo, sem ela estudar passa a não ter sentido, causando dessa forma, desinteresse em ir à escola por parte do aluno, observando esse problema em sala de aula, buscou-se então, através das tecnologias um meio para facilitar a maneira de ensinar e aprender. A ferramenta utilizada foi o software de autoria Visual Class A principal contribuição deste trabalho é que os alunos se desenvolveram a partir da interação com seus colegas no Laboratório de Informática, de forma divertida e prazerosa assistiram as aulas e realizaram as atividades propostas. Os recursos tecnológicos foram indispensáveis nesse trabalho, uma vez que auxiliam a prática pedagógica, falar em tecnologia, informação e conhecimento é incorporar a comunicação e a linguagem digital como requisitos fundamentais para a formação do educando. 11 2 LOCAL DA PESQUISA O local escolhido para a realização do projeto de Pesquisa foi a Escola Municipal Professora Maria Nira Guimarães, localizada na avenida Mario Andreazza, nº 2865 – São Francisco – Itacoatiara/Amazonas. A escola trabalha com os níveis de ensino matutino: Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, vespertino: Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, noturno: Educação de Jovens e Adultos – EJA: Etapa 1º ao 5º ano. A escola é mantida pela Prefeitura Municipal de Itacoatiara/ Secretaria Municipal de Educação – SEMED, tendo como parceiros: Associação de Pais e Mestres e Comunitários – APMC. 2.1 HISTÓRICO DA ESCOLA A Escola Municipal Professora Maria Nira Guimarães, situada na Avenida Mário Andreazza, 2865, no bairro de São Francisco, foi inaugurada no dia 03 de abril de 1995 e fundada pelo Decreto Lei nº 141/95 de 04.04.1995 na gestão do Prefeito Mamoud Amed Filho. Sendo uma instituição pública, a escola tem como entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de Itacoatiara e Secretaria Municipal de Itacoatiara através da qual recebe recursos financeiros destinados à educação. Sua patrona, Maria Nira Guimarães (1961-1994), filha de Ecledino Guimarães Ferraz e Rita Marques Guimarães, começou sua carreira no magistério em 1986, no Centro Educacional Jamel Amed. Em 1993 assumiu como Diretora da Escola Municipal Isaac Peres. Foi professora da Rede Municipal e Estadual de ensino. Muito trabalhadora era incansável na busca de novos conhecimentos, lutava por melhoria na educação e extremamente preocupada com as causas sociais. Uma ilustre mulher que prestou relevante serviço a comunidade itacoatiarense. A Escola Municipal Professora Maria Nira Guimarães oferece o Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano no turno diurno e Educação de Jovens e Adultos - EJA, no noturno. Atende os alunos oriundos dos bairros de Santo Antônio, São Cristovão, São Raimundo, Prainha, Piçarreira, Mutirão, Mamoud Amed, Eduardo Braga I e II. 12 O coletivo da escola é composta por 1430 alunos no diurno e 400 alunos no noturno. Seu quadro de funcionários é formadopor 83 professores, 09 auxiliares administrativos, 17 auxiliares de serviços gerais, 03 merendeiras e 04 vigias. Estando na função de técnica pedagógica a Professora Adriana Monteiro, como coordenadora a Professora Miralva Lafaete Limeira, coordenadora EJA no noturno a Professora Idênis Glória de Souza de Melo e gerenciando este estabelecimento de ensino o Professor Hevandro Rattes de Oliveira. A filosofia da Escola fundamenta-se mais pela busca do que pela posse da verdade, onde os fatores e diversos contextos que permeiam o processo educativo serão verdadeiros instrumentos de integração do indivíduo com a comunidade onde a escola está inserida. No Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Professora Maria Nira Guimarães, três situações estarão em voga: Valorizar o lugar do conhecimento científico dentro do domínio do saber, que é a escola, estabelecendo os conhecimentos científicos, ou seja, a proposta dos componentes curriculares propriamente ditos e seu objeto de estudo específico. O envolvimento da família na vida escolar dos educandos no Ensino Fundamental regular e trabalho específico para os alunos da Educação de Jovens e Adultos - EJA. O compromisso indispensável por parte dos professores através de metodologias que estimulem seus alunos a gostarem de aprender, relacionando o conhecimento científico com as diversas experiências na vida fora da escola. Sendo assim, os processos educativos da Escola Municipal Professora Maria Nira Guimarães baseia-se na tendência progressista “crítico-social dos conteúdos”, como prática que melhor representa suas ações, pois a apropriação dos conteúdos escolares básicos tem que ter ressonância na vida dos alunos, constituindo-se como conhecimentos relativamente reavaliados face às realidades vivenciadas e que tenha significado nos aspectos humanos e sociais. Itacoatiara é um município brasileiro, o terceiro mais populoso do estado do Amazonas, o maior do Brasil, ocupando uma área de 8.600 km². Está localizada as margens do Rio Amazonas. Sua população de acordo com o IBGE/2010 é de 86. 840 habitantes. A Escola Municipal Professora Maria Nira Guimarães está situada na periferia da cidade, atende a clientela de baixa renda, advinda de uma realidade de risco social e envolta em inúmeros entraves e fatores que desafiam a presença dessa Instituição que até nosso dia não se encontrou nenhuma outra que pudesse 13 substituir sua função na sociedade. Nesse sentido, a elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Professora Maria Nira Guimarães será fundamentada nos seguintes anseios abaixo explicitados, buscando atender e cumprir sua função social na comunidade onde está inserida: Qual o perfil da comunidade atendida pela escola? Até que ponto a escola poderá contribuir na melhoria, na qualidade de vida, na realidade e contextos que envolvem a clientela atendida? Como serão estruturadas as ações administrativas, pedagógicas, didáticas, culturais e sociais para atender as especificidades do coletivo que compõem o quadro educacional? Em qual linha teórica, epistemológica e dimensões estão embasadas as ações da escola? O objetivo Geral da escola é ser o instrumento norteador das ações executadas pela escola na formação intelectual do indivíduo, conduzido pelos profissionais da educação, participação efetiva da família e comunidade, cumprindo assim sua função social na localidade onde está inserida. Os Específicos são: Valorizar a escola como estabelecimento de ensino responsável pelo saber sistematizado e cumprir sua função social na comunidade onde está inserida; Estabelecer relação entre o conhecimento científico, ou seja, a proposta dos componentes curriculares, e sua significância para a vida em sociedade; Envolver a família na vida escolar dos educandos no Ensino Fundamental regular e trabalho específico para os alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA; Incentivar o compromisso por parte dos professores através de metodologias que estimulem seus alunos a gostarem de aprender; Desenvolver ações de acordo com o perfil da comunidade atendida pela escola; Elaborar projetos destinados a melhoria e qualidade de vida contextos que envolvem a clientela atendida; Estruturar as ações administrativas, pedagógicas, didáticas, culturais e sociais para atender as especificidades do coletivo que compõem o quadro educacional; Apresentar as dimensões em que se dá o processo educativo, filosofia e tendência pedagógica onde estão embasadas as ações da escola; Estabelecer no PPP as ações pertinentes ao cotidiano escolar como conteúdo, avaliação, funções, relações existentes entre escola e comunidade; Explicitar o tipo de sujeito que se quer formar para a sociedade; Buscar recursos tecnológicos para fazerem parte das aulas dos professores subsidiando no ensino aprendizagem; Promover Projetos que 14 contemplem os temas transversais e seus objetivos, tais como: Droga, gravidez. Meio ambiente etc. A estrutura física da escola foi construída em alvenaria. Tem um pátio onde acontece a maioria das atividades e programações culturais, cívicas e científicas. A Escola está aguardando reforma das salas de aulas onde serão todas climatizadas ficando apropriadas para fazer diversas atividades escolares e pertinentes ao ensino aprendizagem. Na escola há 16 salas de aula, 01 diretoria, 01 sala de supervisão, 01 secretaria, 01 sala de professores, 01 cantina, 01 refeitório, 01 depósito de merenda, 01 banheiro para deficientes, 01 banheiro masculino para alunos, 01 banheiro feminino para alunas, 02 banheiro para funcionários, 01 ambiente de mídias. A equipe de profissionais da educação que compõem o quadro funcional da escola está assim formado: O gestor tem Licenciatura Plena em História, a Supervisora é especialista em Metodologia do Ensino Superior, a Coordenadora é graduada em Normal Superior, a Coordenadora da EJA é especialista em Gestão Escolar. Todos os professores têm nível superior completo, ou cursando mais uma graduação específica oferecida pela Plataforma Freire em parceria com a Universidade Federal do Amazonas – UFAM ou pela Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Também um número significativo de professores concluiu ou está cursando Pós Graduação, buscando formação continuada. O quadro apresenta tanto professores efetivos e como contratados. Os auxiliares administrativos da escola têm formação em nível médio e superior habilitados a exercerem suas funções burocráticas eficientemente e com qualidade. Os auxiliares de serviços gerais tem formação em nível fundamental incompleto e ensino médio completo, participam de formação oferecida periodicamente pela SEMED, o que os aperfeiçoam como profissionais. A escolaridade dos vigias oscilam em ensino fundamental incompleto e ensino médio completo, trabalham diariamente em escala predeterminada o que deixa a escola com razoável segurança, pois sempre tem um de plantão. A escola oferece como recursos tecnológicos os seguintes itens: televisores, gravador, caixa amplificada, aparelho de DVD, note book, data show, filmadora e máquina digital. 15 PROJETO DE PESQUISA LEITURA: UMA DIFICULDADE ENCONTRADA PELOS ALUNOS DO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICIPIO DE ITACOATIARA. 16 3 PROJETO DE PESQUISA 3.1 INTRODUÇÃO De acordo com Filho (2010), O estágio supervisionado vai muito além de um simples cumprimento de exigências acadêmicas. Ele é uma oportunidade de crescimento pessoale profissional. Além de ser um importante instrumento de integração entre a universidade, a escola e a comunidade. Segundo dados da Prova Brasil 2011, foi possível observar que apenas 27% dos alunos até o 5º ano do Ensino Fundamental da referida escola, obtiveram um bom desenvolvimento na leitura e interpretação de textos. Observou-se então, que a dificuldade encontrada na disciplina de Língua Portuguesa é referente a leitura e interpretação de textos. Pesquisando os dados estatísticos à nível nacional de aprendizagem foi possível perceber que a proporção de alunos que obtiveram um bom desenvolvimento na leitura e interpretação de texto até o 5º ano da rede pública de ensino foi de 37%, isso demonstra que há muito a ser melhorado em relação a educação no país. No que se refere a região norte, segundo o índice de Educação Básica (IDEB, 2012), o desempenho das Escolas Públicas nas redes estaduais no ensino fundamental nos anos iniciais é de 4,6, no ensino fundamental anos finais é de 4,0 e ensino médio é de 3,6. No Amazonas apenas 28% das escolas obtiveram o resultado esperado em relação a leitura e interpretação de textos. A partir dos dados mostrados em relação a educação, na disciplina de língua portuguesa, a proposta desse projeto de pesquisa tem por objetivo investigar o problema de aprendizagem dos discentes em relação à leitura e interpretação de textos de alunos do 4º ano do ensino fundamental. E também fazer uma busca por softwares que possam facilitar o processo de ensino-aprendizagem posteriormente, em relação ao problema diagnosticado durante a pesquisa que será realizada na escola. 17 3.2 JUSTIFICATIVA O lugar escolhido para realização desse projeto de pesquisa foi a sala de aula do 4º ano, do Ensino Fundamental da Escola Municipal Prof.ª Maria Nira Guimarães, localizada na zona urbana do município de Itacoatiara-AM. Pude observar que os alunos tinham problemas de aprendizagem. Essa realidade escolar observei também ao conviver em sala de aula nessa escola, devido a minha participação no programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) o qual, promove a inserção de acadêmicos no contexto das escolas públicas para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola. Durante um ano de trabalho na referente escola, observei que no decorrer dos meses a escola sofria com um índice de desistência de discentes bastante elevado, além de apresentar deficiência na aprendizagem, sendo esta mais marcante na leitura e na interpretação de textos, esse problema despertou em mim o interesse de investigar essa deficiência na aprendizagem dos discentes. Pude analisar também que, o problema se apresentava de diversas formas, como por exemplo pela monotonia das atividades escolares e por que outros alunos não conseguiam produzir com a mesma qualidade que seus colegas, ficavam tristes e até choravam, essa situação desconfortante em sala de aula causava, o desestimulo na aprendizagem do discente. Dentre esses fatores observados que causam esses pontos negativos, estão a superlotação em sala de aula, o desestimulo do professor e o principal que é o apoio familiar, o que soma na maximização desse problema de aprendizagem por parte do aluno. A partir dessas experiências vivenciadas em sala de aula, surgiu a proposta desse projeto de pesquisa, em que busca investigar o problema de aprendizagem referente à leitura e interpretação de texto dos alunos do 4º ano do ensino fundamental da referida escola, e a partir das dificuldades apresentadas, compreender o que leva o discente não assimilar as informações que são transmitidas pelo professor durante as aulas ministradas dentro de sala. 18 3.3 OBJETIVO GERAL Pesquisar como ocorre o problema de aprendizagem referente à leitura e interpretação de textos em sala de aula do 4º ano do ensino fundamental. 3.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender como é a prática de leitura em sala de aula. Identificar estratégias utilizadas pelos professores afim de desenvolver nos alunos o hábito de ler e interpretar textos. Buscar através das tecnologias digitais de informação e comunicação formas de o aluno se desenvolver socialmente. 19 3.4 REFERÊNCIAL TEÓRICO 3.4.1 APRENDIZAGEM A aprendizagem é um processo que ocorre ao longo da vida. É a partir da aprendizagem que o indivíduo desenvolve-se de forma integral e assume uma posição crítica e ativa na sociedade. O professor tem uma responsabilidade muito grande, pois no âmbito escolar ele é um aprendiz permanente, construindo sentidos, cooperando e tornando-se um organizador da aprendizagem que usará de estratégias para que o aluno adquira o conhecimento, sem esquecer que tanto um como outro serão sempre aprendizes. Diante desse assunto Gadotti declara: “Para que ocorra um bom desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem requer que o educador se empenhe e esteja sempre pesquisando, buscando melhorias e ideias inovadoras.” A todo o momento o ser humano está aprendendo algo, e melhor ainda quando entende-se o porquê e para que aprender, como é o caso dos conteúdos que são ensinados na escola. Aprender não é acumular conhecimento. Aprendemos história não para acumular conhecimento, datas, informações, mas para saber como os seres humanos fizeram a história para fazermos história. O importante é aprender a pensar (a realidade, não pensamentos), aprender a aprender. (GADOTTI, 2008, p.10). A aprendizagem não é um processo superficial ela tem um caráter transformador, que modifica a maneira de pensar e agir do indivíduo, aprender é estar sempre caminhando. A aprendizagem é um processo autônomo e ativo que se desenvolve nos mais variados lugares tais como a casa, a escola e estende-se em vários espaços, tempos e modo. Aprender é ultrapassar as barreiras da simples aquisição para domínio das ferramentas de produção do conhecimento. Diante disso, compreende-se que a aprendizagem não é apenas uma simples assimilação da informação recebida, mas, sobretudo a relação entre essa 20 informação e os conhecimentos anteriormente adquiridos. É através da aprendizagem que o indivíduo assume-se como sujeito ativo e construtor do seu conhecimento. Nesse sentido Schram et al apud Freire (2003) afirma que a aprendizagem está intimamente relacionada ao ensino e ao conhecimento. Dessa forma não há como considerar um distante do outro. De acordo Schram et al ensinar e aprender são assim momentos de um processo maior que é o de conhecer. […] é impossível compreender o ensino sem o aprendizado e ambos sem o conhecimento. No processo de ensinar há o ato de saber por parte do professor. O professor tem que conhecer o conteúdo daquilo que ensina. Então para que ele ou ela possa ensinar, ele ou ela tem primeiro que saber e, simultaneamente com o processo de ensinar, continuar a saber por que o aluno, ao ser convidado a aprender aquilo que o professor ensina, realmente aprende quando e capaz de saber o conteúdo daquilo que lhe foi ensinado. (2003, p. 79). 3.4.2 LEITURA O ato de ler é indispensável ao discente, pois proporciona a inserção do mesmo no meio social e o caracteriza como um ser participante, pois desenvolve a capacidade intelectual possibilitando o desenvolvimento da criatividade e a descoberta de um mundo totalmente novo e fascinante. Nesse contexto Cagliari (2008, p. 316) afirma que: [...]a literatura sobrevive por causa desse mundo imaginário que cria na cabeça das pessoas e no qual os leitores podem viver a aventura do fantástico”. Sendo este um ponto importante para se praticar o ato da leitura. A leitura precisa ser inserida como prática social, pois ela não pode ocorrer distante das situações vivenciadas socialmente. De acordo com Leal e Melo (2006), o ato de ensinar a ler deve ser inclusivo, uma vez que leva o indivíduo a ter acesso a diversas informações. Partindo de tal afirmação, a leitura deixa de ser considerada como uma aprendizagem que visa apenas a obtenção de condições de vida melhores, para se transformar em mais um instrumento de comunicação, e isso se torna possível a partir do instante em que a escola tem como atividade fundamental 21 a formação do leitor de fato, fazendo do seu interior uma comunidade de leitores que buscam textos para encontrarem respostas para os problemas que desejam resolver, buscando informações para compreendê-los, uma vez que a leitura faz parte das construções sociais. 3.4.3 LETRAMENTO DIGITAL De acordo com Soares (2009, p. 80), há diferentes conceitos de letramento, conceitos que variam segundo as necessidades e condições sociais específicas de determinado momento histórico e de determinado estágio de desenvolvimento. Por isso, deve-se falar em letramentos no plural, haja vista a abrangência de aplicabilidade social, cultural e política denotada pelo termo. É o conjunto de conhecimentos que permite às pessoas participarem nas práticas letradas mediadas por computadores e outros dispositivos eletrônicos no mundo contemporâneo, tanto o uso de informações para apropriação de saberes, quanto para o convívio social de forma crítica e autônoma. Levando-se em consideração a leitura do mundo atual, as novas tecnologias provocaram uma ruptura com as duas modalidades de leitura anteriores – a escrita e a audiovisual. Estas novas tecnologias digitais, de leitura e escrita, estão levando à mudanças na natureza do letramento e de forma fundamental no caráter da comunicação contemporânea, contribuindo assim, para uma alteração radical da cultura. Nesse contexto, Freitas (2008, p.11) afirma: Computador e internet abrem novas possibilidades de aprendizagem por permitirem o acesso a uma infinidade de informações, pelas formas de pensamento que são por eles potencializadas, pelas interações possibilitadas e pela interatividade que proporcionam. Compreendo que portanto, eles podem possibilitar a construção compartilhada de conhecimento via interatividade, de que fala a teoria histórico-cultural; estimular novas formas de pensamento no enfrentamento com a hipertextualidade neles presente pela interrelação de diversos gêneros textuais expressados por diversas linguagens (sons, imagens estáticas e dinâmicas, textos em geral); permitir a construção de diversos percursos de aprendizagem através da atividade do sujeito que interage com o outro e com o objeto do conhecimento mediada pela plasticidade interativa própria das tecnologias digitais trazidas pelo computador e internet. 22 A cultura é mediada pela comunicação, e toda a arquitetura deste sistema de valores, construída historicamente, está sendo transformada pelas novas tecnologias digitais, e desta forma, as novas práticas sociais de leitura e escrita se constituem no que é denominado hoje de letramento digital. Para tanto, é necessário ir além do conhecimento técnico. É preciso ultrapassar as barreiras da mera codificação e decodificação de símbolos. Portanto, a revolução tecnológica exige que as escolas e os cursos de formação de professores desenvolvam formas que integrem, na prática pedagógica, o computador como um instrumento de aprendizagem. Na perspectiva de ferramenta pedagógica, o computador deve ser utilizado de modo a auxiliar o professor a compreender que a educação não é somente transferência de conhecimento, mas processo de construção do mesmo. Confirmando o pensamento acima, Seymour Papert (2008) denomina de construcionismo, a interação quando o aluno está adquirindo conceitos do mesmo modo que adquire quando interage com o objeto. Assim, o uso do computador no paradigma construcionista deve ser usado como uma ferramenta que facilita a descrição, a reflexão e a depuração das ideias. Necessário se faz a mudança de paradigma por parte do professor para que contribua na formação de pessoas capazes de criar, pensar e construir. Assim, é importante que o uso pedagógico do computador seja planejado de forma a considerar o aluno como centro do processo. O letramento digital é uma forma inovadora de aprendizagem, que visa contribuir com a inclusão do aluno no meio tecnológico e contribui para estimular o discente na prática de leitura e criação de texto. 3.4.4 INCLUSÃO DIGITAL A respeito desse assunto Paiva (2011, p.10) declara: Quanto maior for o seu acesso e a sua exposição ao universo de informação, quanto mais incluído nesse meio, tanto maior será a sua possibilidade de produzir sentido, de aprender, de participar socialmente e de buscar o autodesenvolvimento. 23 Nessa época contemporânea em que vivemos o computador é o meio mais utilizado em inúmeras atividades do dia a dia, o qual pode servir de alternativa a ser integrado à educação como meio de oportunizar o maior ganho de habilidades e competência no aproveitamento de apropriação das tecnologias como meio para se desenvolver a interação social. A Inclusão digital se constitui no esforço de propiciar a população contemporânea a possibilidade de obtenção ao acesso a recursos tecnológicos de comunicação e informação em especial o computador. Assim fala Neto et al: A inclusão digital se dá a partir do momento em que as pessoas que não tinham acesso aos meios digitais, para a recuperação da informação, conseguem tê-lo, usando máquinas (normalmente computadores), “softwares” e redes (normalmente a Internet). Quando há acesso, e por consequência recuperação de informação, fica possível também a produção e disseminação de informações. De acordo com o governo brasileiro, a inclusão digital favorece e auxilia a inclusão social. (2008, p.2). A partir do momento em que o indivíduo incluído usufrui das tecnologias como ferramenta para acessar a informação e passa a gerar e compartilhar conhecimento, ele abre caminhos para a inclusão social e ao desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária. Durães (2007), diz que as tecnologias da informação e comunicação (TIC) trazem a possibilidade de democratização e universalização da informação com grande potencialidade para diminuir a exclusão social. Desta forma, estar inserido digitalmente hoje é a condição fundamental para a existência de indivíduos plenos à interação com o mundo da informação e da comunicação. 3.4.5 SOFTWARES NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Segundo Santana (2008) softwares são fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem do aluno, pois podem interagir entre si e a máquina, facilita a troca de experiência, estimula hipóteses de resolução, surgem questionamentos e busca por outras formas de resoluções. Sua utilização no ensino possibilita ao aluno autoconfiança para criar e resolver situações, desenvolvendo autonomia para 24 resolver problemas posteriores. O uso do computador no processo de ensino e aprendizagem é indispensável. Há diferentes tipos de softwares que apresentam características que podem apoiar o processo de construção do conhecimento. Pode-se dizer que há uma diferença entre “Software Educacional” e “Software utilizado na educação”, sendoque o primeiro é desenvolvido com fins pedagógicos, visando à aprendizagem de um conteúdo específico. Já os softwares utilizados na educação, foram desenvolvidos com objetivos variados, tal como editor de textos, planilhas eletrônicas e até mesmo a Internet, não podendo ser enquadrado na categoria de software educacional, apesar de colaborarem com o processo de ensino- aprendizagem. Assim afirma Rodrigues: Nem todos os programas que são executados numa plataforma computadorizada podem ser classificados na categoria Produtos Educacionais Informatizados (PEI). É importante, então, fazer uma distinção entre os tipos de programas que os aprendizes podem encontrar disponíveis na internet e ao usarem o computador. Denomina-se software educativo àqueles programas que possuem concepções pedagógicas e educativas, ou seja, as aplicações que procuram apoiar direta ou indiretamente o processo de ensino-aprendizagem. (2006, p.32). 3.4.6 SOFTWARE DE AUTORIA Na utilização de software de autoria o aluno passa a construir sua animação multimídia, através da seleção de informações, refletindo sobre os resultados obtidos, depurando-os em termo de qualidade, profundidade e do significado da informação apresentada. Esse tipo de software não exige que o aluno descreva tudo que está pensando, portanto cabe ao professor buscar condições para que os conceitos e estratégias sejam trabalhados dentro e fora do computador. Assim declara Grzesiuk: A escolha de um software educacional ou qual tipo deverá ser escolhida está diretamente ligado aos objetivos a serem alcançados. Geralmente cabe ao professor decidir sobre a qualidade técnica e curricular do produto, baseado em sua capacitação na utilização desses recursos. (2008, p. 23). 25 Os softwares de autoria desenvolvem a criatividade do aluno ou professor que trabalha com o programa. Pode-se trabalhar tanto com a exposição de dados, quanto com a construção do conhecimento. Os professores ou alunos desenvolvem, suas aplicações sem a necessidade de conhecer nenhuma linha de código de programação, ou seja só com o conhecimento básico que eles tem, podem usufruir desses tipos de softwares. A informática na educação exige, e é necessária a formação do professor, pois além de saber utilizar o computador, o professor precisa saber qual proposta metodológica que vai nortear o seu trabalho. 3.4.7 VISUAL CLASS O Visual Class, é um software de autoria para criação de conteúdo multimídia, funciona em Linux e Windows (multiplataforma), é intuitiva e de fácil uso, este software permite que o usuário enriqueça suas publicações, como apresentações, trabalhos escolares e projetos diversos, com imagens, textos, sons, animações, vídeos, jogos e exercícios com correção automática. Com o Visual Class é possível, gravar sua voz em celulares ou mp3 e fazer pequenos filmes com câmeras digitais e usá-las facilmente no seu trabalho multimídia, o resultado final pode ser enriquecido com exercícios multimídia e publicado na internet. O professor pode utilizar em sala de aula como apoio pedagógico, ministrando qualquer disciplina ou trabalhando, temas transversais em escolas de ensino fundamental e médio. E, ainda, é o único de autoria que consta no Guia de Tecnologias Educacionais do MEC. Este recurso oferece muitas possibilidades para tornar a aula muito mais interessante, sem a rotina cansativa das aulas tradicionais e em harmonia com as novas tecnologias. O Visual Class na educação pode ser utilizado na forma instrucionista como construcionista. Assim afirma Oliveira et al: O Visual Class pode ser utilizado na forma instrucionista ou construcionista. Na forma instrucionista, o professor cria uma aula e depois aplica a mesma para o aluno, como reforço de aprendizagem, utilizando um projetor multimídia ou disponibilizando na rede local da escola. Na forma construcionista, o aluno desenvolve um projeto e o professor passa a assumir a função de "facilitador". (2008, p 5). 26 3.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS As escolhas dos aspectos metodológicos de um projeto de pesquisa são de suma importância, pois há inúmeras metodologias de trabalho e a melhor adequação dos meios indicará a eficácia da pesquisa. Partindo disso o referente projeto de pesquisa está inserido na linha temática: Tecnologias inclusivas e Educação, pois a leitura é o caminho principal para que o indivíduo possa adquirir e contribuir com o conhecimento que é fator principal da educação e as tecnologias digitais de informação e comunicação disponíveis atualmente, são indispensáveis para auxiliar no processo didático-pedagógico na prática educativa, as quais, contribuem na construção e consolidação das ações em inclusão educacional e digital. O método de investigação utilizado foi a observação-participante cuja abordagem metodológica é o foco sócio interacionista, em que a aprendizagem do indivíduo ocorre na interação com outras pessoas. A teoria sócio interacionista teve em Vygotsky seu maior expoente. Seus pressupostos partem da ideia de homem enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e social e enquanto participante de um processo histórico cultural, essa abordagem privilegia o ambiente social, isso quer dizer, que o desenvolvimento varia de acordo com o ambiente, não aceita uma visão única, universal, do desenvolvimento humano. O sócio-interacionismo é uma teoria de aprendizagem cujo foco está na interação. Segundo esta teoria, a aprendizagem dá-se em contextos históricos, sociais e culturais e a formação de conceitos científicos dá-se a partir de conceitos quotidianos. Desta forma, o conhecimento real da pessoa é ponto de partida para o conhecimento potencial, considerando-se o contexto sociocultural. Assim afirma Silva et al (2004, p.89): A construção de significados e sentidos tem, portanto, lugar num contexto de comunicação interpessoal. Estes processos são fortemente impregnados e orientados pelas formas culturais existentes nessa comunicação que sofrem constantemente modificações. Para a coleta de dados durante o desenvolvimento do Estágio I, a pesquisa foi realizada na Escola Municipal Maria Nira Guimarães, em sala de aula do 4º ano 27 do ensino fundamental, na qual há trinta (30) alunos matriculados, com idade entre 9 a 14 anos de idade. A escola é localizada em zona urbana do Município de Itacoatiara-AM. A coleta de dados foi realizada por meio de observações, anotações em caderno de campo, atividades realizadas pelos professores em sala de aula, registros escritos dos alunos em distintos suportes, como por exemplo no papel, e no caderno. Tais registros serviram de base para a identificação dos estágios iniciais dos alunos quanto as hipóteses de leitura e o nível de conhecimento dos mesmos. Foi também feito um pequeno teste de Leitura para saber identificar como estava a situação de cada aluno em relação o domínio da leitura. Foi selecionado um texto de gênero infantil, em que o aluno fazia a leitura, era então analisado a dificuldade de cada discente. Me baseei em teóricos como: Moacir Gadotti, Paulo Freire, Magda Soares, entre outros, para embasar teoricamente os estudos, análises e reflexões explícitas neste projeto, abordando a Metodologia de Aprendizagem com enfoque sócio interacionista. 3.5.1 RECURSOS HUMANOS Os recursos utilizados nesse projeto de pesquisa foram: alunos e professores da turma do 4º ano do ensino fundamental, observados na prática de estágio supervisionado I. 3.5.2 RECURSOS MATERIAIS Os materiais de consumo utilizados na prática do estágio para coletar dados,em campo de pesquisa, estão listados na tabela abaixo: Item Caneta Papel A4 Caderno Máquina Fotográfica Computador (notebook) Celular 28 3.6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO A elaboração do projeto de pesquisa foi realizada conforme tabela abaixo: ATIVIDADES Meses Abril Maio Junho 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª Levantamento Bibliográfico x x x x Coleta de Dados x x x x Elaboração do Projeto de Pesquisa x x x x Revisão do Projeto de Pesquisa x x x Entrega do Projeto de Pesquisa x 29 3.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BUZATO, M. E. K. Letramento e inclusão: do estado-nação à era das TIC. DELTA - Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, v. 25, p. 1-38, 2009. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o BÁ-BÉ-BI-BÓ-BU. 10ª ed. São Paulo: Scipione, 2008. GADOTTI, Moacir. Reinventando Paulo Freire no Século 21. São Paulo: Livraria e Instituto Paulo Freire, 2008. LEAL, Telma Ferraz e MELO, Kátia Reis. Planejamento do Ensino da Leitura: a finalidade em primeiro lugar. In: SOUZA Ivani Pedrosa e BARBOSA, Maria Lucia Ferreira de Figueiredo (orgs). Práticas de Leitura no Ensino Fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Ed. Ver. Porto Alegre: Artmed. 2008. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 3ª ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2009. SILVA, Siony ; OLIVEIRA, Maria. H. P. . A contribuição da teoria sócio-interacionista de Vigotsky para a educação on line. Revista do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo Sinergia, São Paulo, v. 5, n. 2, p.89-94, 2004. 3.7.1 OUTRAS REFERÊNCIAS ARAÚJO, Elenise Maria. Design Instrucional de uma Disciplina de Pós- Graduação em Engenharia de Produção: uma proposta baseada em estratégias de aprendizagem colaborativa em ambiente virtual. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Engenharia de Produção, Universidade de São Paulo. São Carlos. 2009. BUZATO, M. E. K. Inclusão digital como invenção do quotidiano: um estudo de caso. Revista Brasileira de Educação, v. 13, p. 325-342, 2008 DURÂES, Leandro. INCLUSÃO DIGITAL. Artigo Publicado na revista Eletrônica F@pciência, 2007. FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Computador/internet como instrumentos de aprendizagem: uma reflexão a partir da abordagem psicológica histórico-cultural. SIMPÓSIO HIPERTEXTO E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MULTIMODALIDADE E ENSINO, 2. 2008, Recife. Anais eletrônicos. Disponível em: 30 <http://www.ufpe.br/nehte/simposio2008/anais/Maria- Teresa-Freitas.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2013. NETO et al, O Programa de Inclusão Digital do Governo Brasileiro: Análise sob a Perspectiva da Interseção entre Ciência da Informação e Interação Humano Computador. ART [2008]. 2-3. PAIVA, Ana Marcia A. LETRAMENTO DIGITAL COMO PRERROGATIVA SOCIAL: UM ESTUDO BASEADO NAS SETE COMPETÊNCIAS DE BRUCE. II Congresso Internacional TIC e Educação, ART [2011]. 10-11. SCHRAM et al, O PENSAR EDUCAÇÃO EM PAULO FREIRE PARA UMA PEDAGOGIA DE MUDANÇAS. ART [2012]. 2-8. TRACZ Marcelo; DIAS Anderson Nazareno Alves. Estágio Supervisionado: Um estudo sobre a relação do estágio e o meio produtivo. Disponível em: < www.fag.edu.br/adverbio/artigos/artigo04%20-%20adv06pdf >. Acesso em 19 de junho de 2013. FILHO, A. P. O Estágio Supervisionado e sua importância na formação docente. Revista P@rtes. 2010. Disponível em: http://www.partes.com.br/educacao/estagiosupervisionado.asp. Acesso em: 10 jun. 2013. 31 4 PLANO DE AÇÃO 4.1 ATIVIDADE Leitura de Texto Digital – história infantil 4.2 JUSTIFICATIVA O presente Plano de Ação utiliza como estratégia uma gincana de Leitura com Texto Digital, será uma forma de motivar os discentes a ler com auxílio da tecnologia. O uso do computador e do software educacional de autoria Visual Class como ferramenta de apoio possibilita aos discentes uma forma diferente de aprender e interagir com os colegas, pois a utilização de um ambiente diferente para as aulas motiva nos alunos a busca pelo conhecimento, trazendo resultados positivos ao processo de ensino-aprendizagem. Busca-se com essa estratégia minimizar os problemas de leitura encontrados em sala de aula observados durante a prática de Estágio Supervisionado I. 4.3 OBJETIVOS GERAL: Desenvolver a capacidade de interpretar a leitura. 4.3.1 ESPECÍFICOS: Propor uma Gincana com Leitura de Texto Digital para os alunos do 4º ano; Identificar informações localizadas no texto lido; Ler o texto com expressividade e entonação adequada; Expressar sentimentos, ideias e opiniões com base na leitura. 4.4 ESTRATÉGIA Será utilizada como estratégia uma Gincana para se fazer leitura de um texto Digital. Para a realização da Gincana a maioria das atividades serão feitas em um software de autoria chamado Visual Class. 32 A gincana de leitura ocorrerá da seguinte forma: cada acerto dos grupos, relativos ao trabalho com o texto, valerá 1 bombom para cada participante do grupo. Os alunos precisam entender a tarefa antes de iniciá-la. Essa estratégia possibilita despertar, nos alunos, motivação para a realização das tarefas que serão propostas a eles utilizando um texto. A composição dos grupos será feita de acordo com o objetivo: Grupos heterogêneos: para que os alunos posam interagir entre si para compartilhar o conhecimento, e para que todos possam ser orientados igualmente quanto interpretar o que foi lido. Incentivar o respeito mútuo entre os componentes dos grupos, garantindo que os alunos com dificuldade de leitura não se sintam diminuídos, pelo contrário, se sintam apoiados e ajudados pelos colegas. Criar um slide para ficar exposto no laboratório de informática, para registrar, o nome do texto lido pela turma, nome do autor (a), o seu respectivo gênero textual e sua finalidade social. Um texto digital será trabalhado em várias aulas, o qual deverá ser lido pela turma antes de começar o trabalho de análise e interpretação. As estratégias de leitura serão variadas. 4.5 RESPONSÁVEL Beatriz da Cruz Belém 4.6 DATA O Projeto foi aplicado na escola com a turma do 4º ano do dia 01/10 a 12/11/2013. 4.7 AVALIAÇÃO A avaliação será realizada de forma dinâmica ao final de cada aula, algumas aulas serão avaliadas pelo próprio software em que os alunos irão utilizar como apoio nas atividades que serão desenvolvidas após a leitura diária do texto digital, em que será utilizado para minimizar as dificuldades encontradas em sala de aula. Outras atividades serão validadas por mim. 33 5 RESULTADOS ALCANÇADOS Com a execução deste trabalho pode-se observar que o software de autoria Visual Class muito contribuiu com o processo de ensino-aprendizagem das crianças do ensino fundamental do 4º ano, em relação a Leitura. Foram analisados alguns dos resultados obtidos durante a execução do Projeto de Pesquisa, onde foi executado no Laboratório de Informática da escola, com os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. Esses são alguns dos resultados obtidos; os alunos conseguiram identificar o gênero de um texto; Localizar informações explícitas em um texto; Explicar o uso das letrasmaiúsculas utilizadas no texto; Ler o texto com expressividade e entonação adequada apenas 16 alunos conseguiram; 20 alunos conseguiram entender informações implícitas no texto; 25 alunos conseguiram identificar a gíria usadas no texto; 25 alunos conseguiram identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto, 20 alunos conseguiram reescrever o texto em linguagem formal 25 alunos interagiram com seus colegas durante as atividades desenvolvidas. No final das aulas e atividades foi feito um pequeno teste com os alunos para identificar resultados não alcançados com as aulas. Para o teste foi selecionado um texto, sendo o gênero uma história infantil, com o título: O Indiozinho Tahiti. Cada aluno fazia uma leitura individual, em que no final da leitura era feita algumas perguntas oralmente: Qual o gênero do texto?; Quem são os personagens?; Explique o uso das letras maiúsculas utilizadas no texto?; Qual o sentido da palavra ou expressão?;Há alguma gíria no texto? Após as perguntas foi possível analisar o que os alunos conseguiram interpretar da leitura. A seguir serão relatadas perguntas que as crianças conseguiram responder e as que não conseguiram responder, após a leitura. Na análise de alcance o número de alunos que interpretaram o texto e responderam às perguntas. Nos resultados não alcançados, foram o número de alunos que não souberam responder as perguntas. 34 Análise de alcance: Gênero do texto: 20 alunos identificaram o gênero do texto; Personagens: 25 alunos souberam identificar os personagens na história; Letras maiúsculas e minúsculas: 19 alunos conseguiram explicar o porquê do uso das letras maiúsculas e minúsculas no texto; Palavra ou expressão: 8 alunos souberam o significados de algumas palavras no texto; Gírias no texto: 17 alunos identificaram gírias no texto. Resultados não alcançados: os alunos não conseguiram localizar essas informações no texto: Gênero do texto: 05 alunos não souberam responder; Letras maiúsculas e minúsculas: 06 alunos não souberam explicar o uso das letras maiúsculas e minúsculas no texto; Palavra ou Expressão: 12 não souberam explicar o significado de palavras no texto; Gírias no texto: 08 não identificaram gírias no texto; Expressividade e Entonação na leitura: 09 não apresentaram domínio na leitura, apenas soletraram. Este trabalho mostra como os alunos interagiram e se desenvolveram com seus colegas, com o método diferente de ensinar e aprender, utilizando a tecnologia incorporada a metodologia utilizada para ministrar aulas para os discentes. 35 6 CONSIDERAÇÔES FINAIS O projeto de pesquisa desenvolvido durante o Estágio Supervisionado I, em que foi elaborado um plano de ação no qual há nove planos de aulas todas que foram ministradas no laboratório de informática, poderia ter sido melhor elaborado e aplicado se houvesse um período de tempo maior determinado, para a execução, Ainda assim com todos os contra tempos que houve, foi possível desenvolver um bom trabalho com os alunos, pois foram obtidos resultados positivos para o processo de ensino-aprendizagem em relação à Leitura. A experiência adquirida com o Estágio me proporcionou como acadêmica a conhecer a realidade do que é ser educador e facilitador do conhecimento, pois observar, conviver e participar da formação de indivíduos é um processo que exige muita dedicação e força de vontade para sempre fazer o melhor como um profissional da educação, tarefa essa que não pode ser realizada de qualquer forma. As aulas ministradas foram desenvolvidas de forma divertida para que todos os alunos pudessem participar, se expressar, interagir com seus colegas enquanto aprendiam que todos podiam compartilhar o conhecimento adquirido. Foi proporcionado aos alunos a oportunidade de participar de uma atividade no laboratório de informática, tendo em vista que logo se tornou uma aula atraente que muito contribuiu para que os discentes se sentissem motivados a participarem das aulas e das atividades propostas. O desenvolvimento desse trabalho mostra que a aprendizagem pode ocorrer de diferentes formas e metodologias. Para um público infantil principalmente, tudo precisa ser novo, que chame a atenção das crianças, isso foi possível pela utilização do computador e do software de autoria Visual Class durante a ministração das aulas. O software foi utilizado para as atividades, em que eram implementadas perguntas para os alunos responderem referente a Leitura. Aprendi muito com as experiências que o estágio me proporcionou, e pretendo melhorar cada vez mais como profissional da área de educação, pois se tratando de pessoas e formação é preciso que o educador esteja comprometido com o processo de ensino-aprendizagem do aluno. Se renovando sempre, para que execute com excelência o seu papel de educador. 36 7 REFERÊNCIAS CITADAS BERNARDINO, Márcia C. S. Dificuldades de Aprendizagem na Leitura e na Escrita na Primeira Série do Ensino Fundamental. Monografia (Especialização em Educação e Psicopedagogia). Pontifícia Universidade Católica de Campinas, São Paulo 2007. 55 p. GRZESIUK, Diorgenes Felipe. O Uso da Informática na Sala de Aula como Ferramenta de Auxílio no Processo Ensino-Aprendizagem. Monografia (Especialização em Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira 2008. 48 p. OLIVEIRA et al. Sistemas de Criação de Ambientes Virtuais para Educação Inclusiva. ART [2008]. 4-5. RODRIGUES, Luciana Silveira. Fundamental de Matemática e a Aprendizagem do Sistema de Numeração Decimal por alunos de 3º Série. Campo Grande 2006, 175 p. Dissertação (Mestrado). Mestrado em Educação. Universidade Católica Dom Bosco – UCDB. 7.1 OUTRAS REFERÊNCIAS CONSULTADAS BRIGNOL, Sandra Mara Silva. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação nas relações de Aprendizagem da Estatística no Ensino Médio. Monografia (Especialização em Educação Estatística com Ênfase em Softwares Estatísticos). Faculdade Jorge Amado. Salvador 2004, 68 p. SILVEIRA, Sabrina Silva da. Formação a Distância para Educadores Sociais: Promovendo a Interação para Construção de Saber Partilhado. Monografia (Especialista em Educação a Distância). Porto Alegre 2007, 42 p. SENAC EAD. Visual Class. (2013). Site oficial do Software de Autoria Visual Class. Disponível em <www.classinformatica.com.br >. Acesso em 04 de novembro de 2013. FERNANDES, Mauro Paula. Criando Aulas Multimídia comSoftware de Autoria. Artigo Científico apresentado ao Programa de Pós- Graduação em PED - TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD da UNICID UNIVERCIDADE CIDADE DE SÃO PAULO. ART[2011]. 37 ANEXOS 38 PLANOS DE AULA Abaixo estão as aula que foram ministradas no Laboratório de Informática com a turma do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Maria Nira Guimarães, durante o estágio supervisionado II. Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Trabalhar com leitura de texto Digital: Leitura de História Infantil Data: 01 – 10 – 2013 Aula: Apresentação Propor à turma uma gincana de leitura: cada acerto dos grupos, relativos ao trabalho com o texto, valerá1 bombom para cada participante do grupo. Ao final da semana vencerá o grupo que obtiver maior número de bombons. A composição dos grupos será feita de acordo com o objetivo: Grupos heterogêneos: para que os alunos possam interagir, ajudando os que tem dificuldade de Leitura que todos possam ser orientados igualmente. Os componentes dos grupos devem mudar a cada aula. Incentivar o respeito mútuo entre os componentes dos grupos, garantindo assim, que os alunos mais com dificuldade de leitura não se sintam diminuídos, pelo contrário, se sintam apoiados e ajudados pelos colegas. Os alunos precisam entender a tarefa antes de inicia-la. As respostas de cada grupo serão validadas pelo software a ser utilizado: Visual Class ou por mim. Criar um slide para ficar exposto no laboratório de informática, para registrar, o nome do texto lido pela turma, nome do autor (a), o seu respectivo gênero textual e sua finalidade social. Um texto Digital será trabalhado em várias aulas. O texto deverá ser lido pela turma (variando as estratégias de leitura), antes de começar o trabalho de análise e interpretação. 39 TEXTO Domingão Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvi bater um fio para o Zeca. - E aí, cara? Vamos ao cinema? - Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo... - Eu também tava, cara. Mas já estou melhor. E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mano que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima seção. Saímos de lá, comentando: - Que filme massa! - Maneiro mesmo! Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, Segunda-feira é dia de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar o final de semana de novo para eu agitar um pouco mais. Márcia Paganini Cavéquia Escola É Nossa – Português - 4º e 5º anos - Editora: Scipione Nome do texto Autor Gênero Finalidade social 40 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 01 – 10 – 2013 Aula: 01 Objetivo: 1- Identificar o gênero de um texto 2- Identificar a função social do texto Desenvolvimento: - Dividir os grupos; - Apresentar o texto em slides, - Fazer, coletivamente, uma análise de sua formatação e identificar pista de contextualização: • A formatação deste texto se parece com outros que vocês já leram? • Qual é esse texto? Ele é de que gênero textual? • Em que ele é semelhante? E quais as diferenças? • Podemos dizer que o texto “Domingão” é do mesmo gênero textual? • Este texto poderia fazer parte de um caderno de diário? Por quê? (Sim, pela característica de seu discurso de: relato, próprio de um diário) • Nesse caso, qual seria seu gênero textual? • Encaminhar a atenção dos alunos para os dados contidos no final do texto: autora, nome do livro e editora. • De onde este texto foi tirado? Qual o seu autor? • Com estes dados podermos dizer que ele faz parte de um diário? (Não há nada que indique isso, a não ser seu discurso de relato). • O que podemos concluir então? (Indicações mostram que o texto é uma pequena história, inventada pela autora do livro). • Para que serve este texto? (Para divertir, para relatar algo e, no contexto, para ensinar aos alunos do 4º ano a ler e interpretar textos.) 41 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 07 – 10 – 2013 Aula: 02 Objetivo: Localizar informações explícitas em um texto. Desenvolvimento: Conversa com os alunos sobre o que eles gostam de fazer aos domingos, onde gostam de ir, como se divertem e se em algum domingo eles se sentiram “meio” tristes, sem vontade de se divertirem, passear... Desanimados! Anunciar que o texto de hoje fala de alguém que se sentia assim, desanimados. Fazer uma leitura oral em slide e pedir que a turma acompanhe, silenciosamente. Fazer perguntas para a turma: Como o personagem da história passou o domingo? O que ele resolveu fazer? Qual foi o convite que ele fez ao amigo? Eles gostaram do filme? Dividir a turma em 5 grupos e em seguida marcar a resposta correta no software a ser utilizado. Grupo 1: Dia da semana em que o fato narrado no texto aconteceu. Grupo 2: Nome do amigo de Zeca. Segunda-Feira Quinta-Feira Sábado Domingo Marcos Mico Mano Cara 42 Grupo 3: Quem aceitou o convite do amigo para ir ao cinema. Grupo 4: Meio de transporte utilizado pelos amigos para irem ao cinema. Grupo 5: Quando Marcos pretende se divertir mais. Ao final da aula entregar o texto impresso e pedir que os alunos colem o texto no caderno para fazerem a leitura em casa e explicar que na próxima aula a gincana continuará. Zeca Marcos Cara Mano Trem Ônibus Metrô Carro Durante toda semana Durante a segunda-feira Durante o próximo fim de semana Durante o próximo mês 43 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 08 – 10 – 2013 Aula: 03 Objetivo: Ler o texto silenciosamente para recordar a história contada. Desenvolvimento: Dividir a turma em grupos. Pedir aos alunos para lerem o texto da gincana: “Domingão”. Pedir que façam a leitura silenciosa do texto e explicar que: Quando bater uma palma, todos deverão encerrar a leitura. Uma pergunta será feita a um elemento de cada grupo, relativa ao texto. Quem responder corretamente ganha um bombom para o grupo. Se errar, passará a pergunta para outro grupo, como 2ª pergunta e o grupo poderá ganhar bombom. Grupo 1: O que aconteceu com o ônibus que os personagens pegaram? Grupo 2: Quando os personagens chegaram ao cinema o que constataram? Grupo 3: Nome dos dois personagens da história? Grupo 4: Segunda pergunta feita por Marcos ao Zeca? Grupo 5: Resposta de Zeca à segunda pergunta de Marcos? 44 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 21 – 10 – 2013 Aula: 04 Objetivo: Entender o sentido de uma palavra ou expressão Desenvolvimento: No visual class haverá perguntas referente ao texto lido para cada grupo. A pergunta será feita oralmente e o representante do grupo que levantar a mão primeiro tem a chance de responder, caso erre a resposta, passa a pergunta para outro grupo. Cada expressão deve estar em um rótulo e o grupo de escolhera resposta correta, tem a chance de responder a próxima pergunta. Os grupos devem responder as perguntas juntos e os monitores devem acompanhar as respostas, para fazerem a distribuição dos bombons. Desafio aos grupos: Encontrem a palavra ou expressão sublinhada, discuta com os colegas o que ela significa no texto e escolha a resposta correta. Perguntas: Desafio 1 “... passei o dia todo de bode.” Desafio 2 “...resolvi bater um fio para o Zeca.” Desafio 3 “... eu detesto queimar o filme com o patrão.” Desafio 4 “... o fim de semana de novo para eu agitar um pouco mais.” 45 Respostas: Alegre, com vontade de ir ao cinema Brincando com um bode Desanimado, sem vontade de me divertir Vestido com a fantasia de bode Telefonar Dar um fio de presente Agredir com um fio Passar um e-mail Gostar de um filmes Parecer irresponsável Por fogo numa fita de Filme. Incendiar o cinema Ficar nervoso Ficar calmo Ficar triste Me divertir Perguntas: Desafio 5 “Estou meio pra baixo.” Desafio 6 “E aí, cara?” Respostas: Um pouco alegre Um pouco triste Um pouco sozinho Um pouco doente Alô, quem fala? Ai! Machuquei meu rosto? Como vai, amigo? Como vai, senhor? Perguntas: Desafio 7 “... nós pagamos o maior mico.” Desafio 8 “Teve um mano...” Respostas: Compramos um mico grande Passamos vergonha Pegamos um mico Pagamos mais caro Um soldado Um porteiro Um conhecido Um GUARDA 46 Perguntas: Desafio 9 Que filme massa! Desafio 10 Maneiro mesmo! Respostas: Ruim Sem graça Bom Grande Leve Bom Mineiro Ruim Perguntas: Desafio 11 “... nem deu pra contar os últimos babados pro Zeca.” Desafio 12 “Segunda-feira é dia de trampo...” Respostas: Novidades Fofoca Saliva Roupa Roupa velha Correr Aula Trabalho 47 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 29 – 10 – 2013 Aula: 05 Objetivo: Explicar o uso das letras maiúsculas utilizadas no texto Desenvolvimento: Dividir a turma em cinco e organizar os grupos em círculo. Dividir o texto por parágrafos. Desafio: O grupo terá que analisar a parte que lhe coube do texto e justificar o uso de letras maiúsculas. Os grupos poderão consultar o anexo 1. Anexo I Algumas situações de uso da letra maiúscula Ao escrevermos usamos letras maiúsculas e minúsculas, que variam de acordo com as palavras. A seguir estão enumeradas algumas situações de uso obrigatório da letra maiúscula: 1. As letras maiúsculas são usadas no início das frases, que continuam a serem escritas com letras minúsculas. Exemplo: Hoje fui ao cinema. 48 2. Se no meio da frase tiver algum nome próprio, nomes de pessoas ou animais, esse também deverá ser escrito com letra maiúscula. Exemplo: Fui passear na casa da tia Mariana e brinquei com sua gatinha Mimi. 3. As letras maiúsculas também são usadas para escrever nomes de Países, Estados e Cidades, Ruas, pois também são seus nomes próprios. Isso deve acontecer, mesmo que tais nomes apareçam no meio ou no final da frase. Exemplo: O único país pentacampeão em copas do mundo é o Brasil. 4. Nomes de rios também devem ser escritos com letras maiúsculas. Exemplo: O rio Amazonas está localizado na região norte do Brasil. 5. Também usamos letras maiúsculas quando escrevemos nomes que designam instituições. Exemplos: Instituto Ayrton Senna, Instituto de Educação, entre outros. 6 Nos nomes que designam instituições. Exemplos: Instituto Ayrton Senna, Instituto Paulo Freire, entre outros. 7. Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais, mediais, finais ou o todo em maiúsculas. Exemplos: FAO, NATO, ONU; H2 O, Sr., V. Ex.ª, entre outros. 8. Quando escrevemos o título de textos, livros, jornais ou revistas. 9. No Novo Acordo Ortográfico, a letra maiúscula também pode ser empregada para dar destaque às sentenças e palavras que se desejar. 49 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 04 – 11 – 2013 Aula: 06 Objetivo: Ler o texto com expressividade e entonação adequada. Desenvolvimento: Enumerar papeletas de acordo com o número de grupos da turma, repetindo um número 2 vezes: 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 Cada grupo tira 1 papeleta. Um grupo lê o texto para o outro. Após a leitura cada grupo deverá avaliar a leitura do outro, considerando a expressividade da entonação. 50 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 05 – 11 – 2013 Aula: 07 Objetivo: Entender informações implícitas no texto. Desenvolvimento: Organizar a turma em 5 grupos. Distribuir o texto fatiado para os grupos. Cada grupo deverá encontrar a parte do texto relativo ao seu desafio na história animada. Grupo 1: Marcos anima Zeca e os dois vão se divertir. Grupo 2: Marcos e Zeca gostaram muito do filme. Grupo 3: Marcos não gosta de dormir tarde quando vai trabalhar no dia seguinte. Grupo 4: Marcos passou o domingo desanimado e só melhorou no final do dia. Grupo 5: Marcos e Zeca não assistiram a última sessão do filme. Texto Fatiado: Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvi bater um fio para o Zeca. - E aí, cara? Vamos ao cinema? - Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo... - Eu também tava, cara. Mas já estou melhor. E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mano que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima seção. Saímos de lá, comentando: - Que filme massa! - Maneiro mesmo! Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, Segunda-feira é dia de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar o final de semana de novo para eu agitar um pouco mais. 51 Escola: Municipal Maria Nira Guimarães Estagiária: Beatriz da Cruz Belém Título do projeto: Leitura: Uma Dificuldade Encontrada Pelos Alunos do Quarto Ano do Ensino Fundamental no Município de Itacoatiara Tema: Leitura de História Infantil Data: 11 – 11 – 2013 Aula: 08 Objetivos: 1- Identificar a gíria como um recurso da linguagem coloquial usadas no texto. 2- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. Desenvolvimento: Conversa com os alunos sobre: O uso de gírias: Como elas surgem, quem as usam, onde podem e não podem ser usadas, gírias que conhecem, gírias
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