MOVIMENTO INTELIGENTE

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P I L A T E S
MOVIMENTO INTELIGENTE 
Como aplicar uma aula que trabalha patologia e 
o corpo do paciente como um todo
Não devemos pensar só na patologia e sim na disfunção do cliente. Não existe um protocolo de 
treinamento global ou universal, os programas de treinamento deveriam considerar o cliente, seu 
ambiente, e seu estilo de vida como único, ou seja, estratégias para maior mobilidade, estabilidade 
e desenvolvimento de força devem ser direcionadas e orientado para as deficiências de 
determinado aluno/paciente. Em minha opinião considero de importância vital descobrir os 
desequilíbrios musculares através da avaliação funcional e promover o equilíbrio usando os 
movimentos de forma inteligente. 
TRABALHANDO A PESSOA 
E NÃO A PATOLOGIA
O profissional da saúde deve olhar para o corpo como um todo de forma 
biopsicossocial. Podemos visualizar no seguinte exemplo: uma pessoa que possui 
lesão na articulação do ombro, mas cujo a causa é a falta de mobilidade do quadril 
que, por conexão das cadeias musculares, acabou tencionando a musculatura do 
ombro.
O desequilíbrio muscular pode ser explicado pela diferença de força e flexibilidade entre
grupos musculares que atuam sobre uma mesma articulação. Ou seja, ocorre quando 
determinado grupo muscular apresenta-se mais forte e/ou mais tensionado do que seu 
respectivo antagonista.
O VILÃO: 
DESEQUILÍBRIO MUSCULAR
Alguns grupos musculares apresentam uma predisposição natural ao encurtamento. 
Embora não exista uma explicação para isso, acredita-se que exista correlação com 
a posição fetal. 
Dentre os músculos que sabidamente tendem ao encurtamento, destaca-se: eretores 
espinhais, quadrado lombar, tensor da fáscia lata, piriforme, retofemural, 
gastrocnêmio e sóleo, peitoral maior, trapézio superior, elevador da escápula, 
esternocleidomastóideos, e escalenos; enquanto seus antagonistas diretos tendem ao 
estiramento.
O homem está pronto a fazer 
tudo para não sofrer. Ele vai 
trapacear, deformar-se e diminuir 
sua mobil idade na medida 
de suas adaptações defensivas e 
menos econômicas, buscando 
reencontrar o conforto.
COMPENSAÇÕES 
Na avaliação funcional Inteligente conseguimos identificar 
vários problemas que não é observado em uma avaliação 
estática. 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL INTELIGENTE
Na avalição do movimento inteligente temos 10 exercícios 
com objetivo de identificar os desequilíbrios musculares.
Segue um Exemplo dos exercícios da Avaliação:
Afundo
Fig. 1
O que podemos avaliar nesse exercício:
Estabilidade de Joelho
Mobilidade de quadril 
Encurtamento de isquiotibias 
Desequilíbrio/Assimetria
Como tratar?
O próprio exercício da avalição é uma ótima alternativa para melhorar o movimento, podendo 
adaptar principalmente se o cliente apresentar dor. 
Como já foi dito anteriormente, não podemos olhar somente para uma articulação. Um 
problema no quadril pode causar uma disfunção em uma articulação distante, por exemplo. 
A avaliação funcional inteligente serve para nos mostrar onde estão os principais 
desequilíbrios articulares e musculares.
Caso eu queira ganhar mobilidade e estabilidade na articulação do ombro, eu posso trabalhar 
os exercícios que listamos a seguir. (Fig 11 a Fig 14 ) 
Além da avaliação funcional inteligente, é muito 
importante conhecer as caracterizas principais de 
cada articulação, e sempre trabalhar os exercícios 
para melhora a função de cada uma delas. 
A ABORDAGEM 
ARTICULAR INTELIGENTE 
Fig. 2
Mobilidade de tornozelo 
Fig. 3
Devemos estimular a dorsiflexão
Trabalho de mobilidade de tornozelo unilateral
Mobilidade de tornozelo com alongamento global da cadeia posterior
Fig. 4
Fortalecimento de Cadeia Posterior:
Quando ativados, os músculos ísquio-tibiais exercem uma força contraria ao quadríceps, dando 
estabilidade para o joelho. E mais: quando o calcanhar toca o chão, eles evitam um stress excessivo 
tanto no joelho com no quadril.
Fig. 5
Fortalecimento de Cadeia Anterior
O agachamento é um ótimo exercício para estabilidade do joelho, porém, deve ser muito bem executado, 
evitando todas as compensações (tais como joelho em valgo, retroversão da pelve, tirar os calcanhares do 
chão, entre outras).
Fig. 6
Mobilidade do Quadril
O psoas, além de ser o músculo mais profundo e estabilizador do corpo, é o único que liga a coluna às pernas e tem a 
responsabilidade de nos manter em pé. A ação de flexão do quadril permite levantar as pernas para andar. 
Fig. 7
O mal funcionamento do psoas causa desequilibro muscular, redução da amplitude do movimento e afeta o
 funcionamento dos órgãos do abdômen. 
Observação: esse exercício é feito por tempo e não por repetição.
Recomendado: 3x de 15 segundos
Mobilidade do Quadril trabalhado em Cadeia
Fig. 8
Esse exercício além de alongar o psoas alonga toda musculatura da cadeia anterior.
Um psoas livre permite um movimento harmônico dos músculos, e permite também que 
as pernas e pélvis movam-se com mais facilidade e independência.
Melhora a postura e, consequentemente, promove uma qualidade melhor das funções dos órgãos 
abdominais, da respiração e do coração.
Estabilidade da Lombar
Fig. 9
A lombar é uma região do corpo que precisa estar estável, e essa estabilidade é proveniente da ação da musculatura 
profunda (transverso abdominal) e não pela musculatura superficial (reto abdominal) 
Exercício de fortalecimento abdominal integrado com alongamento de cadeia posterior:
Observação: uma cadeia posterior encurtada promove instabilidade da região lombar por compensações. 
Fortalecimento do transverso abdominal
Sempre devemos orientar que a força é com transverso abdominal, e não apensas com o músculo reto abdominal.
Fig. 10
Observação: é um erro comum que o aluno faça força com os membros superiores. Atenção a isso.
Mobilidade torácica
Fig. 11
A maioria dos problemas da região cervical e ombro tem origem na rigidez da coluna torácica. 
Exercício de Mobilidade de Torácica em Rotação:
A mobilidade da torácica deve ser trabalhar em todos os planos de movimento.
Fortalecimento da região dorsal
Fig. 12
É muito importante fortalecer os extensores para melhorar o trabalho de mobilidade da coluna torácica.
Observação: O Theraband é um grande aliado na melhora da ativação de toda cadeia posterior.
Mobilidade/estabilidade da gleno umeral
Fig. 13
A articulação gleno umeral precisa ter tanto mobilidade como estabilidade. 
Exercício avançado que trabalha mobilidade e estabilidade da articulação do ombro, além da estabilidade da 
região lombar:
Fig. 14
Exercício, também integrado, que trabalha mobilidade e estabilidade dos ombros junto com o fortalecimento 
do centro do corpo:
EXCELÊNCIA DO MOVIMENTO 
O exercício deve ser executado de maneira perfeita, evitando as compensações e os erros comuns característicos 
de cada exercício. Para isso, ele deve ser ensinado de maneira correta para que o movimento não perca seu 
principal objetivo.
Inconscientemente incompetente: quando você se movimenta de forma incorreta e não tem 
consciência de seus erros.
C onscientemente incompetente: quando você aprende e percebe que está se movimentando 
de forma errada, mas ainda não consegue corrigir.
C onscientemente competente: quando você passa a se movimentar de forma correta e 
eficiente, mas precisa pensar para que o movimento aconteça assim.
 Inconscientemente competente: é o estágio final, quando após repetir muitas vezes, o seu 
corpo passa a agir sem pensar de forma correta. Você já incorporou o novo movimento e 
estará mais equilibrado e forte.
1 - PRIMEIRO PASSO: 
APRENDENDO O MOVIMENTO
Devemos fracionar o movimento:
Na figura abaixo, temos o exercício Burpee
2 - COMO ENSINAR OS 
MOVIMENTOS DE MANEIRA 
CORRETA
 Começar o movimento1 para 2, até o aluno aprender a posição correta
I niciar da posição 2 para 3
I niciar da posição 1, passando pela 2 até chegar na posição 3
I niciando na posição 3 para 4
A ideia é que cada parte do movimento seja executada perfeitamente, até o aluno conseguir fazer o 
movimento completo.
A ideia é que cada parte do movimento seja executada perfeitamente, até o aluno conseguir fazer o 
movimento completo.
Sempre devemos refazer essa técnica para evitar vícios e erros, principalmente quando o 
aluno está cansado. 
1 2 3 4 5
Fig. 15
Exercício Hangin Pull UPS 
Fig. 16
Utilizar outros exercícios para aprimorar o movimento desejado 
Rolling Back 
Fig. 17
Objetivo: melhora da consciência postural, mobilidade da coluna torácica
Podemos observar que a posição é semelhante dos exercícios
Exercício Hangin Pull UPS 
Fig. 16
Utilizar outros exercícios para aprimorar o movimento desejado 
Nós podemos diversificar nossa aula utilizando os recursos dos aparelhos de Pilates 
para introduzir exercícios do treinamento funcional – lembrando sempre que o exercício 
deve ter um proposito e deve ser escolhido e executado de maneira inteligente. Em 
alguns exemplos:
3 - PILATES X 
TREINAMENTO FUNCIONAL
Barra com auxílio das molas 
Fig. 17
Barra com auxílio das molas 
Fig. 18
Remada 
Fig. 19
Front Squat
Fig. 20
Quando, apenas através do movimento, não conseguimos resolver um problema de nosso cliente, 
podemos utilizar nossas mãos como recurso para obter a excelência do movimento – adquirindo 
melhores resultados. 
4 - UNIÃO DA TERAPIA 
MANUAL COM O EXERCÍCIO 
A união da Terapia Manual ao exercício deve ser realizada de acordo com as necessidades de cada 
pessoa, levando em consideração as suas limitações.
Quando o quadro de dor é agudo, o ideal é iniciar com a respiração, Terapia Manual e só depois 
iniciamos lentamente com o movimento. 
Os exercícios que podemos unir a Terapia Manual são, normalmente, os que trabalham a mobilidade 
e alongamento. 
Devemos observar o aluno realizando o movimento e prestar atenção nas áreas de compensações 
apresentadas e que provavelmente poderão estar rígidas. A percepção manual pode ser mais um 
elemento diagnóstico e um guia para escolha dos exercícios corretos.
Quando aplicamos a terapia manual nós potencializamos os exercícios, obtendo melhores 
resultados.
OBJETIVOS DA APLICAÇÃO DA 
TERAPIA MANUAL AO MOVIMENTO 
 Relaxamento das tensões musculares 
M elhora da consciência corporal 
L iberação do tecido fascial 
M elhora da qualidade do movimento
P revenir as compensações durante o exercício 
M elhora da nutrição articular 
M elhora da mobilidade articular
E liminação de resíduos provenientes da inflamação. 
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DE MOVIMENTO INTELIGENTE