Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Bauru Departamento de Matemática – Faculdade de Ciências Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa – Bauru/SP - CEP 17033-360 Fone: 14 3103-6086 – Fax: 14 3103-6096 - e-mail: matematica@fc.unesp.br - site: http://www.fc.unesp.br/deptos/dm/ Matemática Aplicada à Engenharia- 2 o Semestre de 2014 Roteiro 2: EDO de Primeira Ordem - Estudo Qualitativo Objetivos: Análise das soluções de uma EDO, do ponto de vista geométrico. (1) Campos Direcionais e Curvas Soluções Vimos que uma EDO de 1 a Ordem tem a forma normal: )y,x(f dx dy . (1) Para investigar o comportamento de uma solução dessa EDO, pode-se imaginá-lo do ponto de vista geométrico. A equação (1) estabelece uma relação entre as coordenadas de um ponto e o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da solução em cada ponto. Assim, em vários pontos (x, y) do plano, f(x, y) determina uma inclinação ym . Além disso, tem-se que: (1) uma solução de (1) é uma função diferenciável cujo gráfico tem inclinação )y,x(fym em cada ponto (x, y); (2) o gráfico de uma solução y(x) dessa EDO, isto é, o conjunto )x(yy:)y,x())x(y(Gr 2 é denominado uma curva solução da equação; (3) Geometricamente, uma curva solução de (1) é uma curva no plano cuja tangente em cada ponto (x, y) tem inclinação )y,x(fym ; (4) O conjunto de todos os segmentos de reta com inclinação m = f(x, y) é denominado campo direcional de )y,x(fy . Assim, pode-se tentar esboçar uma curva solução da EDO que passa pelo campo direcional, de modo a ser tangente a cada pequeno segmento que intercepta. Para a determinação do campo direcional de uma EDO, necessita-se do conceito de isóclina. Definição: Uma isóclina da EDO )y,x(fy é uma curva da forma f(x, y) = c, na qual a inclinação y é constante. Exemplo 1: As isóclinas da equação diferencial 2 y3 dx dy são da forma: c 2 y3 e então, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Bauru Departamento de Matemática – Faculdade de Ciências Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa – Bauru/SP - CEP 17033-360 Fone: 14 3103-6086 – Fax: 14 3103-6096 - e-mail: matematica@fc.unesp.br - site: http://www.fc.unesp.br/deptos/dm/ y = 3-2c. Portanto, as isóclinas da EDO dada são retas paralelas ao eixo 0x. Mas como é a variação desses coeficientes angulares? Para responder a essa questão, podemos observar que: (1) Quando c = 0, então a isóclina é dada por y = 3 e ao longo dessa curva, as inclinações das soluções da EDO tem coeficiente angular 0 dx dy m . Portanto, ao longo dessa isóclina, as retas tangentes à curva solução coincidem com essa direção; (2) Quando 2 1 c , então a isóclina é dada por y = 2, e ao longo dessa curva, as inclinações das retas tangentes às soluções tem coeficiente angular constante e igual a 2 1 m ; (3) Quando c = 3, então y = -3 e m = 3; (4) Quando y = 4, então 2 1 m e daí, ao longo dessa isóclina, cada reta tangente ao gráfico das soluções formam um ângulo fixo, cuja inclinação é 2 1 m ; Resumindo: m isóclina f(x, y) = c Ângulo -1 y = 5 135 0 0 y = 3 0 o 1 y = 1 45 o 2 1 y = 2 2 1 y = 4 3 y = -3 Figura 1: Campo direcional de 2 y3 dx dy . UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Bauru Departamento de Matemática – Faculdade de Ciências Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa – Bauru/SP - CEP 17033-360 Fone: 14 3103-6086 – Fax: 14 3103-6096 - e-mail: matematica@fc.unesp.br - site: http://www.fc.unesp.br/deptos/dm/ Exemplo 2: As isóclinas da equação diferencial 22 yx dx dy são da forma: 0cyx 22 , que são circunferências centradas na origem e de raio R c . Então, como variam os coeficientes angulares ao longo dessas curvas? Por exemplo, se c = m = 1, ao longo da isóclina: 2 2x y 1 o campo de vetores tem inclinação de 45 o . Nota-se também que, como c > 0, então as inclinações das tangentes ao longo das isóclinas são sempre positivas, ou seja, 0 < < 90o. A figura 2, a seguir, dá uma idéia do campo direcional desta edo. Figura 2: Campo direcional de 22 yx dx dy Exemplo 3: As isóclinas de x y dx dy , x 0 são retas pela origem e o seu campo de direções tem a forma: Figura 3: Campo direcional de x y dx dy , x 0. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Bauru Departamento de Matemática – Faculdade de Ciências Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa – Bauru/SP - CEP 17033-360 Fone: 14 3103-6086 – Fax: 14 3103-6096 - e-mail: matematica@fc.unesp.br - site: http://www.fc.unesp.br/deptos/dm/ De fato, as isóclinas de x y dx dy são as curvas dadas pelas equações f(x, y) = c, isto é: y c x ou y cx que são retas pela origem. Agora, como variam os coeficientes angulares das retas tangentes ao longo destas curvas? Para esta análise, note que as retas tangentes a estas curvas coincidem com as próprias retas pois: dy y m c dx x . Problema 1: Determinar o campo direcional da EDO 2xy dx dy .
Compartilhar