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Resumão Periodontia

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Prévia do material em texto

Periodontia		
	
Periodonto	
Tecido	de	recobrimento	e	suporte	do	dente	
	 	
	
1. Gengiva															
2. Ligamento	periodontal	
3. Cemento						
4. Osso	alveolar		
4.1.	Osso	alveolar	propriamente	dito	
4.2.	Processo	alveolar	
	
	
	
Fase	embrionária	
células	da	crista	neural	migram	para	o	1o	arco	braquial	e	formam	uma	faixa	de	ectomesênquima	–	papel	
dominante	no	decorrer	do	desenvolvimento		
	
Após	formação	da	lamina	dental	
1. Estágio	de	botão		
2. Estágio	de	capuz	
3. Estágio	de	campânula		
4. Desenvolvimento	da	raiz	
	
Estagio	de	CAPUZ,	formação	de	um	dente	e	tecidos	periodontais	(incluindo	osso	alveolar	propriamente	
dito)	
	
O	desenvolvimento	da	raiz	e	dos	tecidos	periodontais	segue-se	ao	da	coroa.	
ü Bainha	radicular	epitelial	de	Hertwing,	células	epiteliais	que	proliferam	na	direção	apical	
	
Os	odontoblastos	que	formam	a	dentina	radicular	diferenciam-se	através	das	células	mesenquimais	na	papila	
dentária	
A	dentina	continua	a	formar-se	em	direção	apical	produzindo	a	raiz	
	
Gengiva	parte	da	mucosa	mastigatória	que	cobre	processo	alveolar	e	circunda	a	porção	cervical	dos	dentes	
Junção/	linha	mucogengival		
Limite	entra	a	mucosa	de	revestimento	e	a	gengiva	(livre	+	inserida)	
	
	
	
Stippling	(depressões)	dão	aspecto	de	casca	de	laranja		
Proteção		
	
Inserção	
	
	
	
Epitélio	oral	é	um	epitélio	pavimentoso	estraficado	queratinizado	
Além	de	células	produtoras	de	quereratina	temos:		
Melanócitos	
Células	de	Langerhans	
Células	de	Merkel	
Células	inflamatórias		
	
	
O	tecido	conjuntivo	(Lamina	própria)	é	o	componente	tecidual	predominante	da	gengiva.		
	
Células	presentes:	
1. Fibroblastos	predominante	
Produção	de	vários	tipos	de	fibras	encontradas	no	tecido	conjuntivo	e	síntese	da	matriz	do	tecido	
conjuntivo			
1.1.	Fibras	Colágenas	
1.2.	Fibras	reticulares		
	
2. Mastócitos		
Produção	de	determinados	componentes	da	matriz	e	também	produz	substancias	vasoativas	
	
3. Macrófagos	
Fagocitose	e	síntese	no	tecido			
	
4. Células	inflamatórias	
ü Granulócitos,	neutrófilos/leucócitos	
ü Linfócitos		
ü Plasmócitos	
	
	
	
Espaço	biológico	dos	tecidos	mucosos	de	inserção:		
1.Tecido	fibroso		
2.Inserção	de	epitélio	(epitélio	juncional)	
	
Varia	entre	2,5mm	(normal)	a	1,8mm	(doente)	
A	parte	mais	variável	é	o	comprimento	da	inserção	epitelial	
	
	
A	junção	e	a	barreira	epitelial	possuem	cerca	de	2mm	de	extensão	
O	sulco	não	faz	parte	no	espaço	biológico	
	
	
Espaço	biológico:	
Inserção	epitelial	
+	
Inserção	tecido	conjuntivo	
	
	
Zonas	de	tecido	conjuntivo	supra-alveolar	tem	cerca	de	1	–	1,5mm	de	extensão		
	
O	epitélio	se	insere	via	hemidesmossomos	tanto	na	superfície	dos	dentes	quanto	nos	implantes	
	
Tipos	de	de	arquitetura	gengival:	
	
1. Biotipo	parabólico	acentuado	
ü Dentes	longos	e	finos	com	coroas	cónicas,	delicada	convexidade	cervical	
ü Mínimas	áreas	de	contato	interdental	
ü Papilas	altas	e	finas	
ü Fina	gengiva	livre	
ü Margem	gengival	vestibular	delicada	e	muitas	vezes	localizada	apical	a	CEJ	
ü Faixa	da	gengiva	estreita	e	contorno	da	margem	altamente	parabólico	
ü Distancia	vertical	entra	a	crista	óssea	interdental	e	o	osso	vestibular	é	longa	>	4mm	
	
2. Biotipo	plano		
ü Incisivos	com	forma	da	coroa	quadrada	e	pronunciada	convexidade	
ü Gengiva	larga	e	mais	volumosa	
ü Áreas	de	contacto	entre	os	dentes	são	grandes	e	localizadas	mais	apicalmente	
ü Papila	interdental	pequena	
ü Distancia	vertical	entre	a	crista	óssea	interdental	e	o	osso	vestibular	é	pequena,	cerca	de	
2mm	
	
	
Doenças	Gengivais	Induzidas	pela	Placa	
	
A	categorização	das	doenças	que	afetam	a	gengiva	necessita	da	avaliação	do	paciente:	
1. Sinais	e	sintomas	
2. História	dentária	e	médica	
3. Exame	clínico:		
ü Extensão	
ü Distribuição		
ü Duração	
ü Descrição	física	das	lesões		
	
A	classificação	de	doenças	gengivais	é	baseada	na	presença	de	placa	bacteriana	e	em	fatores	que	modificam	
o	estado	inflamatório	da	gengiva:	
ü Fatores	locais	ou	sistemáticos		
ü Fatores	anatómicos		
ü Restaurações	de	dentes		
ü Aparelhos		
ü Raízes	fraturadas	
ü Reabsorção	cervical	de	raízes		
	
	
Gengivite	induzida	pela	placa	
Inflamação	da	gengiva	que	resulta	da	bactéria	localizada	na	margem	gengival		
Forma	mais	comum	da	doença	periodontal		
	
Sinais	clínicos:	
o Mudança	no	contorno	da	gengiva	
o Cor		
o Consistência		
	
	
Ø NÃO	apresenta	perda	de	inserção,	nem	perda	de	osso	alveolar	
	
Gengivite	em	crianças	x	adultos	(mesma	quantidade	de	placa)	
Não	é	tão	intensa	porque:	
1. A	PB	contém	baixas	concentrações	de	patógenos	putativos	periodontais	
2. Epitélio	juncional	é	mais	espesso	
3. Unido	com	vascularização	aumentada	no	tecido	conjuntivo	gengival	
4. Crescimento	do	sistema	imune		
	
Sinais	clínicos		 Presente	
Alteração	Radiográfica	 Ausente	
Alteração	histopatológica	 Presente	
	
	
	
Doenças	gengivais	associadas	a	hormônios	endócrinos		
As	 principais	 explicações	 para	 as	 alterações	 induzidas	 por	 hormônios	 sexuais	 esteroides	 tem	 indicado	
mudanças	da:	
o Microbiota	da	PB;		
o Função	imune;		
o Propriedade	vascular	e		
o Função	celular	na	gengiva		
	
	
Gengivite	na	puberdade	
Aumento	de	inflamação	em	pacientes	por	volta	da	puberdade	de	ambos	os	sexos	sem	aumento	dos	níveis	
de	PB	
• Sinais	de	inflamação	com	pequenas	quantidades	de	PB	
	
Gengivite	associada	ao	ciclo	menstrual		
Sinais	menos	significativos	
A	maior	 parte	 das	mulheres	 com	 inflamação	 gengival	 induzida	 pelo	 ciclo	menstrual	 apresentou	 uma	
forma	branda	da	doença	
	
Doença	gengival	associada	a	gravidez	
Aumento	dos	níveis	hormonais	do	plasma	por	vários	meses	
Aumento	de	prevalência	e	gravidade	no	2o	e	3o	trimestre	
• Sondagens	gengivais	de	profundidade	são	maiores	
• Sangramento	ao	toque	e	escovação	está	aumentado		
• Fluxo	do	fluido	do	sulco	está	elevado	
• Granuloma	piogénico/tumor	gravítico	é	apenas	uma	resposta	inflamatória	exacerbada	
	
	
	
Aumento	gengival	influenciado	por	drogas	
Crescimento	da	gengiva,	desfigurando-a	esteticamente	
• Anticonvulsivantes	(Fenitoína	valproato	de	Sódio)	
• Imunossupressores	(Cefalosporina	A)	
	
• Agentes	 bloqueadores	 de	 canais	 de	 cálcio	 (anti-	 hipertensivos,	 anti	 arrítmicos	 e	 agentes	
antiangínicos)	
	
Características:	
o Variação	do	padrão	
o Preferência	pela	gengiva	anterior	
o Alta	prevalência	em	crianças	
o Aparecimento	súbito	em	3	meses	
o Alteração	do	contorno	
o Aumento	primeiro	da	papila	interdental	
o Alteração	de	cor	
o Aumento	no	exsudato	
o Sangramento	ao	toque	
o Com	ou	sem	perda	óssea,	não	está	associoado	
o Resposta	inflamatória	exacerbada	com	relação	a	PB	presente	
o Redução	da	PB	pode	limitar	a	gravidade	
Pelo	uso	de	fenitoína,	ciclosporina	A	e	agentes	bloqueadores	de	canais	de	Calcio	a	concentração	de	plasma	
que	induz	a	lesão	não	está	claramente	definida	em	humanos.	
	
	
Gengivite	associada	a	anticoncepcionais	
Dados	atuais	indicam	que	o	uso	de	baixas	doses	não	é	prejudicial	ao	periodonto	como	as	formulas	anteriores.	
	
	
	
	
	
Doenças	gengivais	associadas	a	doenças	sistémicas		
Diabete	
Tipo	I	-	insulinodependentes	(juvenil)	
Tipo	II	–	Não	insulinodependentes	(adulto	precoce)	
A	membrana	basal	do	diabetes	é	mais	espessa	do	que	um	paciente	“normal”	devido	a	deficiência	metabólica.	
Há	um	acumulo	de	ácidos	graxos	na	membrana	basal	então	isso	faz	com	que	os	vasos	sejam	mais	calibrosos	
e	o	fluxo	sanguíneo		seja	mais	lento	fazendo	com	que	os	nutrientes	não	cheguem.	
Função	neurofílica	diminuída.	
Diminuição	da	síntese	de	colágeno		
Citocinas	IL-1B	e	prostaglandinas	E2	aumentadas	no	liquido	gengival	que	vão	destruir	mais	o	tecido	gengival.	
	
	
	
“Diabetes	controlado”	é	mais	importante	do	que	controle	da	placa	na	gravidade	da	inflamação	
	
Tratamento	das	doenças	periodontais	induzidas	por	placa	
Higiene	oral	mecânica	profissional	epessoal		
ü Controle	mecânico	da	PB	
ü Uso	de	dentifrícios	
ü Escovas	combinadas	com	limpeza	interdental		
	
Intervenção	profissional	é	necessária	como	coadjuvante	da	autolimpeza	quando	fatores	de	retenção	da	placa	
(calculo,	restaurações	incorretas,	fatores	anatómicos)	impedem	o	paciente	de	uma	efetiva	remoção	da	placa.	
Quando	fatores	sistémicos	modificam	a	resposta	ao	biofilme,	um	PLANO	DE	TRATAMENTO	combinado	com	o	
medico	pode	ser	efetivo	para	resolver	a	causa	
	
	
	
	
	
	
	
	
Periodontite	Crónica	
	
Inicia-se	como	uma	gengivite	induzida	por	placa	(reversível)	que	sem	tratamento	progride	para	periodontite	
crónica.	
É	a	forma	mais	comum	de	doença	periodontal	
Aproximadamente	50%	de	hereditariedade	
A	gengivite	manifesta-se	após	poucos	dias	ou	semanas	de	acúmulo	de	PB	já	a	periodontite	crónica	destrutiva	
é	uma	condição	que	na	maioria	dos	casos	leva	longos	períodos	(anos)	de	exposição	ao	cálculo	e	PB	para	se	
desenvolver.	
Gengivite	é	um	fator	de	risco	para	a	periodontite	crónica,	a	inflamação	gengival	pode	representar	um	fator	de	
risco	não	apenas	para	periodontite	crónica	mas	também	para	perda	dentária.	
A	ausência	de	gengivite	é	um	bom	indicativo	para	a	manutenção	da	saúde	periodontal	
A	intensidade	da	resposta	inflamatória	ao	desafio	bacteriano	pode	representar	um	traço	individual.	
Maior	suscetibilidade	para	periodontite	=	maior	suscetibilidade	para	gengivite	
	
	
						(Reversível)																							(Irreversível)	
ü Perda	de	inserção	
ü Perda	óssea	
	
Características	clínicas	
• Alterações	de	cor,	textura	e	volume	da	gengiva	marginal	
• Sangramento	a	sondagem	na	região	de	bolsa	
• Redução	da	resistência	dos	tecidos	moles	marginais	a	sondagem	(aumento	da	profundidade	de	bolsa	
periodontal)	
• Perda	de	nível	de	inserção	a	sondagem		
• Recessão	da	margem	gengival		
• Perda	de	osso	alveolar		
• Exposição	de	furca	
• Aumento	da	mobilidade	dentária		
• Eventual	esfoliação	do	dente	
Características	gerais	
• Maior	prevalência	em	adultos	
• Relação	direta	com	a	higiene	oral	e	com	níveis	de	PB	
• O	biofilme	subgengival	tem	uma	variedade	de	espécies	bacterianas	(varia	entre	indivíduos	e	sítios)	
• O	cálculo	subgengival	está	presente	em	sítios	doentes	
• Localizada:	menos	de	30%	dos	sítios	doentes	
Generalizada:	mais	de	30%	do	sítios	doente	
• Gravidade:	grau	de	perda	de	inserção	(PAL)	
Leve:		PAL	=	1	a	2mm	
Moderada:	PAL	=	3	a	4mm		
Grave:	PAL	=	5mm	
• Os	fatores	do	hospedeiro	determinam	a	patogénese	e	a	progressão	da	da	doença	
Gengivite Periodontite	Crónica
	
• A	taxa	de	progressão	na	maioria	dos	casos	é	lenta	e	moderada	
• Danos	adicionais	dos	tecidos	são	prováveis	em	sítios	doentes	deixados	sem	tratamento	
	
	
O	grau	da	 resposta	do	hospedeiro	 (suscetibilidade)	 irá	determinar	 se	a	periodontite	 crónica	 irá	ou	não	 se	
desenvolver	
	
	
Atualmente	 considera-se	 que	 a	 progressão	 da	 periodontite	 crónica	 é	 um	processo	 contínuo	 (na	maioria)	
podendo	ocorrer	ocasionalmente	períodos	de	exacerbação	
O	melhor	preditor	da	progressão	da	doença	e	a	experiência	prévia	da	mesma.	
	
	
Fatores	de	risco	
1. Placa	bacteriana.	
É	fator	crucial	na	inflamação	dos	tecidos	periodontais	mas,	sua	mera	presença	pode	não	ser	suficiente	
para	que	ocorra	a	progressão	da	gengivite	para	a	periodontite,	sendo	influenciada	por	fatores	de	risco	
relacionados	ao	hospedeiro.	
2. Idade	
É	improvável	que	somente	o	fato	de	envelhecer	possa	aumentar	significativamente	a	suscetibilidade	da	
doença	periodontal,	apesar	da	sua	prevalência	aumentar	com	a	idade		
3. Tabagismo	
Está	fortemente	associado	a	periodontite	crónica,	não	apenas	pelo	risco	de	desenvolver	a	doença	mas	
também	de	acentuar	e	prejudical	a	resposta	à	terapia	periodontal	
4. Doenças	sistémicas		
• As	 células	 sanguíneas	 tem	papel	 fundamental	 no	 suprimento	de	O2	 ,	 hemostasia	 e	 proteção	 aos	
tecidos	periodontais.	Desordens	hematológicas	sistémicas	podem	afetar	funções	necessárias	para	a	
integridade	dos	tecidos.	
• Os	leucócitos	polimorfonucleares	são	cruciais	na	defesa	do	periodonto,	para	quimiotaxia,	fagocitose	
e	morte/neutralização	do	organismo	ou	substância.	
• Leucemias	(número	excessivo	de	leucócitos	no	sangue	e	tecidos)	
• Diabetes	
• Medicações	(fenitoina,	nifedipina	e	ciclosporina)	
• Traços	genéticos	
5. Estresse:	imunossupressivo	
6. Genética	
Periodontite	tem	um	alto	componente	herdado	
	
	
Tratamento	
	
A	periodontite	cronica	é	iniciada	e	mantida	por	microrganismos	que	vivem	em	comunidade	dos	biofilme	
presentes	em	placa	supra	e	subgengival,	nas	formas	não-calcificadas	e	calcificadas	
Prevenção	primária-	prevenção	da	formação	e/ou	erradicação	do	biofilme	microbiano	(prevenção	da	
gengivite)	
Terapia	periodontal	inicial	/	tratamento	periodontal	básico	–	remoção	de	placa	supra	e	subgengival	
O	resultado	depende	muito	da	habilidade	do	profissional	e	da	habilidade	e	motivação	do	paciente	para	os	
cuidados	caseiros	
	
	
	
	
	
	
Periodontite	Agressiva	
	
É	uma	infeção	que	pode	ter	várias	apresentações	clínicas	
De	progressão	rápida,	rara	e	frequentemente	grave	
	
Características	
• História	médica	não	significativa	
• Rápida	perda	de	inserção	e	destruição	óssea	
• Agregação	familiar	dos	casos	
	
Precoce	(mas	pode	ocorrer	em	qualquer	idade)	
Microflora	altamente	virulenta	e/ou	suscetibilidade	alta	do	indivíduo	para	a	doença	periodontal.	
	
Aspetos	secundários	
• Quantidade	 de	 depósitos	microbianos	 não	 compatíveis	 com	 a	 gravidade	 da	destruição	 do	 tecido	
periodontal	
• Anomalias	fagocitárias	
• Fenótipos	de	macrófagos	híper	reativos	
• Proporções	 elevadas	 de:	 Aggregatibacter	 actinomycetemcomitans	 e	 Phorphyromonas	 gingivalis	
(gram-negativas)	
	
• A	progressão	da	perda	de	inserção	e	perda	óssea	pode	ser	auto-interrompida	
	
	
	
Periodontite	Agressiva	Localizada	(LAP)	
• Acometimento	circumpuberal	
• Apresentação	localizada	no	1o	Molar	ou	Incisivo	com	perda	de	inserção	interproximal	em	pelo	menos	
2	dentes	permanentes,	sendo	1	deles	o	1o	Molar	e	envolvendo	não	mais	que	2	dentes,	além	dos	1os	
Molares	e	Incisivos		
• Forte	resposta	do	anticorpo	sérico	a	agentes	infetantes	
	
Periodontite	Agressiva	Generalizada	(GAP)	
• Normalmente	acomete	pessoas	com	menos	de	30	anos,	mas	pode	acomenter	pacientes	com	mais	
idade.	
• Perda	de	inserção	interproximal	generalizada	afetando	pelo	menos	3	dentes	permanentes,	além	dos	
1os	Molares	e	Incisivos			
• Natureza	episódica	pronunciada	da	destruição	de	inserção	e	osso	alveolar	
• Resposta	insuficiente	do	anticorpo	sérico	a	agentes	infetantes	
	
A	GAP	é	a	forma	mais	grave	
	
Perda	de	inserção	acidental:	recessões	associadas	a	trauma	ou	posição	do	dente,	perda	de	inserção	associada	
com	os	3os	Molares	impactados,	etc.	
	
Periodontite	em	decíduos	pode	progredir	para	LAP	e	mais	tarde	GAP.	
	
	
ü Diagnóstico	 da	 Periodontite	 Agressiva	 exclui	 a	 presença	 de	 doenças	 sistémicas	 que	 possam	
prejudicar	a	defesa	do	hospedeiro	e	levar	a	esfoliação	prematura	dos	dentes.	
	
Caso	o	paciente	tenha	doença	sistémica	que	afeta	a	defesa	o	diagnóstico	clínico	apropriado	será	
manifestação	periodontal	de	doença	sistémica	
	
	
	
Características	dos	patógenos	periodontais		
	
Complexo	microbianos	do	biofilme	subgengival	
	
	
Complexos:	Amarelo,	Azul,	Verde	e	Violeta	
ü Capacidade	de	aderir	a	superfície	dental	
ü Colonizadores	iniciais	
ü Não	se	relacionam	com	a	doença	
Complexo:	Laranja	
ü Precede	e	cria	condições	para	a	implantação	do	complexo	vermelho	
Complexo:	Vermelho	
ü Agente	etiológico	da	periodontite	crónica	
ü Relacionados	 com	 o	 aumento	 da	 profundidade	 de	 bolsa	 e	 com	 a	 presença	 de	 sangramento	 a	
sondagem	
	
	
	
	
	
Tratamento			
	
Dada	 a	 gravidade	 desta	 patologia	 sugere-se	 que	 seja	 feito	 por	 especialistas.	 O	 papel	 do	 generalista	 é	
fundamental	na	deteção	de	possíveiscasos	e	encaminhando	para	posterior	avaliação	e	terapia.	
Sucesso	 do	 tratamento	 depende	 do	 disgnóstico	 precoce,	 direcionado	 a	 terapia	 para	 a	 eliminação	 ou	 a	
supressão	dos	microrganismos	infetantes	e	proporcionar	um	ambiente	propicio	a	manutenção	a	longo	prazo.	
Refere-se	a	esforços	para	afetar	a	composição	e	não	somente	a	quantidade	da	microbiota	subgengival	
	
Eliminação	ou	supressão	da	flora	patogénica	
A	eliminação	de	A.a	tem	sido	associada	a	terapia	bem-sucedida,	sendo	que	está	supressão	não	é	previsível.	
A	curetagem	do	tecido	mole	e	terapia	de	acesso	com	retalho	tem	mostrado	sucesso	limitado	na	eliminação	
do	 A.a,	 também	 difícil	 de	 ser	 eliminado	 pela	 terapia	 mecânica	 convencional	 em	 pacientes	 adultos	 com	
periodontite.	
	
	
O	 uso	 de	 antibióticos	 é	 sugerido	 como	 um	 complemento	 para	 o	 debridamento	mecânico.	 Administração	
conjunta	de	tetraciclinas	ou	metronidazol.	O	metronidazol	em	combinação	com	amoxicilina	pode	eliminar	A.a.	
mais	efetivamente	do	que	um	regime	único	antibiótico	
Evidencias	substanciais	indicam	que	o	A.a	subgengival	pode	ser	eliminado	ou	suprimido	por	um	longo	período	
pelo	debridamento	mecânico	suplementado	com	metronidazol	sistémico	mais	amoxicilina.	
Vermelho
Laranja
Amarelo,	Azul,	Verde e	Violeta
	
Antibióticos	sistémicos	devem	ser	administrados	somente	em	conjunto	com	a	terapia	mecânica,	porque	na	
placa	subgengival	não	desorganizada	os	organismos-alvo	vão	estar	protegidos	pelo	efeito	do	biofilme,	
Vem	sendo	usado	de	2	formas:	
1. Em	combinação	com	uma	intensiva	instrumentação	em	um	curto	período	de	tempo,	após	a	obtenção	
de	um	controle	adequado	do	controle	de	placa	em	um	período	de	motivação	antes	do	tratamento		
2. Como	uma	abordagem	estratégica	após	ter-se	completado	a	terapia	inicial	
	
	
Abordagem	do	tratamento	sugerido:	
1. Obtenção	do	controle	adequado	de	placa	supragengival	
2. Instrumentação	subgengival	com	a	combinação	de	 instrumentos	mecânicos	e	manuais,	de	2	em	2	
dias	
3. Regime	de	 tratamento	 antibiótico	 adjunto:	metronidazol	 500mg	 3x	 dia	 por	 7	dias	 +	 amoxicilina	
500mg	3x	dias	por	7	dias		
	
Teste	microbiológicos	podem	ser	repetidos	1-3	meses	apos	o	termino	da	terapia	para	verificar	a	eliminação	
ou	supressão	acentuada	dos	supostos	patógenos.	
Após	 a	 resolução	 da	 infeção	 periodontal	 o	 paciente	 deve	 ser	 inserido	 em	 um	 programa	 de	manutenção	
individual	que	inclua	a	avaliação	continua	da	ocorrência	e	do	risco	da	progressão	da	doença.	
Controle	de	placa	pelo	paciente	é	fundamental	para	uma	resposta	clínica	e	microbiológica	favorável	à	terapia.	
	
	
	
	
Doenças	Periodontais	Necrosantes		
	
Ø Gengivite	Necrosante	
Limitada	as	lesões	que	envolvem	apenas	tecidos	moles,	sem	nenhuma	perda	de	inserção	
Ø Periodontite	Necrosante	
Limitadas	aos	tecidos	periodontais,	incluindo	gengiva,	ligamento	periodontal	e	osso	alveolar	
Ø Estomatite	Necrosante	
Com	a	inclusão	dos	tecidos	além	da	Junção	mucogengival	
	
	
	
	
Características	clínicas	
	
1. Desenvolvimento	das	lesões	
GN	é	uma	condição	inflamatória	e	destrutiva	da	gengiva,	caracterizada	pela	ulceração	e	necrose	da	
papila	 e	 da	 margem	 gengival	 (aspeto	 de	 crateras).	 Ulceras	 cobertas	 por	 uma	 camada	 branco-
amarelada	 ou	 cinza	 “pseudomembrana”	 =	 fibrina	 +	 tecido	 necrótico	 (leucócitos,	 eritrócitos	 e	
bactérias).	 Remoção	 deste	 material	 resulta	 em	 sangramento	 e	 exposição	 do	 tecido	 subjacente.	
Lesões	Necrosante	dolorosas	e	com	evolução	rápida.	Porém	nos	estágios	iniciais,	quando	as	áreas	
são	 relativamente	 raras	e	pequenas	a	dor	geralmente	é	moderada.	 Sangramento,	espontâneo	ou	
provocado.	
Dor	grave,	motivo	pelo	qual	o	paciente	procura	o	profissional	
Nas	fases	iniciais	da	doença	as	lesões	estão	limitadas	as	extremidade	de	poucas	papilas,	as	primeiras	
lesões	frequentemente	surgem	na	área	interproximal	da	região	anterior	da	mandíbula,	mas	podem	
ocorrer	em	qualquer	espaço	interproximal.	Nas	áreas	onde	aparecem	as	primeiras	lesões,	em	geral	
há	sinais	de	Gengivite	Cronica	preexistente,	mas	as	papilas	nem	sempre	estão	edemaciadas	nessa	
fase	e	o	pontilhado	gengival	pode	estar	presente.	
	
Geralmente	 a	 papila	 torna–se	 rapidamente	 edemaciada,	 levando	 a	 um	 contorno	 arredondado	
particularmente	na	vestibular.	Área	localizada	entre	a	margem	de	necrose	e	o	tecido	gengival	não	
afetado	geralmente	apresenta	uma	faixa	eritematosa	estreita	(eritema	linear).	
	
2. Crateras	interproximais	
Necrose	 gengival	 extensa	 de	 rápida	 evolução,	 que	 coincide	 com	 frequência,	 com	 a	 perda	 óssea	
alveolar,	por	isso	raramente	associadas	a	formação	de	bolsas	periodontais	profundas.	
Forma-se	uma	cratera	considerável	entre	as	papilas,	Vestibular	e	Lingual.	Neste	estágio	normalmente	
com	perda	de	inserção.	
Dificuldade	para	se	alimentar	(dor)	e	redução	da	ingestão	de	alimentos	(compromete	pacientes	com	
HIV)	
	
3. Formação	de	sequestro	
Progressão	rápida	que	resulta	em	necrose	de	pequenas	ou	grandes	áreas	do	osso	alveolar.		
Osso	 necrótico	 indicando	 um	 sequestro,	 inicialmente	 aderido	 com	 firmeza,	 pode	 perder	 essa	
característica	e	as	vezes	até	ser	removido	sem	anestesia.	O	sequestro	alem	do	osso	 interproximal	
inclui	o	osso	cortical	vestibular	e	lingual	adjacente	
		
4. Envolvimento	da	mucosa	alveolar	
Necrose	 progride	 além	 da	 junção	 mucogengival.	 Intensa	 destruição	 relacionada	 a	 pacientes	
imunocomprometidos	(HIV	e	desnutrição).	Condição	é	de	ESTOMATITE	NECROSANTE	
Podem	por	em	risco	a	vida	do	paciente.		
Pode	resultar	em	extensa	exposição	óssea,	com	sequestro	desenvolvendo	fístula	oroantral	e	osteíte.	
5. Aumento	do	volume	dos	nódulos	linfáticos		
Limitados	aos	nódulos	linfáticos	submandibulares,	podendo	também	atingir	os	cervicais	
	
6. Febre	e	mal-estar	
Não	são	características,	mas	pode	ocorrer	febre	moderada.	
7. Higiene	oral		
Deficiência	na	higiene	oral.	
Fina	película	esbranquiçada	em	pacientes	que	não	se	alimentam	nem	realizam	H.O	há	vários	dias,	
facilmente	removida	
8. Formar	crónicas/recorrentes	e	agudas	da	gengivite	e	periodontite	necrosante	
Evolução	curso	agudo	pela	rápida	destruição	no	tecido	periodontal.		
Se	 o	 tratamento	 for	 inadequando	 ou	 interrompido	 a	 fase	 aguda	 pode	 ceder	 gradualmente,	 mas	
destruição	continua	lentamente	e	o	tecido	necrótico	não	cicatriza	(quando	há	perda	de	inserção)	
	
Disgnóstico	diferencial		
Pode	 ser	 confundida	 com	 outras	 doenças	 da	 mucosa	 oral,	 como,	 com	 frequência,	 a	 gengivoestomatite	
herpética	primária	(PHG).	Com	algumas	diferenças:	
	
NPD	–	doença	periodontal	necrosante	
	
PHG	–	gengivoestomatite	herpética	primária		
	
	
	
Resposta	do	hospedeiro	e	fatores	predisponentes		
1. Doenças	sistémicas	
2. Infeção	pelo	HIV	
3. Desnutrição	
4. H.O.	deficiente,	gengivite	preexistente	e	história	prévia	de	NPD	
5. Estresse	psicológico	e	sono	inadequado	
6. Tabaco	e	álcool	
7. 	Origem	caucasiana	
8. Pacientes	jovens	
	
Tratamento	
É	dividido	em	duas	fases:	
1. Tratamento	da	fase	aguda	
2. Tramento	da	fase	de	manutenção	
Tramento	da	fase	aguda	
Objetivo:	
ü eliminar	a	atividade	da	doença	manifestada	pela	progressão	da	necrose	tecidual.	
ü Evitar	a	dor	e	o	deconforto	geral	que	podem	comprometer	gravemente	a	alimentação	do	
paciente.	
A	1a	consulta,	deve	ser	tentar	realizar	uma	raspagem,	até	onde	as	condições	permitirem.	Ultra	som	
preferencialmente,	pressão	mínima,	jato	de	água	continuo.	
Paciente	aconselhado	a	substituir	a	escovação	por	agentes	químicos	de	controle	de	placa	nas	áreas	
críticas	até	a	cicatrização.	Peróxido	de	hidrogénio	3%	para	debridamento	e	para	bochecho	(1:1	,	H2O2	
+	água	morna).		
Bocheco	2x	ao	dia	com	solução	de	clorexidina	a0,2%	muito	efetivo	na	redução	de	placa.	Clorexidina	
é	 eficiente	 se	 utilizada	 em	 conjunto	 e	 associada	 a	 rapagem	 e	 alisamento	 radiculas	 porque	 não	
penetra	na	área	subgengivale	é	inativada	na	presença	de	exsudato,	tecidos	necróticos	e	massas	de	
bactérias.	
Em	casos	em	que	a	resposta	do	paciente	a	terapia	mecânica	é	mínima	ou	saúde	geral	está	afetada	
recomenda-se	 o	uso	 de	antibióticos	 sistémicos	ou	 agente	quimioterápicos.	Também	aplicada	em	
pacientes	 com	mal-estar,	 febre	 e	 prostrados.	Metronidazol	 250mg	 3	 vezes	 ao	 dia.	 Penicilinas	 e	
tetraciclinas	também	são	efetivos.	(Até	que	as	úlceras	estejam	cicatrizadas.	
Não	recomendado	o	uso	de	antibiótico	tópico	(sem	eficácia)	
Tratamento	com	drogas	antifúngicas	apropriadas	(miconazol),	em	caso	de	pacientes	soropositivos,	
se	a	candidose	oral	estiver	presente	durante	o	tratamento	com	antibiótico.	
Pacientes	devem	ser	visto	quase	que	diariamente	durante	a	persistência	dos	sintomas	agudos.	Em	
poucos	dias,	com	o	tratamento	adequado,	há	um	alivio	dos	sintomas	e	o	paciente	pode	voltar	depois	
de	5dias.			
A	 raspagem	 subgengival	 sistemática	 deve	 continuar	 com	 intensidade	 crescente	a	medida	 que	 os	
sintomas	diminuem.		
Correção	 de	margens	 das	 restaurações	 e	 o	 polimento	 das	 restaurações	 e	 superfícies	 radiculares	
devem	ser	feitas	após	a	cicatrização	das	úlceras			
Após	a	cicatrização	–	instrução	de	H.O	e	motivação	(suave,	mas	efetiva	e	limpeza	interdental)	
	
Tratamento	da	fase	de	manutenção	
Quando	a	fase	aguda	estiver	terminado	,	a	necrose	e	os	sintomas	agudos	terão	desaparecido.	
Áreas	necróticas	cicatrizadas	e	crateras	gengivais	com	tamanho	reduzido,	embora,	geralmente	ainda	
com	alguns	defeitos	que	podem	necessitar	de	um	correção	cirúrgica,	devido	ao	acúmulo	de	placa	
bacteriana	e	predisposição	à	recorrência	da	NPD.		
	
Crateras	rasas	podem	ser	removidas	com	uma	gengivectomia.	
Defeitos	profundos	podem	exigir	cirurgia	a	retalho.		
O	tratamento	não	estará	completo	até	que	todos	os	defeitos	tenham	sido	eliminados	e	se	estabeleça	
condições	favoráveis	para	um	controle	de	placa	adequado	
Eliminação	 de	 fatores	 predisponente,	 se	 possível,	 também	 muito	 importante	 na	 prevenção	 da	
recorrência.	
Pacientes	soropositivos,	não	é	 recomendada	a	cirurgia	periodontal	por	ter	cicatrização	retardada,	
sendo	necessária	uma	limpeza	interproximal	intensiva	para	evitar	a	recorrência	da	doença.	
Exame	de	pacientes	periodontais	
	
	
1. Anamnese	dos	pacientes	periodontais		
1.1. Queixa	principal	e	expectativas	
1.2. História	familiar	e	social	
1.3. História	dentária		
1.4. Hábitos	de	higiene	dentária	
1.5. História	de	pacientes	tabagistas	
1.6. História	médica	e	medicamentosa	
2. Sinais	e	sintomas	das	doenças	periodontais		
2.1. Gengiva	
2.2. Ligamento	periodontal	e	cemento	
2.3. Osso	alveolar	
3. Diagnóstico	das	lesões	periodontais	
4. Condições	de	higiene	oral	
5. Exames	dentários	adicionais		
		
	
1. Anamnese	dos	pacientes	periodontais	
A	anamnese	é	a	base	para	um	plano	de	tratamento	compreensivo	das	necessidades	do	paciente,	
situação	socioeconómico,	assim	como	a	condição	médica.	
A	avaliação	da	anamnese	requer	atenção	aos	6	seguintes	pontos	
	
1.1. Queixa	principal	e	expectativas	
Importante	descobrir	as	necessidades	e	expectativas	do	paciente	em	relação	ao	tratamento.		
Excelentes	 resultados	 de	 tratamento	 só	 podem	 ser	 obtidos	 se	 as	 necessidades	 do	 paciente	
estiverem	 em	 equilíbrio	 com	 a	 avaliação	 objetiva	 da	 doença	 e	 a	 projeção	 dos	 resultados	 do	
tratamento.		
	
	
1.2. História	familiar	e	social	
Esclarecer	o	ambiente	 social	do	paciente	e	ter	uma	noção	de	suas	prioridades	na	vida,	 incluindo	
cuidados	 dentários.	 Também	 história	 familiar	 tem	 importância	 especialmente	 quando	 estiver	
relacionada	as	formas	agressivas	de	periodontite		
1.3. História	dentária	
Avaliação	de	cuidados	dentários	anteriores	e	as	visitas	de	manutenção.	
Assim	como	informações	a	respeito	de	sinais	e	sintomas	de	periodontite	percebidos	pelo	paciente,	
tais	como	migração	e	aumento	da	mobilidade	do	dente,	sangramento	gengival,	impacção	alimentar	
e	 dificuldade	 de	 mastigação.	 Determinar	 o	 conforto	 a	 mastigação	 e	 a	 possível	 necessidade	 de	
substituição	de	dentes.	
1.4. Hábitos	de	higiene	dentária	
Além	 da	 avaliação	 da	 rotina	 dos	 cuidados	 dentários,	 Frequência	 e	 duração	 da	 escovação,	
instrumento	 de	 limpeza	 interdental,	 agentes	 químicos	 e	 uso	 regular	 de	 fluoretos	 devem	 ser	
avaliados	
	
1.5. História	de	pacientes	tabagistas	
Fumo	segundo	mais	importante	fator	de	risco	depois	do	controle	inadequado	da	placa	na	etiologia	
e	 patogenia	 da	 doença	 periodontal,	 deve-se	 enfatizar	 a	 importância	 do	 aconselhamento	 sobre	
tabagismo.	
Tempo	de	exposição	e	quantidade	deve	ser	anotada.	
1.6. História	médica	e	medicamentosa	
Extrair	aspetos	que	destaquem	os	fatores	médicos	de	risco	para	a	terapia	periodontal	e/ou	implante	
4	maiores	complicações	podem	ser	prevenidas	ao	se	analisar	a	Historia	Medica	
1.	riscos	cardiovasculares	e	circulatórios	
2.	distúrbios	sanguíneos		
3.	riscos	de	infeções		
4.	reações	alérgicas		
Avaliação	apurada	a	população	mais	velha	pelo	aumento	do	consumo	de	medicamentos.	Pode	ser	
necessário	contactar	o	médico	do	paciente	para	informações	mais	detalhas	relevantes	ao	plano	de	
tratamento	do	paciente	
	
	
2. Sinais	e	sintomas	das	doenças	periodontais	
Clinicamente	
• Alteração	 de	 cor,	 textura	 gengival,	 vermelhidão	 e	 exsudato,	 aumento	 e	 tendência	 de	
sangramento	a	sondagem	do	sulco	ou	bolsa.	
Radiograficamente	
• Perda	alveolar	de	moderada	a	avançada	
• A	perda	pode	ser	horizontal	ou	angular	
• Horizontal:	 perda	 óssea	 progride	 de	 uma	 maneira	 uniforme	 na	 dentição,	 a	 crista	 óssea	
remanescente	apresenta	um	contorno	radiográfico.	
• Angular	(ou	vertical):		defeitos	ósseos	resultantes	de	uma	perda	óssea	que	se	desenvolveu	em	
diferentes	níveis	ao	redor	das	superfícies	dentárias.	
Histologicamente	
• Presença	de	 infiltrado	de	células	 inflamatórias	dentro	de	uma	zona	de	1-2	mm	de	 largura	no	
tecido	 conjuntivo	 gengival	 adjacente	 ao	 biofilme	 na	 superfície	 dental.	 Dentro	 da	 área	 do	
infiltrado,	há	uma	pronunciada	perda	de	colágeno.	
• Nas	 formas	 mais	 avançadas	 de	 doença	 periodontal	 há	 uma	 significativa	 perda	 de	 tecido	
conjuntivo	de	inserção	da	superfície	radicular	e	migração	apical	do	epitélio	juncional	ao	longo	da	
superfície	da	raiz.	
	
As	formas	de	doença	periodontal	cronica	e	agressiva:	
ü Afetam	individuo	com	variada	suscetibilidade	em	diferentes	níveis.	
ü Afetam	diferentes	partes	da	dentição	em	níveis	variados.	
ü Possuem	sítios	específicos	na	natureza	para	determinada	área.	
ü Algumas	vezes	possuem	características	progressiva	e,	 se	deixadas	sem	tratar,	podem	resultar	
em	perda	dentaria.	
ü Podem	ser	controladas	seguindo	terapia	adequada.	
	
Para	um	plano	de	tratamento	efetivo	é	importante	reconhecer	a	localização,	topografia	e	extensão	das	lesões	
periodontais.	Examinar	todos	os	sítios	(Uniradiculares	=	4	sítios	=	M,	V,	D,	L	/	Multiradicurares	=	6	sítios	=		MV,	
V,	DV,	L,	ML,	DL	com	atenção	a	região	de	furca)	
	
Sondagem	a	uma	pressão	de	0,25N	para	evitar	o	sangramento	a	sondagem	
	
	
	
“Pseudobolsa”	–	profundidade	da	bolsa	maior	que	3	a	4mm	causado	pela	tumefação	da	gengiva	
livre	que	resulta	na	migração	coronal	da	margem	gengival	sem	uma	migração	concomitante	do	
epitélio	dentogengival.	
	
	
Profundidade	de	sondagem	–	distância	da	Junção	cemento-esmalte	á	margem	da	gengiva	livre)	
Nos	 casos	 de	 recessão	 gengivas	 a	 distancia	margem	 da	 gengiva	 livre	 ate	 a	 juncão	 cemento-
esmalte	é	negativa	e	por	tanto	deverá	ser	acrescentada	a	profundidade	de	sondagem	da	bolsa	
para	determinar	o	nível	de	inserção	a	sondagem.	
	
	
	
Erros	a	sondagem:	
1. Espessura	da	sonda	utilizada	
2. Mau	posicionamento	da	sonda	devido	a	fatores	anatómicos,	como	o	contorno	da	superfície	
dentária	
3. Escala	de	graduação	da	sonda	
4. Pressão	aplicada	ao	instrumento	durante	o	exame		
5. Grau	de	infiltraçãode	celular	inflamatórias	nos	tecidos	moles	acompanhado	pela	perda	de	
colágeno		
	
	
Quando	o	tecido	conj.	subjacente	ao	epitélio	da	bolsa	estiver	infiltrado	por	células	inflamatórias,	
a	sonda	periodontal	certamente	penetrará	alem	da	terminação	apical	do	epitélio	dentogengival,	
resultando	em	uma	profundidade	de	bolsa	“verdadeira”	SUPERestimada.		
Por	 outro	 lado,	 quando	 o	 infiltrado	 inflamatório	 diminui	 de	 tamanho,	 após	 um	 tratamento	
periodontal	bem-sucedido,	uma	decomposição	concomitante	de	novo	colágeno	ocorre	dentro	
de	um	tecido	previamente	inflamado,	o	tecido	dentogengival	torna-se	mais	resistente	a	sonda	
resultnato	 em	 uma	 SUBestumação	 da	 profundidade	 da	 bolsa	 ou	 do	 nível	 de	 inserção	
“verdadeiros”	
	
	
	
	
Assim	sendo,	deve-se	entender	que	a	resolução	da	profundidade	da	bolsa,	após	o	tratamento	periodontal	
e/ou	ganho	do	nível	de	inserção,	avaliados	pela	sondagem	periodontal,	não	constitui	necessariamente	sinais	
da	 formação	 de	 uma	 nova	 inserção	 de	 tec.	 conj.	 na	 base	 da	 lesão	 anterior.	 Mas,	 a	 mudança	 pode	
simplesmente	representar	a	resolução	do	processo	inflamatório,	podendo	ocorrer	sem	ser	acompanhada	por	
um	ganho	de	inserção	histológico.	
	
	
	
	
Envolvimento	de	furca	
Usada	uma	sonda	periodontal	curva	graduada	(3mm)	Sonda	de	furca	Nabers	
Molares	inferiores-		Vestibular	e	Lingual	
Molares	superiores	e	pré-molares	–	Vestibular,	distopalatino	e	mesiopalatino	
	
Grau	I	-	profundidade	de	sondagem	horizontal	3mm,	de	1	ou	2	acessos		
Grau	II	-	profundidade	de	sondagem	horizontal	>3mm	em	no	máximo	um	acesso	de	furca	e/ou	combinação	
com	envolvimento	de	furca		
Grau	III	-	Profundidade	de	sondagem	horizontal	>3mm	em	2	ou	mais	acessos	de	furca	geralmente	representa	
uma	destruição	de	um	lado	ao	outro	da	furca	(com	comunicação)		
	
Avaliação	da	mobilidade	dentária	
O	aumento	da	mobilidade	dentária	é	o	resultado	do	alargamento	do	ligamento	periodontal,	redução	na	altura	
dos	tecidos	de	suporte	ou	a	combinação	de	ambos.	
(por	doença	periodontal	e/ou	trauma	oclusal)	
	
Grau	0	mobilidade	fisiológica	medida	ao	nível	da	coroa	dentária	de	0,1-0,2mm	no	sentido	horizontal	
Grau	1	mobilidade	aumentada	da	coroa	de,	no	máximo,	1mm	na	direção	horizontal	
Grau	2	aumento	visível	da	mobilidade	da	coroa	excedendo	1mm	na	direção	horizontal	
Grau	3	intensa	mobilidade	da	coroa	do	dente,	nas	direções	horizontal	e	vertical,	impossibilitando	a	função	do	
dente	
	
É	 importante	 não	 só	 avaliar	 o	 grau	 de	 mobilidade	 dentaria,	 mas	 também	 a	 causa	 da	 hipermobilidade	
observada	
			
Osso	alveolar	
Altura	do	osso	alveolar	e	contorno	da	crista	óssea	examinados	em	radiografias	
A	analise	das	radiografias	deve	ser	feita	em	conjunto	com	a	avaliação	detalhada	da	ficha	periodontal	para	um	
diagnostico	correto	a	respeito	dos	defeitos	ósseos	horizontais	e	angulares,	devido	a	sobreposição	de	imagens.	
Usar	a	técnica	de	paralelismo	de	cone	longo	
	
	
3.Diagnóstico	das	lesões	periodontais	
	
Gengivite		
o Apresenta	sangramento	a	sondagem	
o Profundidade	do	sulco	geralmente	entre	1-	3	mm	independentemente	do	nível	de	inserção	clinica		
o Pseudobolsas	 podem	 estar	 presentes	 em	 casos	 com	 pequeno	 aumento	 de	 profundidade	 de	
sondagem	sem	perda	óssea	e	de	inserção	e	presença/ausência	de	sangramento	a	sondagem	
o Lesões	restritas	margem	gengival		
Periodontite	superficial	(leve	a	moderada)	
o Gengivite	combinada	a	perda	de	inserção	
o Profundidade	da	bolsa	à	sondagem	não	excede	6mm	
o Dentes	com	perda	dos	tecidos	de	suporte	“horizontal”	=	lesões	supra-ósseas	e/ou	dentes	com	perda	
de	tecido	de	suporte	“angular”	ou	“vertical”	=	lesões	infra-ósseas	(lesões	infra-ósseas	incluem	1,	2	
ou	3	paredes,	assim	como	“crateras”	entre	dentes	adjacentes)	
Periodontite	profunda	(periodontite	avançada)	
o Profundidade	da	bolsa	à	sondagem	>	6mm	
o Perdas	ósseas	angulares	e	horizontais	
Periodontite	inter-radicular	(periodontite	na	região	de	furca)	
o Diagnóstico	adjunto	para	dentes	multirradiculares	
	
o Periodontite	inter-radicular	superficial	=	3mm	
o Periodontite	inter-radicular	profunda	>	3mm	
	
	
	
4.	Condição	de	higiene	oral	
Práticas	de	HO	do	paciente	devem	ser	avaliadas.	
Ausência	ou	presença	de	placa	bacteriana	em	casa	superfície	dentaria.	
Índice	geral	de	placa	é	dado	em	percentagem		
Alterações	da	presença	de	placa	e	inflamação	gengival	são	mostrados	em	fichas	de	sangramento	à	sondagem	
durante	o	tratamento.		
Anotações	de	apenas	 índice	de	placa	são	mais	 indicados	na	fase	 inicial	da	terapia	periodontal	(controle	de	
infeção)	para	melhorar	controle	de	placa	do	paciente.	
Ficas	de	controle	de	sangramento	são	recomendadas	na	fase	de	manutenção	
	
5.Exames	dentários	adicionais	
Além	da	avaliação	da	placa,	devem	também	ser	analisados	fatores	que	aumentam	a	retenção	de	placa	como	
o	cálculo	supra	e	sub	gengival	e	defeitos	nas	margens	de	restaurações.	
Sensibilidade	dentária	também	é	essencial	para	um	plano	de	tratamento	abrangente.	
Sensibilidade	 à	 percussão	 pode	 indicar	 mudanças	 agudas	 na	 vitalidade	 pulpar	 e	 levar	 a	 tratamento	 de	
emergência	antes	da	terapia	periodontal	sistémica.	
Completo	exame	e	avaliação	deve	incluir	diagnostico	de	lesões	de	carie	clinica	e	radiográfica.	
Exame	 para	 distúrbios	 funcionais	 pode	 ser	 realizado.	 (teste	 curto)	 para	 avaliar	 função	 harmónica	 dos	
maxilares,	palpação	dos	ligamentos	TM	durante	a	abertura,	fechamento	e	movimentos	excursivos.	A	abertura	
da	boca	(máxima)	é	avaliada	e	a	localizada	dos	músculos	pterigoide	lateral	é	palpada.	Contactos	oclusais	e	de	
articulação	devem	ser	identificados	
	
	
	
Plano	de	tratamento		
	
Tratamento	inclui	a	eliminação	ou	o	controle	da	infeção	pelo	biofilme	e	a	introdução	de	medidas	cautelosas	
de	controle	de	placa	com	objetivo	de	promover	saúde	dentária	e	periodontal.	
	
Pacientes	com	caries	e	doença	periodontal	tem	sintomas	associados,	como	pulpites,	periodontites	periapicais,	
abcessos	gengivais,	migração	dentária	entre	outros.	
	
1. Fase	sistémica	da	terapia,	incluindo	aconselhamento	sobre	tabagismo	
2. Fase	inicial	(ou	de	profilaxia)	da	terapia	periodontal,	terapia	relacionada	à	causa	
3. Fase	corretiva	da	terapia	periodontal:	medidas	adicionais,	tais	como	cirurgia	periodontal	e/ou	terapia	
endodôntica,	cirurgia	para	implante,	tratamento	restaurados	e/ou	ortodôntico	e	protético	
4. Fase	de	manutenção:	terapia	periodontal	de	suporte	(SPT)	
	
	
Plano	de	tratamento	dirigido	à	causa	
	
	
A	meta	do	tratamento	periodontal	inicial	é	restaurar	a	compatibilidade	biológica	das	superfícies	radiculares	
periodontalmente	doentes	e	retardar	o	processo	da	doença.	
A	terapia	não-cirúrgica	objetiva	eliminar	tanto	bactérias	que	habitam	o	biofilme	quanto	o	biofilme	calcificado	
da	superfície	do	dente	e	dos	tecidos	adjacentes.	
	
Deteção	e	remoção	do	cálculo	dental	
	
Periodontites	estão	muito	associadas	a	presença	do	calculo	dental	nas	superfícies	das	raízes.	
O	calculo,	pela	rugosidade	da	superfície,	é	ideal	para	a	colonização	microbiana.		
Microorganismos	 que	 aderem	 e	 colonizam	 o	 cálculo	 produzem	 lipopolissacarídeos,	 estes	 desencadeiam	
mecanismo	de	resposta	do	hospedeiro	e	estão	presentes	no	cálculo	e	no	cemento	adjacente,	sendo	necessária	
a	remoção	do	cálculo.	
	
	
Fatores	que	podem	influenciar	a	remoção	(completa)	do	calculo	incluem		
o Extensão	da	doença	
o Fatores	anatómicos		
o Habilidade	do	operador	
o Instrumentos	utilizados	
	
	
Métodos	utilizados	para	o	debridamento	das	superfícies	radiculares		
Raspagem	é	o	procedimento	que	objetiva	a	remoção	de	placa	bacteriana	e	calculo	das	superfícies	dentárias.	
Feita	com	instrumentação	supragengival	ou	subgengival	dependendo	da	localização	dos	depósitos.	
Aplainamento	radicular	técnica	de	instrumentação	na	qual	o	cemento	amolecido	é	removido	e	a	superfície	da	
raiz	se	torna	dura	e	lisa.		Mas,	não	há	justificação	nem	embasamento	para	que	hajauma	remoção	excessiva	
de	substancia	dental.	
	
Instrumentação	manual		
o Permitem	boa	sensação	tátil	enquanto	minimizam	o	risco	de	contaminação	por	aerossol		
o Consome	mais	tempo	
o Se	executado	de	forma	agressiva	pode	levar	a	excessiva	remoção	de	substância	dental	
o Requer	além	de	sensibilidade	tátil,	uma	correta	e	frequente	afiação	dos	instrumentos	
o Acesso	a	região	de	furca	e	a	base	de	bolsas	profundas	limitado	comparado	aos	automatizados	
	
Cureta	=	cabo	+	haste	+	lamina		
	
Foice	–	utilizadas	nas	raspagens	supragengival	ou	em	bolsas	rasas	
Enxada	–	utilizada	na	raspagem	supragengival	
	
Angulação	adequada	para	o	debridamento	subgengival	é	de	80o		
Angulação	obtusa	=	escavações	=	rugosidade	na	superfície	dental		
Angulo	agudo	=	remoção	ineficiente	e	brunimento	dos	calculos	subgengivais		
	
	
	
Rapadores	sónicos	e	ultra-sónicos		
Padrão	de	vibração	da	ponta	é	elíptico.	
o Menor	tempo	de	trabalho	
o Produz	aerossol	contaminado	(o	jato	de	água	remove	até	certa	profundidade	resíduos	e	bactérias	da	
bolsa)	
o Menor	perda	de	estrutura	radicular	
o Requer	técnicas	menos	sensível		
o Melhor	acesso	a	bolsas	profundas	e	a	áreas	de	furca	
o Sensação	tátil	é	reduzida	
	
	
Influencia	do	debridamento	mecânico	sobre	o		biofilme	subgengival	
Raspagem	 supra	 e	 subgengival	 resulta	 no	 rompimento	mecânico	 da	 placa	 de	 biofilme	 e	 persiste	 como	 a	
modalidade	“padrão-ouro”	para	o	tratamento	periodontal.	A	remoção	da	placa	subgengival	e	depósitos	de	
cálculo	 através	 da	 raspagem	 expõe	 o	 cemento,	 a	 dentina	 radicular	 e	 o	 epitélio	 da	 bolsa	 a	 uma	 nova	
colonização.	
A	redução	da	concentração	de	produtos	bacterianos	e	produtos	do	 tecido	doente,	bem	como	do	fluxo	do	
fluido	crevicular	gengival,	e	um	ph	do	biofilme	mais	neutro	podem	encorajar	o	crescimento	de	espécies	menos	
patogénicas.	Também	a	diminuição	na	profundidade	da	bolsa,	como	resultado	da	resolução	da	inflamação,	
diminuição	do	edema	e	na	readaptação	do	epitélio	juncional,	favorece	a	colonização	de	espécies	aeróbicas.	
Após	o	 tratamento,	o	habitat	subgengival	pode	 ser	recolonizado	por	microrganismos	que	 se	originam	de:	
depósitos	de	placa	subgengival	residuais,	túbulos	dentinários	radiculares	ou	do	cemento,	epitélio	da	bolsa	e	
tecido	conjuntivo,	depósitos	de	placa	supragengival,	depósitos	subgengivais	de	dentes	adjacentes	e	de	outros	
sítios	intra-orais.	
Há	 uma	 diminuição	 do	 número	 total	 de	microrganismos	 presentes	 nos	 sítios	 subgengivais	 e	modificação	
relativa	 de	 diferentes	 espécies	 microbianas	 dentro	 do	 biofilme	 imediatamente	 após	 a	 instrumentação	
subgengival,	 embora	essa	 contagem	seja	 restaurada	em	4	–	7	dias	 após	a	 instrumentação,	 o	 impacto	 da	
instrumentação	subgengival	sobre	a	composição	do	biofilme,	mesmo	que	frequentemente	transitório,	é	mais	
durável.		A	instrumentação	subgengival	resulta	na	redução	da	contagem	media	e	de	sítios	colonizados	por	P.	
Gingivalis,	 A.	 Actinomycetemcomitans,	 P.	 Inremedia,	 T.	 Forsythia	 e	 T.denticola	 	 nas	 semanas	 seguintes	 a	
instrumentação.	A	persistência	do	A.	Actinomycetemcomitans	e	P.	Gingivalis	é	atribuída	a	habilidade	desses	
microrganismos	em	invadir	o	epitélio	da	bolsa	e	o	tecido	conjuntivo.	
A	aumento	na	proporção	de	cocos	e	bastonetes	Gram-positivos	aeróbicos	após	instrumentação	subgengival	
está	associado	com	a	saúde.	
A	reemergência	do	complexo	vermelho	e	laranja	no	período	de	3	–	12	meses	após	o	debridamento	pode	estar	
associada	com	uma	contínua	perda	de	inserção	nesses	sítios.	Na	ausência	de	cuidados	caseiros	adequados,	
poderá	ocorrer	em	algumas	semanas,	o	restabelecimento	da	microflora	pré	tratamento.		
	
Dentes	com	envolvimento	de	furca	devem	ser	vistos	com	alguma	cautela	em	relação	a	prognóstico	de	longo	
prazo,	 pois	 colonias	 podem	 se	 desenvolver	 relativamente	 intactas	 nesses	 abrigos	 anatómicos	 onde	
progressivamente	prosperam	microrganismos	anaeróbios	e	virulentos		
	
	
A	dor	durante	e	após	diagnóstico	periodontal	e	tratamento	não	cirúrgico	parece	ser,	de	leve	a	moderada	e	
transitória.	Fatores	psicossociais	tais	como	ansiedade	podem	influenciar	a	intensidade	da	perceção	da	dor.	
Alguns	 antiinflamatórios	 (ibuprofeno,	 arginina)	 podem	 ter	 efeito	 benéfico	 e	 ajudar	 o	 paciente	 a	 ter	 uma	
experiência	muito	mais	positiva	durante	o	tratamento.			
	
Reavaliação	
A	cicatrização	da	terapia	não-cirúrgica	está	completa	após	3	meses,	mas	uma	cicatrização	mais	lente	e	limitada	
pode	continuar	nos	próximos	9	meses.	
	
A	 reavaliação	 é	 fundamental	 no	 plano	 de	 tratamento	 periodontal,	 para	 a	 avaliação	 da	 efetividade	 do	
tratamento	executado	e	um	tratamento	adicional	será	estabelecido	se	necessário.		
As	medidas	são	feitas	no	dia	zero	e	novamente	após	3	meses	do	término	do	tratamento,	para	avaliar	o	estado	
periodontal	e	a	efetividade	do	tratamento.	
As	medidas	devem	incluir:	
1. Índice	de	placa	
2. Sangramento	a	sondagem		
3. Supuração	a	sondagem		
4. Sondagem	de	bolsas	profundas	
5. Recessão		
6. Sondagem	do	nível	de	inserção	
7. Grau	de	mobilidade	
Protocolo	de	desinfeção	total	da	boca	
Tem	como	objetivo	de	reduzir	a	carga	bacteriana,	nas	bolsas	e	nichos	intra-orais,	para	minimizar	o	risco	
de	reinfeção,	em	bolsas	tratadas,	a	partir	de	nichos	que	abrigam	bactérias	patogênicas.		
Recomendado	parar	periodontite	cronica		
1. Raspagem	e	alisamento	radicular,	dentro	de	um	período	de	24	h	
2. Irrigação	subgengival,	repetida	3	vezes	de	10	em	10	min	com	gel	de	clorexidina	a	1%	
3. Escovação	da	língua	com	gel	de	clorexidina	a	1%	e	bochecho	com	clorexidina	a	0,2%	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Cirurgia	Periodontal	
	
	
Feita	após	a	avaliação	da	resposta	a	fase	inicial	da	terapia	relacionada	a	causa.		
A	escolha	do	tipo	de	abordagem	cirúrgica	pode	levar	de	1	a	6	meses	após	a	conclusão	da	terapia	relacionada	
a	causa.	
Essa	rotina	apresenta	as	vantagens:	
ü A	 remoção	 de	 cálculo	 e	 da	 placa	 bacteriana	 pode	 eliminar	 ou	 reduzir	 consideravelmente	 o	
infiltrado	de	células	inflamatórias	na	gengiva	possibilitando	determinar	um	contorno	gengival	e	
a	profundidade	de	bolsa	de	modo	mais	real	
ü A	redução	da	inflamação	gengival	torna	os	tecidos	fibrosos	e	com	isso	mais	firmes	o	que	facilita	
a	 manipulação	 cirúrgica	 dos	 tecidos	 moles.	 A	 propensão	 ao	 sangramento	 fica	 reduzida,	
facilitando	a	visualização	do	campo	cirúrgico.	
ü Estabelecer	melhores	condições	para	uma	correta	avaliação	do	prognóstico.	A	efetividade	do	
controle	 do	 paciente,	 	que	é	 importante	para	o	estabelecimento	 de	 um	prognóstico	a	 longo	
prazo,	 pode	 ser	 avaliada.	 Um	 paciente	 que	 não	 faça	 o	 controle	 não	 é	 bom	 candidato	 ao	
tratamento	cirúrgico		
	
Gengivectomia		
“a	excisão	da	parede	de	tecido	mole	da	bolsa	periodontal	patológica”	
	
Técnica	
	
1. Anestesia	da	região	indicada	para	a	cirurgia	
	
2. Identificar	a	profundidade	das	bolsas	com	uma	sonda	periodontal	convencional,	ao	nível	do	fundo	
da	bolsa.	
	
3. Fazer	guia	de	incisão	através	de	pontos	sangrantes:	A	gengiva	é	perfurada	com	a	sonda	e	um	ponto	
sangrante	 é	 produzido	 na	 superfície	 externa	 do	 tecido	mole.	As	 bolsas	 são	 sondadas	 e	 diversos	
pontos	sangrantes	são	produzidos	ao	 redor	de	cada	dente	na	região.	A	sequencia	desses	pontos	
demarcará	a	profundidade	das	bolsas	na	área	indicada	para	tratamento	sendo	usadas	como	um	guia	
a	incisão.	
	
4. Incisão	primária,	que	pode	ser	feita	com	um	bisturi	(lamina	12	ou	15)	ou	com	gengivótomo	,	deve	
ser	biselada	para	proporcionar	uma	margem	afilada	e	festonada	da	gengiva	remanescente.	Assim	
na	 área	 que	 a	 gengiva	 é	 mais	 volumosa	 a	 incisão	 deve	 ser	 feita	 mais	 apicalmente	 aos	 pontos	
sangrantes	do	que	nas	áreas	em	que	a	gengiva	é	mais	delgada,	 ,onde	se	 faz	necessário	um	bisel	
menos	acentuado.	A	 incisão	biselada	é	direcionada	à	base	da	bolsa	ou	em	um	nível	 ligeiramente	
apical	em	relação	à	extensão	apical	do	epitéliojuncional.	Nas	áreas	onde	as	bolsas	interdentais	são	
mais	profundas	que	as	bolsas	vestibulares	ou	linguais	(palatinas),	quantidades	adicionais	de	gengiva	
vestibular	e/ou	ligual	(palatina)	deve	ser	removidas,	a	fim	de	restabelecer	o	contorno	“fisiológico”	
da	margem	gengival.	Isso	é	normalmente	obtido	iniciando	a	incisão	em	um	nível	mais	apical.	
	
5. Incisão	secundária	:	o	tecido	interproximal	é	separada	do	periodonto	interdental	por	meio	de	uma	
incisão	secundária	utilizando-se	um	gengivótomo	de	Orban	(1	ou	2)ou	gengivotomo	de	Waerhaug	
(1	ou	2)	
	
6. Os	tecidos	são	removidos,	cuidadosamente,	com	uma	cureta	ou	raspador.	O	tecido	remanescente	
é	removido	com	uma	cureta	ou	tesoura.	Pequenas	compressas	de	gaze	frequentemente	precisam	
ser	acomodadas	nas	áreas	interdentais	para	controlar	o	sangramento.	
		
7. Raspagem	e	alisamento	radicular:	Quando	o	campo	operatório	está	adequadamente	preparado,	as	
superfícies	radiculares	expostas	são	cuidadosamente	raspadas	e	alisadas.	
8. Nova	sondagem,	após	o	debridamento	meticuloso	as	regiões	dentogengivais	devem	ser	sondadas	
para	detetar	alguma	bolsa	remanescente.		
	
	
9. Contorno	 gengival	 verificado	 e	 se	 necessário	 corrigido	 por	 meio	 de	 gengivótomo	 ou	 broca	
diamantada.	
10. Cobertura	da	superfície	da	ferida	com	cimento	cirúrgico,	para	proteção	da	área	incisada	durante	o	
período	de	cicatrização.	O	cimento	deve	ficar	bem	adaptado	as	superfícies	vestibular	e	lingual	bem	
como	aos	espaços	interproximais.	Ter	o	cuidado	de	não	deixar	que	o	cimento	fique	muito	volumoso,	
pois,	além	de	desconfortável	para	o	paciente,	pode	facilitar	o	deslocamento	do	curativo.	Deve	ser	
mantido	por	10	–	14	dias.	
	
11. Remoção	 do	 cimento	 e	 higiene	 e	 polimento	 dos	 dentes.	 As	 superfícies	 radiculares	 devem	 ser	
cuidadosamente	examinadas	e	qualquer	cálculo	remanescente	deve	ser	removido	com	uma	curete.	
O	excesso	de	tecido	de	granulaçãoo	deve	ser	eliminado	com	uma	cureta.		
12. O	 paciente	 é	 orientado	 a	 higienizar	 adequadamente	 a	 área	 operada	 que	 agora	 apresenta	 uma	
morfologia	diferente	daquela	pré-operatória.	
	
	
	
	
	
Procedimento	a	retalho	
	
Retalho	original	de	Widman	(1918)	
Para	eliminação	de	bolsa	
“remover	o	epitélio	da	bolsa	e	o	tecido	conjuntivo	inflamado,	facilitando	com	isso	a	correta	higienização	das	
superfícies	radiculares”	
	
	
Técnica:	
• Incisões	 relaxantes	verticais	para	demarcar	a	área	a	 ser	operada,	 iniciando	na	região	mediana	da	
margem	gengival	vestibular	de	dois	dentes	adjacentes	à	área	a	ser	operada	e	continuava	por	alguns	
milímetros	na	mucosa	alveolar.	
	
	Unidas	por	uma	incisão	gengival,	que	separa	o	epitélio	da	bolsa	e	o	tecido	conjuntivo	inflamado	da	
gengiva	não-inflamada.	Incisões	relaxantes	e	gengivais	semelhantes	por	lingual	se	fosse		necessário.	
• Retalho	mucoperiósteo	 rebatido	 para	 expor	 2-3mm	do	 osso	 alveolar	marginal.	 Colar	 de	 gengiva	
infamada	em	torno	dos	dentes	era	removido	com	curetas	
	
	
e	 as	 superficies	 radiculares	 eram	 cuidadosamente	 raspadas.	 Recomendava	 um	 recontorno	 ósseo	
para	uma	forma	anatómica	ideal	do	osso	alveolar	subjacente	
	
• Debridamento	cuidadoso	dos	dentes	na	área	cirúrgica,	os	retalhos	vestibular	e	lingual	reposicionados	
e	mantidos	na	posição	por	suturas	interproximais.	Posicionar	a	margem	do	tecido	gengival	no	nível	
da	crista	óssea	alveolar	para	não	haver	bolsa	remanescente.	
	
frequentemente	regiões	interproximais	ficavam	sem	cobertura	de	tecido	mole	
	
Vantagens		
1. Pouco	desconforto	=	cicatrização	por	primeira	intenção	
2. Possível	estabelecer	adequado	contorno	do	osso	alveolar	nas	áreas	com	defeitos	ósseos	angulares		
	
	
	
Retalho	de	Neumann	(1920)	
	
Técnica	
• Uma	 incisão	 intra-sulcular	 até	 a	 base	 da	 bolsa	 periodontal,	 e	 toda	 a	 gengiva	 e	 parte	 da	mucosa	
alveolar	era	elevada	com	um	retalho	mucoperiósteo	
	
Incisões	relaxantes	verticais	eram	feitas.	
• Após	a	elevação	do	retalho,	a	parte	interna	era	curetada	para	a	remoção	do	epitélio	da	bolsa	e	tecido	
de	granulação.	Superfícies	radiculares	eram	limpas.	Irregularidades	do	osso	eram	corrigidas.	
• Retalhos	 ajustados,	 para	 que	 tivesse	 adaptação	 ideal	 aos	 dentes	 e	 cobertura	 do	 osso	 alveolar	
vestibular	e	lingual	e	áreas	interproximais.	Ressaltou	importância	de	reposicionamento	do	retalho	ao	
nível	da	crista	óssea	alveolar	
	
Cirurgia	a	retalho	modificado	(1931)	
Usado	no	tratamento	das	“bolsas	periodontais	purulentas”	
• Incisões	intra-sulculares	eram	feitas	até	o	fundo	da	bolsa	
	
	
Por	vestibular	e	lingual	até	as	interproximais.	
• A	gengiva	era	 retraída	V	e	 L	para	expor	as	 superfícies	radiculares	doentes	e	debridadas.	Defeitos	
ósseos	angulares	curetados.	
	
• Após	a	eliminação	do	epitélio	da	bolsa	e	do	tecido	de	granulação	da	face	interna	dos	retalhos,	eram	
reposicionados	na	posição	original	e	mantidos	por	suturas	interproximais	
	
	
	
	
Retalho	posicionado	apicalmente	(1950	–	1960)	
Importância	de	uma	faixa	adequada	de	gengiva	inserida	após	a	cirurgia	
Todo	o	complexo	de	tecido	mole	era	deslocado	no	sentido	apical	
	
	
	
Técnica	
• Incisão	feita	em	bisel	invertido	usando	um	bisturi	com	lamina	Bard-Parker	(12B	ou	15).	A	distancia	
da	margem	gengival	para	a	incisão	depende	da	profundidade	da	bolsa	e	da	espessura	e	largura	da	
gengiva	inserida	
	
A	incisão	biselada	deve	ter	um	contorno	festonado	para	que	tenha	maior	cobertura	proximal	do	osso	
alveolar	ao	reposicionar.	Incisões	verticais	relaxantes	estendem-se	até	a	mucosa	alveolar	em	cada	
ponto	terminal	da	incisão	biselada	para	permitir	o	posicionamento	apical	do	retalho	
• Retalho	mucoperiósteo	 (gengiva	e	mucosa	alveolar	 vestibular)	 é	afastado	com	um	descolador	de	
periósteo.	 Este	 é	 estendido	 além	 da	 linha	 mucogengival	 para	 que	 depois	 seja	 posicionado	
apicalmente.	 Colar	marginal,	 incluindo	 epitélio	 da	 bolsa	 e	 tecido	 de	 granulação	 é	 removido	 com	
curetas	e	as	superfícies	radiculares	raspadas	e	alisadas.	
	
	
• Crista	óssea	alveolar	recontornada	para	recuperar	a	forma	normal	do	processo	alveolar	em	nível	mais	
apical.	Feita	com	brocas	e/oi	cizéis	para	osso	
	
• Retalho	vestibular	reposicionado	na	altura	da	crista	óssea	recontornada	e	mantido	nessa	posição		
	
Cimento	cirúrgico	deve	ser	aplicado	para	proteger	o	osso	exposto	e	manter	tecido	mole	na	altura	da	
crista	óssea,	pois	nem	sempre	este	estão	cobertos	pelo	tecido	mole	dependendo	da	técnica	incisional	
e	excisional	usada.	
	
	
	
	
	Para	bolsas	na	área	PALATINA,	modificação	do	retalho	posicionado	apicalmente,	retalho	em	bisel	
• Retalho	 biselado,	 incisão	 intra-sulcular	 até	 o	 fundo	 da	 bolsa	 periodontal	 e	 mucoperiósteo	
convencional	é	afastado	
	
• Superfícies	dentárias	são	debridadas	e	é	feito	o	recontorno	ósseo	
	
• Retalho	reposicionado	e	a	margem	é	preparada	e	ajustada	à	crista	óssea	alveolar	por	uma	incisão	
secundária	contornada	e	biselada	
	
	
O	retalho	é	mantido	nessa	posição	por	suturas	interproximais	
	
	
	
Vantagens	do	retalho	posicionado	apicalmente	
1. Mínima	profundidade	de	bolsa	pós-operatória	
2. Ótima	cobertura	do	osso	alveolar	é	obtida,	a	perda	óssea	pós-cirúrgica	é	mínima		
3. Posição	 pós-operatória	 da	 margem	 gengival	 pode	 ser	 controlada	 e	 todo	 o	 complexo	
mucogengival	preservado,	
Desvantagens	
1. Estética	
2. Sensibilidade	radicular	
Causadas	 pela	 resseção	 óssea	 e	 a	 exposição	 das	 superfícies	 radiculares,	 pela	 perda	 dos	 tecidos	
periodontais.	
	
	
	
	
Retalho	Widman	Modificado	(1974)	
Também	conhecida	como	técnica	de	raspagem	a	campo	aberto	
Não	é	feito	descolamento	apical	do	retalho	com	eliminação	dos	defeitos	ósseos	(como	na	de	retalho	original	
de	Widman)	
			
Técnica	
• Incisão	inicial	deve	ser	paralela	ao	longo	eixo	do	dente	e	posicionada	a	cerca	de	1mm	da	margem	
gengival	vestibular,	para	separaradequadamente	o	epitélio	da	bolsa	e	o	retalho	
	
Se	a	bolsa	V	for	menor	que	2mm	ou	aspetos	estéticos	forem	importantes	pode	ser	feita	uma	incisão	
intra-sucular.	
A	incisão	deve	estender-se	o	máximo	possível	entre	os	dentes.	
Uma	 incisão	 semelhante	 é	 feita	 por	 palatino.	 Frequentemente	 o	 contorno	 parabólico	 da	 incisão	
inicial	pode	ser	acentuado	com	a	posicionamento	da	lamina	a	uma	distancia	de	1	a	2mm	da	porção	
mediana	da	face	palatina	dos	dentes.	
Incisões	relaxantes	verticais	não	são	necessárias,	geralmente.		
• Retalhos	 totais	V	 e	 P	 são	 elevados	 com	um	descolador	 de	 periósteo.	 Rebatimento	 limitado	 para	
permitir	a	exposição	de	alguns	milímetros	do	tecido	ósseo.		
Segunda	Incisão,	intra-sulcular	para	facilitar	a	separação	do	colar	do	epitélio	da	bolsa	e	do	tecido	de	
granulação	das	superfícies	radiculares	
	
	
• Terceira	incisão	feita	em	direção	horizontal	e	num	ponto	próximo	a	crista	óssea	alveolar,	separa	o	
colar	de	tecido	mole	das	superfícies	radiculares	do	osso	
		
• Epitélio	da	bolsa	e	tecido	de	granulação	são	 removidos	por	meio	de	 curetas.	Raízes	expostas	 são	
raspadas	e	aplainadas,	exceto,	uma	área	estreita	perto	da	crista	óssea,	onde	são	preservadas	fibras	
de	inserção	remanescentes.	Defeitos	ósseos	angulares	são	cuidadosamente	curetados	
	
	
• Depois	 da	 curetagem	 retalho	 ajustado	 ao	 osso	 alveolar	 para	 uma	 completa	 cobertura	 do	 osso	
interproximal.	
	
Se	essa	adaptação	não	puder	ser	obtida	por	meio	do	recontorno	do	tecido	mole,	alguma	quantidade	
de	osso	pode	ser	removida	para	facilitar	a	tão	importante	adaptação	do	retalho.	 	Os	retalhos	são	
suturados	com	pontos	interproximais.	
Cimento	cirúrgico	pode	ser	colocado	sobre	a	área	para	garantir	a	intima	adaptação	dos	retalhos	ao	
osso	alveolar	e	as	superfícies	radiculares.	O	cimento	e	as	suturas	são	removidos	após	1semana	
	
Vantagens	
1. Possibilidade	de	obter	intima	adaptação	dos	tecidos	moles	as	superfícies	radiculares	
2. O	trauma	mínimo	ao	qual	ficam	expostos	o	osso	alveolar	e	o	tecido	conjuntivo	
3. Menor	exposição	das	superfícies	radiculares,	no	ponto	de	vista	estético	é	uma	vantagens	nas	
regiões	anteriores		
	
	
Retalho	para	preservação	de	papila	(1985)	
	
É	frequentemente	usada	no	tratamento	cirúrgico	das	regiões	anteriores	(por	razões	estéticas)	
	
Técnica	
• Incisão	intra-sulcular	na	vestibular	e	proximal	dos	dentes,	mas	sem	incisões	na	papila	interdental	
	
	
Incisão	 intra-sulcular	pela	face	 lingual/palatina	com	incisão	semilunar	feita	ao	 longo	de	cada	área	
interdental,	 que	 pode	 se	 estender	 apicalmente	 até	 no	mínimo	 5mm	do	 angulo	 dos	 dentes,	 que	
permitirá	a	disseção	do	tecido	interdental	da	face	lingual/palatina	de	modo	que	possa	ser	afastado	
intacto	com	o	retalho	vestibular.	
Nas	situações	em	que	o	defeito	ósseo	se	apresenta	extenso	pó	lingual/palatino,	a	incisão	semilunar	
pode	 ser	feita	na	face	vestibular	da	área	 interdental,	para	que	as	papilas	possam	ser	 incluídas	no	
retalho	lingual/palatino.	
• Com	 uma	 cureta	 ou	 bisturi	 interproximal	 libera-se	 a	 papila,	 cuidadosamente,	 do	 tecido	 duro	
subjacente.	O	tecido	interdental	descolado	é	empurrado	através	do	espaço	interproximal	com	um	
instrumento	rombo		
	
	
• Um	 retalho	 total	 é	 rebatido	 com	 um	 destaca-periósteo	 nas	 superfícies	 vestibular	 e	 lingual.	 As	
superfícies	 radiculares	 expostas	 são	 minuciosamente	 raspadas	 e	 alisadas,	 e	 os	 defeitos	 ósseos	
cuidadosamente	curetados	
																 	
• Com	o	retalho	rebatido	as	margens	do	retalho	e	do	tecido	interproximal	são	raspadas	para	remover	
o	epitélio	da	bolsa	e	o	tecido	de	granulação	em	excesso.	Nas	áreas	anteriores	deve	ser	limitada	
para	manter	a	máxima	espessura	do	tecido.	
• Os	retalhos	são	reposicionados	e	suturados	usando	sutura	tipo	colchoeiro	
	
Outra	alternativa	é	a	sutura	direta	das	incisões	semilunares	se	esta	for	a	única	forma	de	fechar	o	
retalho.	O	cimento	cirúrgico	pode	ser	aplicado	para	proteger	a	área.	Cimento	e	suturas	removidos	
após	1semana	
	
	
Objetivos	da	cirurgia	periodontal	
É	contribuir	para	manutenção	periodontal,	facilitando	a	remoção	de	placa	e	controle	da	infeção	
1. Criando	acesso	para	uma	adequada	raspagem	e	alisamento	radiculas	
2. Estabelecendo	uma	morfologia	gengival	que	facilite	o	controle	de	placa	pelo	paciente	
	
	E	pode	auxiliar	na	regeneração	da	inserção	periodontal	perdida	pela	doença	
	
Aspetos	que	dificultam	o	debridamento	
1. Aumento	da	profundidade	da	bolsa	
2. Largura	excessiva	da	superfície	dentaria	
3. Presença	de	fissuras	e	concavidade	radiculares,	furcas	e	margens	deficientes	de	restaurações	
dentárias	subgengivais	
	
	
Suspeitar	caso:	
1. A	superfícies	radicular	apresente	rugosidade	ou	aspereza	após	a	raspagem	
2. A	inflamação	persista,	e	ao	sondar	delicadamente	ocorra	sangramento.	
	
	
	
Objetivos	no	final	do	tratamento:	
1. Ausência	de	depósitos	supra	ou	subgengivais	
2. Ausência	de	bolsas	com	sinais	de	doença	(ausência	de	sangramento)	
3. Ausência	de	deformidades	na	morfologia	gengival	que	possam	reter	placa	
	
Indicação	para	cirurgia	periodontal:	
1. Acesso	adequado	para	raspagem	e	alisamento	radicular	
2. Estabelecimento	de	uma	morfologia	favorável	da	região	dentogengival	que	favoreça	o	controle	de	
placa	
3. Redução	da	profundidade	de	bolsa	
4. Correção	de	deformidade	gengivais	
5. Mudança	 da	 margem	 gengival	 para	 uma	 posição	 mais	 apical	 em	 restaurações	 com	 término	
subgengival	
6. Facilitar	a	terapia	restauradora	apropriada		
	
O	paciente	que	falha	na	cooperação	durante	a	fase	da	terapia	associada	à	causa	não	deve	ser	submetido	ao	
tratamento	cirúrgico.	Mesmo	que	o	controle	da	 infeção	pós-operatória	a	curto	prazo	envolva	tratamentos	
profissionais	 frequentes,	 a	 responsabilidade	 por	manter	 uma	 boa	 higiene	 oral	 a	 longo	 prazo	 deve	 ser	 do	
paciente.	
Um	típico	programa	de	controle	de	pacientes	periodontais	envolve	consultas	a	cada	3-	6meses.	
	
o Hipertensão	Arterial	
Normalmente	não	impede	a	cirurgia	periodontal	
Anestésicos	locais	sem	adrenalina	ou	com	baixas	concentrações	podem	ser	usados	
Preferência	para	seringas	com	aspiração	para	evitar	injeção	intravascular	
o Angina	pectoris	
Normalmente	não	impede	a	cirurgia	periodontal		
Pré-medicação	com	sedativos	e	uso	de	anestesia	local	com	pouca	adrenalina	são	recomendados	
Evitar	injeção	intravascular	
o Infarto	do	miocárdio	
Não	devem	ser	submetidos	a	cirurgia	periodontal	nos	6	meses	seguintes	a	hospitalização	
Depois	desse	período	somente	em	cooperação	com	o	médico	responsável	
o Tratamento	com	anticoagulantes	
Risco	maior	de	sangramento	
Primeiro	 consultar	 ao	 médico	 do	 paciente	 para	 determinar	 se	 alguma	 modificação	 da	 terapia	
anticoagulante	é	indicada	
Ajuste	da	terapia	deve	ser	iniciado	2-3dias	antes	
O	uso	dos	anticoagulantes	pode	ser	retomado	imediatamente	apos	a	cirurgia	periodontal		
Não	usar	aspirina	e	atiinflamatórios	não	esteroides	para	dor	 pós	operatória,	por	 sua	 tendência	a	
aumentar	o	sangramento		
Tetraciclinas	são	contra-indicadas	em	pacientes	em	uso	de	anticoagulantes	devido	a	sua	interferência	
com	a	formação	da	protrombina		
o Endocardite	reumática,	doenças	congénitas	cardíacas	e	implantes	cardíasco/vasculares	
Risco	 de	 transmissão	 de	 bactérias	 para	 tecidos	 e	 implantes	 do	 coração	 durante	 a	 bacteremia	
transitória	seguinte	a	manipulação	das	bolas	periodontais	infetadas.	
	
Cirurgia	e	extração	devem	ser	precedidos	por	prescrição	e	administração	de	antibióticos	em	altas	
doses	 e	bochechos	 com	 anti	 sépticos(clorexidina	 0,2%)	2g	de	amoxicilina	 ,	 via	oral,	1h	antes	 do	
tratamento	
Caso	o	paciente	seja	alérgico	a	penicilinas	–	clindamicina	600mg	via	oral	1h	antes	do	tratamento	
Tetraciclinas	e	eritromicinas	não	são	recomendadas		
	
o Pacientes	transplantados	
Maior	risco	de	hiperplasia	gengival	e	hipertensão	
Fortetendência	a	 recidiva,	 terapia	periodontal	 conservadora	deve	ser	 intensificada	para	prevenir	
essa	hiperplasia	
Recomenda-se	a	profilaxia	antibiótica	e	o	bochecho	anti-séptico	(clorexidina	0,2%)	preceder	a	terapia	
cirúrgica	
	
o Função	adrenal	
Pode	estar	prejudicada	em	pacientes	que	recebem	altas	dosagens	de	corticoesteróides	por	longos	
períodos	
Redução	da	resistência	ao	estresse	físico	e	mental	
O	medico	deve	ser	consultado	
	
o Pacientes	 portadores	 de	 discrasias	 sanguíneas	 como	 leucemia	 aguda,	 agranulocitose	 e	
linfogranulomatose	não	podem	ser	submetidos	a	cirurgia	periodontal		
Anemias	 de	 forma	branda	e	 compensada	 impedem	o	 tratamento	cirúrgico,	 formas	mais	graves	e	
descompensadas	 podem	 levar	 a	 diminuição	 na	 resistência	 a	 infeção	 e	 maior	 tendência	 ao	
sangramento.		
O	médico	deve	ser	sempre	consultado	
	
o Diabetes	mellitus	
Baixa	resistência	a	infeção		
Cicatrização	retardada	
Predisposição	a	arteriosclerose	
Paciente	controlados	podem	ser	submetidos	a	cirurgia	periodontal	desde	que	não	haja	interferências	
na	rotina	diária	de	dieta	e	insulina	
	
o Esclerose	múltipla	e	doença	de	Parkinson	
Em	 casos	 graves	 podem	 impossibilitar	 a	 cirurgia	 periodontal	 ambulatorial,	 sendo	 necessária	
anestesia	geral,	pela	paralisia,	função	prejudicada,	tremor	e	reflexos	incontroláveis.	
	
o Epilepsia		
Normalmente	tratada	com	fenitoina		que	pode	provocar	hiperplasia	gengival	
Pode	ser	submetido	a	cirurgia	periodontal	para	correção	da	hiperplasia,	porém	com	forte	tendência	
a	recidiva.	
Em	muitos	casos,	recidiva	pode	ser	combatida	intensificando-se	o	controle	de	placa	
	
o Tabagismo	
Não	pode	 ser	considerado	uma	contra-indicação	para	o	tratamento	periodontal	cirúrgico,	mesmo	
que	influencie	negativamente	no	processo	de	cicatrização.	
	
	
Anestesia		
		
Perda	da	perceção	ou	sensibilidade	a	uma	certa	região	do	corpo.	
Anestésico	 bloqueia	 a	 geração	 dos	 impulsos	 ao	 longo	 das	 fibras	 nervosas,	 transmitidos	 poe	 uma	 rápida	
despolarização	e	repolarização	dentro	do	axónio,	impedindo	a	movimentação	dos	íons	de	sódio.	No	interior	
	
do	axónio	a	droga	interage	com	recetores	específicos	,	na	superfície	externa	ou	interna	dos	canais	de	sódio,	
exercendo	um	efeito	inibidor	sobre	o	fluxo	de	sódio,	inibindo	a	condução	do	impulso.	
	
	
Mais	usados	(menos	alergia)	
1. Lidocaína	
2. Mepivacaína		
3. Prilocaína	
4. Articaína	
	
Vasocontritores	(hemostasia	local)	
1. Epinefrina	
O	uso	de	vasoconstritores	adrenérgicos	pode	aumentar	a	dor	pós-operatória	e	retardar	o	processo	
de	cicatrização	devido	a	isquemia	local.	Com	subsequente	acidose	tecidual	e	acumulo	de	mediadores	
da	inflamação.	
Não	se	pode	ignorar	a	possibilidade	de	uma	necrose	isquémica	dos	retalhos	cirúrgicos	infiltrados	com	
vasoconstritor	adrenérgico,	principalmente	quando	é	usado	norepinefrina	no	lugar	de	epinefrina.	
Por	 tanto	 o	 uso	 de	 analgésicos	 com	 vasoconstritores	 adrenérgicos	 com	 finalidade	 de	 obter	
hemostasia	da	área	deve	ser	realizado	somente	quando	necessário	e	não	por	hábito	
A	felipressina	é	menos	eficaz	para	controlar	hemorrágico	durante	o	procedimento	cirúrgico	
	
Fatores	que	podem	ocasionar	a	falha	na	anestesia	
1. Precisão	na	administração	da	droga	
2. Variação	anatómica	entre	pacientes	(ex:	pacientes	idosos	com	reabsorção	óssea)	
3. Condições	dos	tecidos	na	região	da	injeção	(inflamação,	vascularização)	
4. Condição	geral	do	paciente	
5. Fatores	psicológicos		
	
Técnica	anestésica	em	cirurgia	periodontal	
É	obtida	por	bloqueio	nervoso	e/ou	infiltração	local.	
Em	casos	de	cirurgia	a	retalho	antes	do	início	da	cirurgia	a	anestesia	deve	estar	completa	porque	completar	
após	exposição	óssea	pode	ser	mais	difícil.		
Mandíbula	–	Bloqueio	do	nervo	alveolar	e/ou	nervo	mentoniano	
Maxila	–	fundo	de	vestíbulo,	área	depende	da	área	programada	para	cirurgia,	sendo	maior	dependendo	da	
extensão	da	cirurgia	+	nervos	palatinos	com	posição	90o	em	relação	a	mucosa	10mm	apicalmente	a	margem	
gengival	adjacente.	Bloqueio	do	nasopalatino	e	palatino	maior	pode	ser	requerido	por	vezes	
	
	
	
Indicações	gerais	das	técnicas	cirúrgicas	
Gengivectomia	
ü Presença	de	bolsas	periodontais	supra-ósseas	profundas	
ü Corrigir	contornos	gengivais	anormais	(crateras	e	hiperplasias)	=	gengivoplastia	
ü Gengivectomia	com	bisel	interno	–	para	casos	que	o	fundo	da	provável	bola	está	localizado	abaixo	
da	junção	mucogengival.	Não	adequada	para	remoção	integral	da	gengiva	inserida	
ü Não	pode	ser	usada	em	sítios	periodontais	que	apresentem	feitos	infra-ósseos	ou	crateras	ósseas	
	
	
Cirurgia	a	retalho	com	ou	sem	cirurgia	óssea	
ü Podem	ser	usadas	em	 todos	os	casos	em	que	o	tratamento	cirúrgico	da	doença	periodontal	está	
indicada	
ü Uteis	em	sítios	onde	as	bolsas	se	estendem	além	da	linha	mucogengival	e/ou	onde	é	necessário	o	
tratamento	de	lesões	ósseas	que	atingem	a	área	de	furca	
	
Vantagens	
1. Preservar	a	gengiva	
2. Osso	alveolar	marginal	exposto,	possibilitando	a	identificação	da	morfologia	dos	defeitos	ósseos	
e	o	tratamento	adequado	
3. As	áreas	de	furca	são	expostas	e	o	grau	de	envolvimento	e	a	relação	do	dente-osso	podem	ser	
identificadas	
4. O	 retalho	 pode	 ser	 retornado	 à	 sua	 posição	 original	 ou	 reposicionado	 apicalmente,	 o	 que	
possibilita	o	ajuste	da	margem	gengival	as	condições		
5. Procedimento	a	retalho	preserva	o	epitélio	oral,	e	quase	sempre	é	desnecessária	a	aplicaçãoo	
do	cimento	cirúrgico	
6. Pós-operatório	geralmente	é	menos	desconfortável	comparado	com	a	gengivectomia	
	
Decisões	de	tratamento	para	os	tecidos	moles	e	duro	na	cirurgia	a	retalho	
	
	
	
Tecidos	moles	
	
	
Retalho	posicionado		
			coronariamente		
	
	
	
	
	
Retalho	reposicionado		
								apicalmente	
	
	
	
	
Independentemente	da	posição	do	retalho,	o	objetivo	deve	ser	a	proteção	completa	do	osso	alveolar	por	
tecido	mole	(vestibular,	distal	e	mesiais)	
	
	
Tecido	duro	das	bolsas	
	
Transformar	um	defeito	infra-ósseo	em	um	defeito	supra-ósseo	
Fatores	a	considerar	para	decidir	o	tipo	de	tratamento	a	realiza:	
• Estética	
• Dente/	região	envolvida	
• Tipo	de	defeito	
• Quantidade	remanescente	do	periodonto	
Como	 o	 osso	 alveolar	 serve	 de	 suporte	 para	 o	 tecido	 mole,	 a	 modificação	 em	 sua	 altura	 por	 meio	 do	
recontorno	ósseo,	resultará	em	uma	recessão	do	tecido	mole.	
Retalho	de	Kirkland	
Retalho	modificado	de	Widman	
Retalho	com	preservação	da	papila	
Retalho	original	de	Widman	
Retalho	de	Neuman	
Retalho	reposicionado	Apicalmente	
Dentes	posteriores	
(padrão)	
Região	anterior	
(Considerar,	por	possuir	maior	período	de	adaptação	
para	o	paciente	frente	a	recessão	inevitável)	
	
Região	anterior	deve	ser	mais	conservador	com	relação	a	eliminação	de	feitos	ósseos	proximais	por	motivos	
ósseos	 por	 razões	 estéticas	 (por	 exemplo,	 no	 caso	 de	 uma	 cratera	 proximal	 pode	 frequentemente	
eliminar/resuzir	a	parede	óssea	lingual	mantendo	o	suporte	ósseo	para	o	tecido	mole	por	vestibular)	
		
	
	
	
Técnicas	de	sutura	
	
Os	3	mais	utilizados:	
1. Sutura	interdentais	interrompidas	
Íntima	 adaptação	 interdental	 entre	 os	 retalhos	 V	 e	 L	 com	 tensão	 igual	 em	 ambos	 lados.	 Não	
recomendada	quando	os	retalhos	V	e	L	forem	reposicionados	em	níveis	deferentes.	
						
	
Modificada	(evita	que	haja	sutura	entre	a	mucosa	e	o	osso	alveolar	na	área	interdental)	
	
	
2. Sutura	suspensórias	
Quando	é	pouco	extenso,	somente	a	face	vestibular	ou	lingual	do	dente,	ou	quando	os	retalho	V	e	L	
estão	em	níveis	diferentes	
	
	
3. Suturas	contínuas	
Quando	estão	envolvidos	vários	dentes,	e	os	retalhos	precisam	ser	reposicionados	apicalmente	
	
	
	
	
Cimentos	cirúrgicos		
	
• Proteger	a	ferida	apos	a	cirurgia	
• Obter	 e	manter	 a	 adaptação	 do	 retalho	 ao	 osso	 subjacente	 (principalmente	 quando	 o	 retalho	 é	
reposicionado	apicalmente)• Proporcionar	conforto	para	o	paciente	
	
Propriedades:	
• Deve	ser	macio,	mas	possuir	plasticidade	e	flexibilidade	suficiente	para	facilitar	a	sua	colocação	e	
adaptação	na	área	operada.	
• Tempo	de	presa	num	tempo	razoável	
• Após	a	presa	ter	rigidez	suficiente	para	evitar	fratura	e	deslocamento	
• Apos	a	presa,	superfície	lisa	para	evitar	irritação	as	bochechas	e	aos	lábios	
	
• Deve	ter	propriedade	bactericidas	para	impedir	a	formação	excessiva	de	placa	
• Não	deve	prejudicar	a	cicatrização		
	
	
	Técnica	de	aplicação	
• Certificar	que	o	sangramento	dos	tecidos	operados	cessou	
• Secar	cuidadosamente	os	dentes	e	o	tecido	mole	para	melhorar	a	adesão	
• Umedecer	as	luvas	cirúrgicas	para	evitar	a	aderência	do	material	à	ponta	dos	dedos	
• Deve-se	 preencher	 as	 regiões	 interproximais	 primeiro,	 preferencialmente	 e	 depois	 as	 superfícies	
vestibular	e	lingual	dos	dentes.	Assegurar	que	não	haja	cimento	entre	o	retalho	e	o	osso	ou	superfície	
radicular.	
• Alisar	a	superfície	do	cimento	e	retirar	o	excesso	com	instrumento	apropriado,	não	deve	recobrir	
mais	do	que	o	terço	apical	das	superfícies	dentárias.	Verificar	interferência	nas	estruturas	da	região	
mucogengival	para	evitas	deslocamento	do	cimento.	
	
	
Tratamento	de	lesão	de	furca	
	
	
Complexo	radicular		=	
	
	
Tronco	radicular	representa	a	região	“não	dividida”	da	raiz,	definida	como	a	distância	entre	a	CEF	e	a	linha	de	
separação	(furca)	entre	dois	cones	radiculares	(raízes)	
Dois	ou	mais	cones	radiculares	formam	a	região	de	furca	do	complexo	radicular		
A	furca	é	a	área	localizada	entre	os	cones	radiculares	
	
O	fórnix	da	furca	é	o	teto	da	furca	
	
	
Classificação	
	
	
	
	
	
	
	
Grau	I
•Perda	horizontal	dos	tecidos	de	suporte	não excedendo	
1/3	da	largura do	dente
Grau	II
•Perda	horizontal	dos	tecidos	excedendo	1/3	da	largura do	
dente,	mas	não	envolvendo	toda	a	largura da	área	de	furca
Grau	III
•Destruição	horizontal	“lado	a	lado” dos	tecidos	de	suporte	
na	área	de	furca.	Atravessando
Tronco	radicular	
													+	
Cones	radiculares	
	
	
Objetivos	
1. Eliminação	da	placa	microbiana	das	superfícies	expostas	do	complexo	radicular	
2. Estabelecimento	de	uma	anatomia	das	superfícies	afetadas	que	facilite	o	adequado	autocontrole	de	
placa	
	
Terapia	recomendada	
:	
	
	
Plastia	de	furca	
É	uma	modalidade	de	tratamento	ressectivo	que	pode	levar	à	eliminação	do	defeito	inter-	radicular	
Odontoplastia	+	osteoplastia	–	o	tecido	dentário	é	removido	e	a	crista	óssea	alveolar	é	remodelada	no	nível	
da	entrada	da	furca	
Usada	principalmente	nas	furcas	V	e	L.	Nas	superfícies	proximais	normalmente	o	acesso	é	limitado	para	este	
tratamento.	
	
Procedimentos		
1. Dissecção	e	elevação	de	um	retalho	para	obter	acesso	à	área	inter-radicular	e	as	estruturas	ósseas	
vizinhas	
2. Remoção	 do	 tecido	 mole	 inflamatório	 da	 área	 da	 furca	 seguida	 de	 uma	 cuidadosa	 raspagem	 e	
alisamento	das	superfícies	radiculares	expostas	
3. Remoção	de	substancias	da	coroa	e	da	raiz	de	furca	para	eliminar	ou	reduzir	o	componente	horizontal	
do	defeito	e	para	alargar	a	entrada	da	furca	
4. Recontorno	da	crista	óssea	alveolar	para	reduzir	a	dimensão	vestibulolingual	do	defeito	oseeo	na	
área	de	furca	
Grau	I
•Raspagem	e	alisamento	radicular
•Plastia de	furca
Grau II
•Plastia de	furca
•Regeneração	tecidual	guiada	(nos	MI)
•Tunelização
•Ressecção	radicular
•Extração	dentária
Grau	III
•Tunelização
•Ressecção	radicular
•Extração	dentária
	
5. Posicionamento	e	sutura	do	retalho	muscoso	no	nível	da	crista	alveolar,	de	maneira	a	cobrir	a	entrada	
da	 furca	 com	 tecido	mole.	Apos	 a	 cicatrização,	um	 tecido	 semelhante	a	 “papila”	deverá	 fechar	 a	
entrada	da	furca.	Apos	a	cicatrização	um	tecido	semelhante	a	papila	deverá	fechar	a	entrada	da	furca	
	
ü Ter	em	atenção	a	remoção	excessiva	de	estrutura	dentária	durante	a	odontoplastia	em	dentes	com	
vitalidade,	pois	aumentará	o	risco	de	sensibilidade	radicular		
	
	
Tunelização	
	
É	uma	técnica	utilizada	no	tratamento	de	defeitos	de	furca	grau	II	profundo	e	grau	III	em	molares	inferiores	
Indicada	para	molares	inferiores	que	possuem	tronco	radicular	curto,	amplo	angulo	de	saparação	e	grande	
divergência	entre	as	raízes	mesial	e	distal.	O	procedimento	inclui	a	exposição	cirúrgica	e	o	tratamento	de	toda	
a	área	da	furca	do	molar	afetado.	
	
Procedimento:	
1. Elevação	dos	retalhos	V	e	L	
2. Tecido	granulação	do	defeito	é	removido		
3. Superfícies	radiculares	raspadas	e	alisadas	
4. Ampliação	da	área	de	furca	por	meio	da	remoção	de	parte	do	osso	inter-radicular	
5. Recorte	da	crista	óssea	para	obtenção	de	um	contorno	ósseo	plano	(parte	do	osso	interproximal	na	
M	e	D	do	dente	também	é	removido)	
6. Retalhos	 são	 posicionados	 apicalmente	 ao	 nível	 da	 crista	 óssea	 interproximal	 e	 inter	 radicular	
estabelecida	cirurgicamente	
	
Durante	a	manutenção	as	superfícies	radiculares	expostas	devem	ser	tratas	com	aplicação	tópica	de	
digluconato	de	clorexidina	e	verniz	fluoretado	
	
ü Deve	 ser	 utilizado	 com	 cautela	 por	 existe	 um	 elevado	 risco	 de	 sensibilidade	 radicular	 e	
desenvolvimento	de	lesões	de	carie	no	interior	dos	túneis	preparados	
										
	
	
Hemissecção	radicular	e	Ressecção	radicular	
	
Hemissecção	
Separação	do	complexo	radicular	e	manutenção	
de	todas	as	raízes.	
	
	
	
	
Ressecção		
Separação	e	a	remoção	de	um	ou	duas	raízes	de	
um	dente	multirradicular	
	
	
	
Deve-se	ter	em	consideração	
ü Comprimento	do	troco	radicular:	
Troco	radicular	curto	é	um	bom	candidato	a	hemissecção	e	a	ressecção	
	
Troco	radicular	longo	o	envolvimento	da	furca	ocorre	mais	tarde	no	processo	de	doença	e	pode	ter	
insuficiência	de	tecido	periodontal	de	suporte	remanescente,	apical	a	furca,	não	sendo	neste	caso	
indicado	a	hemi	e	a	ressecção.	
ü Divergência	entre	os	cones	radiculares	
Raízes	com	pouca	divergência	são	tecnicamente	mais	difíceis	de	separar	do	que	raízes	com	amplo	
afastamento.	
Quanto	menor	a	divergência	menor	o	espaço	inter-radicular(furca)	
Em	casos	de	divergência	pequena	pode-se	aumentar	o	espaço	com	movimentos	ortodônticos	ou	com	
odontoplastia	
ü Comprimento	e	a	forma	dos	cones	radiculares	
Cones	 radiculares	 curtos	 e	 pequenos	 apos	 a	Hemissecção	 tendem	 a	 apresentar	 um	 aumento	 de	
mobilidade.	Possuem	também	canais	radiculares	estreitos	difíceis	de	alargar	
Raízes	curtas	e	pequenas	devem	ser	consideradas	pilares	ruins	para	restaurações	protéticas			
ü Fusão	entre	os	cones	radiculares	
Identificar	tanto	pela	sonda	como	pela	radiografia	
Mais	difícil	de	identificação	linha	de	separação	entre	raízes	MVs	(eDVs)	e	as	raízes	P	nos	MS	ou	no	1o	
PMS	superior.	
Entrada	mesial(ou	distal)	da	furca	deve	ser	sondada	de	3-5mm	para	certificar	que	não	existe	fusão	
entre	as	raízes		
ü Quantidade	de	suporte	remanescente	ao	redor	de	cada	raiz	
Determinado	por	meio	de	sondagem	ao	redor	de	toda	circunferência	das	raízes	selecionadas.	
Perda	de	inserção	pode	comprometer	o	prognostico	em	longo	prazo		
ü Estabilidade	individual	da	raiz	
Examinada	apos	a	hemisecção		
Quanto	maior	for	a	mobilidade	do	cone	radicular,	menor	será	a	quantidade	de	tecido	periodontal	de	
suporte	remanescente	
ü Acesso	para	dispositivos	de	higiene	oral	
Apos	a	conclusão	do	tratamento	o	sitio	deve	apresentar	uma	anatomia	que	facilite	a	limpeza	dentaria	
realizada	pelo	paciente.	
	
As	principais	indicações	para	ressecção	radicular	são:	
1. Perda	óssea	severa	afetando	uma	ou	mais	raízes,		
2. Furca	graus	II	e	III	e		
3. Recessão	severa	em	uma	raiz.		
	
As	principais	contra-indicações	seriam:		
1. Raízes	fusionadas,		
2. Arquitetura	tecidual	desfavorável,		
3. Higiene	oral	deficiente			
4. Fatores	sistémicos	que	contraindiquem	qualquer	procedimento	cirúrgico	
5. 	
Sequência	de	tratamento	na	hemissecção	e	na	ressecção	radicular

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