Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Periodontia Periodonto Tecido de recobrimento e suporte do dente 1. Gengiva 2. Ligamento periodontal 3. Cemento 4. Osso alveolar 4.1. Osso alveolar propriamente dito 4.2. Processo alveolar Fase embrionária células da crista neural migram para o 1o arco braquial e formam uma faixa de ectomesênquima – papel dominante no decorrer do desenvolvimento Após formação da lamina dental 1. Estágio de botão 2. Estágio de capuz 3. Estágio de campânula 4. Desenvolvimento da raiz Estagio de CAPUZ, formação de um dente e tecidos periodontais (incluindo osso alveolar propriamente dito) O desenvolvimento da raiz e dos tecidos periodontais segue-se ao da coroa. ü Bainha radicular epitelial de Hertwing, células epiteliais que proliferam na direção apical Os odontoblastos que formam a dentina radicular diferenciam-se através das células mesenquimais na papila dentária A dentina continua a formar-se em direção apical produzindo a raiz Gengiva parte da mucosa mastigatória que cobre processo alveolar e circunda a porção cervical dos dentes Junção/ linha mucogengival Limite entra a mucosa de revestimento e a gengiva (livre + inserida) Stippling (depressões) dão aspecto de casca de laranja Proteção Inserção Epitélio oral é um epitélio pavimentoso estraficado queratinizado Além de células produtoras de quereratina temos: Melanócitos Células de Langerhans Células de Merkel Células inflamatórias O tecido conjuntivo (Lamina própria) é o componente tecidual predominante da gengiva. Células presentes: 1. Fibroblastos predominante Produção de vários tipos de fibras encontradas no tecido conjuntivo e síntese da matriz do tecido conjuntivo 1.1. Fibras Colágenas 1.2. Fibras reticulares 2. Mastócitos Produção de determinados componentes da matriz e também produz substancias vasoativas 3. Macrófagos Fagocitose e síntese no tecido 4. Células inflamatórias ü Granulócitos, neutrófilos/leucócitos ü Linfócitos ü Plasmócitos Espaço biológico dos tecidos mucosos de inserção: 1.Tecido fibroso 2.Inserção de epitélio (epitélio juncional) Varia entre 2,5mm (normal) a 1,8mm (doente) A parte mais variável é o comprimento da inserção epitelial A junção e a barreira epitelial possuem cerca de 2mm de extensão O sulco não faz parte no espaço biológico Espaço biológico: Inserção epitelial + Inserção tecido conjuntivo Zonas de tecido conjuntivo supra-alveolar tem cerca de 1 – 1,5mm de extensão O epitélio se insere via hemidesmossomos tanto na superfície dos dentes quanto nos implantes Tipos de de arquitetura gengival: 1. Biotipo parabólico acentuado ü Dentes longos e finos com coroas cónicas, delicada convexidade cervical ü Mínimas áreas de contato interdental ü Papilas altas e finas ü Fina gengiva livre ü Margem gengival vestibular delicada e muitas vezes localizada apical a CEJ ü Faixa da gengiva estreita e contorno da margem altamente parabólico ü Distancia vertical entra a crista óssea interdental e o osso vestibular é longa > 4mm 2. Biotipo plano ü Incisivos com forma da coroa quadrada e pronunciada convexidade ü Gengiva larga e mais volumosa ü Áreas de contacto entre os dentes são grandes e localizadas mais apicalmente ü Papila interdental pequena ü Distancia vertical entre a crista óssea interdental e o osso vestibular é pequena, cerca de 2mm Doenças Gengivais Induzidas pela Placa A categorização das doenças que afetam a gengiva necessita da avaliação do paciente: 1. Sinais e sintomas 2. História dentária e médica 3. Exame clínico: ü Extensão ü Distribuição ü Duração ü Descrição física das lesões A classificação de doenças gengivais é baseada na presença de placa bacteriana e em fatores que modificam o estado inflamatório da gengiva: ü Fatores locais ou sistemáticos ü Fatores anatómicos ü Restaurações de dentes ü Aparelhos ü Raízes fraturadas ü Reabsorção cervical de raízes Gengivite induzida pela placa Inflamação da gengiva que resulta da bactéria localizada na margem gengival Forma mais comum da doença periodontal Sinais clínicos: o Mudança no contorno da gengiva o Cor o Consistência Ø NÃO apresenta perda de inserção, nem perda de osso alveolar Gengivite em crianças x adultos (mesma quantidade de placa) Não é tão intensa porque: 1. A PB contém baixas concentrações de patógenos putativos periodontais 2. Epitélio juncional é mais espesso 3. Unido com vascularização aumentada no tecido conjuntivo gengival 4. Crescimento do sistema imune Sinais clínicos Presente Alteração Radiográfica Ausente Alteração histopatológica Presente Doenças gengivais associadas a hormônios endócrinos As principais explicações para as alterações induzidas por hormônios sexuais esteroides tem indicado mudanças da: o Microbiota da PB; o Função imune; o Propriedade vascular e o Função celular na gengiva Gengivite na puberdade Aumento de inflamação em pacientes por volta da puberdade de ambos os sexos sem aumento dos níveis de PB • Sinais de inflamação com pequenas quantidades de PB Gengivite associada ao ciclo menstrual Sinais menos significativos A maior parte das mulheres com inflamação gengival induzida pelo ciclo menstrual apresentou uma forma branda da doença Doença gengival associada a gravidez Aumento dos níveis hormonais do plasma por vários meses Aumento de prevalência e gravidade no 2o e 3o trimestre • Sondagens gengivais de profundidade são maiores • Sangramento ao toque e escovação está aumentado • Fluxo do fluido do sulco está elevado • Granuloma piogénico/tumor gravítico é apenas uma resposta inflamatória exacerbada Aumento gengival influenciado por drogas Crescimento da gengiva, desfigurando-a esteticamente • Anticonvulsivantes (Fenitoína valproato de Sódio) • Imunossupressores (Cefalosporina A) • Agentes bloqueadores de canais de cálcio (anti- hipertensivos, anti arrítmicos e agentes antiangínicos) Características: o Variação do padrão o Preferência pela gengiva anterior o Alta prevalência em crianças o Aparecimento súbito em 3 meses o Alteração do contorno o Aumento primeiro da papila interdental o Alteração de cor o Aumento no exsudato o Sangramento ao toque o Com ou sem perda óssea, não está associoado o Resposta inflamatória exacerbada com relação a PB presente o Redução da PB pode limitar a gravidade Pelo uso de fenitoína, ciclosporina A e agentes bloqueadores de canais de Calcio a concentração de plasma que induz a lesão não está claramente definida em humanos. Gengivite associada a anticoncepcionais Dados atuais indicam que o uso de baixas doses não é prejudicial ao periodonto como as formulas anteriores. Doenças gengivais associadas a doenças sistémicas Diabete Tipo I - insulinodependentes (juvenil) Tipo II – Não insulinodependentes (adulto precoce) A membrana basal do diabetes é mais espessa do que um paciente “normal” devido a deficiência metabólica. Há um acumulo de ácidos graxos na membrana basal então isso faz com que os vasos sejam mais calibrosos e o fluxo sanguíneo seja mais lento fazendo com que os nutrientes não cheguem. Função neurofílica diminuída. Diminuição da síntese de colágeno Citocinas IL-1B e prostaglandinas E2 aumentadas no liquido gengival que vão destruir mais o tecido gengival. “Diabetes controlado” é mais importante do que controle da placa na gravidade da inflamação Tratamento das doenças periodontais induzidas por placa Higiene oral mecânica profissional epessoal ü Controle mecânico da PB ü Uso de dentifrícios ü Escovas combinadas com limpeza interdental Intervenção profissional é necessária como coadjuvante da autolimpeza quando fatores de retenção da placa (calculo, restaurações incorretas, fatores anatómicos) impedem o paciente de uma efetiva remoção da placa. Quando fatores sistémicos modificam a resposta ao biofilme, um PLANO DE TRATAMENTO combinado com o medico pode ser efetivo para resolver a causa Periodontite Crónica Inicia-se como uma gengivite induzida por placa (reversível) que sem tratamento progride para periodontite crónica. É a forma mais comum de doença periodontal Aproximadamente 50% de hereditariedade A gengivite manifesta-se após poucos dias ou semanas de acúmulo de PB já a periodontite crónica destrutiva é uma condição que na maioria dos casos leva longos períodos (anos) de exposição ao cálculo e PB para se desenvolver. Gengivite é um fator de risco para a periodontite crónica, a inflamação gengival pode representar um fator de risco não apenas para periodontite crónica mas também para perda dentária. A ausência de gengivite é um bom indicativo para a manutenção da saúde periodontal A intensidade da resposta inflamatória ao desafio bacteriano pode representar um traço individual. Maior suscetibilidade para periodontite = maior suscetibilidade para gengivite (Reversível) (Irreversível) ü Perda de inserção ü Perda óssea Características clínicas • Alterações de cor, textura e volume da gengiva marginal • Sangramento a sondagem na região de bolsa • Redução da resistência dos tecidos moles marginais a sondagem (aumento da profundidade de bolsa periodontal) • Perda de nível de inserção a sondagem • Recessão da margem gengival • Perda de osso alveolar • Exposição de furca • Aumento da mobilidade dentária • Eventual esfoliação do dente Características gerais • Maior prevalência em adultos • Relação direta com a higiene oral e com níveis de PB • O biofilme subgengival tem uma variedade de espécies bacterianas (varia entre indivíduos e sítios) • O cálculo subgengival está presente em sítios doentes • Localizada: menos de 30% dos sítios doentes Generalizada: mais de 30% do sítios doente • Gravidade: grau de perda de inserção (PAL) Leve: PAL = 1 a 2mm Moderada: PAL = 3 a 4mm Grave: PAL = 5mm • Os fatores do hospedeiro determinam a patogénese e a progressão da da doença Gengivite Periodontite Crónica • A taxa de progressão na maioria dos casos é lenta e moderada • Danos adicionais dos tecidos são prováveis em sítios doentes deixados sem tratamento O grau da resposta do hospedeiro (suscetibilidade) irá determinar se a periodontite crónica irá ou não se desenvolver Atualmente considera-se que a progressão da periodontite crónica é um processo contínuo (na maioria) podendo ocorrer ocasionalmente períodos de exacerbação O melhor preditor da progressão da doença e a experiência prévia da mesma. Fatores de risco 1. Placa bacteriana. É fator crucial na inflamação dos tecidos periodontais mas, sua mera presença pode não ser suficiente para que ocorra a progressão da gengivite para a periodontite, sendo influenciada por fatores de risco relacionados ao hospedeiro. 2. Idade É improvável que somente o fato de envelhecer possa aumentar significativamente a suscetibilidade da doença periodontal, apesar da sua prevalência aumentar com a idade 3. Tabagismo Está fortemente associado a periodontite crónica, não apenas pelo risco de desenvolver a doença mas também de acentuar e prejudical a resposta à terapia periodontal 4. Doenças sistémicas • As células sanguíneas tem papel fundamental no suprimento de O2 , hemostasia e proteção aos tecidos periodontais. Desordens hematológicas sistémicas podem afetar funções necessárias para a integridade dos tecidos. • Os leucócitos polimorfonucleares são cruciais na defesa do periodonto, para quimiotaxia, fagocitose e morte/neutralização do organismo ou substância. • Leucemias (número excessivo de leucócitos no sangue e tecidos) • Diabetes • Medicações (fenitoina, nifedipina e ciclosporina) • Traços genéticos 5. Estresse: imunossupressivo 6. Genética Periodontite tem um alto componente herdado Tratamento A periodontite cronica é iniciada e mantida por microrganismos que vivem em comunidade dos biofilme presentes em placa supra e subgengival, nas formas não-calcificadas e calcificadas Prevenção primária- prevenção da formação e/ou erradicação do biofilme microbiano (prevenção da gengivite) Terapia periodontal inicial / tratamento periodontal básico – remoção de placa supra e subgengival O resultado depende muito da habilidade do profissional e da habilidade e motivação do paciente para os cuidados caseiros Periodontite Agressiva É uma infeção que pode ter várias apresentações clínicas De progressão rápida, rara e frequentemente grave Características • História médica não significativa • Rápida perda de inserção e destruição óssea • Agregação familiar dos casos Precoce (mas pode ocorrer em qualquer idade) Microflora altamente virulenta e/ou suscetibilidade alta do indivíduo para a doença periodontal. Aspetos secundários • Quantidade de depósitos microbianos não compatíveis com a gravidade da destruição do tecido periodontal • Anomalias fagocitárias • Fenótipos de macrófagos híper reativos • Proporções elevadas de: Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Phorphyromonas gingivalis (gram-negativas) • A progressão da perda de inserção e perda óssea pode ser auto-interrompida Periodontite Agressiva Localizada (LAP) • Acometimento circumpuberal • Apresentação localizada no 1o Molar ou Incisivo com perda de inserção interproximal em pelo menos 2 dentes permanentes, sendo 1 deles o 1o Molar e envolvendo não mais que 2 dentes, além dos 1os Molares e Incisivos • Forte resposta do anticorpo sérico a agentes infetantes Periodontite Agressiva Generalizada (GAP) • Normalmente acomete pessoas com menos de 30 anos, mas pode acomenter pacientes com mais idade. • Perda de inserção interproximal generalizada afetando pelo menos 3 dentes permanentes, além dos 1os Molares e Incisivos • Natureza episódica pronunciada da destruição de inserção e osso alveolar • Resposta insuficiente do anticorpo sérico a agentes infetantes A GAP é a forma mais grave Perda de inserção acidental: recessões associadas a trauma ou posição do dente, perda de inserção associada com os 3os Molares impactados, etc. Periodontite em decíduos pode progredir para LAP e mais tarde GAP. ü Diagnóstico da Periodontite Agressiva exclui a presença de doenças sistémicas que possam prejudicar a defesa do hospedeiro e levar a esfoliação prematura dos dentes. Caso o paciente tenha doença sistémica que afeta a defesa o diagnóstico clínico apropriado será manifestação periodontal de doença sistémica Características dos patógenos periodontais Complexo microbianos do biofilme subgengival Complexos: Amarelo, Azul, Verde e Violeta ü Capacidade de aderir a superfície dental ü Colonizadores iniciais ü Não se relacionam com a doença Complexo: Laranja ü Precede e cria condições para a implantação do complexo vermelho Complexo: Vermelho ü Agente etiológico da periodontite crónica ü Relacionados com o aumento da profundidade de bolsa e com a presença de sangramento a sondagem Tratamento Dada a gravidade desta patologia sugere-se que seja feito por especialistas. O papel do generalista é fundamental na deteção de possíveiscasos e encaminhando para posterior avaliação e terapia. Sucesso do tratamento depende do disgnóstico precoce, direcionado a terapia para a eliminação ou a supressão dos microrganismos infetantes e proporcionar um ambiente propicio a manutenção a longo prazo. Refere-se a esforços para afetar a composição e não somente a quantidade da microbiota subgengival Eliminação ou supressão da flora patogénica A eliminação de A.a tem sido associada a terapia bem-sucedida, sendo que está supressão não é previsível. A curetagem do tecido mole e terapia de acesso com retalho tem mostrado sucesso limitado na eliminação do A.a, também difícil de ser eliminado pela terapia mecânica convencional em pacientes adultos com periodontite. O uso de antibióticos é sugerido como um complemento para o debridamento mecânico. Administração conjunta de tetraciclinas ou metronidazol. O metronidazol em combinação com amoxicilina pode eliminar A.a. mais efetivamente do que um regime único antibiótico Evidencias substanciais indicam que o A.a subgengival pode ser eliminado ou suprimido por um longo período pelo debridamento mecânico suplementado com metronidazol sistémico mais amoxicilina. Vermelho Laranja Amarelo, Azul, Verde e Violeta Antibióticos sistémicos devem ser administrados somente em conjunto com a terapia mecânica, porque na placa subgengival não desorganizada os organismos-alvo vão estar protegidos pelo efeito do biofilme, Vem sendo usado de 2 formas: 1. Em combinação com uma intensiva instrumentação em um curto período de tempo, após a obtenção de um controle adequado do controle de placa em um período de motivação antes do tratamento 2. Como uma abordagem estratégica após ter-se completado a terapia inicial Abordagem do tratamento sugerido: 1. Obtenção do controle adequado de placa supragengival 2. Instrumentação subgengival com a combinação de instrumentos mecânicos e manuais, de 2 em 2 dias 3. Regime de tratamento antibiótico adjunto: metronidazol 500mg 3x dia por 7 dias + amoxicilina 500mg 3x dias por 7 dias Teste microbiológicos podem ser repetidos 1-3 meses apos o termino da terapia para verificar a eliminação ou supressão acentuada dos supostos patógenos. Após a resolução da infeção periodontal o paciente deve ser inserido em um programa de manutenção individual que inclua a avaliação continua da ocorrência e do risco da progressão da doença. Controle de placa pelo paciente é fundamental para uma resposta clínica e microbiológica favorável à terapia. Doenças Periodontais Necrosantes Ø Gengivite Necrosante Limitada as lesões que envolvem apenas tecidos moles, sem nenhuma perda de inserção Ø Periodontite Necrosante Limitadas aos tecidos periodontais, incluindo gengiva, ligamento periodontal e osso alveolar Ø Estomatite Necrosante Com a inclusão dos tecidos além da Junção mucogengival Características clínicas 1. Desenvolvimento das lesões GN é uma condição inflamatória e destrutiva da gengiva, caracterizada pela ulceração e necrose da papila e da margem gengival (aspeto de crateras). Ulceras cobertas por uma camada branco- amarelada ou cinza “pseudomembrana” = fibrina + tecido necrótico (leucócitos, eritrócitos e bactérias). Remoção deste material resulta em sangramento e exposição do tecido subjacente. Lesões Necrosante dolorosas e com evolução rápida. Porém nos estágios iniciais, quando as áreas são relativamente raras e pequenas a dor geralmente é moderada. Sangramento, espontâneo ou provocado. Dor grave, motivo pelo qual o paciente procura o profissional Nas fases iniciais da doença as lesões estão limitadas as extremidade de poucas papilas, as primeiras lesões frequentemente surgem na área interproximal da região anterior da mandíbula, mas podem ocorrer em qualquer espaço interproximal. Nas áreas onde aparecem as primeiras lesões, em geral há sinais de Gengivite Cronica preexistente, mas as papilas nem sempre estão edemaciadas nessa fase e o pontilhado gengival pode estar presente. Geralmente a papila torna–se rapidamente edemaciada, levando a um contorno arredondado particularmente na vestibular. Área localizada entre a margem de necrose e o tecido gengival não afetado geralmente apresenta uma faixa eritematosa estreita (eritema linear). 2. Crateras interproximais Necrose gengival extensa de rápida evolução, que coincide com frequência, com a perda óssea alveolar, por isso raramente associadas a formação de bolsas periodontais profundas. Forma-se uma cratera considerável entre as papilas, Vestibular e Lingual. Neste estágio normalmente com perda de inserção. Dificuldade para se alimentar (dor) e redução da ingestão de alimentos (compromete pacientes com HIV) 3. Formação de sequestro Progressão rápida que resulta em necrose de pequenas ou grandes áreas do osso alveolar. Osso necrótico indicando um sequestro, inicialmente aderido com firmeza, pode perder essa característica e as vezes até ser removido sem anestesia. O sequestro alem do osso interproximal inclui o osso cortical vestibular e lingual adjacente 4. Envolvimento da mucosa alveolar Necrose progride além da junção mucogengival. Intensa destruição relacionada a pacientes imunocomprometidos (HIV e desnutrição). Condição é de ESTOMATITE NECROSANTE Podem por em risco a vida do paciente. Pode resultar em extensa exposição óssea, com sequestro desenvolvendo fístula oroantral e osteíte. 5. Aumento do volume dos nódulos linfáticos Limitados aos nódulos linfáticos submandibulares, podendo também atingir os cervicais 6. Febre e mal-estar Não são características, mas pode ocorrer febre moderada. 7. Higiene oral Deficiência na higiene oral. Fina película esbranquiçada em pacientes que não se alimentam nem realizam H.O há vários dias, facilmente removida 8. Formar crónicas/recorrentes e agudas da gengivite e periodontite necrosante Evolução curso agudo pela rápida destruição no tecido periodontal. Se o tratamento for inadequando ou interrompido a fase aguda pode ceder gradualmente, mas destruição continua lentamente e o tecido necrótico não cicatriza (quando há perda de inserção) Disgnóstico diferencial Pode ser confundida com outras doenças da mucosa oral, como, com frequência, a gengivoestomatite herpética primária (PHG). Com algumas diferenças: NPD – doença periodontal necrosante PHG – gengivoestomatite herpética primária Resposta do hospedeiro e fatores predisponentes 1. Doenças sistémicas 2. Infeção pelo HIV 3. Desnutrição 4. H.O. deficiente, gengivite preexistente e história prévia de NPD 5. Estresse psicológico e sono inadequado 6. Tabaco e álcool 7. Origem caucasiana 8. Pacientes jovens Tratamento É dividido em duas fases: 1. Tratamento da fase aguda 2. Tramento da fase de manutenção Tramento da fase aguda Objetivo: ü eliminar a atividade da doença manifestada pela progressão da necrose tecidual. ü Evitar a dor e o deconforto geral que podem comprometer gravemente a alimentação do paciente. A 1a consulta, deve ser tentar realizar uma raspagem, até onde as condições permitirem. Ultra som preferencialmente, pressão mínima, jato de água continuo. Paciente aconselhado a substituir a escovação por agentes químicos de controle de placa nas áreas críticas até a cicatrização. Peróxido de hidrogénio 3% para debridamento e para bochecho (1:1 , H2O2 + água morna). Bocheco 2x ao dia com solução de clorexidina a0,2% muito efetivo na redução de placa. Clorexidina é eficiente se utilizada em conjunto e associada a rapagem e alisamento radiculas porque não penetra na área subgengivale é inativada na presença de exsudato, tecidos necróticos e massas de bactérias. Em casos em que a resposta do paciente a terapia mecânica é mínima ou saúde geral está afetada recomenda-se o uso de antibióticos sistémicos ou agente quimioterápicos. Também aplicada em pacientes com mal-estar, febre e prostrados. Metronidazol 250mg 3 vezes ao dia. Penicilinas e tetraciclinas também são efetivos. (Até que as úlceras estejam cicatrizadas. Não recomendado o uso de antibiótico tópico (sem eficácia) Tratamento com drogas antifúngicas apropriadas (miconazol), em caso de pacientes soropositivos, se a candidose oral estiver presente durante o tratamento com antibiótico. Pacientes devem ser visto quase que diariamente durante a persistência dos sintomas agudos. Em poucos dias, com o tratamento adequado, há um alivio dos sintomas e o paciente pode voltar depois de 5dias. A raspagem subgengival sistemática deve continuar com intensidade crescente a medida que os sintomas diminuem. Correção de margens das restaurações e o polimento das restaurações e superfícies radiculares devem ser feitas após a cicatrização das úlceras Após a cicatrização – instrução de H.O e motivação (suave, mas efetiva e limpeza interdental) Tratamento da fase de manutenção Quando a fase aguda estiver terminado , a necrose e os sintomas agudos terão desaparecido. Áreas necróticas cicatrizadas e crateras gengivais com tamanho reduzido, embora, geralmente ainda com alguns defeitos que podem necessitar de um correção cirúrgica, devido ao acúmulo de placa bacteriana e predisposição à recorrência da NPD. Crateras rasas podem ser removidas com uma gengivectomia. Defeitos profundos podem exigir cirurgia a retalho. O tratamento não estará completo até que todos os defeitos tenham sido eliminados e se estabeleça condições favoráveis para um controle de placa adequado Eliminação de fatores predisponente, se possível, também muito importante na prevenção da recorrência. Pacientes soropositivos, não é recomendada a cirurgia periodontal por ter cicatrização retardada, sendo necessária uma limpeza interproximal intensiva para evitar a recorrência da doença. Exame de pacientes periodontais 1. Anamnese dos pacientes periodontais 1.1. Queixa principal e expectativas 1.2. História familiar e social 1.3. História dentária 1.4. Hábitos de higiene dentária 1.5. História de pacientes tabagistas 1.6. História médica e medicamentosa 2. Sinais e sintomas das doenças periodontais 2.1. Gengiva 2.2. Ligamento periodontal e cemento 2.3. Osso alveolar 3. Diagnóstico das lesões periodontais 4. Condições de higiene oral 5. Exames dentários adicionais 1. Anamnese dos pacientes periodontais A anamnese é a base para um plano de tratamento compreensivo das necessidades do paciente, situação socioeconómico, assim como a condição médica. A avaliação da anamnese requer atenção aos 6 seguintes pontos 1.1. Queixa principal e expectativas Importante descobrir as necessidades e expectativas do paciente em relação ao tratamento. Excelentes resultados de tratamento só podem ser obtidos se as necessidades do paciente estiverem em equilíbrio com a avaliação objetiva da doença e a projeção dos resultados do tratamento. 1.2. História familiar e social Esclarecer o ambiente social do paciente e ter uma noção de suas prioridades na vida, incluindo cuidados dentários. Também história familiar tem importância especialmente quando estiver relacionada as formas agressivas de periodontite 1.3. História dentária Avaliação de cuidados dentários anteriores e as visitas de manutenção. Assim como informações a respeito de sinais e sintomas de periodontite percebidos pelo paciente, tais como migração e aumento da mobilidade do dente, sangramento gengival, impacção alimentar e dificuldade de mastigação. Determinar o conforto a mastigação e a possível necessidade de substituição de dentes. 1.4. Hábitos de higiene dentária Além da avaliação da rotina dos cuidados dentários, Frequência e duração da escovação, instrumento de limpeza interdental, agentes químicos e uso regular de fluoretos devem ser avaliados 1.5. História de pacientes tabagistas Fumo segundo mais importante fator de risco depois do controle inadequado da placa na etiologia e patogenia da doença periodontal, deve-se enfatizar a importância do aconselhamento sobre tabagismo. Tempo de exposição e quantidade deve ser anotada. 1.6. História médica e medicamentosa Extrair aspetos que destaquem os fatores médicos de risco para a terapia periodontal e/ou implante 4 maiores complicações podem ser prevenidas ao se analisar a Historia Medica 1. riscos cardiovasculares e circulatórios 2. distúrbios sanguíneos 3. riscos de infeções 4. reações alérgicas Avaliação apurada a população mais velha pelo aumento do consumo de medicamentos. Pode ser necessário contactar o médico do paciente para informações mais detalhas relevantes ao plano de tratamento do paciente 2. Sinais e sintomas das doenças periodontais Clinicamente • Alteração de cor, textura gengival, vermelhidão e exsudato, aumento e tendência de sangramento a sondagem do sulco ou bolsa. Radiograficamente • Perda alveolar de moderada a avançada • A perda pode ser horizontal ou angular • Horizontal: perda óssea progride de uma maneira uniforme na dentição, a crista óssea remanescente apresenta um contorno radiográfico. • Angular (ou vertical): defeitos ósseos resultantes de uma perda óssea que se desenvolveu em diferentes níveis ao redor das superfícies dentárias. Histologicamente • Presença de infiltrado de células inflamatórias dentro de uma zona de 1-2 mm de largura no tecido conjuntivo gengival adjacente ao biofilme na superfície dental. Dentro da área do infiltrado, há uma pronunciada perda de colágeno. • Nas formas mais avançadas de doença periodontal há uma significativa perda de tecido conjuntivo de inserção da superfície radicular e migração apical do epitélio juncional ao longo da superfície da raiz. As formas de doença periodontal cronica e agressiva: ü Afetam individuo com variada suscetibilidade em diferentes níveis. ü Afetam diferentes partes da dentição em níveis variados. ü Possuem sítios específicos na natureza para determinada área. ü Algumas vezes possuem características progressiva e, se deixadas sem tratar, podem resultar em perda dentaria. ü Podem ser controladas seguindo terapia adequada. Para um plano de tratamento efetivo é importante reconhecer a localização, topografia e extensão das lesões periodontais. Examinar todos os sítios (Uniradiculares = 4 sítios = M, V, D, L / Multiradicurares = 6 sítios = MV, V, DV, L, ML, DL com atenção a região de furca) Sondagem a uma pressão de 0,25N para evitar o sangramento a sondagem “Pseudobolsa” – profundidade da bolsa maior que 3 a 4mm causado pela tumefação da gengiva livre que resulta na migração coronal da margem gengival sem uma migração concomitante do epitélio dentogengival. Profundidade de sondagem – distância da Junção cemento-esmalte á margem da gengiva livre) Nos casos de recessão gengivas a distancia margem da gengiva livre ate a juncão cemento- esmalte é negativa e por tanto deverá ser acrescentada a profundidade de sondagem da bolsa para determinar o nível de inserção a sondagem. Erros a sondagem: 1. Espessura da sonda utilizada 2. Mau posicionamento da sonda devido a fatores anatómicos, como o contorno da superfície dentária 3. Escala de graduação da sonda 4. Pressão aplicada ao instrumento durante o exame 5. Grau de infiltraçãode celular inflamatórias nos tecidos moles acompanhado pela perda de colágeno Quando o tecido conj. subjacente ao epitélio da bolsa estiver infiltrado por células inflamatórias, a sonda periodontal certamente penetrará alem da terminação apical do epitélio dentogengival, resultando em uma profundidade de bolsa “verdadeira” SUPERestimada. Por outro lado, quando o infiltrado inflamatório diminui de tamanho, após um tratamento periodontal bem-sucedido, uma decomposição concomitante de novo colágeno ocorre dentro de um tecido previamente inflamado, o tecido dentogengival torna-se mais resistente a sonda resultnato em uma SUBestumação da profundidade da bolsa ou do nível de inserção “verdadeiros” Assim sendo, deve-se entender que a resolução da profundidade da bolsa, após o tratamento periodontal e/ou ganho do nível de inserção, avaliados pela sondagem periodontal, não constitui necessariamente sinais da formação de uma nova inserção de tec. conj. na base da lesão anterior. Mas, a mudança pode simplesmente representar a resolução do processo inflamatório, podendo ocorrer sem ser acompanhada por um ganho de inserção histológico. Envolvimento de furca Usada uma sonda periodontal curva graduada (3mm) Sonda de furca Nabers Molares inferiores- Vestibular e Lingual Molares superiores e pré-molares – Vestibular, distopalatino e mesiopalatino Grau I - profundidade de sondagem horizontal 3mm, de 1 ou 2 acessos Grau II - profundidade de sondagem horizontal >3mm em no máximo um acesso de furca e/ou combinação com envolvimento de furca Grau III - Profundidade de sondagem horizontal >3mm em 2 ou mais acessos de furca geralmente representa uma destruição de um lado ao outro da furca (com comunicação) Avaliação da mobilidade dentária O aumento da mobilidade dentária é o resultado do alargamento do ligamento periodontal, redução na altura dos tecidos de suporte ou a combinação de ambos. (por doença periodontal e/ou trauma oclusal) Grau 0 mobilidade fisiológica medida ao nível da coroa dentária de 0,1-0,2mm no sentido horizontal Grau 1 mobilidade aumentada da coroa de, no máximo, 1mm na direção horizontal Grau 2 aumento visível da mobilidade da coroa excedendo 1mm na direção horizontal Grau 3 intensa mobilidade da coroa do dente, nas direções horizontal e vertical, impossibilitando a função do dente É importante não só avaliar o grau de mobilidade dentaria, mas também a causa da hipermobilidade observada Osso alveolar Altura do osso alveolar e contorno da crista óssea examinados em radiografias A analise das radiografias deve ser feita em conjunto com a avaliação detalhada da ficha periodontal para um diagnostico correto a respeito dos defeitos ósseos horizontais e angulares, devido a sobreposição de imagens. Usar a técnica de paralelismo de cone longo 3.Diagnóstico das lesões periodontais Gengivite o Apresenta sangramento a sondagem o Profundidade do sulco geralmente entre 1- 3 mm independentemente do nível de inserção clinica o Pseudobolsas podem estar presentes em casos com pequeno aumento de profundidade de sondagem sem perda óssea e de inserção e presença/ausência de sangramento a sondagem o Lesões restritas margem gengival Periodontite superficial (leve a moderada) o Gengivite combinada a perda de inserção o Profundidade da bolsa à sondagem não excede 6mm o Dentes com perda dos tecidos de suporte “horizontal” = lesões supra-ósseas e/ou dentes com perda de tecido de suporte “angular” ou “vertical” = lesões infra-ósseas (lesões infra-ósseas incluem 1, 2 ou 3 paredes, assim como “crateras” entre dentes adjacentes) Periodontite profunda (periodontite avançada) o Profundidade da bolsa à sondagem > 6mm o Perdas ósseas angulares e horizontais Periodontite inter-radicular (periodontite na região de furca) o Diagnóstico adjunto para dentes multirradiculares o Periodontite inter-radicular superficial = 3mm o Periodontite inter-radicular profunda > 3mm 4. Condição de higiene oral Práticas de HO do paciente devem ser avaliadas. Ausência ou presença de placa bacteriana em casa superfície dentaria. Índice geral de placa é dado em percentagem Alterações da presença de placa e inflamação gengival são mostrados em fichas de sangramento à sondagem durante o tratamento. Anotações de apenas índice de placa são mais indicados na fase inicial da terapia periodontal (controle de infeção) para melhorar controle de placa do paciente. Ficas de controle de sangramento são recomendadas na fase de manutenção 5.Exames dentários adicionais Além da avaliação da placa, devem também ser analisados fatores que aumentam a retenção de placa como o cálculo supra e sub gengival e defeitos nas margens de restaurações. Sensibilidade dentária também é essencial para um plano de tratamento abrangente. Sensibilidade à percussão pode indicar mudanças agudas na vitalidade pulpar e levar a tratamento de emergência antes da terapia periodontal sistémica. Completo exame e avaliação deve incluir diagnostico de lesões de carie clinica e radiográfica. Exame para distúrbios funcionais pode ser realizado. (teste curto) para avaliar função harmónica dos maxilares, palpação dos ligamentos TM durante a abertura, fechamento e movimentos excursivos. A abertura da boca (máxima) é avaliada e a localizada dos músculos pterigoide lateral é palpada. Contactos oclusais e de articulação devem ser identificados Plano de tratamento Tratamento inclui a eliminação ou o controle da infeção pelo biofilme e a introdução de medidas cautelosas de controle de placa com objetivo de promover saúde dentária e periodontal. Pacientes com caries e doença periodontal tem sintomas associados, como pulpites, periodontites periapicais, abcessos gengivais, migração dentária entre outros. 1. Fase sistémica da terapia, incluindo aconselhamento sobre tabagismo 2. Fase inicial (ou de profilaxia) da terapia periodontal, terapia relacionada à causa 3. Fase corretiva da terapia periodontal: medidas adicionais, tais como cirurgia periodontal e/ou terapia endodôntica, cirurgia para implante, tratamento restaurados e/ou ortodôntico e protético 4. Fase de manutenção: terapia periodontal de suporte (SPT) Plano de tratamento dirigido à causa A meta do tratamento periodontal inicial é restaurar a compatibilidade biológica das superfícies radiculares periodontalmente doentes e retardar o processo da doença. A terapia não-cirúrgica objetiva eliminar tanto bactérias que habitam o biofilme quanto o biofilme calcificado da superfície do dente e dos tecidos adjacentes. Deteção e remoção do cálculo dental Periodontites estão muito associadas a presença do calculo dental nas superfícies das raízes. O calculo, pela rugosidade da superfície, é ideal para a colonização microbiana. Microorganismos que aderem e colonizam o cálculo produzem lipopolissacarídeos, estes desencadeiam mecanismo de resposta do hospedeiro e estão presentes no cálculo e no cemento adjacente, sendo necessária a remoção do cálculo. Fatores que podem influenciar a remoção (completa) do calculo incluem o Extensão da doença o Fatores anatómicos o Habilidade do operador o Instrumentos utilizados Métodos utilizados para o debridamento das superfícies radiculares Raspagem é o procedimento que objetiva a remoção de placa bacteriana e calculo das superfícies dentárias. Feita com instrumentação supragengival ou subgengival dependendo da localização dos depósitos. Aplainamento radicular técnica de instrumentação na qual o cemento amolecido é removido e a superfície da raiz se torna dura e lisa. Mas, não há justificação nem embasamento para que hajauma remoção excessiva de substancia dental. Instrumentação manual o Permitem boa sensação tátil enquanto minimizam o risco de contaminação por aerossol o Consome mais tempo o Se executado de forma agressiva pode levar a excessiva remoção de substância dental o Requer além de sensibilidade tátil, uma correta e frequente afiação dos instrumentos o Acesso a região de furca e a base de bolsas profundas limitado comparado aos automatizados Cureta = cabo + haste + lamina Foice – utilizadas nas raspagens supragengival ou em bolsas rasas Enxada – utilizada na raspagem supragengival Angulação adequada para o debridamento subgengival é de 80o Angulação obtusa = escavações = rugosidade na superfície dental Angulo agudo = remoção ineficiente e brunimento dos calculos subgengivais Rapadores sónicos e ultra-sónicos Padrão de vibração da ponta é elíptico. o Menor tempo de trabalho o Produz aerossol contaminado (o jato de água remove até certa profundidade resíduos e bactérias da bolsa) o Menor perda de estrutura radicular o Requer técnicas menos sensível o Melhor acesso a bolsas profundas e a áreas de furca o Sensação tátil é reduzida Influencia do debridamento mecânico sobre o biofilme subgengival Raspagem supra e subgengival resulta no rompimento mecânico da placa de biofilme e persiste como a modalidade “padrão-ouro” para o tratamento periodontal. A remoção da placa subgengival e depósitos de cálculo através da raspagem expõe o cemento, a dentina radicular e o epitélio da bolsa a uma nova colonização. A redução da concentração de produtos bacterianos e produtos do tecido doente, bem como do fluxo do fluido crevicular gengival, e um ph do biofilme mais neutro podem encorajar o crescimento de espécies menos patogénicas. Também a diminuição na profundidade da bolsa, como resultado da resolução da inflamação, diminuição do edema e na readaptação do epitélio juncional, favorece a colonização de espécies aeróbicas. Após o tratamento, o habitat subgengival pode ser recolonizado por microrganismos que se originam de: depósitos de placa subgengival residuais, túbulos dentinários radiculares ou do cemento, epitélio da bolsa e tecido conjuntivo, depósitos de placa supragengival, depósitos subgengivais de dentes adjacentes e de outros sítios intra-orais. Há uma diminuição do número total de microrganismos presentes nos sítios subgengivais e modificação relativa de diferentes espécies microbianas dentro do biofilme imediatamente após a instrumentação subgengival, embora essa contagem seja restaurada em 4 – 7 dias após a instrumentação, o impacto da instrumentação subgengival sobre a composição do biofilme, mesmo que frequentemente transitório, é mais durável. A instrumentação subgengival resulta na redução da contagem media e de sítios colonizados por P. Gingivalis, A. Actinomycetemcomitans, P. Inremedia, T. Forsythia e T.denticola nas semanas seguintes a instrumentação. A persistência do A. Actinomycetemcomitans e P. Gingivalis é atribuída a habilidade desses microrganismos em invadir o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo. A aumento na proporção de cocos e bastonetes Gram-positivos aeróbicos após instrumentação subgengival está associado com a saúde. A reemergência do complexo vermelho e laranja no período de 3 – 12 meses após o debridamento pode estar associada com uma contínua perda de inserção nesses sítios. Na ausência de cuidados caseiros adequados, poderá ocorrer em algumas semanas, o restabelecimento da microflora pré tratamento. Dentes com envolvimento de furca devem ser vistos com alguma cautela em relação a prognóstico de longo prazo, pois colonias podem se desenvolver relativamente intactas nesses abrigos anatómicos onde progressivamente prosperam microrganismos anaeróbios e virulentos A dor durante e após diagnóstico periodontal e tratamento não cirúrgico parece ser, de leve a moderada e transitória. Fatores psicossociais tais como ansiedade podem influenciar a intensidade da perceção da dor. Alguns antiinflamatórios (ibuprofeno, arginina) podem ter efeito benéfico e ajudar o paciente a ter uma experiência muito mais positiva durante o tratamento. Reavaliação A cicatrização da terapia não-cirúrgica está completa após 3 meses, mas uma cicatrização mais lente e limitada pode continuar nos próximos 9 meses. A reavaliação é fundamental no plano de tratamento periodontal, para a avaliação da efetividade do tratamento executado e um tratamento adicional será estabelecido se necessário. As medidas são feitas no dia zero e novamente após 3 meses do término do tratamento, para avaliar o estado periodontal e a efetividade do tratamento. As medidas devem incluir: 1. Índice de placa 2. Sangramento a sondagem 3. Supuração a sondagem 4. Sondagem de bolsas profundas 5. Recessão 6. Sondagem do nível de inserção 7. Grau de mobilidade Protocolo de desinfeção total da boca Tem como objetivo de reduzir a carga bacteriana, nas bolsas e nichos intra-orais, para minimizar o risco de reinfeção, em bolsas tratadas, a partir de nichos que abrigam bactérias patogênicas. Recomendado parar periodontite cronica 1. Raspagem e alisamento radicular, dentro de um período de 24 h 2. Irrigação subgengival, repetida 3 vezes de 10 em 10 min com gel de clorexidina a 1% 3. Escovação da língua com gel de clorexidina a 1% e bochecho com clorexidina a 0,2% Cirurgia Periodontal Feita após a avaliação da resposta a fase inicial da terapia relacionada a causa. A escolha do tipo de abordagem cirúrgica pode levar de 1 a 6 meses após a conclusão da terapia relacionada a causa. Essa rotina apresenta as vantagens: ü A remoção de cálculo e da placa bacteriana pode eliminar ou reduzir consideravelmente o infiltrado de células inflamatórias na gengiva possibilitando determinar um contorno gengival e a profundidade de bolsa de modo mais real ü A redução da inflamação gengival torna os tecidos fibrosos e com isso mais firmes o que facilita a manipulação cirúrgica dos tecidos moles. A propensão ao sangramento fica reduzida, facilitando a visualização do campo cirúrgico. ü Estabelecer melhores condições para uma correta avaliação do prognóstico. A efetividade do controle do paciente, que é importante para o estabelecimento de um prognóstico a longo prazo, pode ser avaliada. Um paciente que não faça o controle não é bom candidato ao tratamento cirúrgico Gengivectomia “a excisão da parede de tecido mole da bolsa periodontal patológica” Técnica 1. Anestesia da região indicada para a cirurgia 2. Identificar a profundidade das bolsas com uma sonda periodontal convencional, ao nível do fundo da bolsa. 3. Fazer guia de incisão através de pontos sangrantes: A gengiva é perfurada com a sonda e um ponto sangrante é produzido na superfície externa do tecido mole. As bolsas são sondadas e diversos pontos sangrantes são produzidos ao redor de cada dente na região. A sequencia desses pontos demarcará a profundidade das bolsas na área indicada para tratamento sendo usadas como um guia a incisão. 4. Incisão primária, que pode ser feita com um bisturi (lamina 12 ou 15) ou com gengivótomo , deve ser biselada para proporcionar uma margem afilada e festonada da gengiva remanescente. Assim na área que a gengiva é mais volumosa a incisão deve ser feita mais apicalmente aos pontos sangrantes do que nas áreas em que a gengiva é mais delgada, ,onde se faz necessário um bisel menos acentuado. A incisão biselada é direcionada à base da bolsa ou em um nível ligeiramente apical em relação à extensão apical do epitéliojuncional. Nas áreas onde as bolsas interdentais são mais profundas que as bolsas vestibulares ou linguais (palatinas), quantidades adicionais de gengiva vestibular e/ou ligual (palatina) deve ser removidas, a fim de restabelecer o contorno “fisiológico” da margem gengival. Isso é normalmente obtido iniciando a incisão em um nível mais apical. 5. Incisão secundária : o tecido interproximal é separada do periodonto interdental por meio de uma incisão secundária utilizando-se um gengivótomo de Orban (1 ou 2)ou gengivotomo de Waerhaug (1 ou 2) 6. Os tecidos são removidos, cuidadosamente, com uma cureta ou raspador. O tecido remanescente é removido com uma cureta ou tesoura. Pequenas compressas de gaze frequentemente precisam ser acomodadas nas áreas interdentais para controlar o sangramento. 7. Raspagem e alisamento radicular: Quando o campo operatório está adequadamente preparado, as superfícies radiculares expostas são cuidadosamente raspadas e alisadas. 8. Nova sondagem, após o debridamento meticuloso as regiões dentogengivais devem ser sondadas para detetar alguma bolsa remanescente. 9. Contorno gengival verificado e se necessário corrigido por meio de gengivótomo ou broca diamantada. 10. Cobertura da superfície da ferida com cimento cirúrgico, para proteção da área incisada durante o período de cicatrização. O cimento deve ficar bem adaptado as superfícies vestibular e lingual bem como aos espaços interproximais. Ter o cuidado de não deixar que o cimento fique muito volumoso, pois, além de desconfortável para o paciente, pode facilitar o deslocamento do curativo. Deve ser mantido por 10 – 14 dias. 11. Remoção do cimento e higiene e polimento dos dentes. As superfícies radiculares devem ser cuidadosamente examinadas e qualquer cálculo remanescente deve ser removido com uma curete. O excesso de tecido de granulaçãoo deve ser eliminado com uma cureta. 12. O paciente é orientado a higienizar adequadamente a área operada que agora apresenta uma morfologia diferente daquela pré-operatória. Procedimento a retalho Retalho original de Widman (1918) Para eliminação de bolsa “remover o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado, facilitando com isso a correta higienização das superfícies radiculares” Técnica: • Incisões relaxantes verticais para demarcar a área a ser operada, iniciando na região mediana da margem gengival vestibular de dois dentes adjacentes à área a ser operada e continuava por alguns milímetros na mucosa alveolar. Unidas por uma incisão gengival, que separa o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado da gengiva não-inflamada. Incisões relaxantes e gengivais semelhantes por lingual se fosse necessário. • Retalho mucoperiósteo rebatido para expor 2-3mm do osso alveolar marginal. Colar de gengiva infamada em torno dos dentes era removido com curetas e as superficies radiculares eram cuidadosamente raspadas. Recomendava um recontorno ósseo para uma forma anatómica ideal do osso alveolar subjacente • Debridamento cuidadoso dos dentes na área cirúrgica, os retalhos vestibular e lingual reposicionados e mantidos na posição por suturas interproximais. Posicionar a margem do tecido gengival no nível da crista óssea alveolar para não haver bolsa remanescente. frequentemente regiões interproximais ficavam sem cobertura de tecido mole Vantagens 1. Pouco desconforto = cicatrização por primeira intenção 2. Possível estabelecer adequado contorno do osso alveolar nas áreas com defeitos ósseos angulares Retalho de Neumann (1920) Técnica • Uma incisão intra-sulcular até a base da bolsa periodontal, e toda a gengiva e parte da mucosa alveolar era elevada com um retalho mucoperiósteo Incisões relaxantes verticais eram feitas. • Após a elevação do retalho, a parte interna era curetada para a remoção do epitélio da bolsa e tecido de granulação. Superfícies radiculares eram limpas. Irregularidades do osso eram corrigidas. • Retalhos ajustados, para que tivesse adaptação ideal aos dentes e cobertura do osso alveolar vestibular e lingual e áreas interproximais. Ressaltou importância de reposicionamento do retalho ao nível da crista óssea alveolar Cirurgia a retalho modificado (1931) Usado no tratamento das “bolsas periodontais purulentas” • Incisões intra-sulculares eram feitas até o fundo da bolsa Por vestibular e lingual até as interproximais. • A gengiva era retraída V e L para expor as superfícies radiculares doentes e debridadas. Defeitos ósseos angulares curetados. • Após a eliminação do epitélio da bolsa e do tecido de granulação da face interna dos retalhos, eram reposicionados na posição original e mantidos por suturas interproximais Retalho posicionado apicalmente (1950 – 1960) Importância de uma faixa adequada de gengiva inserida após a cirurgia Todo o complexo de tecido mole era deslocado no sentido apical Técnica • Incisão feita em bisel invertido usando um bisturi com lamina Bard-Parker (12B ou 15). A distancia da margem gengival para a incisão depende da profundidade da bolsa e da espessura e largura da gengiva inserida A incisão biselada deve ter um contorno festonado para que tenha maior cobertura proximal do osso alveolar ao reposicionar. Incisões verticais relaxantes estendem-se até a mucosa alveolar em cada ponto terminal da incisão biselada para permitir o posicionamento apical do retalho • Retalho mucoperiósteo (gengiva e mucosa alveolar vestibular) é afastado com um descolador de periósteo. Este é estendido além da linha mucogengival para que depois seja posicionado apicalmente. Colar marginal, incluindo epitélio da bolsa e tecido de granulação é removido com curetas e as superfícies radiculares raspadas e alisadas. • Crista óssea alveolar recontornada para recuperar a forma normal do processo alveolar em nível mais apical. Feita com brocas e/oi cizéis para osso • Retalho vestibular reposicionado na altura da crista óssea recontornada e mantido nessa posição Cimento cirúrgico deve ser aplicado para proteger o osso exposto e manter tecido mole na altura da crista óssea, pois nem sempre este estão cobertos pelo tecido mole dependendo da técnica incisional e excisional usada. Para bolsas na área PALATINA, modificação do retalho posicionado apicalmente, retalho em bisel • Retalho biselado, incisão intra-sulcular até o fundo da bolsa periodontal e mucoperiósteo convencional é afastado • Superfícies dentárias são debridadas e é feito o recontorno ósseo • Retalho reposicionado e a margem é preparada e ajustada à crista óssea alveolar por uma incisão secundária contornada e biselada O retalho é mantido nessa posição por suturas interproximais Vantagens do retalho posicionado apicalmente 1. Mínima profundidade de bolsa pós-operatória 2. Ótima cobertura do osso alveolar é obtida, a perda óssea pós-cirúrgica é mínima 3. Posição pós-operatória da margem gengival pode ser controlada e todo o complexo mucogengival preservado, Desvantagens 1. Estética 2. Sensibilidade radicular Causadas pela resseção óssea e a exposição das superfícies radiculares, pela perda dos tecidos periodontais. Retalho Widman Modificado (1974) Também conhecida como técnica de raspagem a campo aberto Não é feito descolamento apical do retalho com eliminação dos defeitos ósseos (como na de retalho original de Widman) Técnica • Incisão inicial deve ser paralela ao longo eixo do dente e posicionada a cerca de 1mm da margem gengival vestibular, para separaradequadamente o epitélio da bolsa e o retalho Se a bolsa V for menor que 2mm ou aspetos estéticos forem importantes pode ser feita uma incisão intra-sucular. A incisão deve estender-se o máximo possível entre os dentes. Uma incisão semelhante é feita por palatino. Frequentemente o contorno parabólico da incisão inicial pode ser acentuado com a posicionamento da lamina a uma distancia de 1 a 2mm da porção mediana da face palatina dos dentes. Incisões relaxantes verticais não são necessárias, geralmente. • Retalhos totais V e P são elevados com um descolador de periósteo. Rebatimento limitado para permitir a exposição de alguns milímetros do tecido ósseo. Segunda Incisão, intra-sulcular para facilitar a separação do colar do epitélio da bolsa e do tecido de granulação das superfícies radiculares • Terceira incisão feita em direção horizontal e num ponto próximo a crista óssea alveolar, separa o colar de tecido mole das superfícies radiculares do osso • Epitélio da bolsa e tecido de granulação são removidos por meio de curetas. Raízes expostas são raspadas e aplainadas, exceto, uma área estreita perto da crista óssea, onde são preservadas fibras de inserção remanescentes. Defeitos ósseos angulares são cuidadosamente curetados • Depois da curetagem retalho ajustado ao osso alveolar para uma completa cobertura do osso interproximal. Se essa adaptação não puder ser obtida por meio do recontorno do tecido mole, alguma quantidade de osso pode ser removida para facilitar a tão importante adaptação do retalho. Os retalhos são suturados com pontos interproximais. Cimento cirúrgico pode ser colocado sobre a área para garantir a intima adaptação dos retalhos ao osso alveolar e as superfícies radiculares. O cimento e as suturas são removidos após 1semana Vantagens 1. Possibilidade de obter intima adaptação dos tecidos moles as superfícies radiculares 2. O trauma mínimo ao qual ficam expostos o osso alveolar e o tecido conjuntivo 3. Menor exposição das superfícies radiculares, no ponto de vista estético é uma vantagens nas regiões anteriores Retalho para preservação de papila (1985) É frequentemente usada no tratamento cirúrgico das regiões anteriores (por razões estéticas) Técnica • Incisão intra-sulcular na vestibular e proximal dos dentes, mas sem incisões na papila interdental Incisão intra-sulcular pela face lingual/palatina com incisão semilunar feita ao longo de cada área interdental, que pode se estender apicalmente até no mínimo 5mm do angulo dos dentes, que permitirá a disseção do tecido interdental da face lingual/palatina de modo que possa ser afastado intacto com o retalho vestibular. Nas situações em que o defeito ósseo se apresenta extenso pó lingual/palatino, a incisão semilunar pode ser feita na face vestibular da área interdental, para que as papilas possam ser incluídas no retalho lingual/palatino. • Com uma cureta ou bisturi interproximal libera-se a papila, cuidadosamente, do tecido duro subjacente. O tecido interdental descolado é empurrado através do espaço interproximal com um instrumento rombo • Um retalho total é rebatido com um destaca-periósteo nas superfícies vestibular e lingual. As superfícies radiculares expostas são minuciosamente raspadas e alisadas, e os defeitos ósseos cuidadosamente curetados • Com o retalho rebatido as margens do retalho e do tecido interproximal são raspadas para remover o epitélio da bolsa e o tecido de granulação em excesso. Nas áreas anteriores deve ser limitada para manter a máxima espessura do tecido. • Os retalhos são reposicionados e suturados usando sutura tipo colchoeiro Outra alternativa é a sutura direta das incisões semilunares se esta for a única forma de fechar o retalho. O cimento cirúrgico pode ser aplicado para proteger a área. Cimento e suturas removidos após 1semana Objetivos da cirurgia periodontal É contribuir para manutenção periodontal, facilitando a remoção de placa e controle da infeção 1. Criando acesso para uma adequada raspagem e alisamento radiculas 2. Estabelecendo uma morfologia gengival que facilite o controle de placa pelo paciente E pode auxiliar na regeneração da inserção periodontal perdida pela doença Aspetos que dificultam o debridamento 1. Aumento da profundidade da bolsa 2. Largura excessiva da superfície dentaria 3. Presença de fissuras e concavidade radiculares, furcas e margens deficientes de restaurações dentárias subgengivais Suspeitar caso: 1. A superfícies radicular apresente rugosidade ou aspereza após a raspagem 2. A inflamação persista, e ao sondar delicadamente ocorra sangramento. Objetivos no final do tratamento: 1. Ausência de depósitos supra ou subgengivais 2. Ausência de bolsas com sinais de doença (ausência de sangramento) 3. Ausência de deformidades na morfologia gengival que possam reter placa Indicação para cirurgia periodontal: 1. Acesso adequado para raspagem e alisamento radicular 2. Estabelecimento de uma morfologia favorável da região dentogengival que favoreça o controle de placa 3. Redução da profundidade de bolsa 4. Correção de deformidade gengivais 5. Mudança da margem gengival para uma posição mais apical em restaurações com término subgengival 6. Facilitar a terapia restauradora apropriada O paciente que falha na cooperação durante a fase da terapia associada à causa não deve ser submetido ao tratamento cirúrgico. Mesmo que o controle da infeção pós-operatória a curto prazo envolva tratamentos profissionais frequentes, a responsabilidade por manter uma boa higiene oral a longo prazo deve ser do paciente. Um típico programa de controle de pacientes periodontais envolve consultas a cada 3- 6meses. o Hipertensão Arterial Normalmente não impede a cirurgia periodontal Anestésicos locais sem adrenalina ou com baixas concentrações podem ser usados Preferência para seringas com aspiração para evitar injeção intravascular o Angina pectoris Normalmente não impede a cirurgia periodontal Pré-medicação com sedativos e uso de anestesia local com pouca adrenalina são recomendados Evitar injeção intravascular o Infarto do miocárdio Não devem ser submetidos a cirurgia periodontal nos 6 meses seguintes a hospitalização Depois desse período somente em cooperação com o médico responsável o Tratamento com anticoagulantes Risco maior de sangramento Primeiro consultar ao médico do paciente para determinar se alguma modificação da terapia anticoagulante é indicada Ajuste da terapia deve ser iniciado 2-3dias antes O uso dos anticoagulantes pode ser retomado imediatamente apos a cirurgia periodontal Não usar aspirina e atiinflamatórios não esteroides para dor pós operatória, por sua tendência a aumentar o sangramento Tetraciclinas são contra-indicadas em pacientes em uso de anticoagulantes devido a sua interferência com a formação da protrombina o Endocardite reumática, doenças congénitas cardíacas e implantes cardíasco/vasculares Risco de transmissão de bactérias para tecidos e implantes do coração durante a bacteremia transitória seguinte a manipulação das bolas periodontais infetadas. Cirurgia e extração devem ser precedidos por prescrição e administração de antibióticos em altas doses e bochechos com anti sépticos(clorexidina 0,2%) 2g de amoxicilina , via oral, 1h antes do tratamento Caso o paciente seja alérgico a penicilinas – clindamicina 600mg via oral 1h antes do tratamento Tetraciclinas e eritromicinas não são recomendadas o Pacientes transplantados Maior risco de hiperplasia gengival e hipertensão Fortetendência a recidiva, terapia periodontal conservadora deve ser intensificada para prevenir essa hiperplasia Recomenda-se a profilaxia antibiótica e o bochecho anti-séptico (clorexidina 0,2%) preceder a terapia cirúrgica o Função adrenal Pode estar prejudicada em pacientes que recebem altas dosagens de corticoesteróides por longos períodos Redução da resistência ao estresse físico e mental O medico deve ser consultado o Pacientes portadores de discrasias sanguíneas como leucemia aguda, agranulocitose e linfogranulomatose não podem ser submetidos a cirurgia periodontal Anemias de forma branda e compensada impedem o tratamento cirúrgico, formas mais graves e descompensadas podem levar a diminuição na resistência a infeção e maior tendência ao sangramento. O médico deve ser sempre consultado o Diabetes mellitus Baixa resistência a infeção Cicatrização retardada Predisposição a arteriosclerose Paciente controlados podem ser submetidos a cirurgia periodontal desde que não haja interferências na rotina diária de dieta e insulina o Esclerose múltipla e doença de Parkinson Em casos graves podem impossibilitar a cirurgia periodontal ambulatorial, sendo necessária anestesia geral, pela paralisia, função prejudicada, tremor e reflexos incontroláveis. o Epilepsia Normalmente tratada com fenitoina que pode provocar hiperplasia gengival Pode ser submetido a cirurgia periodontal para correção da hiperplasia, porém com forte tendência a recidiva. Em muitos casos, recidiva pode ser combatida intensificando-se o controle de placa o Tabagismo Não pode ser considerado uma contra-indicação para o tratamento periodontal cirúrgico, mesmo que influencie negativamente no processo de cicatrização. Anestesia Perda da perceção ou sensibilidade a uma certa região do corpo. Anestésico bloqueia a geração dos impulsos ao longo das fibras nervosas, transmitidos poe uma rápida despolarização e repolarização dentro do axónio, impedindo a movimentação dos íons de sódio. No interior do axónio a droga interage com recetores específicos , na superfície externa ou interna dos canais de sódio, exercendo um efeito inibidor sobre o fluxo de sódio, inibindo a condução do impulso. Mais usados (menos alergia) 1. Lidocaína 2. Mepivacaína 3. Prilocaína 4. Articaína Vasocontritores (hemostasia local) 1. Epinefrina O uso de vasoconstritores adrenérgicos pode aumentar a dor pós-operatória e retardar o processo de cicatrização devido a isquemia local. Com subsequente acidose tecidual e acumulo de mediadores da inflamação. Não se pode ignorar a possibilidade de uma necrose isquémica dos retalhos cirúrgicos infiltrados com vasoconstritor adrenérgico, principalmente quando é usado norepinefrina no lugar de epinefrina. Por tanto o uso de analgésicos com vasoconstritores adrenérgicos com finalidade de obter hemostasia da área deve ser realizado somente quando necessário e não por hábito A felipressina é menos eficaz para controlar hemorrágico durante o procedimento cirúrgico Fatores que podem ocasionar a falha na anestesia 1. Precisão na administração da droga 2. Variação anatómica entre pacientes (ex: pacientes idosos com reabsorção óssea) 3. Condições dos tecidos na região da injeção (inflamação, vascularização) 4. Condição geral do paciente 5. Fatores psicológicos Técnica anestésica em cirurgia periodontal É obtida por bloqueio nervoso e/ou infiltração local. Em casos de cirurgia a retalho antes do início da cirurgia a anestesia deve estar completa porque completar após exposição óssea pode ser mais difícil. Mandíbula – Bloqueio do nervo alveolar e/ou nervo mentoniano Maxila – fundo de vestíbulo, área depende da área programada para cirurgia, sendo maior dependendo da extensão da cirurgia + nervos palatinos com posição 90o em relação a mucosa 10mm apicalmente a margem gengival adjacente. Bloqueio do nasopalatino e palatino maior pode ser requerido por vezes Indicações gerais das técnicas cirúrgicas Gengivectomia ü Presença de bolsas periodontais supra-ósseas profundas ü Corrigir contornos gengivais anormais (crateras e hiperplasias) = gengivoplastia ü Gengivectomia com bisel interno – para casos que o fundo da provável bola está localizado abaixo da junção mucogengival. Não adequada para remoção integral da gengiva inserida ü Não pode ser usada em sítios periodontais que apresentem feitos infra-ósseos ou crateras ósseas Cirurgia a retalho com ou sem cirurgia óssea ü Podem ser usadas em todos os casos em que o tratamento cirúrgico da doença periodontal está indicada ü Uteis em sítios onde as bolsas se estendem além da linha mucogengival e/ou onde é necessário o tratamento de lesões ósseas que atingem a área de furca Vantagens 1. Preservar a gengiva 2. Osso alveolar marginal exposto, possibilitando a identificação da morfologia dos defeitos ósseos e o tratamento adequado 3. As áreas de furca são expostas e o grau de envolvimento e a relação do dente-osso podem ser identificadas 4. O retalho pode ser retornado à sua posição original ou reposicionado apicalmente, o que possibilita o ajuste da margem gengival as condições 5. Procedimento a retalho preserva o epitélio oral, e quase sempre é desnecessária a aplicaçãoo do cimento cirúrgico 6. Pós-operatório geralmente é menos desconfortável comparado com a gengivectomia Decisões de tratamento para os tecidos moles e duro na cirurgia a retalho Tecidos moles Retalho posicionado coronariamente Retalho reposicionado apicalmente Independentemente da posição do retalho, o objetivo deve ser a proteção completa do osso alveolar por tecido mole (vestibular, distal e mesiais) Tecido duro das bolsas Transformar um defeito infra-ósseo em um defeito supra-ósseo Fatores a considerar para decidir o tipo de tratamento a realiza: • Estética • Dente/ região envolvida • Tipo de defeito • Quantidade remanescente do periodonto Como o osso alveolar serve de suporte para o tecido mole, a modificação em sua altura por meio do recontorno ósseo, resultará em uma recessão do tecido mole. Retalho de Kirkland Retalho modificado de Widman Retalho com preservação da papila Retalho original de Widman Retalho de Neuman Retalho reposicionado Apicalmente Dentes posteriores (padrão) Região anterior (Considerar, por possuir maior período de adaptação para o paciente frente a recessão inevitável) Região anterior deve ser mais conservador com relação a eliminação de feitos ósseos proximais por motivos ósseos por razões estéticas (por exemplo, no caso de uma cratera proximal pode frequentemente eliminar/resuzir a parede óssea lingual mantendo o suporte ósseo para o tecido mole por vestibular) Técnicas de sutura Os 3 mais utilizados: 1. Sutura interdentais interrompidas Íntima adaptação interdental entre os retalhos V e L com tensão igual em ambos lados. Não recomendada quando os retalhos V e L forem reposicionados em níveis deferentes. Modificada (evita que haja sutura entre a mucosa e o osso alveolar na área interdental) 2. Sutura suspensórias Quando é pouco extenso, somente a face vestibular ou lingual do dente, ou quando os retalho V e L estão em níveis diferentes 3. Suturas contínuas Quando estão envolvidos vários dentes, e os retalhos precisam ser reposicionados apicalmente Cimentos cirúrgicos • Proteger a ferida apos a cirurgia • Obter e manter a adaptação do retalho ao osso subjacente (principalmente quando o retalho é reposicionado apicalmente)• Proporcionar conforto para o paciente Propriedades: • Deve ser macio, mas possuir plasticidade e flexibilidade suficiente para facilitar a sua colocação e adaptação na área operada. • Tempo de presa num tempo razoável • Após a presa ter rigidez suficiente para evitar fratura e deslocamento • Apos a presa, superfície lisa para evitar irritação as bochechas e aos lábios • Deve ter propriedade bactericidas para impedir a formação excessiva de placa • Não deve prejudicar a cicatrização Técnica de aplicação • Certificar que o sangramento dos tecidos operados cessou • Secar cuidadosamente os dentes e o tecido mole para melhorar a adesão • Umedecer as luvas cirúrgicas para evitar a aderência do material à ponta dos dedos • Deve-se preencher as regiões interproximais primeiro, preferencialmente e depois as superfícies vestibular e lingual dos dentes. Assegurar que não haja cimento entre o retalho e o osso ou superfície radicular. • Alisar a superfície do cimento e retirar o excesso com instrumento apropriado, não deve recobrir mais do que o terço apical das superfícies dentárias. Verificar interferência nas estruturas da região mucogengival para evitas deslocamento do cimento. Tratamento de lesão de furca Complexo radicular = Tronco radicular representa a região “não dividida” da raiz, definida como a distância entre a CEF e a linha de separação (furca) entre dois cones radiculares (raízes) Dois ou mais cones radiculares formam a região de furca do complexo radicular A furca é a área localizada entre os cones radiculares O fórnix da furca é o teto da furca Classificação Grau I •Perda horizontal dos tecidos de suporte não excedendo 1/3 da largura do dente Grau II •Perda horizontal dos tecidos excedendo 1/3 da largura do dente, mas não envolvendo toda a largura da área de furca Grau III •Destruição horizontal “lado a lado” dos tecidos de suporte na área de furca. Atravessando Tronco radicular + Cones radiculares Objetivos 1. Eliminação da placa microbiana das superfícies expostas do complexo radicular 2. Estabelecimento de uma anatomia das superfícies afetadas que facilite o adequado autocontrole de placa Terapia recomendada : Plastia de furca É uma modalidade de tratamento ressectivo que pode levar à eliminação do defeito inter- radicular Odontoplastia + osteoplastia – o tecido dentário é removido e a crista óssea alveolar é remodelada no nível da entrada da furca Usada principalmente nas furcas V e L. Nas superfícies proximais normalmente o acesso é limitado para este tratamento. Procedimentos 1. Dissecção e elevação de um retalho para obter acesso à área inter-radicular e as estruturas ósseas vizinhas 2. Remoção do tecido mole inflamatório da área da furca seguida de uma cuidadosa raspagem e alisamento das superfícies radiculares expostas 3. Remoção de substancias da coroa e da raiz de furca para eliminar ou reduzir o componente horizontal do defeito e para alargar a entrada da furca 4. Recontorno da crista óssea alveolar para reduzir a dimensão vestibulolingual do defeito oseeo na área de furca Grau I •Raspagem e alisamento radicular •Plastia de furca Grau II •Plastia de furca •Regeneração tecidual guiada (nos MI) •Tunelização •Ressecção radicular •Extração dentária Grau III •Tunelização •Ressecção radicular •Extração dentária 5. Posicionamento e sutura do retalho muscoso no nível da crista alveolar, de maneira a cobrir a entrada da furca com tecido mole. Apos a cicatrização, um tecido semelhante a “papila” deverá fechar a entrada da furca. Apos a cicatrização um tecido semelhante a papila deverá fechar a entrada da furca ü Ter em atenção a remoção excessiva de estrutura dentária durante a odontoplastia em dentes com vitalidade, pois aumentará o risco de sensibilidade radicular Tunelização É uma técnica utilizada no tratamento de defeitos de furca grau II profundo e grau III em molares inferiores Indicada para molares inferiores que possuem tronco radicular curto, amplo angulo de saparação e grande divergência entre as raízes mesial e distal. O procedimento inclui a exposição cirúrgica e o tratamento de toda a área da furca do molar afetado. Procedimento: 1. Elevação dos retalhos V e L 2. Tecido granulação do defeito é removido 3. Superfícies radiculares raspadas e alisadas 4. Ampliação da área de furca por meio da remoção de parte do osso inter-radicular 5. Recorte da crista óssea para obtenção de um contorno ósseo plano (parte do osso interproximal na M e D do dente também é removido) 6. Retalhos são posicionados apicalmente ao nível da crista óssea interproximal e inter radicular estabelecida cirurgicamente Durante a manutenção as superfícies radiculares expostas devem ser tratas com aplicação tópica de digluconato de clorexidina e verniz fluoretado ü Deve ser utilizado com cautela por existe um elevado risco de sensibilidade radicular e desenvolvimento de lesões de carie no interior dos túneis preparados Hemissecção radicular e Ressecção radicular Hemissecção Separação do complexo radicular e manutenção de todas as raízes. Ressecção Separação e a remoção de um ou duas raízes de um dente multirradicular Deve-se ter em consideração ü Comprimento do troco radicular: Troco radicular curto é um bom candidato a hemissecção e a ressecção Troco radicular longo o envolvimento da furca ocorre mais tarde no processo de doença e pode ter insuficiência de tecido periodontal de suporte remanescente, apical a furca, não sendo neste caso indicado a hemi e a ressecção. ü Divergência entre os cones radiculares Raízes com pouca divergência são tecnicamente mais difíceis de separar do que raízes com amplo afastamento. Quanto menor a divergência menor o espaço inter-radicular(furca) Em casos de divergência pequena pode-se aumentar o espaço com movimentos ortodônticos ou com odontoplastia ü Comprimento e a forma dos cones radiculares Cones radiculares curtos e pequenos apos a Hemissecção tendem a apresentar um aumento de mobilidade. Possuem também canais radiculares estreitos difíceis de alargar Raízes curtas e pequenas devem ser consideradas pilares ruins para restaurações protéticas ü Fusão entre os cones radiculares Identificar tanto pela sonda como pela radiografia Mais difícil de identificação linha de separação entre raízes MVs (eDVs) e as raízes P nos MS ou no 1o PMS superior. Entrada mesial(ou distal) da furca deve ser sondada de 3-5mm para certificar que não existe fusão entre as raízes ü Quantidade de suporte remanescente ao redor de cada raiz Determinado por meio de sondagem ao redor de toda circunferência das raízes selecionadas. Perda de inserção pode comprometer o prognostico em longo prazo ü Estabilidade individual da raiz Examinada apos a hemisecção Quanto maior for a mobilidade do cone radicular, menor será a quantidade de tecido periodontal de suporte remanescente ü Acesso para dispositivos de higiene oral Apos a conclusão do tratamento o sitio deve apresentar uma anatomia que facilite a limpeza dentaria realizada pelo paciente. As principais indicações para ressecção radicular são: 1. Perda óssea severa afetando uma ou mais raízes, 2. Furca graus II e III e 3. Recessão severa em uma raiz. As principais contra-indicações seriam: 1. Raízes fusionadas, 2. Arquitetura tecidual desfavorável, 3. Higiene oral deficiente 4. Fatores sistémicos que contraindiquem qualquer procedimento cirúrgico 5. Sequência de tratamento na hemissecção e na ressecção radicular
Compartilhar