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AULA AVALIÇAO

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Avaliação Clínica e 
Física 
 
Profa. Luana Padilha 
 
Avaliação Clínica 
 
Proporciona um contato com o paciente 
que não pode ser reproduzido em números 
por teste de laboratório 
22/02/2016 3 22/02/2016 4 
HISTÓRIA PATOLÓGICA 
 
• Doenças pregressas 
• Doenças atuais 
• Número de internações 
• Aceitação da alimentação 
• Alteração do peso 
2 
22/02/2016 5 
HISTÓRIA PATOLÓGICA 
 
• Alteração gastrointestinal 
• Cirurgias 
• Uso de medicações 
• Condição socioeconômica 
• Condição psicológica 
22/02/2016 6 
HISTÓRIA PATOLÓGICA 
IMPORTÂNCIA 
• Verificar risco de subnutrição 
• Verificar necessidade de 
modificações dietéticas 
• Verificar interações droga-
nutriente 
22/02/2016 7 
ANAMNESE NUTRICIONAL 
HISTÓRIA CLÍNICA: 
• Identificação do paciente 
• Queixa principal (QP) 
• História da doença atual (HDA) 
• História patológica pregressa (HPP) 
• História Familiar 
• História Social 
• Sinais e sintomas 
22/02/2016 8 
ANAMNESE NUTRICIONAL 
HISTÓRIA CLÍNICA: 
• Perda de peso 
• Alterações do padrão alimentar 
• Presença de sintomas gastrointestinais 
• Avaliação da capacidade funcional 
• Demandas metabólicas 
• Antecedentes médicos 
• Uso de medicamentos 
• História dietética 
3 
22/02/2016 9 
Semiologia é a parte da medicina relacionada ao estudo dos sinais 
e sintomas das doenças as humanas 
 
 A semiologia é muito importante para o diagnóstico da maioria 
das enfermidades 
 
 
Sinais Sintomas 
 
SEMIOLOGIA 
22/02/2016 10 
 
 
Sinais Sintomas 
 
SEMIOLOGIA 
Um sinal 
refere-se a toda 
alteração objetiva, que afeta 
algum dos sentidos do 
 examinador 
É o que o avaliador consegue ver 
(Ex.: uma mancha 
 na pele, por exemplo) 
 
 
 
 
Sintoma diz respeito a toda 
informação subjetiva descrita 
pelo paciente 
É o que o avaliado relata para o 
avaliador 
(Ex.: dor no estômago) 
 
 
 
 
 
 
22/02/2016 11 
O exame físico é um método clínico utilizado para detectar sinais 
e sintomas 
 Esses sinais e sintomas apenas se desenvolvem em estágios 
avançados de depleção nutricional 
 Portanto, o diagnóstico da deficiência nutricional não deve 
basear-se exclusivamente neste método 
 Além disso, algumas doenças apresentam sinais e sintomas 
semelhantes aos apresentados na desnutrição, sendo, então, 
importante conhecer a história clínica do paciente para evitar um 
diagnóstico nutricional incorreto 
 
 
EXAME FÍSICO 
22/02/2016 12 
Exame físico que engloba a inspeção, palpação e 
ausculta 
 
Permite a identificação de sinais que podem levar a 
sintomas não informados pelo paciente, a semiologia 
nutricional é um instrumento obrigatório do processo de 
avaliação nutricional 
SEMIOLOGIA NUTRICIONAL 
Cliente
Realce
Cliente
Realce
4 
EXAME FÍSICO 
Deve ser realizado de forma sistemática e progressiva 
Determinar as condições nutricionais do paciente 
O exame deve ser realizado 
semanalmente durante a vigência 
de uma doença aguda!!! 
EXAME FÍSICO 
• Exame físico da cabeça aos pés 
 
• Cabelo, pele, face, olhos, lábios, boca, língua, unhas, tórax, 
membros inferiores e superiores, abdômen, tecido 
subcutâneo e sistema músculo-esquelético 
 
Exame físico direcionado 
 
 
 
Perda de peso 
 
Ganho de peso 
 
 
Feridas 
 
Alterações do 
diversos grupos 
musculares 
 
 
 
Formas de abdômen 
 
Evidências de perdas 
gordurosas 
Fácies agudo 
 Paciente parece exausto, cansado 
 
 Não consegue manter os olhos abertos por muito tempo 
 
 Não deve ser considerado em pacientes com nível de 
consciência alterado (coma, doença neurológica, uso de 
drogas sedativas) 
5 
Fácies agudo 
 Quando iniciamos terapia nutricional adequada, é na 
“fáceis” que veremos as primeiras modificações 
indicando que o tratamento está surtindo efeito, 
bem antes de alcançar as metas planejadas 
Rapidamente 
Alterada 
Fácies crônico 
• O paciente parece deprimido, triste, não quer muito diálogo, 
prefere ficar mais quieto 
 
• O estado de humor pode estar comprometido, causando falsa 
impressão de depressão 
 
• É claro que pacientes desnutridos podem apresentar 
depressão e vice-versa, mas deve-se estar atento que, muitas 
vezes, o que está motivando um paciente a se comportar 
como deprimido é a desnutrição 
Análise da Musculatura Corporal 
A massa muscular varia com o nível de atividade do doente. 
 
Atividades como musculação e corrida→ Aumento da Massa 
Repouso prolongado→ Atrofia Muscular → ↓ Massa Muscular 
DESNUTRIÇÃO 
CRÔNICA 
Músculos 
Massa musculares: Pescoço, Tórax, Dorso e MMII 
6 
Análise da Musculatura Corporal 
• Atrofia temporal 
Mostra que o paciente parou de mastigar ou deixou de usar 
a mastigação como fonte principal de ingestão alimentar 
 
Ao trocar a mastigação por qualquer outra forma de 
ingestão alimentar, isto implica dizer que está ingerindo 
uma dieta hipocalórica 
 
 
Muito comum em pacientes com anorexia, 
bem como naqueles com disfagia → idosos 
Análise da Musculatura Corporal 
Atrofia temporal 
 
•Acontece independentemente da pessoa estar ou não doente, 
podendo ocorrer em qualquer pessoa que faz dietas 
inadequadas 
Análise da Musculatura Corporal 
• Atrofia do masseter 
• Perda da bola gordurosa de Bichart, que se relaciona com 
redução prolongada da reserva calórica 
 
• Inicialmente o paciente atrofia a musculatura temporal 
deixando o consumo da bola gordurosa para uma fase mais 
tardia → Crônica 
 
• O “sinal de asa quebrada” é a atrofia da musculatura temporal 
junto à perda da bola gordurosa, quando o paciente é examinado 
de perfil 
Músculos Temporal e Masseter 
Cliente
Realce
7 
Atrofia Temporal leve Atrofia Temporal Moderada 
Atrofia Temporal Moderada Atrofia Grave do Masseter e Temporal 
8 
Atrofia Grave do Masseter e 
Temporal 
Atrofia Grave do Masseter e 
Temporal 
Atrofia das regiões supra e 
intraclavicular 
supraclavicular 
intraclavicular 
Indica que o paciente já perdeu massa muscular há muito 
tempo, portanto, a perda é crônica 
Alteração na reserva de tecido 
adiposo 
Acrômio 
Prega do bíceps 
9 
• A escavação do abdome significa que o paciente já está 
privado de alimentos há muito tempo 
 
• O abdome pode estar distendido, plano ou escavado, 
dependo da doença de base ou do tempo de instalação 
da desnutrição 
Retração intercostal e Abdome 
Escavado 
• A ascite costuma mascarar o abdome escavado do paciente 
desnutrido 
Retração intercostal e Abdome 
Escavado 
Retração Intercostal e Abdome 
Escavado 
Abdome 
escavado 
Retração 
intercostal 
Atrofia das Musculaturas 
Paravertebrais 
A atrofia da musculatura paravertebral 
reduz a força de sustentação corporal, 
levando o paciente a adotar o decúbito 
dorsal com mais frequência e suas 
possíveis complicações infecciosas 
Tem a capacidade 
ventilatória pulmonar 
de expansão 
diminuída  
maior propensão à pneumonia 
10 
Atrofia Muscular de MMII 
Exame físico da massa muscular 
Membros superiores, atrofia da 
musculatura bi e tricipital. 
 Músculo adutor do polegar. 
Exame físico da massa muscular 
Trapézio, deltóide, quadríceps femural 
Musculatura sem tônus muscular Observamos atrofia do bicipital e triciptal, além de musculatura 
de pinçamento do polegar 
 
Conseqüência: menor força de apreensão e menor competência 
em ingerir alimentos 
11 
Tipos de Desnutrição 
Pesquisa de Edemas 
• Importanteno diagnóstico de desnutrição protéico- 
calórica, mais precisamente do componente protéico 
hipoproteinemia, • Relacionado com a presença de 
destacadamente a hipoalbuminemia 
Pesquisa de Edemas 
• Pesquisa: Procura-se a presença de uma depressão 
tecidual que demorará algum tempo até que volte ao 
normal. 
Esse sinal é chamado de Cacifo ou Sinal de Godet. 
 
• Para o edema ser um sinal de carência 
nutricional ele deve estar presente 
bilateralmente. 
• Edema: Pesquisa de edema desnutrição proteica 
• Hipoproteinemia 
 
• Hipoalbulminemia 
 
• Valores inferiores a 5,0 g/l de PTN totais e inferiores a 
2,5 g/l de albumina são capazes de gerar edema. 
Cliente
Realce
12 
Edema de MMII 
Sinal de Godet ou Cacifo 
Edema de MMII Edema de MMII 
13 
Edema de MMSS Edema de Face 
Ascite Úlcera de pressão 
É desenvolvida pelo repouso contínuo no leito sem algum tipo 
de movimentação pelo paciente 
 
Se agrava na deficiência de nutrientes como zinco, vitamina E, 
vitamina C e proteína 
Pacientes idosos, déficit neurológicos e 
trauma 
Cliente
Realce
Cliente
Realce
Cliente
Realce
Cliente
Realce
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Úlcera de pressão 
22/02/2016 54 
ÚLCERA DE DECÚBITO OU DE PRESSÃO 
22/02/2016 55 
 
 
 
Cabelos: 
•Avaliar o aspecto do cabelo, apresenta-se sem brilho 
e quebradiço 
•Observar se há áreas sem cabelo (alopécia) 
•Perguntar se o paciente tem notado queda de 
cabelo, independente do uso de produtos químicos 
 
Cabeça e pescoço 
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– Olhos: 
•Conjuntiva (ausência de colorações) 
•Esclerótica (amarelada) 
•O grau de palidez das mucosas pode ser avaliado em 
uma escala que varia de um (+) a quatro (++++) 
Cabeça e pescoço 
• Anemia 
• Coloração da pele (corado ou descorado) 
• Região palmoplantares, conjuntival e labial. 
 
 
Palidez anemia 
 
 
 
 
(Duarte, 2002). 
 
Boca e faringe 
 
 
•Lábios e mucosa oral: 
– observar a coloração e umidade, a existência de 
nódulos, ulcerações e rachaduras nos cantos da 
boca 
 
•Gengivas e dentes: 
– registrar a coloração das gengivas. Inspecionar 
quanto a presença de edemas, ulceração e 
sangramento e fissuras. 
– Observe se há falta de dentes (prejuízo na 
mastigação) ou se estão quebrados, presença de 
prótese 
 
 
 
•Língua: 
 Observar o aspecto da língua, se ela se encontra 
rosada, ligeiramente áspera, úmida, sem cores e sem 
fissuras 
– A língua lisa, inflamada, magenta, dolorosa ou com atrofia ou hipertrofia das 
papilas pode sugerir deficiência de riboflavina, niacina, ácido fólico, vitamina 
B12, piridoxina e ferro 
– Queilose: lábios secos e com rachaduras 
– Estomatite angular: aftas e candidíase 
 
•Salivação: 
 Deve-se questionar sobre a presença de xerostomia 
– boca seca; ou sialorréia - salivação excessiva 
(fármacos) 
 
Boca e faringe 
16 
Língua magenta Queilose Queilite angular 
Deficiência 
de zinco 
Pele – hidratação e alterações na coloração 
 
 
– Hidratação: pode ser avaliada pelo seu turgor. 
• Se a pele se desfaz lentamente 
 desidratação ou edema 
 
 
 
 
– Palidez: diminuição da cor rósea da pele 
(anemia, isquemia) 
– Cianose: é a coloração azulada da pele e extremidade das mãos e 
pés 
 
Cianose 
• Desidratação 
• Inúmeras causas: Ingestão menor que necessidade, 
perda excessiva, vômitos, diarréia, fistula digestiva, 
sudorese e poliúria. 
 
 Como investigar? 
 
• Brilho dos olhos 
• Umidade das mucosas (gengival e conjuntival; 
• Examinar o turgor da prega (pinçando). Quando solta a 
prega se desfaz rapidamente, pele hidratada. 
• Pele desidratada, a prega se desfaz lentamente 
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• Icterícia 
 
• Coloração amarelada da pele e esclerótica, causada 
por maior concentração de bilirrubina (pigmento biliar) 
 
• As causas incluem doença hepática e hemólise eritrocitária 
 
• Icterícia e estado nutricional: Geralmente implica 
alterações na absorção de vitaminas lipossolúveis 
 
• Atenção 
– Consumo exagerado de betacaroteno 
– Pessoas da raça negra 
– Uso de algumas drogas (antimalárico) 
 Icterícia 
 
 
– Carotenemia: 
• coloração amarelada que acompanha concentrações 
elevadas de caroteno. 
•Devem-se inspecionar as palmas das mãos, regiões plantares 
e rosto. 
•Ao contrário da icterícia, a carotenemia não atinge a 
esclerótica 
 
– Petéquias: 
• equimoses, hematomas profundos e hemartroses são 
observados nos distúrbios de coagulação sendo agravados 
ou desencadeados pela deficiência de vitamina K 
Pele – hidratação e alterações na coloração Pele – hidratação e alterações na coloração 
Hemartose – sangue nas articulações 
Equimose - hematomas 
Petéquias – manchas de sangue 
(pintas ou manchas) 
18 
 
– Unhas Coiloníquas (forma de colher, finas, côncavas) 
Unhas – coloração e formato 
Unhas de Terry (com coloração 
esbranquiçada – comum no idoso e em 
pacientes com doenças crônicas) 
 
– Disfagia 
– Odinofagia 
– Pirose ou azia 
– Regurgitação 
– Flatulência 
– Hematemese 
– Melena 
– Enterorragia 
– Hematoquezias 
 
Eliminação das fezes negras ou de 
consistência pastosa e de odor bem 
característico (fétido) 
Vômito com sangue vivo ou em borra de 
café 
Hemorragia intestinal com eliminação de 
sangue vivo pelo ânus 
Geralmente associada a 
uma hemorragia causada 
por hemorróida e 
diverticulite 
Sistema digestório 
Face edemaciada (ferro) 
Manchas de Bitot (vitamina A) 
Rosário raquítico (vitamina D) 
19 
Deficiência de Vitamina C 
Deficiência de Ferro 
22/02/2016 
A maioria dos pacientes com 
Acantose Nigricans possuem um 
nível mais elevado de insulina do 
que os pacientes com o mesmo 
peso sem a doença. Em geral, 
elevados níveis de insulina causam 
Acantose Nigricans. 
 
74 
22/02/2016 75 22/02/2016 76 
20 
Local Manifestações clínicas Carência 
Cabelo Perda de brilho, seco, quebradiço, 
despigmentado, fácil de arrancar 
Ptn, zinco 
Face Seborreia nasolabial, edema de fase B2, Fe e PTN 
Olhos Palidez conjuntival, xerose, blefarite 
angular 
Fe, Vit.A, B2 e B6 
Lábios Estomatite angular, quelite B2 
Língua Glossite, língua magenta, atrofia e 
hipertrofia das pupilas 
B2, B3, B9, B12 
Gengivas Esponjosas, sangramento Vit C 
Pele Xerose, hiperceratose folicular, 
petéquias, equimoses excessivas 
Vit A, C e K 
Unhas Coiloníquia, quebradiças Ferro 
Tec subcutâneo Edema, pouca gordura PTN e Calorias 
Sist. Músculo esquelético Atrofia muscular, alargamento 
epifisário, persistência da abertura da 
fontanela, perna em “x”, flacidez das 
panturrilhas, fraturas 
Vit D, B1, Cálcio 
Sist. Cardiovascular Cardiomegalia B1 
Sist. nervoso Alterações psicomotoras, depressão, 
alterações sensitivas, fraqueza motora, 
formigamento das mãos e pés 
B1, B6 e B12 
Vantagens da Avaliação Clínica 
• Rapidez dos resultados 
 
• Não invasivo 
 
• Sem custo 
Desvantagens da Avaliação 
Clínica 
• Depende da experiência do avaliador 
 
• Alguns sinais não são específicos de deficiências nutricionais 
• Normalmente quando os sinais de deficiências nutricionais 
surgem, já existe quadro avançado de desnutrição instalado. 
Aula Prática!!!!

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