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Referências para Avaliação Nutricional → AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 1. PESO Avaliação do peso seco: Total de peso (kg) a ser subtraído do peso atual de acordo com o grau de edema e local atingido Grau de edema Local atingido Total de peso a ser subtraído + Tornozelo 1 ++ Joelho 3-4 +++ Raíz da coxa 5-6 ++++ Anasarca 10-12 Estimativa de peso de ascite e edema: Grau da ascite/edema Peso ascético (kg) Edema periférico (kg) Leve 2,2 1,0 Moderado 6,0 5,0 Grave 14,0 10,0 Percentual de perda de peso corporal: Perda de peso = [(peso usual – peso atual) / peso usual] x 100 Tempo Perda de peso importante (%) Perda de peso grave (%) 1 semana 1-2 >2 1 mês 5 >5 3 meses 7,5 >7,5 6 meses 10 >10 Peso ajustado: Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual Peso ideal = IMC ideal x (altura)² Sendo: IMC médio para homens = 22 kg/m² e para mulheres = 21 kg/m² (OMS, 1985) ̶ Peso ajustado (obesidade: IMC > 30kg/m2) = (peso atual – peso ideal) x 0,25 + peso ideal ̶ Peso ajustado (desnutrição: IMC < 18kg/m2) = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual Estimativa do peso corporal: Homens (cm) = [(0,98xCP) + (1,16xAJ) + (1,73xCB) + (0,37xDCSE) - 81,69] Mulheres (cm) = [(1,27xCP) + (0,87xAJ) + (0,98xCB) + (0,4xDCSE) - 62,35] 2. ESTATURA/ALTURA Altura do joelho (Chumlea et al, 1985): Homens (cm) = 64,19 - (0,04 x I) + (2,02 x AJ) Mulheres (cm) = 84,88 - (0,24 x I) + (1,83 x AJ) 3. IMC Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o IMC Classificação IMC Magreza grau III < 16,0 Magreza grau II 16,9 – 16,0 Magreza grau I 18,4 – 17,0 Baixo peso < 18,5 Normal 18,5 – 24,9 Pré-obeso 25,0 – 29,9 Obesidade grau I 30,0 – 34,9 Obesidade grau II 35,0 – 39,9 Obesidade grau III ≥40 Fonte: OMS, 1997; Diretrizes Brasileiras sobre Obesidade, 2009-2010 Classificação do estado nutricional pelo índice de massa corporal, para idosos. Classificação IMC (kg/m2) Baixo peso < 22 Eutrofia 22,0 – 27,0 Obesidade >27,0 Fonte: Lipschitz DA. Primary Care, 1994 Avaliação Antropométrica de Amputados Peso corrigido = peso antes amputação x 100 100 - % amputação IMC = Peso corrigido (kg) (altura (m))2 (1-% amputação) 4. CIRCUNFERÊNCIAS Circunferência muscular do braço (CMB) CMB (cm) = CB (cm) – (DCT (mm) x π ● Área muscular do braço corrigida (AMBc) AMBc (cm2) = [CB (cm) - π x DCT (mm) / 10]2 – 10 (Masc.) 4 π AMBc (cm2) = [CB (cm) - π x DCT (mm) / 10]2 – 6,5 (Fem.) 4 π ● Área de gordura do braço (AMBc) (Frisancho AR, 1990) AGB (cm2) = CMB (cm) x [DCT (mm) / 10]2 – π x [DCT (mm) / 10]2 2 4 Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade, em função do perímetro da cintura Aumentado Muito aumentado Homens 94 cm 102 cm Mulheres 80 cm 88 cm Classificação de risco metabólico pelo perímetro da cintura, segundo IDF. Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade Elevado Homens ≥ 90 cm Mulheres ≥ 80 cm 5. GORDURA CORPORAL Estimativa da Densidade Corporal (kg/m3) (somatório das dobras cutâneas tricipital, bicipital, subescapular e suprailíaca. Idade (anos) Densidade Homens 17 – 19 D=1162,0 - 63,0 log (x1) 20 – 29 D=1163,0 - 63,2 log (x1) 30 – 39 D=1142,2 - 54,4 log (x1) 40 – 49 D=1162,0 - 70,0 log (x1) 50 + D=1171,5 - 77,9 log (x1) 17 – 72 D=1176,5 - 74,4 log (x1) Mulheres 16 – 19 D=1154,9 - 67,8 log (x1) 20 – 29 D=1159,9 - 71,7 log (x1) 30 – 39 D=1142,3 - 63,2 log (x1) 40 – 49 D=1133,3 - 61,2 log (x1) 50 + D=1133,9 - 64,3 log (x1) 16 - 68 D=1156,7 - 71,7 log (x1) Estimativa da gordura corporal por meio da densidade corporal calculada pelo somatório de dobras cutâneas Fórmula de Siri (1961): %GCT = (4,95/D - 4,5) x 100 Fórmula de Brozek et al. (1963): %GCT = (4,570/D - 4,142) x 100 Classificação do sobrepeso e da obesidade quanto a gordura corporal (%) Classificação Homens Mulheres Gordura essencial 1 – 5 3 – 8 Maioria dos atletas 5 – 13 12 – 22 Saúde ótima 12 – 18 16 – 25 Sobrepeso 18 – 30 25 – 25 Obesidade >30 >35 Fonte: (Adaptado de Foss e Keteyian, 2000) Classificação de sobrepeso e obesidade pelo percentual de gordura corporal (%) Classificação Homens Mulheres Leve 15 – 20 25 – 30 Moderada 20 – 25 30 – 35 Elevada 25 – 30 35 – 40 Mórbida >30 >40 Fonte: Adaptado de NIDDK (National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney), 1993 – Diretrizes sugeridas de CC para esporte, saúde e aptidão física Classificação do percentual de gordura corporal total, segundo o sexo Classificação Homens Mulheres Mínimo 4% 10% Normal 12 – 25% 20 – 33% Obesidade >25% >33% Fonte: Bray GA. In defense of a body mass index of 25 as the cut-off point for defining overweight. Obs Res, 1998; 6(6):461-2) Classificação do percentual de gordura corporal total, segundo o sexo Classificação Homens Mulheres Muito baixa 5% 8% Abaixo da média 6 – 14% 9 – 22% Média 15% 23% Acima da média 16 – 24% 24 – 31% Muito alto 25% 32% Fonte: (Adaptado de Heyward e Stolarczyk, 1996) → AVALIAÇÃO LABORATORIAL 1. AVALIAÇÃO DO ESTADO PROTEICO SOMÁTICO Excreção de creatinina urinária ICA (%) = creatinina urinária (24 h) x 100% creatinina urinária de 24 h ideal para a altura Referência (creatinina excretada): 23mg/dL (masculino) 18mg/dL (feminino) (Walser, 1987) Balanço nitrogenado BN = N ingerido (g) – N excretado (g) Onde: Proteína = 16% de N (6,25g de PTN=1g N) 100g de proteína = 16g de N N ingerido = proteína ingerida / 6,25 * Uréia urinária = 47% N (100g de uréia = 47g N) 2,14g uréia = 1g N (uréia urinária = uréia (g)/2,14 N excretado = N uréico urinário + 4 (perdas) BN = [Proteína (g)/6,25 – (uréia urinária (g)/2,14]+4 Meia-vida e valores de referência das proteínas plasmáticas Proteínas plasmáticas Meia-vida Referência Albumina 14 – 20 dias 3,5 – 5,5 g/dL Transferrina 8 – 9 dias 200 – 400 mg/dL Pré-albumina ligada a tiroxina 2 – 3 dias 15,7 – 29,6 mg/dL Proteína ligada ao retinol 12 horas 2,6 – 7,6 mg/dL Diagnóstico nutricional segundo as concentrações de albumina plasmática Concentrações de albumina (g/dL) Classificação do estado nutricional >3,5 Adequada 3,0 – 3,5 Depleção leve 2,4 – 2,9 Depleção moderada < 2,4 Depleção grave Fonte: (Adaptado de Wallach J, 2003) 2. AVALIAÇÃO DO ESTADO DE FERRO Transferrina – 200 a 400mg/dL Aumentada: anemia ferropriva, hepatite aguda, contraceptivos orais e gravidez. Reduzida: estados inflamatórios crônicos, infecção, doenças hepáticas crônicas, neoplasias e doença renal (Lima et al, 2001). Capacidade de ligação de ferro total (CTLF): 250 – 450 µg/dL (total) e 150 – 340 µg/dL (livre). Aumentada: anemia ferropriva, gestação def Fe. Reduzida: Estados inflamatórios crônicos, sobrecarga de ferro e hemocromatose (Lima et al, 2001). Saturação da transferrina – 20 a 50% (100 x ferro) / CTLF (Lima et al, 2001). Sexo Valores padrão (µg/dL) Masculino 24 – 336 Feminino 11 – 176 Pós-menopausa 11 - 306 Ferritina Aumentada: infecções, traumas, neoplasias, artrite, sobrecarga de Fe (hemocromatose). Reduzida: deficiência de ferro. ÍNDICES NUTRICIONAIS Índice de Risco Nutricional (IRN) IRN = (15,9 x Alb (g/dL)) + (0,417) x % peso usual Onde: % peso usual = peso atual x 100 / peso usual Interpretação: Estado nutricional adequado - 100% Desnutrição moderada – 97 a 99,9% Desnutrição grave - < 97,5% (Mullen etal, 1979; Gibson, 2005). Índice de Prognóstico Nutricional (IPN) IPN = 158 – (16,6 x Alb (g/dL)) – (0,78 x DCT (mm)) – (0,2 x T (mg/dL)) – (5,8 x HCT) Onde: HCT (hipersensibilidade cutânea)= 0 (não reator), 1 (enduração < 5mm) e 2 (enduração > 5mm); T – transferrina; DCT – dobra cutânea triciptal. Interpretação: Alto risco - > 50% Risco intermediário – 40 a 49% Baixo risco - < 40% (Buzby et al, 1979; Gibson, 2005). Índice Nutricional Hospitalar (INH) INH = (0,91 x Alb (g/dL)) - (1,00 x HCT) – (1,44 x sepse) + (0,98 x diagnóstico clínico) – 1,09 Onde: HCT (0 (não reator), 1 (enduração < 5 mm) e 2 (enduração > 5 mm)); sepse (presente = 1 e ausente = 2); Diagnóstico clínico (câncer = 1, outras doenças = 2). Interpretação: Sobrevida de 25% - ≤ -1 Sobrevida de 90% – ≥ 2,5 Sobrevida de 50% - 0 (Harley et al, 1981; Gibson, 2005). MUST - Ferramenta Universal de Rastreio Nutricional IMC (kg/m2): Maior ou igual a 20 = 0 pontos 18,5 – 20 = 1 ponto Inferior ou igual a 18,5 = 2 pontos Perda de peso em 3- 6 meses: Inferior ou igual a 5% = 0 ponto 5-10% = 1 ponto Maior ou igual a 10% = 2 pontos Severidade da doença: Adicionar 2 pontos – caso não haja ingestão dietética por mais de 5 dias 0 – Baixo risco Seguir rotina clínica e acompanhamento Hospital = periodicidade semanal Ambulatorial = periodicidade mensal 1 – Médio risco Observação Hospital= monitorar ingestão dietética por 3 dias Ambulatorial = idem 2 ou mais = Alto risco Tratamento – se necessário utilizar suplementação nutricional NRS – Pontuação de risco nutricional Tabela 1 – Screening inicial IMC inferior a 20,5 kg/m2 Sim Não Perda de peso nos últimos 3 meses Sim Não Ingestão dietética reduzida nas útlimas 4 semanas Sim Não Doença grave e/ou tratamento intensivo Sim Não Caso responda sim para quaisquer das perguntas, aplica-se a tabela 2. No caso de respostas negativas – acompanhamento semanal Tabela 2– Screening final Escore 0 Estado nutricional preservado Severidade Escore 1 Perda de peso maior que 5% em 3 meses. Ingestão dietética de 50-75% das necessidades Fratura de quadril Doenças crônicas com complicações agudas Escore 2 Perda de peso maior que 5% em 2 meses ou IMC – 18,5 – 20,5 kg/m2 + Estado geral regular Ingestão dietética de 25-60% das necessidades Cirurgias abdominais Neoplasias AVE Pneumonia grave Escore 3 Perda de peso maior que 5% em 1 mês ou IMC inferior a 18,5 kg/m2 + Estado geral regular Ingestão dietética de 0 -25% das necessidades Transplantes Traumatismos cranianos Pacientes de UTI Caso o paciente seja idoso – adiciona-se 1 ponto no escore total. Escore maior ou igual a 3 – paciente em risco nutricional, sendo recomendado iniciar intervenção dietética individualizada e especifica. Hemograma Seguir os valores de referência indicado por cada laboratório Eritrograma Volume Corpuscular Médio (VCM) VCM = valor do hematócrito por 100 mL x 10 eritrócitos em milhões por mm3 Referência: Homens e mulheres – 80 a 98 fL (fluido /polegada) Valores < 80 fL = microcitose Valores > 98 fL = macrocitose (Sacher, 2002. São Paulo – Manole) Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) HCM = Hemoglobina em g por dL x 10 eritrócitos em milhões por mm3 Referência: Homens e mulheres – 26 a 32 pg Aumentada: macrocitose Reduzida: microcitose (Sacher, 2002. São Paulo – Manole) Estado nutricional de carboidratos Glicose sanguínea em jejum Valores de referência: Recém nascidos – 40 a 80 mg/dL Crianças – 60 a 100 mg/dL Adultos – 70 a 100 mg/dL Para diagnóstico do diabetes mellitus: Glicose em jejum > 126 mg/dL Glicose pós-prandial > 200 mg/dL (Wallach, 2003, SBD, 2013-2014). HbA1C ou A1C– conjunto de substâncias formadas com base em reações entre hemoglobina (HbA) e alguns açúcares. Relação entre hemoglobina glicada e glicemia dos últimos dois a três meses. [HbA1C] (%) Glicemia média (mg/dL) 4 65 5 100 6 135 7 (meta SBD) 170 8 205 9 240 10 275 11 310 12 345 Teste de tolerância oral à glicose Mínimo de 10 e máximo de 12h de jejum Ingerir menos de 150g de CHO/dia, 3 dias antes Dose de CHO ingerida para avaliação: Adultos – 75g Crianças – 1,75g/kg peso (até 75g) Gestantes – 50 a 100g Valores de referência: Jejum = 100 a 126 mg/dL Pós-prandial = ≤ 140 a < 200 mg/dL Glicose urinária Pode ocorrer em casos de glicemia sanguínea acima de 160 ou 200 mg/dL Influencia: taxa de filtração glomerular, taxa de reabsorção tubular, fluxo urinário, queimaduras, infecções, doenças neurológicas e terapia oral com esteróides. Valores de referência: Concentrações indetectáveis até 160 mg/24h ou ou < 0,5 g/24 h. Estado nutricional de lipídios Lipemia / perfil lipídico Colesterol total – 60 a 70% transportado pela lipoproteína de baixa densidade (LDL), 20 a 35% pela lipoproteína de alta densidade (HDL) e 5 a 12% pela lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL). Valores de referência: Desejável – até 200 mg/dL Limítrofe – 200 a 239 mg/dL Elevado – acima de 240 mg/dL HDL-colesterol (Xavier et al. Arq. Bras. Cardiol. 2013) Valores de referência: Masculino – acima de 40 mg/dL Feminino – acima de 50 mg/dL Feminino após menopausa – acima de 60 mg/dL LDL-colesterol Valores de referência: Desejável – 100 - 129 mg/dL Limítrofe – 130 - 159 mg/dL Elevado – 160 - 189 mg/dL Muito elevado - ≥ 189 mg/dL Triglicerídeos Valores de referência: Desejável – até 150 mg/dL Limítrofe – 150 - 200 mg/dL Alto risco – 200 - 499 mg/dL Muito alto risco - ≥ 500 mg/dL Índice de Castelli Sexo Índice de Castelli I (colesterol total / HDL) Índice de Castelli II (LDL/HDL) Maculino Até 5,1 Até 3,3 Feminino Até 4,4 Até 2,9 AVALIAÇÃO CLÍNICA OU EXAME FÍSICO Área Corporal Manifestação Clínica Carência Cabelo Perda de brilho, seco e sem brilho, fácil de arrancar, fino e esparso, quebradiços e despigmentado Proteínas e Zinco Face Seborréia nasolabial e edema de face Vitamina B12, Ferro e proteínas Olhos Conjuntiva pálida, xerose conjuntival, palpebrite angular Ferro, vitamina A, B2 e B6 Lábios Estomatite angular e queilose Vitamina B2 Língua Glossite, língua magenta, atrofia e hipertrofia das papilas Vitamina B2, B3, B9 e B12 Gengivas Esponjosas e sangrando Vitamina C Pele Xerose, Hiperqueratose folicular Patéquias e Equimoses Vitamina A Vitamina C e K Unhas Coloníquia e quebradiças Ferro Tec. Subcutâneo Edema Gordura abaixo do normal Proteínas Calorias TGI Hepato-esplenomegalia Proteínas Sistema Nervoso Alterações psicomotoras Depressão, perda sensitiva, fraqueza motora Perda da contração do punho e tornozelo Formigamento das mãos e pés Proteínas Vitamina B6 e B12 Vitamina B1
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