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COORDENADAS POLARES No sistema de coordenadas polares, as coordenadas consistem de uma distância e da medida de um ângulo em relação a um ponto fixo e a uma semi-reta fixa. A Figura a seguir ilustra um ponto P num sistema de coordenadas polares. O ponto fixo, denotado por O, é chamado pólo ou origem. O ponto P fica bem determinado através do par ordenado (r,), onde r representa a distância entre a origem e o ponto P, e representa a medida, em radianos do ângulo orientado AÔP. OBS: (i) > 0 o ângulo AÔP está descrito no sentido anti-horário. (ii) < 0 o ângulo AÔP está descrito no sentido horário. (iii) (0, ), , representa o pólo ou origem. As coordenadas polares (r,) estabelecem a posição do ponto P em relação a uma grade formada por círculos concêntricos com centro em O e semi-retas partindo de O: CÁLCULO II Coordenadas Polares Jonas Ricardo: jnsricardo@gmail.com CONVERSÃO DE COORDENADAS POLARES y x Ás vezes pode ser necessário converter a representação cartesiana para a polar; ou vice-versa. Para visualizar isto, fazemos a origem do primeiro sistema coincidir com o pólo do segundo sistema, o eixo polar com o eixo positivo dos x e o raio para o qual 2 = com o eixo positivo y. Supondo que P seja um ponto com coordenadas cartesianas (x, y) e coordenadas polares (r, ), vamos analisar o caso em que o ponto P está no primeiro quadrante. Observemos que: 1) r > 0 cos = r x h ca = e sen = r y h co = (*) sen.ry cos.rx = = 2) r < 0 cos = r x r x h ca = − − = e sen = r y r y h co = − − = Elevando (*) ao quadrado e somando ambos temos: 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑟2 ∙ 𝑐𝑜𝑠2𝜃 + 𝑟2 ∙ 𝑠𝑒𝑛2𝜃 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑟2(𝑐𝑜𝑠2𝜃 + 𝑠𝑒𝑛2𝜃) = 𝑟2 . 𝑟 = ±√𝑥2 + 𝑦2 OBS : tg = y / x = arct (y/x). (x,y) : coordenadas cartesianas (r,) : coordenadas polares Exercícios 1) Encontre as coordenadas cartesianas retangulares de cada um dos seguintes pontos cujas coordenadas polares são dadas: (a) (4, 6 1 ) (b) (2, − 4 3 ) (c) (- 4, 3 2 ) (d) (- 2, 4 7 ) Resp. (23, 2) Resp. (-1,-1) Resp. (2, -23) Resp. (- 2, 22) 2) Encontre um conjunto de coordenadas polares para cada um dos seguintes pontos cujas coordenadas cartesianas retangulares são dadas. Tome r > 0 e 0 < 2. (a) (1, - 1) (b) (- 3, 1) (c) (2,2) (d) (- 2,- 23 ) Resp. (2, 315º) Resp. (2, 150º) Resp. (22, 45º) Resp. (4, 240º) FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS Em muitas situações práticas, o valor de uma certa quantidade, depende dos valores de duas outras ou de três outras. Então, é usual representar estas relações como funções de várias variáveis. Por exemplo, numa fábrica, uma quantidade chamada de produção (P), depende do número de homens-hora (L) e do número de máquinas (K) , usadas para produzir algum produto. A representação funcional dessa relação é P = f( L, K). Funções de duas variáveis Seja D um subconjunto (região) do espaço R2 (plano) . Chama-se função f de D toda relação que associa, a cada par (x,y) ε D, um único número real, representado por f(x,y). O conjunto D é o domínio da função. Assim, D é o domínio da função em R2, f é a função f(x,y) é o valor da função calculado em (x,y). Exemplos de valores de função de 2 variáveis: Ex.1- se f(x,y) = x2 + 2y , então f(2,3) = 22 +2.3 = 10 Ex.2- se f(x,y) = (3x+y3), então f(1,2) = (3.1+23)1/2 = 3,32 Domínio das funções de duas variáveis O domínio dessas funções segue as mesmas regras do domínio de funções de uma variável Ex1: Achar o domínio da função f(xy) = √𝑦 − 𝑥 A condição de existência dessa função é y-x ≥0 (real) , portanto o seu domínio é D ={ (x,y) ε R2/ y - x ≥ 0 }. Ex.2 – Ache o domínio da função f(x,y) = 𝑥2 2𝑥−𝑦 , a função é finita quando 2x-y≠ 0. Assim, domínio D ε (xy) é o conjunto de pontos, tais que D ={ (x,y) ε R2 / y ≠ 2x }. Ex.3 - Ache o domínio da função f(x,y) = 𝑥2 √3𝑥−𝑦 , a função é finita quando 3x - y > 0. O domínio é o conjunto de pontos, tais que, D ={ (x,y) ε R2 / 3x - y > 0 }. Ex.4. Função Domínio Imagem z = √𝑦 − 𝑥2 y ≥ 𝑥 2 [0, ∞) z = 1 𝑥𝑦 xy 0 (-∞,0) (0, ∞) z = sen xy todo o plano [-1, 1] w = √𝑥2 + 𝑦2 + 𝑧2 todo o espaço [0, ∞) w = 1 𝑥2+𝑦2+𝑧2 (x,y,z) (0,0,0) ]0, ∞) w = xy lnz z>0 (-∞, ∞) Ex. 5 Exemplo a) Determinar e representar graficamente o domínio da função: g(x,y) = ln(x2 – y) Sol. A função g(x,y) = ln(x2 – y) só está definida para x2 – y >0, ou seja, y < x2. Assim, Dom(g) = {(x,y) R2 | y < x2} : b) Determina e representa graficamente o domínio da função: f(x,y) = 3x2 √𝑦 − 1 Sol: a função está definida para y ≥ 0. Assim, Dom(f) = {(x,y) R2 | y ≥ 0} Representação gráfica do domínio de g(x,y Gráfico de Funções de Duas Variáveis A representação gráfica de funções reais de duas variáveis gera superfícies no IR3 . Em geral, essa representação pode se tornar bastante complexa sem o auxílio de uma ferramenta computacional. No entanto, há alguns casos que são importantes de serem lembrados: Curvas de Nível Uma outra forma de se visualizar funções de duas variáveis é um método semelhante ao da representação de uma paisagem tridimensional por meio de um mapa topográfico bidimensional. Vamos supor que a superfície z = f(x,y) seja interceptada por um plano z = k , e a curva de intersecção seja projetada no plano xOy . Essa curva tem equação f(x,y) = k e é chamada de curva de nível (ou curva de contorno) da função f em k . As curvas de nível de uma função f de duas variáveis são gráficos no plano xOy de equações da forma f(x,y) = k . O conjunto de curvas de nível é chamado mapa de contorno. Todos os pontos (x,y) que estão na mesma curva de nível têm a mesma imagem z . No caso de f(x,y) representar uma grandeza física, as curvas de nível ganham particular importância, recebendo inclusive denominações específicas. • Se f(x,y) é a temperatura no ponto (x,y) de uma chapa plana, as curvas f(x,y) = k são chamadas de isotérmicas ou isotermas. • Se f(x,y) é a pressão de um gás de volume x e temperatura y , as curvas são chamadas de isobáricas ou isóbaras. • Se f(x,y) é o potencial (elétrico ou gravitacional) na região D do plano xOy então as curvas f(x,y) = k são chamadas equipotenciais. Exemplo 1: Seja a função dada por z = x2 + y2 As curvas de nível para z = 0, z =1, z = 2 e z = 4 são: z = 0 ⇒ x2 + y2 = 0 (x = y = 0) z = 1 ⇒ x2 + y2 = 1 (circunferência de centro C(0,0) e raio 1) z = 2 ⇒ x2 + y2 = 2 (circunferência de centro C(0,0) e raio 2 ) z = 4 ⇒ x2 + y2 = 4 (circunferência de centro C(0,0) e raio 2) Observação: As curvas de nível nunca se interceptam Gráfico da Função (Parabolóide Elíptico) → Exemplo 2: Exemplo3: Curvas de Nível X Curvas de Contorno-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 x y -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 x y A curva de contorno f(x,y) = 100 – x 2 + y 2 = 75 é a circunferência x 2 + y 2 = 25 no plano z = 75. A curva de nível f(x,y) = 100 – x 2 + y 2 = 75 é a circunferência x 2 + y 2 = 25 no plano xy. Plano z = 75 Diferenciação Parcial O cálculo de várias variáveis é semelhante ao cálculo de uma variável aplicado a várias variávies, uma de cada vez. Quando fixamos todas as variáveis independentes de uma função – menos uma – e derivamos em relação a essa variável, obtemos uma derivada “parcial”. Seja uma função de duas variáveis e . Visto que queremos saber como varia em relação a variações de e , devemos definir duas derivadas de (chamadas derivadas parciais), em relação a cada uma das variáveis. A Derivada Parcial de em relação à , escrita , é a derivada de quando a variável é tratada como constante, e é considerada como uma função de apenas. A Derivada Parcial de em relação à , escrita , é a derivada de quando a variável é tratada como uma constante. Definição: Exemplos: 1) Encontre fx e fy no ponto (4, -5) se f(x,y) = x2 +3xy + y – 1 Sol. f𝑥 = 2x + 3y. Em (4,-5) teremos: 2.4 + 3.(-5) = -7 fy = 3x + 1. Em (4,-5) teremos: 3.4 + 1 = 13 2) Encontre fy se f(x,y) = y.sen xy Sol. fy = sen(xy) + y.cos(xy) . x → sen(xy) + xy.cos(xy) 3) Encontre fx e fy como funções se f(x,y) = 2𝑦 𝑦+𝑐𝑜𝑠 𝑥 4) Encontre 𝐷𝑧 𝐷𝑥 se a equação yz – ln z = x + y define z como uma função de duas variáveis independentes x e y e a derivada parcial existir. Resp. 𝐷𝑧 𝐷𝑥 = 𝑧 𝑦𝑧−1 Derivadas Parciais de Ordem Superior Exemplos: [3] Regra da Cadeia A regra da cadeia para uma função f(x, y), onde x = x(t) e y = y(t) ´e análoga à regra da cadeia para funções de uma variável real. A sua forma é dada pelo teorema a seguir: Usando outro tipo de notação, podemos escrever:
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