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3. FILO KINETOPLASTIDA


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Filo Kinetoplastida
Flagelados
• Locomoção por
flagelos.
• Vida livre, mutualísticos
ou parasitas.
• Digestão intracelular.
• Reprodução assexuada
por divisão binária.
• Ex.: Bodo sp. (vida
livre), Trypanosoma
cruzi (parasita),
Leishmania brasiliensis
(parasita).
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Filo Kinetoplastida:
• Vida livre (Inofensivos) – ex. Bodo - alimentos
sólidos – fagocitose (citóstoma - citofaringe – vacúolo
digestivo) – água marinha, salobra e doce e solo
Úmido;
• Parasitas (Patogênicos) – ex. Trypanosoma,
Leishmania - alimentos líquidos – pinocitose –
endoparasitas intra e extracelulares do trato digestivo de
invertebrados, floema de plantas, sangue e tecidos de
vertebrados.
 
 
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Trypanosoma cruzi - Vetores
 Insetos hematófagos podem ser vetores de doenças, como a de 
Chagas, transmitida por barbeiros do gênero Triatoma (Reduviidae);
 Triatoma infestans, T. brasiliensis, T. pseudomaculata, T. sordida e 
Panstrongylus megistus;
Triatoma infestans
Ciclo evolutivo
 
 
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Distribuição geográfica da Doença de Chagas
 
 
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Tripomastigota – Estágio infeccioso e 
diagnóstico
 
 
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Amastigota
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Trypanosoma cruzi (Doença de Chagas)
Progressão e Sintomas
 2 fases: aguda (curta duração) e crônica (20-30 anos).
 Pode ser transmitida também pela transfusão de 
sangue, transplante de órgãos e via placentária.
 Fase Aguda:
- Assintomática.
- Local da picada – lesão volumosa (chagoma; sinal de 
Romaña).
- Febre.
- Inchamento dos nódulos linfáticos.
- Hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e baço).
 
 
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 Fase Crônica:
- Danos irreversíveis aos órgãos.
- Aparecimento de demência (3% dos casos).
- Cardiomiopatia (30% dos casos).
- Megaesôfago dilatação trato digestivo (6% dos 
casos).
- Formação de granulomas (tumores) no cérebro.
 Em ambas as fases pode ocorrer morte súbita.
PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Trypanosoma cruzi (Doença de Chagas)
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Trypanosoma cruzi (Doença de Chagas)
Diagnóstico e Tratamento
 Microscópico: parasita no sangue.
 Xenodiagnóstico: paciente é intencionalmente picado por 
barbeiros não portadores do protozoário.
 Sorologia: busca de anticorpos específicos.
 Tratamento:
Fase Aguda: Medicação
Fase Crônica: incurável.
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Outros protozoários causadores de doenças
 protozoário flagelado: Leishmania brasilienses + 13 spp. 
patogênicas
 Provoca a Leishmaniose ou Úlcera de Bauru.
 Transmitida por inseto flebotomíneo do gênero Lutzomyia spp. 
(palha ou birigui).
São parasitas de células fagocitárias de mamíferos, especialmente os macrófagos
Promastigotas
Filo Kinetoplastida:
 
 
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 Leishmaniose cutânea ataca o 
tecido conjuntivo, pele e as 
mucosas dos lábios e nariz 
produzindo muitas feridas.
 Duas formas: promastigotas 
flagelados extracelulares 
(infecciosas) e amastigota (intra-
celular).
 Leishmaniose visceral formas 
promastigotas migram para o 
fígado, baço e medula causando 
abscessos e deterioração do 
órgão.
 Leishmania brasilienses
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Leishmania brasilienses (Leishmaniose)
Diagnóstico e Tratamento
 Microscópico: biopsia da borda de tecidos lesionados.
 Sorologia: reação intradérmica de Montenegro, caráter 
imunológico, busca de anticorpos específicos.
 Tratamento:
Medicação convencional pode funcionar em alguns 
casos, com cura e cicatrização do tecido, entretanto é 
primordialmente indicado o tratamento com medicação 
específica.
 
 
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Filo Rhizopoda (Amebas):
 O Filo Rhizopoda consiste de aproximadamente 200 spp., 
maioria de vida livre, porém muitos são considerados parasitas.
 Três espécies cosmopolitas são comensais inofensivos do 
intestino grosso dos humanos: 
- Endolimax nana;
- Entamoeba coli;
- Iodamoeba buetschlii.
Vacúolo 
contrátil
Endoplasma
Ectoplasma
Pseudópode
Núcleo
Vacúolo 
alimentar
 Entamoeba gingivalis, comensal, foi a primeira ameba a ser 
descrita em humanos.
 
 
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Filo Rhizopoda
Disenteria amebiana ou Amebíase
 Desordem intestinal que resulta na destruição das células que 
revestem o intestino: 
- Entamoaeba histolytica;
 2 formas: trofozoíto (ativo) e cisto (dormente);
 alimenta-se do bolo alimentar, bactérias intestinais, líquidos de 
células do intestino;
 50 milhões de novas infestações/ano e 70 mil mortes (Fonte: OMS).
 
 
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Encistamento: comum em protozoários
amebóides.
Ex. Entamoeba sp. Secreção de uma membrana
resistente (membrana cística)
 
 
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Ciclo de Vida
1- Ingestão de cistos; 2 e 3- O cisto desce pelo esôfago e no intestino sofre degradação; 4- Surgem trofozoítos; 5- Fissão 
binária; 6- Trofozoítos atravessam a parede do intestino grosso; 7- Pela corrente sanguínea atacam o fígado e os pulmões; 
8,9,10 e 11- Após fissão binária alguns trofozoítos encistam e são eliminados pelas fezes.
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Entamoaeba histolytica (Amebíase)
Progressão e Sintomas
 Destruição dos enterócitos (mucosa 
intestinal);
 Necrose crônica da mucosa intestinal, 
ruptura de vasos sangüíneos;
 Inflamação do intestino (resposta 
imunológica);
 Dores intestinais, diarréia com sangue, 
febre;
 
 
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 Caso haja disseminação do parasita além do trato 
digestivo, pode provocar problemas no fígado, baço ou 
no cérebro (tumores); 
 Sintomas de invasão sistêmica: febre alta, tremores, 
suores, dores abdominais (no fígado), fadiga, 
hepatomegalia. 
 Anemia e desidratação;
 Podem ocorrer infecções bacterianas oportunistas;
PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Entamoaeba histolytica (Amebíase)
Progressão e Sintomas
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Diagnóstico e tratamento
 Exame de fezes, imunológico e cultura;
 Imagem do fígado (tomografia, raio-X, etc), exame 
de DNA pela PCR ou sorologia;
 Tratamento: amebicidas teciduais e da luz do 
intestino;
 Tumores hepáticos remoção por cirurgia.
Prevenção
 Ferver água;
 não usar cubos de gelo e não comer verduras e outros vegetais 
crus ou frutas com casca mal lavados (ou não lavados);
 Deixar os alimentos em solução clorada para desinfecção (1 colher 
de sopa de água sanitária para cada litro de água).
 
 
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Filo Diplomonadida:
• Um par de grandes núcleos;
• Normalmente 8 flagelos;
• Fissão binária longitudinal, reprodução 
sexuada não é conhecida.
 
 
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Giardia lamblia; G. intestinalis e G duodenalis
 2 formas: trofozoítos (ativos) e cistos (inativos);
 Pode viver 2 meses encistado no estado livre (lagos, rios, etc), abrigado 
da luz solar direta;
 Ocorre em todo o mundo;
 Taxas de infecção: Europa -- 5%
Países em desenvolvimento -- 50%
 Problemas associados à infestação: higiene precária e falta de 
saneamento básico;
 Infectam indistintamente o homem, cães, gatos e gado;
 100 cistos ingeridos = infecção.
Filo Diplomonadida:
 
 
Slide 23 
Ciclo de vida
- Cistos 
ingeridos são 
ativados ao 
passar pelo meio 
ácido do 
estômago e 
pelas enzimas 
do duodeno;
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Progressão e Sintomas
Giardia lamblia (Giardíase ou Giardose)
 Trofozoítos habitam e multiplicam-se aos milhares junto à 
mucosa intestinal;
 Diferentemente de E. histolytica não são invasivas;
 Produzem toxinas e sua multiplicação provoca inflamaçãodo intestino (atapetamento das vilosidades – má absorção);
 Diarréia aquosa sem sangue, má absorção de vitaminas, dor 
abdominal, náuseas e vômitos.
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Diagnóstico e Tratamento
Giardia lamblia (Giardíase ou Giardose)
 Exame de fezes ou imunológico;
 Biópsia do intestino delgado;
 Tratamento através de medicação.
Prevenção
 Evitar ingerir água ou alimentos que possam estar contaminados;
 Filtrar ou ferver a água;
 Educação sanitária;
 Higiene rígida das pessoas contaminadas e disposição sanitária 
das fezes.
 
 
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Slide 27 
Filo Apicomplexa
Esporozoários
• Sem estruturas de 
locomoção (= flexão do 
corpo).
• Parasitas.
• Ciclo vital complexo.
• Reprodução por 
metagênese: fase 
assexuada por divisão 
múltipla (esporogonia) e 
fase sexuada por 
fecundação.
• Ex.: Plasmodium spp.
 
 
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PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Plasmodium spp. (Malária)
 Pertencente ao Filo Apicomplexa (Brusca & 
Brusca, 2007)
• Plasmodium ovale: apenas na África; raramente no Pacífico 
Ocidental; não causa doença fatal.
• Plasmodium falciparum: todas as regiões tropicais; malária mais 
grave (fatal).
• Plasmodium vivax: regiões tropicais e temperadas; menos 
virulento de todos.
• Plasmodium malariae: ocorre em todos os continentes; não 
causa doença aguda fatal.
 
 
Slide 29 
 Protozoário que se locomove por rastejamento (ainda não 
totalmente compreendido).
Infecta os hepatócitos e hemácias.
 Transmitidos ao homem pela picada do mosquito Anopheles, 
transfusões de sangue e seringas.
 2 fases de reprodução –- assexuada (homem) e sexuada 
(mosquito).
 Milhões de pessoas infectadas no mundo.
 No Brasil – Oficialmente: 500 mil casos.
Estimativa: 1 milhão de casos.
PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Plasmodium spp. (Malária)
 
 
Slide 30 
 Protozoário que se locomove por rastejamento (ainda não 
totalmente compreendido).
Infecta os hepatócitos e hemácias.
 Transmitidos ao homem pela picada do mosquito Anopheles, 
transfusões de sangue e seringas.
 2 fases de reprodução –- assexuada (homem) e sexuada 
(mosquito).
 Milhões de pessoas infectadas no mundo.
 No Brasil – Oficialmente: 500 mil casos.
Estimativa: 1 milhão de casos.
PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Plasmodium spp. (Malária)
 
 
Slide 31 
Fêmea de Anopheles
 
 
Slide 32 
 
 
Slide 33 
Ciclo de Vida
esporozoítos
Ciclo sexuado
Repr. assexuada
esporozoítos
30-60 minutos
4 semanas no fígado
(média = 28 a 37 dias)
72 horas
Gametócitos
Esquizontes -
hepatócitos
Merozoítos 
liberados na 
corrente
Repr. assexuada
Merozoítos 
sofrem meiose 
= gametócitos
• Reprodução por metagênese: fase assexuada por divisão 
múltipla e fase sexuada por fecundação.
O gameta masculino é o microgameta, e o 
feminino é o macrogameta.
 
 
Slide 34 
Sangue infectado pelo Plasmodium
 
 
Slide 35 
PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Plasmodium spp. (Malária)
Progressão e Sintomas
 Manifestações iniciais: febre; mal estar; dores de cabeça; 
dores musculares; cansaço; calafrio. 
Acessos de febre em tempos determinados.
P. falciparum – terçã maligna ciclos de 36-48h. Ataca todas as Hemácias
P. vivax – terçã benigna ciclos de 48h. Hemácias imaturas
P. malariae – quartã benigna com ciclos de 72h. Hemácias envelhecidas
 Quando não tratada pode evoluir causando anemia, icterícia 
(acúmulo de bilirrubina no organismo) e o mau funcionamento de 
órgãos vitais, levando ao coma e morte.
 
 
Slide 36 
Tratamento
 Fundamental a identificação da espécie de Plasmodium.
 Uso de medicamentos.
 Tratamento eficaz caso a terapêutica seja iniciada 
precocemente.
PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Plasmodium spp. (Malária)
 
 
Slide 37 
Prevenção
PROTOZOÁRIOS PATOGÊNICOS
Plasmodium spp. (Malária)
 Evitar a todo custo a picada do mosquito quando em 
área de risco.
 Combate ao mosquito.
??
 
 
Slide 38 
Não confundir os mosquitos vetores de protozoários com os vetores 
de outros agentes etiológicos
Febre amarela 
urbana
Aedes aegypti Vírus
Filariose Culex 
quinquefasciatus
Verme Nemata
Dengue Aedes aegypti Vírus
Doença Vetor (Mosquito) Agente etiológico
 
 
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PROTOZOÁRIOS SIMBIONTES
Espécies do gênero Trichonympha em populações de Cryptocercus punctulatus
 
 
Slide 40 
Filo Parabasilida (300 spp.)
Hipermastigotos & Tricomonadinos
• Hipermastigotos = mutualistas 
obrigatórios no trato digestório de 
insetos xilófagos.
• Tricomonadinos = simbiontes do 
trato digestório, respiratório e 
reprodutivo dos vertebrados.
Flagelos anteriores
Fibra parabasal + atratóforo
Membrana 
ondulante
Flagelo 
posterior
Axóstilo
Núcleo
Costa
Trichonympha
Trichomonas
Parabasilida = presença de raízes fibrosas 
(parabasal + atratóforo) e microtubulares (axóstilo) -
citoesqueleto
 
 
Slide 41 
• Trichomonas vaginalis – vagina e uretra da 
mulher e próstata, vesícula seminal e uretra do 
homem.
Tricomonadinos
Epitélio do trato genital infestação por T. vaginalis Existe as formas trofozoíto e 
pseudocisto
Fissão binária e reprodução sexuada
 
 
Slide 42 
Isoptera – Cupins (térmites)
Hipermastigotos = produzem a enzima celulase, que degrada a lignina e 
celulose de polissacarídeos da madeira em substâncias que podem ser 
assimiladas pelos insetos.
Ler artigo em PDF: MEDEIROS (2004) – Metabolismo da Celulose em 
Isoptera. Revista Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento.
Trichonympha
Trichonympha
Hipermastigotos