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Prof. Marcos Túlio Fernandes PROJETO GEOMÉTRICO DE ESTRADAS PERFIL LONGITUDINAL Prof. Marcos Túlio Fernandes INTRODUÇÃO • É o corte do terreno e da estrada projetada por uma superfície vertical que contém o eixo da pista. • Esta diretamente relacionado com o custo da obra. • É desejável que o perfil seja razoavelmente homogêneo, a fim de permitir uma operação uniforme, isto é, que as rampas não tenham grande variação de inclinação e que as curvas de concordância vertical não tenham raios muito diferentes. • Escala vertical 10 vezes maior que a horizontal (exibe mais detalhes). • O perfil de projeto ou greide substitui o perfil natural. (deficiências de drenagem, rampas grandes, etc). Prof. Marcos Túlio Fernandes INTRODUÇÃO • O ideal é se ter no greide rampas suaves e raios grandes nas curvas, para se ter uma velocidade uniforme. • O perfil do projeto é um gráfico cartesiano, onde as abscissas representam o estaqueamento e as ordenadas representam as cotas do terreno e do projeto. Prof. Marcos Túlio Fernandes INTRODUÇÃO Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas com até 3%, são as mais indicadas para estradas com alta velocidade de projeto, pois afetam pouco a velocidade de caminhões leves e médios e veículos pequenos trafegam sem restrições. • Rampas com até 6% são aconselháveis para estradas com baixa velocidade de projeto, pois apesar de afetar pouco veículos de passeios, afetam bastante o trafego de caminhões. • Inclinações acima de 7% só são aceitáveis em estradas secundárias, ou estrada destinada ao trafego de veículos de passeios, pois a baixo volume de tráfego e a perda de velocidade dos caminhões não causam congestionamentos e os veículos leves não sofrem tanto. Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas máximas para rodovias rurais Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas máximas para rodovias locais rurais Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas máximas para rodovias coletoras rurais Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas máximas para rodovias coletoras urbanas Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas máximas para rodovias arteriais rurais Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas máximas para rodovias arteriais urbanas Prof. Marcos Túlio Fernandes RAMPAS • Rampas máximas para rodovias expressas urbanas e rurais Prof. Marcos Túlio Fernandes CURVAS VERTICAIS COM CONCORDÂNCIA • Têm como objetivo concordar as rampas projetadas e devem ser escolhidas de forma a atender às condições de segurança, boa aparência e visibilidade, e permitir a drenagem adequada da estrada. • As curvas podem ser parabólicas de 2° grau, circulares, elipse e parabólica cúbica. A parábola de segundo grau é a mais utilizada por proporcionar boa aparência à curva e boa concordância entre as tangentes, e possibilitar fácil cálculo de suas cotas. Prof. Marcos Túlio Fernandes CURVAS VERTICAIS PARABÓLICAS • Podem ser simétricas ou assimétricas: Prof. Marcos Túlio Fernandes CURVAS VERTICAIS PARABÓLICAS • Elementos da curva: PIV = ponto de interseção das tangentes. PCV = ponto de curva vertical = início da curva vertical. PTV = ponto de curva vertical = fim da curva vertical. L = comprimento da curva vertical (projeção horizontal). i1 = inclinação da primeira rampa (+) ascendente; (-) descendente. i2 = inclinação da segunda rampa (+) ascendente; (-) descendente. A = diferença algébrica de inclinação = i2 – i1 . Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DOS ELEMENTOS DA PARÁBOLA Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DOS ELEMENTOS DA PARÁBOLA Cálculo das cotas e flechas: 𝑦 = −𝑔 2𝐿 . 𝑥2 + 𝑖1. 𝑥 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃 = −𝑔 2𝐿 . 𝑥2 + 𝑖1. 𝑥 + 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐶𝑉 𝑓 = 𝑔 2𝐿 . 𝑥2 𝐹 = 𝑔. 𝐿 8 𝑅𝑣 = 𝐿2 8𝐹 Cálculo do vértice: 𝑥𝑣 = 𝑖1 . 𝐿 𝑔 y𝑣 = 𝑖12 .𝐿 2𝑔 Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DOS ELEMENTOS DA PARÁBOLA Cálculo das estacas: PCV = PIV - L/2 PTV = PIV + L/2 V = PCV + xv Cálculo da cota: PCV = PIV – (i1 . L)/2 PTV = PIV + (i2 . L)/2 V = PCV + yv Variação por unidade de comprimento: 𝑟𝑚𝑟 = 𝛿𝑖 𝐿 Inverso: 𝐾 = 𝐿 𝐴 Raio da curva: 𝐿 = 𝑅𝑣. 𝑖1 − 𝑖2 𝑅𝑣 = 100.𝐾 Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA O DNER estabelece os seguintes critérios para o cálculo do comprimento mínimo: • Critério do conforto (envolvendo a aceleração vertical); • Critério do mínimo valor absoluto; • Critério da distância de visibilidade. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA CRITÉRIO DO CONFORTO Esta relacionando a máxima aceleração centrifuga admissível: 𝐿𝑚í𝑛 = 𝐴 . 𝑉2 1296 . 𝑎 𝑚á𝑥 Onde: 𝑉 = velocidade (km/h); 𝐴 = diferença algébrica dos greides da concordância, em %; 𝑎 𝑚á𝑥 = máxima aceleração centrífuga admissível (m/s² ). Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA A aceleração máxima varia de: • 1,5 (m/s²) para padrão de projeto elevado; • 3 (m/s²) para padrão de projeto médio; • 5,0 (m/s²) para padrão de projeto reduzido; Nas curvas verticais côncavas a aceleração da gravidade terrestre e a aceleração centrífuga se somam (g+a), causando um maior desconforto. Nas curvas verticais convexas as referidas acelerações se subtraem, gerando um certo efeito de flutuação (g-a). O critério do conforto é aplicado, portanto, apenas para as curvas verticais côncavas. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA CRITÉRIO DE DISTÁNCIA DE VISIBILIDADE • Curvas convexas O comprimento mínimo de uma curva vertical convexa é determinado em função das condições necessárias de visibilidade da curva. Assim, para as curvas convexas da estrada devemos ter: 𝑆 ≥ 𝐷𝑝 Em que: 𝑆 = distância de visibilidade do motorista. 𝐷𝑝 = distância mínima de frenagem. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA CASO I: a distância de visibilidade é menor ou igual ao comprimento da curva (S≤L), ou seja, o motorista e o obstáculo estão sobre a curva. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA Sendo: 𝐿𝑚í𝑛 = 𝐷𝑝 2 412 . 𝐴 = 𝐾𝑚í𝑛 . 𝐴 Em que: Lmin = comprimento mínimo da curva vertical, em metros; DP = distância de visibilidade de parada, em metros; A = diferença algébrica das rampas (i1-i2), em %; K = parâmetro de curvatura da parábola, em m/%. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA CASO II: a distância de visibilidade é maior que o comprimento da curva (S>L), ou seja, o motorista, que está antes da curva, enxerga um obstáculo situado após a curva. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA Sendo: 𝐿𝑚í𝑛 = 2𝐷𝑝 − 412 𝐴 Em que: Lmin = comprimento mínimo da curva vertical, em metros; DP = distância de visibilidade de parada, em metros; A = diferença algébrica das rampas (i1-i2), em %. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA CRITÉRIO DE DISTÁNCIA DE VISIBILIDADE • Curvas concovas - Geralmente não ocorre problemas de visibilidade. - Para pistas não iluminadas, aplica-se o critério da visibilidade noturna, ou seja, a pista deve ser iluminada à distância de visibilidade de parada pelo farol do veículo, por hipótese situado a h=0,61 m acima do plano da pista, supondo que o seu facho luminoso diverge de α=1° do eixo longitudinal do veículo. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA CASO I: a distância de visibilidade é menor ou igual ao comprimento da curva (S ≤ L), ou seja, a extensão iluminada está contida na curva. Prof. Marcos TúlioFernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA Sendo: 𝐿𝑚í𝑛 = 𝐷𝑝 2 122 + 3,5. 𝐷𝑝 . 𝐴 = 𝐾𝑚í𝑛 . 𝐴 Em que: Lmin = comprimento mínimo da curva vertical, em metros; DP = distância de visibilidade de parada, em metros; A = diferença algébrica das rampas (i1-i2), em %. K = parâmetro da parábola, em m/%. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA CASO II: a distância de visibilidade é maior que o comprimento da curva (S > L), ou seja, a extensão iluminada é maior que o comprimento da curva. Prof. Marcos Túlio Fernandes CÁLCULO DO COMPRIMENTO MÍNIMO DA CURVA Sendo: 𝐿𝑚í𝑛 = 2𝐷𝑝 − 122 + 3,5. 𝐷𝑝 𝐴 Em que: Lmin = comprimento mínimo da curva vertical, em metros; DP = distância de visibilidade de parada, em metros; A = diferença algébrica das rampas (i1-i2), em %. Prof. Marcos Túlio Fernandes EXERCÍCIO 1 - Sendo considerados os dados constantes do croqui do perfil longitudinal, calcule as cotas dos PIV e a rampa desconhecida. Prof. Marcos Túlio Fernandes EXERCÍCIO 2 - Considerando o exercício anterior, adotando-se os raios (em módulo) R1=6000,00m, R2=4000,00m, R3=10000,00m, calcular as estacas dos PCVs e PTVs. Prof. Marcos Túlio Fernandes EXERCÍCIO 3 - Considerando o trecho de perfil conforme a figura, calcular as cotas do greide (perfil de referência) da estaca 103 à estaca 125.
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