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FUNÇÃO E DISFUNÇÃO I – FISIOLOGIA 1. Potenciais de Membrana e Potenciais de Ação Todas as células do corpo têm uma diferença de potencial através de suas membranas (de dentro para fora), que, como já foi explicado anteriormente, é fundamental no controle da entrada e saída de íons e moléculas. Além disto, as células nervosas e musculares podem sofrer excitação, ou seja, são capazes de gerar impulsos eletroquímicos em suas membranas, e estes transmitem sinais ao longo da membrana. Como explicado anteriormente, a diferença de potencial criada entre ambos os lados de uma membrana, ocorre pela passagem de íons positivos de um lado onde se encontram em alta concentração para o lado de menor concentração, e com isto deixando o lado de origem mais negativo e o lado de destino mais positivo. Quando uma membrana é permeável a diversos tipos de íons, o potencial de difusão depende de três fatores: 1) A polaridade da carga elétrica de cada íon 2) A permeabilidade da membrana para cada íon 3) A concentração de cada íon dentro e fora da membrana O sódio (Na⁺), cloro (Cl⁻) e potássio (K⁺) são os três íons mais importantes na formação de potenciais de membrana nos nervos e fibras musculares. A concentração de cada íon de cada lado da membrana ajuda a determinar a voltagem do potencial de membrana. A permeabilidade de cada membrana, de cada célula, a um íon específico varia, e com ela a importância que cada íon exerce naquela célula, mas sódio e potássio conseguem passar rapidamente pela membrana, e o cloro não, e por isto estes dois íons são envolvidos na transmissão de sinais pelos nervos. É importante saber que todo o resto do fluido intra e extracelular tem um número equilibrado de íons positivos e negativos, gerando neutralidade elétrica, e somente nas superfícies interna e externa das membranas ocorre diferença de potencial, com a membrana interna sendo negativa, e a externa positiva, em uma diferença de potencial de aproximadamente -90mV. Para garantir esta diferença de potencial, apenas uma quantidade ínfima de íons precisa atravessar a membrana, e uma quantidade menor ainda precisa atravessar de volta para inverter esta relação, gerando diferença de potencial de aproximadamente +35mV, em frações de segundos, o que é responsável por gerar os sinais nervosos. � Canais Iônicos Os canais iônicos são proteínas de membrana integrais que, quando abertos, permitem a passagem de certos íons, são seletivos. São controlados por comportas (gates) e, dependendo de sua posição, os canais podem abrir ou fechar. Existem dois tipos: • Canais dependentes de voltagem: têm comportas controladas por alterações do potencial de membrana, • Canais dependentes de ligantes: têm comportas que são controladas por hormônios, neurotransmissores e por segundos mensageiros. � Canais de voltagem Os canais de voltagem, em associação à bomba de sódio e potássio e os canais de vazamento, são responsáveis por fazer esta despolarização e, principalmente os canais de voltagem de sódio, mas também os de potássio. Eles são responsáveis pela repentina passagem de sódios para dentro da membrana, durante a despolarização. Os canais de voltagem são proteínas que possuem uns “portões” que em estado de repouso não permitem a passagem de íons, mas quando ativados, permitem. Os canais de sódio têm dois portões, um de ativação e um de desativação, enquanto os de potássio somente têm um de ativação. A ativação dos canais de sódio ocorre quando há leve alteração inicial do potencial de membrana, tornando esta menos negativa, entre -70 e -50mV, o que altera a conformação do canal de voltagem e “abre” estes “portões”rapidamente, aumentando a permeabilidade da membrana em 500 – 5000 vezes, para o sódio. Os canais de inativação são fechados pelo mesmo mecanismo, mas frações de segundos depois, parando o influxo de sódio para dentro da célula. Os canais de potássio são mais lentos e se abrem quando os canais de inativação do sódio estão se fechando, e com isto participam da repolarização da membrana. É importante saber que outros íons têm papel importante no potencial de ação: alguns ânions de proteínas dentro da membrana são incapazes de sair por estas, ajudando a manter o potencial negativo em seu interior. Também o cálcio tem papel importante em muitas células, através de uma bomba semelhante à de sódio-potássio. Além disto, ocorrem também canais de voltagem de cálcio, também semelhantes aos de sódio, porém mais lentos (portanto são chamados de canais lentos, em contraste aos canais rápidos de sódio). Por serem mais lentos eles atrasam e aumentam o período do potencial. São muito mais numerosos no músculo cardíaco e nos músculos lisos (onde quase não há canais rápidos, por isto a contração destes é mais lenta). Quando há baixa concentração de cálcio, os canais de sódio se tornam mais excitáveis, disparando potenciais de ação com concentrações muito mais baixas do que o normal; esta é a causa da tetania na deficiência de cálcio. � Potencial de Difusão O potencial de difusão é a diferença de potencial gerada através da membrana, quando um soluto com carga (um íon) se difunde a favor de seu gradiente de concentração. Portanto, o potencial de difusão é causado pela difusão de íons e só pode ser gerado se a membrana for permeável a esse íon. � Potenciais de Equilíbrio O potencial de equilíbrio é o potencial de difusão que equilibra ou se opõe precisamente à tendência para a difusão a favor do seu gradiente de concentração. No equilíbrio eletroquímico, as forças impulsoras química e elétrica atuantes sobre um íon são iguais e opostas, e nenhuma difusão efetiva adicional pode ocorrer. a) Potencial de repouso da membrana O potencial de repouso da membrana é a diferença de potencial que existe através da membrana das células excitáveis, como as nervosas e as musculares, no período entre dois potenciais de ação. O potencial de repouso dos nervos, ou seja, quando não estão transmitindo sinais, é de -90mV. Isto significa que o potencial dentro da membrana é 90mV mais negativo do que o potencial fora da membrana, no fluido extracelular. Em repouso, as membranas das células excitáveis são muito mais permeáveis ao K⁺ e ao Cl⁻ do que ao Na⁺ e ao Ca²⁺. Essas diferenças de permeabilidade são responsáveis pelo potencial de repouso da membrana. A bomba de Na⁺/ K⁺ já foi explicada, e faz com que o sódio saia e o potássio entre pela membrana, contra sua concentração, e com gasto de energia. Para voltar, o sódio para dentro e o potássio para fora, não há necessidade de gasto de energia, e estes íons passam por canais específicos, chamados canais de vazamento, que são muito mais permeáveis ao potássio (100x mais) do que ao sódio, o que faz com que sempre fique mais sódio fora do que potássio dentro, mantendo a membrana negativa por dentro e positiva por fora. Portanto, o potencial de repouso é garantido pela bomba de sódio e potássio que envia 3 sódios para fora (portanto 3 íons positivos), enquanto joga 2 potássios para dentro (portanto apenas 2 íons positivos de volta), e ainda pelos canais de vazamento, o sódio tem muito mais dificuldade em passar de volta para dentro, enquanto o potássio sai facilmente. Estes dois fatores garantem que durante o repouso, a membrana interna sempre seja 90mV mais negativa do que a externa. b) Potenciais de Ação O potencial de ação consiste na rápida despolarização do potencial de membrana. Os potenciais de ação são os mecanismos básicos para a transmissão da informação no sistema nervoso e em todos os tipos de músculos. A seguinte terminologia será utilizada para a abordagem do potencial de ação:• Despolarização: é o processo que torna o potencial de membrana menos negativo.A despolarização torna o interior da célula menos negativo, ou pode, até mesmo, fazer com que fique positivo. • Hiperpolarização: é o processo que torna o potencial de membrana mais negativo. • Corrente de influxo: é o fluxo de carga positiva para dentro da célula. Assim, as correntes de influxo despolarizam o potencial de membrana. • Corrente de efluxo: é o fluxo de carga positiva para fora da célula. Correntes de efluxo hiperpolarizam o potencial de membrana. • Limiar: é o potencial de membrana no qual é inevitável a ocorrência do potencial de ação. O limiar pode variar conforme a célula: − Célula nervosa: - 55mV − Célula cardíaca: - 45mV − Célula intestinal: - 70mV Cada potencial de ação se inicia com uma brusca mudança do potencial de membrana negativo, se tornando positivo, e então acaba com uma brusca mudança do potencial de membrana voltando a ser negativo. Estes estágios são descritos assim: • Estágio de repouso: é o potencial de membrana de repouso, antes que ocorra o potencial de ação. Nesta fase a membrana está polarizada. • Estágio de despolarização: Neste momento a membrana se torna repentinamente permeável a íons de sódio, o que faz com que números enormes destes íons passem para o interior do axônio. Nesta situação o estado polarizado da membrana a -90mV se perde, com o potencial subindo rapidamente, se tornando positivo, e isto é chamado de despolarização. • Estágio de repolarização: em frações de segundos, os canais de sódio começam a se fechar e os de potássio se abrem mais do que o normal, o que faz com o lado externo da membrana se torne positivo novamente, mais rapidamente, e isto é chamado de repolarização da membrana. � Início do potencial de ação A membrana tende a permanecer em repouso até que qualquer alteração leva a voltagem de -90mV até um nível, mais próximo de zero, que é chamado de limiar de polarização: que varia com o tamanho da fibra; o que inicia a abertura dos canais de voltagem, que rapidamente invertem a polaridade da membrana. � Propagação do potencial de ação Após o início do potencial de ação, esta excitação em um ponto da membrana tende a se propagar pela membrana, com a despolarização da membrana adjacente, e esta por sua vez causa a despolarização da membrana adjacente a ela. E assim ocorre a propagação desta despolarização, no que é chamado de impulso nervoso ou impulso muscular (dependendo do tecido que afeta). � Resposta tudo ou nada É importante entender que a despolarização somente ocorre quando o potencial da membrana atinge um limiar adequado, e nesta situação, ocorre despolarização total, propagando o sinal. Ele somente é propagado se as condições são adequadas, e se não forem, nem se inicia este potencial, o que é chamado de princípio do “tudo ou nada”. Após a “passagem” do potencial de ação, o sódio e o potássio voltam às suas quantidades originais através do funcionamento da bomba de sódio-potássio. Em algumas situações, o potencial de ação é um pouco prolongado, atingindo um pico máximo (na abertura dos canais de sódio) e demorando um pouco mais para se repolarizar. Um exemplo disto é o coração, em que pela presença maior de canais de cálcio (canais lentos), apresenta um platô de despolarização, e depois rápida repolarização, quando ocorre fechamento dos canais de cálcio e abertura dos canais de potássio. No momento da despolarização ocorre a contração do coração. Alguns tecidos sofrem excitação rítmica, com disparos repetitivos e auto induzidos: o coração (mantendo a frequência cardíaca), músculos lisos (fazendo a peristalse, por exemplo), e sistema nervoso central (mantendo o ritmo respiratório, por exemplo). Célula em repouso (-) ↓ Canais de K⁺ abertos e de Na⁺ fechados ↓ Célula Polarizada ↓ Limiar de Polarização ↓ Canais de K⁺ fechados e Na⁺ abertos ↓ Célula despolarizada (+) ↓ Canais Voltagem Dependentes abertos ↓ Entra Ca⁺⁺ (acontece a contração – Platô) ↓ Canais de K⁺ se abrem e de Na⁺ se fecham ↓ Sai K⁺ (bomba de Na⁺/K⁺ mantém o equilíbrio) ↓ Repolarização ↓ Célula volta a ficar (–) Fase 1: potencial de repouso Fase 2: limiar de despolarização Fase 3: despolarização Fase 4: repolarização Fase 5: hiperpolarização c) Fibras mielínicas e não mielínicas Algumas fibras nervosas são envolvidas por bainhas de mielina, que são interrompidas por nodos de Ranvier. Esta bainha é depositada por células de Schwann. A bainha é composta de um lipídeo chamado de esfingomielina, que é um isolante excelente, dificultando muito o fluxo de íons através desta, porém os íons fluem muito bem nos nodos de Ranvier, permitindo que os potenciais de ação ocorram nestas regiões, o que determina uma condução “saltatória” do estímulo, que vai saltando de nodo em nodo. Desta maneira estes neurônios mielinizados fazem com que o potencial, ao invés de ter que percorrer todo o seu comprimento, “salte” ao longo dele, levando a uma transmissão muito mais rápida do sinal, além de conservar energia. Nestas fibras, o sinal passa tão rapidamente que não há tempo para a abertura dos canais de potássio voltagem dependentes, e, portanto, o sinal é praticamente dependente apenas de canais de sódio voltagem dependentes. d) Transmissão sináptica e neuromuscular A sinapse é o local onde a informação é transmitida de uma célula a outra. A informação pode ser transmitida eletricamente (sinapse elétrica) ou por meio de um transmissor químico. • Sinapses Elétricas: permitem à corrente fluir de uma célula excitável para a seguinte, por meio de vias de baixa resistência entre as células, chamadas junções comunicantes (gap junctions). Elas são encontradas no musculo cardíaco e em alguns tipos de musculo liso e são responsáveis pela condução muito rápida nesses tecidos. • Sinapses Químicas: existe um espaço (gap) entre a membrana celular pré-sináptica e membrana celular pós-sináptica, conhecido como fenda sináptica. A informação é transmitida através da fenda sináptica, por meio de um neurotransmissor, uma substância que é liberada do terminal pré-sináptico e se liga a receptores no terminal pós-sináptico. A seguinte sequência de eventos ocorre nas sinapses químicas: 1) O potencial de ação, na célula pré-sináptica, abre os canais de Ca²⁺; 2) Um influxo desse íon para o terminal pré-sináptico provoca a liberação, por exocitose, do neurotransmissor, que está armazenado em vesículas sinápticas; 3) O neurotransmissor se difunde através da fenda sináptica, liga-se a receptores na membrana pós-sináptica e produz variação no potencial de membrana da célula pós-sináptica. A variação do potencial de membrana da célula pós-sináptica pode ser excitatória ou inibitória, dependendo da natureza do neurotransmissor liberado pelo terminal nervoso pré-sináptico. • Neurotransmissor excitatório: aumenta a permeabilidade da membrana para o Na⁺⁺, causa despolarização da célula pós-sináptica. Ex.: Glutamato • Neurotransmissor inibitório: aumenta a permeabilidade da membrana para Cl⁻ e K⁺, causa hiperpolarização da célula pós-sináptica. Ex.: GABA (Ácido Gama-aminobutírico) � Junção Neuromuscular Junção neuromuscular é a sinapse entre um motoneurônio e uma fibra muscular. • Motoneurônios: são os nervos que inervam as fibras musculares. • Unidade Motora: compreende um motoneurônio único e as fibras musculares que ele inerva. As unidades motoras variam consideravelmente de tamanho. Um potencial de ação no motoneurônio produz um potencialde ação na fibra muscular que ele inerva, pela sequência dos seguintes eventos: 1) Potenciais de ação se propagam ao longo do motoneurônio até o terminal pré-sináptico ser despolarizado causando a abertura dos canais de Ca²⁺ dependentes de voltagem; 2) Quando esses canais de Ca²⁺ se abrem, aumenta a permeabilidade a esse íon no terminal pré-sináptico e íon flui para dentro de acordo com seu gradiente eletroquímico. 3) A captação do Ca²⁺ pelo terminal causa a liberação do neurotransmissor acetilcolina (ACh). 4) A ACh se difunde através da fenda sináptica até a membrana pós-sináptica. Essa região especializada da fibra muscular é chamada de placa motora, contendo receptores nicotínicos para a acetilcolina. A ACh se liga às subunidades α do receptor nicotínico e causa uma alteração conformacional. Quando ocorre essa alteração, é aberta a parte central do canal e a permeabilidade da placa motora aumenta, tanto para o Na⁺ quanto para o K⁺. 5) Quando esses canais se abrem, Na⁺ e K⁺ fluem tentando impulsionar a placa motora para seu potencial de equilíbrio. Como resultado a placa motora é despolarizada. 6) Uma vez que a placa motora seja despolarizada, as áreas adjacentes da fibra muscular são despolarizadas e potenciais de ação são propagados ao longo das fibras musculares. 7) A ACh é degradada em colina e acetato pela acetilcolinesterase (AChE); a colina é captada de volta pelo terminal pré-sináptico por um co-transportador Na⁺ -colina, para serem reutilizadas na síntese de nova ACh. e) Neurotransmissores A transmissão da informação, nas sinapses químicas, envolve a liberação de neurotransmissor pela célula pré-sináptica, sua difusão através da fenda sináptica e sua ligação a receptores específicos na membrana pós-sináptica, produzindo uma alteração do potencial de membrana. As substancias neurotransmissoras podem ser agrupadas nas seguintes categorias: acetilcolina, aminas biogênicas, aminoácidos e neuropeptídios. � Acetilcolina (ACh) A ACh é o único neurotransmissor que é utilizado na junção neuromuscular, é liberado por todos os neurônio pré-ganglionares e pela maioria dos pós-ganglionares no sistema nervoso parassimpático, e por todos os neurônios pré-ganglionares no sistema nervoso simpático. É também o neurotransmissor liberado pelos neurônios pré-sinápticos da medula adrenal. � Aminas Biogênicas • Norepinefrina, Epinefrina e Dopamina: têm um precursor em comum, a tirosina, e também uma via biossintética em comum. O neurotransmissor específico a ser secretado depende de que porção ou porções da via enzimática estão presentes no tipo particular de nervo ou de glândula. Assim: − Neurônios dopaminérgicos – secretam dopamina; − Neurônios adrenérgicos – secretam norepinefrina; − Medula Adrenal (contém a via enzimática completa) – secreta principalmente, epinefrina. A degradação da dopamina, da norepinefrina e da epinefrina, para inativá-las, ocorre por meio de duas enzimas: − Catecol-O-metiltransferase (COMT): não é encontrada nos terminais nervosos, mas está amplamente distribuída em outros tecidos, incluindo o fígado. − Monoamina Oxidase (MAO): está localizada nos terminais nervosos pré-sinápticos e catalisa desaminação oxidativa. Cada uma das aminas biogênicas pode ser degrada somente pela MAO, somente pela COMT ou por ambas. • Serotonina: é produzida a partir do triptofano nos neurônios serotoninérgicos, no cérebro e no aparelho gastrointestinal. • Histamina: é sintetizada a partir da histidina, está presente em neurônios do hipotálamo, bem como em tecidos que não os nervosos, como os mastócitos do trato gastrointestinal. � Aminoácidos • Glutamato: é o mais prevalente de todos os neurotransmissores excitatórios do cérebro, desempenha um papel significativo na medula espinhal e no cerebelo. • Glicina: é um neurotransmissor inibitório que é encontrado na medula espinhal e no tronco encefálico. Seu mecanismo de ação é o de aumentar a condutância ao Cl⁻ da membrana celular pós-sináptica fazendo com que ela fique hiperpolarizada ou inibida. • Ácido Gama-aminobutírico (GABA): é um neurotransmissor inibitório distribuído amplamente no sistema nervoso central em neurônios GABAérgicos. É sintetizado do ácido glutâmico (Glutamato). � Neuropeptídeos Ao contrario dos neurotransmissores clássicos, sintetizados nos terminais nervosos pré-sinápticos, os neuropeptídeos são sintetizados no corpo celular, como ocorre com toda síntese de proteínas. Além de neurotransmissores, os neuropeptídeos também funcionam como neuromoduladores e neuro- hormônios. − Neuromoduladores: são substancias que atuam na célula pré-sináptica, alterando a quantidade liberada de neurotransmissor em resposta à estimulação. − Neuro-hormônios: semelhante a outros hormônios, são liberados pelas células secretoras (nesses casos, os neurônios) para o sangue, agindo em local distante. f) Estabilizadores Algumas substâncias são capazes de estabilizar a membrana, diminuindo sua excitabilidade. Altas concentrações de cálcio extracelular diminuem a permeabilidade da membrana ao sódio, diminuindo sua excitabilidade. Anestésicos locais também têm esta capacidade, como a procaína e a tetracaína, que diminuem a permeabilidade da membrana a íons, o que faz com que os estímulos não consigam passar pela membrana.
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