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DIABETES GESTACIONAL A diabetes mellitus gestacional (DMG) é definida como uma alteração no metabolismo dos carboidratos, resultando em hiperglicemia de intensidade variável que é diagnosticada pela primeira vez ou se inicia durante a gravidez, podendo ou não persistir após o parto. (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2004; WHO, 2006). CONCEITO Ministério da Saúde, 2012. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. É a alteração metabólica mais comum na gravidez Incidência: 3 a 13% Brasil: 7,6% Tolerância diminuída a glicose: fora da gestação Mulheres com DMG tem SETE VEZES MAIS CHANCE de desenvolver diabetes tipo 2. CONSIDERAÇÕES Ministério da Saúde, 2012. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco Gravidez caracteriza-se por aumento da resistência periférica de insulina Hormônios antagônicos à insulina Lactogênio placentário (hPL) Crescimento (GH) Cortisol Sexuais (estrogênio e progesterona) FISIOPATOLOGIA FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco METABOLISMO ENERGÉTICO: Fase anabólica: Até a 24ª semana Aumento da produção dos hormônios placentários Hiperplasia e hipertrofia das células β do pâncreas Aumento da produção de insulina Hipoglicemia Reserva de glicogênio Redução da gliconeogênese FISIOPATOLOGIA FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco METABOLISMO ENERGÉTICO Fase catabólica: 24ª semana até o final da gestação Aumento da produção de hormônios hiperglicemiantes pela placenta Resistência periférica à insulina Hiperinsulinismo Diminuição do glicogênio e aumento da gliconeogênese FISIOPATOLOGIA FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco As gestantes que não têm reserva pancreática adequada para responder a essa necessidade de aumento da produção de insulina, requerida pela gestação, desenvolvem hiperglicemias em graus variáveis. FISIOPATOLOGIA FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco Complicações da hiperglicemia: Glicose tem difusão facilitada para o feto Hiperglicemia fetal Insulina: hormônio anabolizante Macrossomia fetal Tocotraumatismo FISIOPATOLOGIA FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco Hipoglicemia neonatal após clampeamento do cordão Hiperinsulinemia → retarda a produção do surfactante pulmonar → atraso na maturidade pulmonar → síndrome do desconforto respiratório Hiperglicemia → produção de radicais livres → mal formações Polidrâmnio HbA1c tem alta afinidade pelo O2 → poliglobulia e hipóxia → icterícia FISIOPATOLOGIA FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco HOLOPROSENCEFALIA HOLOPROSENCEFALIA SIRENOMELIA FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco AMF: DM em parentes de 1º grau AMP: > 25 anos, HAS, IMC > 25 kg/m², intolerância à glicose em gestação prévia AO: perdas gestacionais de repetição, DG, polidrâmnio, macrossomia, OFIU ou neonatal sem causa determinada, mal formação fetal, hipoglicemia neonatal, SMH Gestação atual: excessivo ganho ponderal; suspeita clínica ou USG de polidrâmnio ou feto macrossômico Uso de drogas hiperglicemiantes (corticóide, diuréticos, β-bloqueadores...) Síndrome dos ovários policísticos RASTREAMENTO FEBRASGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco Ministério da Saúde, 2010. Gestação de Alto Risco: manual técnico. RASTREAMENTO DIAGNÓSTICO FEBRSGO, 2011. Orientação a Gestação de Alto Risco TOTG (teste oral de tolerância a glicose) “Curva glicêmica” Após 3 dias de dieta com 250 a 300g de CH/dia 8 a 12h de jejum Repouso durante o exame DIAGNÓSTICO Euglicemia: Jejum: 70 a 90 mg/dL Pós-prandial (2h): 100 a 120 mg/dL Adesão da paciente Dieta + atividade + insulina 20 a 30’/ dia (3-5x/ semana) CONDUTA Dieta Obesa: 25 kcal/kg/dia Não obesa: (1º tri) 30 kcal/kg/dia; (2º e 3º tri) 35 kcal/kg/dia 3 refeições e 3 lanches Ingestão de fibras Aspartame (FDA: cat. B) CONDUTA INSULINOTERAPIA Falha com a dieta adequada após 7 dias do início. Jejum > 90 ou pós-prandial > 120 mg/dL USG: CA → p75 entre 29 e 33 sem Todos os tipos (preferência pela humana) Não atravessa barreira placentária 0,3 a 0,5 UI/kg/dia CONDUTA INSULINOTERAPIA IR Ação rápida (30 a 60’) Pico 2 a 3h Dura 3 a 6h NPH Ação 2 a 4h Pico 4 a 10h Dura 10 a 16h CONDUTA INSULINOTERAPIA Jejum: ¼ IR Pré-almoço: ¼ IR Pré-jantar: ¼ IR Às 22h: ¼ NPH IR isolada ou associada com NPH Monitorização: 2h pós-prandial e às 22h Hipoglicemiantes orais não liberados pelo FDA CONDUTA Parto espontâneo até 40 sem DG sem complicações Bom controle glicêmico Feto AIG Boa vitalidade Parto eletivo entre 37 e 40 sem Controle glicêmico irregular Feto GIG Macrossomia (mesmo em pré-termo) MOMENTO E VIA DE PARTO Parto eletivo prematuro Comprometimento da vitalidade fetal Mau controle do diabetes Associação com intercorrencias graves (pré-eclampsia, polidrâmnio, macrossomia...) > 4000g: interromper em qualquer IG (até 37sem) Preferir via alta pelo risco de distócia de ombro DG NÃO É INDICAÇÃO DE CESÁREA MOMENTO E VIA DE PARTO Suspender a insulina SG 5% 1000ml + 50 ml glicose à 50% EV em 8h Insulina 1 a 2 UI/h em BI Glicemia 1/1h para correção CONTROLE INTRAPARTO TOTG-75g após 6 sem: Normal: jejum < 100 e 2h < 140 mg/dL IMC < 25kg/m² Glicemia anual Diabética: jejum ≥ 126 ou 2h ≥ 200 mg/dL Intolerante: jejum 100-126 e 2h 140-199mg/dL Encaminhar ao endocrinologista PUERPÉRIO
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