Buscar

05 PROCEDIMENTO COMUM FASES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEXTO 05 
1. DO PROCEDIMENTO COMUM 
PROCEDIMENTO COMUM é o PROCESSO DE CONHECIMENTO, é o chamado “RITO ORDINÁRIO” do CPC/73. 
NOTA: Vale lembrar que, PROCEDIMENTO é a maneira pela qual se desenvolve os ATOS no processo, sendo seu aspecto formal. 
Há apenas 02 tipos de procedimentos no novo CPC: COMUM e ESPECIAIS.
O PROCEDIMENTO COMUM é o procedimento PADRÃO, de APLICAÇÃO RESIDUAL, isto é, não havendo um procedimento especial estabelecido no CPC para tratar de determinada demanda, o PROCEDIMENTO COMUM deverá ser aplicado.
PROCEDIMENTO COMUM, portanto, é aquele aplicável em todos os casos em que a lei não dispor de maneira diversa, por isso o procedimento é chamado de comum. Art. 318 NCPC. 
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
2. FASES DO PROCEDIMENTO COMUM
Como visto, o PROCEDIMENTO COMUM é o RITO ORDINÁRIO do novo CPC. Aplica-se a todos os casos em que a lei não dispor de forma diferente e também de maneira subsidiária em outros procedimentos e é composto por 04 FASES: 
I - FASE POSTULATÓRIA
II - FASE SANEATÓRIA
III - FASE INSTRUTÓRIA
IV - FASE DECISÓRIA
PROCEDIMENTO COMUM: FASE POSTULATÓRIA
A FASE POSTULATÓRIA é a FASE INICIAL, onde a PROVIDÊNCIA das PARTES é PREDOMINANTE. É o momento em que o Autor expõe sua causa de pedir e também é o momento em que o Réu oferece a sua resposta através da CONTESTAÇÃO, exercendo o princípio constitucional do contraditório. 
Com o ingresso da petição inicial em juízo, considera-se proposta a ação e instaurado o processo (ART.312, NCPC).
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. 
NOTA: Também é nessa fase em que há a Audiência Preliminar de Conciliação. 
OBS: Essa fase inicial vai do ingresso da petição inicial em juízo até a apresentação de contestação e o oferecimento da impugnação (Réplica) pelo autor. 
- ALGUNS CASOS IMPORTANTES: 
Vejamos o que pode acontecer depois de FLUIR o PRAZO de CONTESTAÇÃO: 
1º) Caso o réu NÃO CONTESTE, será decretada a sua REVELIA. Ocorrendo o efeito material (art. 344), o juiz julgará o processo nos termos do art. 355, II (julgando antecipadamente a lide). 
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. 
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. 
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. 
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção. 
2º) Se o réu contestar a demanda, o procedimento comum entrará na fase PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (FASE SANEATÓRIA). 
É o que chamamos informalmente de RÉPLICA. Em uma explicação mais aprofundada podemos observar:
I. Se o réu tiver alegado na contestação alguma PRELIMINAR (como a FALTA DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, COISA JULGADA, etc.) ou algum FATO MODIFICATIVO, EXTINTIVO ou IMPEDITIVO do direito do autor, o juiz intimará o autor para se manifestar em 15 dias (nos termos dos arts. 350 e 351);
Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova. 
Art. 337. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: (OBS.: Ver incisos do artigo 337 direto no CPC) (Preliminares de mérito). 
II. Se o réu não suscitar na contestação nenhum dos itens citados acima, o juiz mesmo assim deverá intimar o autor para especificar as provas no prazo que ele fixar (art. 348).
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. (Vide art. 345)
Nesse caso, o juiz só não intimará o autor se ele já tiver especificado as provas na petição inicial. É importante lembrar que este tipo de procedimento é incomum, já que normalmente o advogado faz o "protesto por provas" de forma genérica na inicial.
3º) Após a "Réplica", o procedimento comum entrará na fase de julgamento conforme o estado do processo. (Cap. X, Art. 354 e seguintes até 357 do CPC)
Depois da petição inicial do autor, da contestação do réu e da réplica do autor, o juiz decidirá o julgamento:
I. Primeiramente o magistrado analisará se é o caso de extinguir parcial ou totalmente o processo nos termos do art. 354. Ou seja, se o réu levantou preliminares e o autor ofereceu réplica sobre elas, o processo será extinto, caso o juiz entenda por acolhê-las. 
Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.
II. Se não for o caso de extinção, o juiz analisará se deve julgar o mérito nos termos do art. 355 (julgamento antecipado da lide). Se todos os fatos já estão provados e o juiz tiver ouvido a petição inicial do autor, da contestação do réu e da réplica do autor e não há mais provas para apresentar, o juiz pode julgar o mérito, total (art. 355) ou parcialmente (art. 356).
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
III. Se não é caso de extinção e o processo ainda não comporta julgamento antecipado da lide, deverá promover o prosseguimento do feito PROMOVENDO AS MEDIDAS NECESSÁRIAS à ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO,preparando-o para decisão de mérito, conforme reza o art. 357, CPC: 
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
§ 1º Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável.
§ 2º As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz.
§ 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.
§ 4º Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas.
§ 5º Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de testemunhas.
§ 6º O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.
§ 7º O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados.
§ 8º Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização.
§ 9º As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências.
PROCEDIMENTO COMUM: FASE SANEATÓRIA 
É a SEGUNDA FASE do procedimento comum. 
É o momento em que o juiz CUMPRE providências preliminares para proferir o julgamento. 
Apresentada a resposta do réu, ou findo o prazo, os autos são conclusos e o juiz poderá determinar algumas providências preliminares, como por exemplo, especificação de provas e Réplica ao autor. 
Como vimos anteriormente, ao final da FASE SANEATÓRIA, o juiz pode: 
- Declarar extinto o processo sem resolução de mérito nas hipóteses do art. 485 ou com resolução de mérito conforme o art.487; (art. 354)
- Promover o julgamento antecipado da lide (art. 356);
- Promover o saneamento do feito, preparando-o para decisão de mérito (art. 357).
NOTA: tem o objetivo principal de acabar com todos os vícios e dúvidas acerca das alegações que foram feitas na fase anterior. Assim, o juiz cumpre suas providências preliminares e profere julgamento.
PROCEDIMENTO COMUM: FASE INSTRUTÓRIA
Proferida a decisão de saneamento, abre-se a fase instrutória.
NOTA: Também conhecida como FASE PROBATÓRIA, é aquela onde há a produção e complementação de provas. Quando encerrada, abre-se espaço para os debates orais dos advogados, as alegações finais.
Nesta fase temos a produção de PROVA PERICIAL, PROVA ORAL e até a complementação da PROVA DOCUMENTAL.
A PROVA ORAL concentra-se, normalmente, na AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (Arts. 358 a 368 do CPC de 2015). (Vide CPC in loco)
Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar.
Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
Esclarecimentos em audiência do perito judicial e dos assistentes técnicos, no depoimento pessoal das partes e na inquirição (oitiva) de testemunhas.
OBS: Os DEBATES ORAIS podem ser substituídos por RAZÕES FINAIS ESCRITAS, também chamados de MEMORIAIS. (art. 364, NCPC). 
Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz.
§ 1o Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.
§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.
NOTA: Encerrada a instrução, temos os DEBATES ORAIS, ou seja, manifestação dos advogados, apresentando suas ALEGAÇÕES FINAIS. 
ATENÇÃO: Com as RAZÕES FINAIS das partes, ENCERRA-SE a FASE INSTRUTÓRIA.
PROCEDIMENTO COMUM: FASE DECISÓRIA
Como o próprio nome já diz, é aquela onde a decisão do juiz, ou seja, a sentença, será proferida. 
É na fase decisória do procedimento comum que a sentença é proferida pelo juiz.
A sentença pode ser proferida:
1 - após o encerramento da fase de Instrução 
2 - em audiência; ou ainda
3 - no prazo de 30 dias (art.366). 
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.
NOTA: Esse prazo é impróprio, sem preclusão. 
OBS.: O art. 231 do CPC mostra como começa a contagem desse prazo.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
§ 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.

Continue navegando