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Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Agrárias Programa de Pós-Graduação em Zootecnia Motilidade do Trato Gastrointestinal Gabriel Almeida Joselito Bastos Areia – PB, 10 de Abril de 2013 - Funções da motilidade do trato gastrointestinal; - Propulsionar o alimento de um segmento para o próximo; - Reter a ingesta em um determinado segmento para digestão, absorção e armazenamento; - Quebrar fisicamente o material alimentar e mistura-lo com as secreções digestivas; - Circular a ingesta para que todas as porções entrem em contato com as superfícies absortivas. Movimento do Trato Gastrointestinal - Paredes do trato gastrointestinal; - Dinâmica do movimento de líquidos no trato digestório; - A motilidade pode ser de natureza: Propulsora Retentiva Mista Movimento do Trato Gastrointestinal - O que significa tempo de transito?; Aumento na propulsora. - Motilidade: Aumento na retentiva. - O primeiro nível do controle da motilidade gastrointestinal; - Ondas ondulantes espontânea de despolarização parcial; - Células Intesticionais de Cajal; - Interconexões de células / Musculo circular e longitudinal. - Oscilações rítmicas e espontâneas nos potenciais transelétricos da membrana das CIC; Movimento do Trato Gastrointestinal - As CIC apresentam um papel de “marca-passo” elétrico do intestino; - Sob circunstâncias normais as ondas são propagadas de forma aboral; - As ondas de movimento aboral de despolarização são chamadas de ondas lentas; - No cão: 20 vezes por minuto 5 vezes por minuto no estomago e cólon - As ondas lentas sempre estão presentes porém apresentam frequências variadas; - A presença depende das CIC; - A amplitude pode ser modulada pelo SN entérico e pelo sistema endócrino/parácrino. Movimento do Trato Gastrointestinal - A presença das ondas lentas é necessária, porém elas não são suficientes para ocorrer as contrações; - As células dos músculos lisos estão associadas a potenciais de ação ou pulso; - Quando as ondas lentas passam sobre uma área de músculo liso e os potenciais de ação são sobrepostos as ondas lentas, o musculo GI se contrai; - Quando o potencial de membrana do musculo liso chega próximo a zero os potenciais de ação ocorrem e o músculo se contrai; Movimento do Trato Gastrointestinal Não ocorre contração Ocorre contração Exemplo prático (atividade do músculo no estômago do cão) - As ondas lentas ocorrem cerca de cinco vezes por minuto; - As cristas de cada onda pode ou não ser acompanhada por potenciais de ação; - Portando em um minuto o músculo pode não se contrair nenhuma vez ou se contrair mais de cinco vezes; - Se a passagem das ondas lentas não gerar nenhum potencial de ação, não se contrai; - Se os potenciais de ação se associarem a uma onda lenta, teremos uma contração; - Se os potencias de ação se associarem a duas ondas lentas, teremos duas contrações; - Até termos o máximo de cinco contração por minutos. Movimento do Trato Gastrointestinal - As contrações musculares podem ocorrer em frequência não maior que a frequência das ondas lentas; - As contrações musculares podem ocorrer em frequência não maior que a frequência das ondas lentas; Movimento do Trato Gastrointestinal - A MOTILIDADE COORDENADA - - Antes do direcionamento do alimento ao trato GI é necessário apreendê-lo (quadrúpedes); - Os musculos da face, lábios e língua são uns dos mais delicados da maioria dos animais domésticos; - O método de exato de preensão varia entre as espécies; - Em todos os animais o processo de preensão é coordenado pelo SNC; - Os problemas podem se desenvolver devido a anormalidades nos dentes, mandíbulas, músculos da língua e face, nervos cranianos ou SNC; Movimento do Trato Gastrointestinal - A mastigação envolve ações das mandíbulas, língua e bochechas e é a primeira ação da digestão; - A deglutição envolve estágios voluntários e involuntários e ocorre após o alimento ter sido bem mastigado; - As ações involuntárias do reflexo de deglutição ocorrem primordialmente na faringe e no esôfago; - Clinicamente, os problemas com a preensão, mastigação e deglutição são frequentemente relacionados a lesões neurológicas, ou perifericamente nos nervos cranianos ou centralmente no tronco cerebral; Movimento do Trato Gastrointestinal Esôfago quanto a atividade motora; Corpo Esfíncter superior (Musculo Cricofaríngeo) Esfíncter inferior - O corpo do esôfago serve como um canal relativamente simples, transferindo o alimento da laringe ao estômago; - O alimento é propelido através esôfago por movimentos pulsáteis conhecidos como peristaltismo; - Peristaltismo: Anel de constrição que se move na parede de um órgão tubular; Movimento do Trato Gastrointestinal Movimento do Trato Gastrointestinal - A função do estômago é servir o alimento ao intestino delgado; - Fatores importantes; Velocidade da entrega Qualidade do Material - O estômago é dividido em duas regiões fisiológicas. Região proximal: tem função de armazenamento, retendo o alimento enquanto este espera entrar eventualmente no intestino delgado. Região distal: tem função de moedor e peneira, quebrando os pedaços sólidos do alimento em partículas pequenas. Movimento do Trato Gastrointestinal - A velocidade na qual o alimento deixa o estômago precisa ser compatível com a velocidade com que este possa ser digerido e absorvido no intestino delgado; - A velocidade com que o estômago esvazia precisa ser regulada pelo conteúdo do intestino delgado; - Existem reflexos que regulam o esvaziamento gástrico e permitem ao estômago servir como local de armazenamento; - O modo pelo qual a motilidade afeta o esvaziamento gástrico de sólidos é diferentes daquele para os líquidos; A velocidade que os sólidos são expelidos do estômago é regulada pela velocidade com que eles são quebrados em partículas pequenas o suficiente para passar pelo piloro. O material líquido deixa o estômago mais rapidamente que o material sólido, e a liberação do líquido pode ser menos dependente da motilidade antral do que da motilidade do estômago proximal. Depuração de Materiais Indigestos Complexo Interdigestivo de Motilidade Presente durante a fase gástrica do estômago Ossos Corpos estranhos 2 mm Entre Refeições 1h Ativa Motilidade digestiva Alguns materiais ingeridos como ossos e corpos indigeríveis , não podem ser reduzidos a partículas menores que 2 mm de diâmetro. Durante a fase digestiva do alimento, esses materiais não deixam o estômago, sendo assim necessário um tipo de motilidade especial entre as refeições que dura em média uma hora, tempo suficiente para esvaziá-lo. Quando fortes ondas peristálticas se propagam pelo antro forçando o piloro que relaxa e deixa o material passar para o duodeno. Este é controlado por reflexos neurológicos. Ao comer novamente, a motilidae digestiva é retomada. Em herbívoros, que comem quase constantemente, acontece de hora em hora mesmo na presença de alimento. 14 O vômito Atividade reflexa complexa centrada no tronco cerebral Relaxamento muscular do estômago, fechamento do piloro e esfíncter esofágico inferior Contração abdominal – Aumento da pressão Expansão da cavidade torácica e glote fechada Abertura do esfíncter esofágico superior Motilidade Antiperistáltica – ingesta de origem intestinal Vômito nem sempre é indicador de problema GI Zona de Gatilho – Fornece inervação aferente ao centro do vômito O vômito é uma atividade reflexa complexa que está centrada ao tronco cerebral. Esta ato envolve músculos estriados e outras estruturas externas ao GI. Está associado a algumas ações como: Relaxamento dos músculos do estômago, esfíncter esofágico inferior e fechamento do piloro; Contração da musculatura abdominal aumentando a pressão da mesma; Expansão da cavidade torácica e glote fechada; Abertura do esfíncter esofágico superior e motilidade antiperistaltica. Existe um membro eferente desse arco reflexo que envolve fibras motoras enervos periféricos diferentes. Os estímulos vêm de um grande numero de receptores, mas os de particular interesse são os mecanorreceptores, quimioreceptores e receprotres de tensão na mucosa gástrica e duodenal. Estes, por sua vez, enviam sinais ao centro do vômito no tronco cerebral. Sendo assim, devido a grande quantidade de inervações aferentes advindas de vários órgãos podem provocar irritações causar vômito ou eliminação. O quimiorreceptor ou Zona de Gatilho fornece inervação ao centro de vômito, este é sensível a fármacos e toxinas no sangue. Inflamações podem afetar essa zona. 15 MECANORRECEPTORES DA FARINGE RECEPTORES DE TENSÃO QUIMIORECEPTORES Alguém já colocou o dedo na garganta e vomitou? Isso pode está relacionado ao estimulo do dedo ao tocar a região próxima do centro do vômito, resultando numa resposta rápida. 16 Porque cães e gatos ingerem grama? Podem comer grama para irritar o estômago devido algum enjoo ou quando se sentem intoxicados estimulando dessa forma o vômito. Serve também como fibra na dieta, o que segundo alguns Médicos Veterinários promove melhoras no trato intestinal quando esta tem clorofila, a qual inibe o crescimento de algumas bactérias que promovem infecções além de ativar algumas enzimas que produzem vitamina A< E e K. 17 Motilidade do Intestino Delgado Digestiva Não-Propulsor Segmentação – Contração localizada no músculo circular Propulsor Mistura e circulação para absorção Contrações que migram pelo intestino em fases como ondas lentas Existem dois padrões de motilidade na fase digestiva, são eles o não-propulsor: Referido como segmentação, onde esta resulta de contrações localizadas no músculo circular. A região do ID com 3 a 4cm de comprimento contraem-se fortemente dividindo-o em segmentos de lúmen constrito e dilatado. Dessa forma o alimento move-se pra trás e pra frente misturando-os com os sucos digestivos e circulando-os sobre as superfícies da mucosa absortiva. Já a propulsora digestiva é constituida por contrações peristalticas lentas que migram pelo intestino. 18 Interdigestiva Contrações poderosas Complexo Motor Migrante CMM Duodeno Terminam no íleo com função de faxina Esta fase é caracterizada por ondas de poderosas contrações peristálticas progridem pelo ID, são conhecidas como Complexo Motor Migrante que inicia no duodeno com ondas lentas e termina antes de atingir o íleo. Provavelmente possui função de limpeza e empurra o material não digerido pra fora do ID. 19 Esfíncter Íleocecal Junção do ID e IG Evita movimento retrógrado Dobra na mucosa que atua como válvula Anel muscular circunscrito Relaxamento do esfíncter durante atividades O esfíncter ileocecal está na junção do Intestino delgado e grosso, evitando os movimentos retrógrados dos conteúdos do cólon para o íleo. 20 Motilidade do Cólon Cólon Absorção de água e eletólitos Armazenamento de fezs que escapa da digestão e absorção no ID Fermentação da matéria orgânica Função Espécie Forma e tamanhos diferentes O Cólon possui múltiplas funções, incluindo a absorção de água e eletrólitos, armazenamento de fezes, fermentação de matéria orgânica e absorção no intestino delgado. A importância dessa função varia de espécie e ocorrem diversas formas e tamanhos. O que realmente determina seu tamanho é a especificidade da fermentação colônica para as necessidades energéticas do animal. 21 O tamanho é determinado pela IMPORTÂCIA Similaridade nos padrões de motilidade entre espécies Mistura e Circulação Fermentação e Absorção Contrações Segmentadas Cavalos e Suinos Haustras Motilidade Colônica Retropulsão ou Antiperistaltismo MARCA-PASSOS [ ] Locais de alta resistência ao fluxo > Atividade mistura Cavalos e coelhos fazem largo uso dos produtos da fermentação para necessidades nutricionais e possuem cólons grandes e complexos. A atividade de mistura e circulação é proeminente nos cólons de todas as espécies, sendo essas importantes para funções absortivas e fermentativas. Em muitas espécies como nos cavalos e suínos, é pronunciada uma saculação conhecida como haustras. Uma caracteristica da motilidade colônica é a retropulsão ou aniperistaltismo. Esta migra em ondas lentas oralmente contrária ao fluxo normal. 22 Cólon – Local de Armazenamento e Absorção Material de consistência líquida Água e eletrólitos absorvidos Em condições de repouso = Presença do Marca-Passo colônico ATENÇÂO! Ocorrência no colo ascendente e transverso 24 Abertura Anal Esfíncter interno Músculo liso Esfíncter externo Músculo estriado Constrição Continência Anal Nervo pélvico Nervo Hipogástrico S Relaxamento PS Controlado por contrações tônicas, regulado por fibras somáticas da espinha sacral. Ao animais, mesmo de espécies diferentes assumem papeis semelhantes quanto as funções do trato digestório e sua motilidade. A abrtura anal é costituida por dois esfíncteres: Um interno, de musculatura lisa e é responsável pela continencia anal onde o nervo hipogástrico através de inervação simpática caosa a constrição ou o nervo pélvico através da inervação parassimpática promove o relaxamento do mesmo. O esfíncter externo é composto de músculo estriado que controlado por contrações tônicas, é regulado por fibras somáticas da espinha sacral. 25 Reflexo Retoesfinctérico Entrada das fezes no reto Contrações Relaxamento Bloqueio por constrição voluntária Breve relaxamento para acomodação do bolo fecal Diafragma e músculos abdominais se contraem e aumentam a pressão Animais treinados A entrada das fezes no reto são acompanhadas por um relaxamento no esfíncter anal interno, seguido de contrações peristálticas, conhecido como reflexo retroesfinctérico. Este pode ser controlado onde há um breve relaxamento para acomodação do bolo fecal pelo animal se for treinado. Durante o processo o diafragma e os musculos abdominais se contraem e aumentam a pressão intra-abdominal realizando assim a defecação. 26 Aves – Um Caso à Parte Faringe mais simples que mamíferos – sem palato mole Sem dentes – espécies carnívoras há adaptação do bico Esôfago com diâmetro maior pra acomodar alimentos não mastigados Porção glandular é o próventrículo Intestino delgado geralmente curto Cecos variam com a dieta Cólon e reto simples Papo Motilidade do papo sob impulsos vaginais Motilidade x Esvaziamento de acordo com proventrículo e moela Lugar de armazenamento de alimento para filhotes Órgão de pouco volume Epitélio glandular semelhante ao de mamíferos Função: Propelir a ingesta e secreções digestivas para a moela Órgão muscular que tritura e liquefaz a ingesta - pedras Partículas menores vão pro duodeno, maiores voltam para o proventículo Em espécies carnívoras, ocorre a EGESTÃO de ossos, penas, pêlo, etc Proventrículo Moela 28 Mucosa da moela recoberta por uma estrutura conhecida como Koilin – composta de secreções glandulares e células descamativas que protegem a mucosa de ações físicas da moela Motilidade e funções da maior parte do estômago, comparada ao de mamíferos Diferem-se pela separação física dos compartimentos estomacais e função de trituração da moela Peristaltismo reverso comum as aves que move a ingesta para os cecos Excreções urinárias vão para o ceco pra serem reabsorvidas Peristaltismo e reverso seguido por evacuação Obrigado!
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