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Universidade Federal Fluminense Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro Técnica Dietética III Rafaele Maria Henriques Técnica Dietética Apostila para disciplina Niterói 2018 Parte I – Alimentos e características 1. Introdução: Alimentos “Alimento” é toda substância incorporada ou não ao organismo que, não sendo venenoso, é comestível ou bebível e possui componentes que são absorvidos e utilizados pelo indivíduo, sendo ingerido com a função básica de nutrir. Esses componentes são conhecidos por “nutrientes”, substâncias químicas indispensáveis para a saúde e atividade do organismo. Podem ser classificados em macronutrientes (glicídios (ou carboidratos), proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais). A água é diversas vezes considerada um nutriente, sendo um meio onde ocorrem reações químicas.¹ Os alimentos apresentam características gerais inerentes a eles (como características físicas, estado físico, composição, características físico-químicas, etc.). Essas características gerais podem ser modificadas de formas físicas (por subdivisão, dissolução, união e modificação de temperatura), químicas (cocção, ação enzimática, reações ácido-básicas, etc.), biológicas (fermentação, ação bacteriana ou fúngica), etc.² Os alimentos podem ser divididos em grupos de acordo com sua natureza botânica ou zoológica, a composição química, o hábito de consumo, etc. 2. Tipos de alimentos (divisão por “classificação”) 2.1 Cereais São sementes comestíveis das gramíneas. Normalmente, são a base do hábito alimentar de diversos povos por serem facilmente cultivados, conservados e mantidos, além de apresentarem valor nutritivo alto e baixo custo. Por exemplo: trigo, arroz, aveia, milho, cevada, etc. Essas sementes, quando processadas, dão origem a outros produtos que, quando preparados, oferecem características organolépticas diferentes das obtidas pela cocção de seus grãos de origem. Por exemplo, amido de milho, farinha de milho, germe de trigo, etc. Além disso, esses cereais integram diversas receitas que resultam em produtos alimentícios amplamente usados, como massas (macarrão, massas para lasanha, etc.), bolos, pães, biscoitos, etc. Os cereais são compostos, em sua maioria, por carboidratos, proteínas e fibras. Por exemplo, em 100 gramas de arroz tipo 1 cru obtemos cerca de 79 gramas de carboidrato, 7 gramas de proteína e 2 gramas de fibras para 0,34 de lipídios.³ 2.1.1 Carboidratos Nos cereais possuímos amido (glicídio de reserva) e celulose (glicídio estrutural). Sabendo que o amido é insolúvel em água em “temperatura ambiente”, pode-se considerar que é esse glicídio que confere as características de “inchaço” ao prepararmos alimentos dessa origem em água quente devido ao ganho térmico: o amido embebe a água com perda de cristalinidade conforme a temperatura for aumentando até gelatinizar. A gelatinização é um processo que ocorre durante o aquecimento em meio aquoso: os grânulos de amido sofrem mudança em sua estrutura, rompendo pontes de hidrogênio que estabilizam a estrutura interna do grânulo (que é cristalina) ao atingir temperaturas específicas para cada tipo de alimento. Se o processo de aquecimento é continuado com uma quantidade de água suficiente, a região cristalina é rompida e a água entra, formando uma “pasta” visco-elástica túrbida ou, quando em concentrações altas, um gel opaco4. A dureza desse gel dependerá da concentração e do tipo de amido. Nesses processos, os alimentos parecem “aumentar de tamanho” visualmente e acabam sofrendo ganho térmico: quando comparamos o peso do alimento cru com o peso do alimento já cozido notamos que o peso dobra ou até triplica (dependendo da qualidade do cereal). A razão entre o peso final do alimento produzido pelo peso inicial de alimento a ser cozido é o que chamamos de fator térmico. A partir do resfriamento (natural ou artificial) do gel formado em aquecimento, pode haver a reaproximação de suas moléculas pela redução de temperatura do mesmo, formando novas pontes de hidrogênio e expulsão de água. Nesse caso, o gel reduz de volume, tem firmeza aumentada e há o processo de sinerese. É um fenômeno irreversível5. Quando os cereais são expostos ao chamado “calor seco”, isto é, preparo do alimento sem utilizarmos o meio aquoso, utilizando-se ou não de uma fonte de gordura (como o ar ou o óleo), há a dextrinização do amido de superfície dos alimentos ricos nesse glicídio, isso é, rompendo gradativamente as membranas, hidrólise do amido e liberação da dextrina (isso acontece com o arroz, por exemplo). Quando ocorre esse processo, o cereal tem sua digestibilidade e solubilidade aumentadas, assim como acentuação de cor e sabor6. No caso de outros cereais (como o milho), o calor seco, ao aquecer o grão, eleva a pressão interna do grão que, quando combinada com a umidade do alimento, gelatiniza o amido e pode levar ao rompimento do pericarpo (“capa” do grão), expondo o amido (preparo da pipoca a partir dos grãos de milho)7. No preparo de alimentos é possível usarmos o meio aquoso como condutor de calor (seja água, leite, sucos, etc.), de forma a hidratar o alimento dispensando a presença de gorduras (calor úmido). A aplicação de calor seco e úmido em duas etapas (1ª de calor seco com gordura e a 2ª de calor úmido com líquidos) é chamada de “calor misto”, como observado, por exemplo, em ensopados de carne, onde a carne é selada na gordura de forma a evitar a saída dos sucos do alimento e depois preparada em molhos temperados8. 2.1.2 Proteínas Os cereais são compostos por proteínas em proporções diferentes e com proteínas principais nas células do endosperma, tendo cada cereal uma proteína específica na classe das prolaminas e na classe das glutelinas (exemplo: O trigo possui cerca de 70% de gliadina e 46% de glutenina enquanto a aveia apresenta cerca de 16% de avenina (prolamina). A partir do tratamento mecânico (principalmente das misturas a base de farinha de trigo), os grupamentos dessas proteínas formam ligações entre peptídeos em diversos pontos da cadeia, formando rede tridimensional e viscosa (rede de glúten). Essa rede é viscosa e confere à massa extensibilidade (pela gliadina, estiramento sem que se rompa e formação de “câmaras” aeradas durante a fermentação, se houver) e elasticidade (pela glutenina, após estiramento, capacidade de retornar à forma original da massa)7. Nos cereais, o aminoácido limitante é a lisina, que, ao ser combinado com o aminoácido limitante das leguminosas (metionina), forma uma proteína de alto valor biológico. 2.2 Leguminosas São grãos (sementes) contidos em vagens ricas em tecido fibroso, sendo algumas espécies possíveis de consumirmos quando ainda estão verdes (como ervilhas e vagens). Exemplos: feijão preto, branco, manteiga, vermelho, fradinho, lentilha, ervilha (sendo verde/em conserva é considerada hortaliça), grão-de-bico, soja, etc. Ao serem processados também podem originar produtos alimentícios derivados de leguminosas, como farinhas (de soja, de grão de bico, etc.), pastas, extrato hidrossolúvel (“leite de soja”), etc. As leguminosas são compostas, em sua maioria, por carboidratos, proteínas e fibras (solúveis e insolúveis), sendo alguns exemplares capazes de possuir % de lipídios média para alta em sua composição. Por exemplo, em 100 gramas de feijão preto cru obtemos cerca de 59 gramas de carboidrato, 21 gramas de proteína e 21 gramas de fibras para 1 grama de lipídios enquanto em 100 gramas de farinha de soja, 38 gramas de carboidrato, 36 gramas de proteína e 20 gramas de fibras para 15 gramas de lipídios³. Nas leguminosas encontramos amido, celulose, hemicelulose e pectina (carboidratos) e como aminoácido limitante a metioninaque, quando combinado com o aminoácido limitante dos cereais (lisina) forma proteína de alto valor biológico. 2.2.1 Tratamento térmico em leguminosas Ao aplicarmos calor em leguminosas promovemos o abrandamento das fibras pelo abrandamento da parede celular das células vegetais. O tipo de calor aplicado varia de acordo com a composição do alimento: o calor seco é aplicado em leguminosas ricas em lipídios (como o amendoim), enquanto em outras é preferível o calor misto, visto que deve ocorrer a hidratação para utilização. Em certas temperaturas, há desnaturação de fatores anti-nutricionais e desnaturação de toxinas, normalmente de origem proteica. Como os grãos possuem amido, o processo de gelatinização também ocorre, tornando as leguminosas secas mais macias, o sabor mais acentuado e digestibilidade facilitada9. 2.3 Hortaliças São os vegetais ou partes comestíveis dos vegetais (Caule (acelga, aipo, palmito,etc.), folhas (acelga, espinafre, couve, rúcula, etc.), flores (brócolis, couve-flor, etc.), frutos (abóbora, chuchu, quiabo, tomate,etc.), raízes e tubérculos (beterraba, cenoura, inhame, batata-doce,etc.), bulbos (alho, cebola, alho-poró, etc.) e sementes (ervilha, vagem). Normalmente, chama-se de verdura as partes comestíveis representadas por folhas, flores e hastes (como o espinafre e a couve, por exemplo) e legumes as partes designadas pelos frutos, sementes, bulbos, etc. (como cenoura, tomate, mandioca, etc.). Normalmente as hortaliças são empregadas em saladas cruas, cozidas, com molho, sopas, caldos e molhos, assados, salteados, refogados, gratinados, empanados, fritos, sucos e, em menor quantidade, em doces. A forma mais comum de encontrá-las é in natura, contudo, podem ser vendidas como pré-cozidas e congeladas, desidratados, preparações prontas, etc. As hortaliças possuem glicídios de reserva (amido), estruturais (celulose, beta-glicanos, hemicelulose) e edulcorantes (sacarose, glicose e frutose), sendo classificadas pelo teor de carboidratos: classificação base para cálculo de dietas. Alimentos com carboidratos até 6% da composição são classificados como hortaliças A (alface e agrião, por exemplo), de 6 a 15% da composição (chuchu e beterraba, por exemplo), hortaliças B e acima de 15% hortaliças C (batata inglesa, aipim, etc.)10. As fibras (presente abundantemente nesses alimentos) são polissacarídeos vegetais da dieta. Podem ser solúveis (pectinas, gomas e mucilagens), que retardam o esvaziamento gástrico, desaceleram o trânsito intestinal e diminuem a absorção da glicose e colesterol, e insolúveis (celulose, hemiceluloses e lignina), que aumentam o bolo fecal e regulam o trânsito intestinal¹. 2.3.1 Pré-preparo e preparo de hortaliças Para serem armazenadas, devem ser retiradas partes velhas e deterioradas, principalmente folhas e talos; armazenadas em bolsas de celofane ou sacos plásticos abertos/com furos para trocas de gases e água com o ambiente; podem ser lavadas antes de armazenadas, porém devem estar secas ao serem guardadas, de preferências, em locais exclusivos de frutas e hortaliças em até 10°C11. No pré-preparo, as unidades danificadas devem ser descartadas. Cada alimento deve ser lavado um a um (no caso de folhas, uma a uma) de forma a retirar as sujidades físicas e, em seguidas, imersas em hipoclorito de sódio a 200 p.p.m12. Após serem higienizadas, são subdivididas ou não. Após esse processo, as hortaliças podem ser consumidas in natura, cruas, sem nenhum processo de cocção ou ainda conduzidas para calor úmido (em vapor ou água por imersão) ou calor seco (assadas ou fritas). As preparações levam em consideração os pigmentos que cada hortaliça possui: alimentos em tons de verde são ricos em clorofila, vermelhos são relacionados ao licopeno, enquanto amarelos e alaranjados são relacionados aos carotenóides, por exemplo. Além disso, esses pigmentos acabam sofrendo alteração de acordo com a técnica de cocção empregada13: → Clorofila: A coloração verde pode ser alterada quando feita em recipiente tampado e por tempo prolongado. Um recurso utilizado é a neutralização com agente alcalino (bicarbonato de sódio) ou não vedar corretamente o recipiente em que o alimento está sendo preparado. Como o uso do bicarbonato prejudica a absorção de ferro e de vitamina C, a opção mais indicada é não abafar completamente o alimento durante sua fervura. → Carotenóides: São altamente solúveis na gordura. Além disso, são sensíveis à oxidação, o que pode ser diminuído pelo branqueamento e adição de sulfurados. → Antocianinas: São solúveis em água e podem ter coloração avivada por emprego de ácidos ou alterada quando expostas às bases. 2.4 Frutas São as partes polposas que rodeiam as sementes das frutas, provenientes dos ovários maduros das flores e partes adjacentes das mesmas (como cálices e caules), desenvolvidos após a fecundação. Exemplos: abacate, abacaxi, banana, carambola, figo, graviola, laranja, mamão, maçã, pêra, kiwi, etc. São consumidas, normalmente, cruas e em sucos e separadamente das refeições comuns pelo seu sabor doce. As frutas podem ser apresentadas in natura, em calda, compotas, carameladas, em creme, em doces (porções e pastas), assadas, etc. De forma processadas, podem ser vendidas como “frutas- passas” (mais comumente banana e uva), em “chips”, doces de corte, cristalizadas, etc. São compostas por glicídios de reserva, estruturais e edulcorantes e apresentam componentes funcionais de forma abundante (como fibras, pigmentos, etc.). Esses alimentos podem ser classificados pelos seus conteúdos em glicídios (sendo essa a classificação usada para cálculo de dietas), pelo conteúdo de água e conteúdo de lipídios14. → Classificação por carboidratos: Frutas A são aquelas que apresentam até 13% de glicídios em sua composição (acerola, laranja, mamão, etc.) enquanto Frutas B são as que possuem acima de 13% de carboidratos (banana prata, maçã, manga, etc.). → Classificação por água: Frutas Aquosas apresentam acima de 85% de água em sua composição (melancia, laranja, tangerina, morango, etc.) e podem ser usadas para fazer sucos enquanto Frutas Amidonadas (ou secas) apresentam até 85% de água (banana, maçã, pêra, etc.) e são, normalmente, usadas para fazer refrescos. → Classificação por lipídios: As frutas oleaginosas são aquelas que apresentam, em sua composição, elevado teor lipídico se comparadas às frutas em geral (amêndoa, amendoim, avelã, etc.) 2.4.1 Escurecimento enzimático em frutas Diversas vezes temos perdas de frutas, hortaliças e leguminosas por processos de escurecimento enzimático, já que são alimentos suscetíveis ao processo. Quando danificados durante a colheita, transporte ou expostos ao ar em etapas de pré-preparo e preparo, aguardando processamento, as enzimas presentes nos alimentos (principalmente polifenoloxidase e peroxidase) e os substratos fenólicos podem resultar em compostos escuros que alteram sensorialmente os alimentos15. Os métodos empregados para retardar/evitar que a reação ocorra envolvem o controle da enzima, do substrato e do oxigênio, podendo ser por ação da temperatura (branqueamento), exclusão ou remoção dos substratos (embalagens à vácuo para controle da exposição ao oxigênio, adição de ciclodextrinas em sucos de fruta, etc.) e redução do pH (por adição de ácido cítrico, fosfórico, málico e ascórbico, contudo sem alterar o sabor do alimento e outras propriedades do mesmo), por exemplo16. 2.5 Ovos Entende-se “ovo”, pelo produto oriundo da galinha (quando ovo de outra espécie, deve ser determinado de qual). Os ovos podem ser classificados de acordo com a cor da casca (branco ou de cor) e de acordo com o peso (“ovo jumbo” acima de 65 gramas, “extra-grande” de 60 a 65gramas, “grande” de 55 a 60 gramas, “médio” de 50 a 55 gramas e “pequeno” com, no mínimo, 45 gramas)17. A composição química dos ovos inteiros tem destaque para o teor de proteínas e lipídios. Em 100 gramas de ovo inteiro cru há cerca de 13 gramas de proteína e 8 gramas de lipídios³. 2.5.1 Pré-preparo de ovos Os ovos devem ser lavados em água corrente por unidade, higienizados em solução de hipoclorito ativo de 200 p.p.m por 10 minutos e testados quanto ao frescor previamente ao uso: quebrados individualmente em um recipiente plano, avaliando-se as fases da clara, o posicionamento da gema e a coloração do conjunto17. 2.5.2 Preparo de ovos17 2.5.2.1 Preparo em calor seco: o ovo é exposto ao calor seco separadamente ou em preparações, originando omeletes, ovos mexidos, ovos fritos, etc. 2.5.2.2 Preparo em calor úmido: os ovos podem ser “cozidos” com casca ou sem casca, originando ovos “quentes” (quando submetidos a 3 minutos de cozimento), “moles” (quando submetidos a 5 m) e “cozidos” (quando submetidos a 8 m) ou ovos “pochê”, quando feitos na água quente com vinagre. São preparações seguras se atingirem 74°C durante 5 minutos. 2.5.2.3 Preparo com a clara: A clara normalmente é utilizada sob a forma de espuma, podendo dar origem a merengues, suspiros, marshmallow, etc. 2.5.2.4 Preparo com a gema: O uso das gemas é utilizado amplamente em doces, como quindins, ambrosia, fios de ovos, etc. 2.6 Leite18 Entende-se “Leite” qualquer produto oriundo da ordenha do úbere da vaca quando sadia, bem alimentada e descansada. Qualquer outro produto deve ser acompanhado do nome da fêmea do animal do qual foi retirado: “leite de cabra”, “leite de búfalo”, etc. O leite é rico em proteínas e lipídios, além de minerais como cálcio e fósforo. O leite pode dar origem a diversos produtos alimentícios por desnatação (creme de leite, manteiga), coagulação do leite (queijos), coagulação do soro do leite (ricota), desidratação do leite (leite concentrado, evaporado, condensado, doce de leite, leite em pó, etc.), fermentação do leite (coalhada, iogurte, quefir, etc.), aromatização do leite (leite aromatizado), enriquecimento do leite (leite enriquecido), delactosação do leite, etc. O leite pode ser: → Cru refrigerado: é o leite produzido nas propriedades rurais destinado à obtenção de leite pasteurizado para consumo humano direto ou transformação em derivados lácteos, mantidos a temperaturas constantes (7°C na propriedade rural/ 10°C no local de processamento) e transportado em carrotanque isotérmico. → Pasteurizado tipo A: é o leite classificado quanto ao teor de gordura em integral (mínimo 3% de gordura), semidesnatado (de 0,6 a 2,9%) ou desnatado (0,5%), produzido e envasado em “Granjas Leiteiras”. → Pasteurizado: É o leite elaborado a partir do cru refrigerado, submetido a tratamento térmico de 72 a 75°C por 15 a 20 segundos em pasteurizador, seguido de resfriamento a 4ºC (ou inferior). → Leite UHT: É o leite que foi homogeneizado e submetido a 130°C durante 2 a 4 segundos, resfriado a 32°C imediatamente após o calor e envasado sob esterilidade. O leite deve ser armazenado até 7°C (pasteurizado), 10°C para laticínios, ambiente para embalados e encartonados e mantidos todos na validade. Os preparados de derivados do leite devem ser mantidos em cocção a 74ºC por no mínimo 5 minutos, manipulados abaixo de 10°C ou superior a 60°C. 2.7 Carnes “Carnes” são as massas musculares maturadas e tecidos que as acompanham, incluindo ou não base óssea, provenientes de animais abatidos em ambientes controlados sob inspeção veterinária. Normalmente, referimos “carne” como a de procedência bovina, contudo, podemos encontrar “carnes” suínas, caprinas, ovinas, etc. Além disso, também fazemos o consumo de carnes de aves, abatidas e evisceradas, cortadas e recortadas. Podemos encontrá-las como carnes salgadas e/ou defumadas, enlatados, pastas, embutidos, etc. Esses alimentos são ricos em proteínas (de 20 a 30% das peças) e lipídios (de 6 a 10%), seguindo-se de nutrientes como ferro. Além disso, algumas carnes são ricas em colesterol pela organização do tecido adiposo em relação à carne³. Esses itens devem ser armazenados em câmaras próprias, devidamente organizados, mantidos congelados (-15 graus), refrigerados (de 0 a 4 graus) ou resfriados (de 6 a 8 graus). Quando pré-preparados, devem ser descongeladas em refrigeração (por no máximo 2 dias a 4 graus celsius), subdivididos em condições higiênicas adequadas, amaciadas e condimentadas19. 2.8 Pescados É qualquer produto que compreenda peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamífero de água doce ou salgada, não se utilizando o termo “frutos do mar”. Pode ser considerado “fino”, normalmente mais caros, obtidos por pesca de linha, ou “populares”, normalmente mais baratos, obtidos por pesca de volume ou “arrastão”. O pescado resfriado é acondicionado em gelo e mantido entre -2 a 0,5°C. O pescado fresco é dado ao consumo sem ação a não ser a do gelo, enquanto o congelado é tratado e mantido de -25°C (congelamento industrial) a -18°C20. É rico em proteínas (Cerca de 19% da carne) e ácidos graxos (cerca de 6%, sendo divididos em “magros” e “gordos”), e possui altas concentrações de iodo, flúor, cromo, manganês, zinco, etc³. Esses ácidos graxos, formados por cadeias longas, são caracterizados pelos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6, sendo o ômega-3 encontrado principalmente em peixes de água fria como o salmão. Sabe-se que o uso na faixa de 1 a 2g ao dia desse ácido graxo está relacionado à prevenção de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e trombose, já que atua reduzindo níveis plasmáticos de colesterol e de triglicerídeos, e na atenuação de processos inflamatórios21. Parte II – Planejamentos de cardápios 1. Introdução: Noções sobre cardápio 1.1. Conceitos gerais “Cardápio” é o termo utilizado para denominar a lista onde se discriminam as preparações que serão oferecidas em cada uma das refeições servidas ao longo de um determinado tempo, podendo ser diário, semanal, mensal, etc. Esses planos, tanto quando são elaborados por uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) ou sendo a lista de preparações oferecidas em um restaurante comercial ou Unidade Produtora de Refeições (UPR) são planejadas mediante uma pré- seleção de critérios escolhidos de acordo com as características do estabelecimento. Esse plano é feito de modo a se obter refeições equilibradas do ponto de vista nutricional e agradável, além de servir como a orientação do profissional para planejamentos de compras, de organização da UAN/UPR, etc. Quando desenvolvido mensalmente, há uma visão ampla do planejamento. 1.2 Objetivos e estruturação O planejamento de cardápios em uma UAN visa, principalmente: → Aumentar a produtividade de colaboradores em uma empresa → Diminuir o índice de faltas → Reduzir a incidência de acidentes de trabalho e doenças alimentares → Promover integração entre funcionários Dentro do plano diário existem dois tipos de refeições: as grandes, que fornecem o maior aporte energético e nutritivo, e as pequenas, que tem por finalidade oferecer energia imediata para as atividades do indivíduo. O Valor Energético Total (VET) diário, calculado de acordo com as necessidades dos clientes que frequentarão a UAN/UPR (pelo perfil geral de sexo, faixa etária, nível de atividade física exercida, etc.), será distribuído nessas refeições de acordo com o número de refeições que a UAN ofereça. Por exemplo22: → Para uma empresa que funcione de 8 às 20h (12 horas) com atividades leves: Desjejum (20%), Almoço (40%), Lanche (10%) e Jantar (30%) → Para uma empresa que funcione de 8 às 20h (12 horas) com atividades moderadas ou perfisvariados de atividade física: Desjejum (15%), Colação (10%), Almoço (40%), Lanche (5%) e Jantar (30%) → Para uma empresa que funcione 24 horas com diversos níveis de atividade física: Desjejum (20%), Colação (5%), Almoço (35%), Lanche (10%), Jantar (25%) e Ceia (5%) Além disso, os cardápios devem seguir a “Lei da Harmonia” entre a proporção de nutrientes oferecidos. Para indivíduos normais é normalmente estabelecido 10 a 15% de proteínas (1g/kg de peso, quando para indivíduo), 25 a 35% de lipídios e 50 a 65% de carboidratos. As grandes refeições são estruturadas da seguinte forma: → Entrada: São preparações com base em, preferencialmente, hortaliças cruas com adição de alguns componentes cozidos em menor quantidade. Exemplo: Salada de alface, tomate em rodelas e milho (em conserva, drenado) → Prato principal: Preparações à base de alimentos protéicos que fornecem a maior parte das proteínas da dieta. Exemplo: Carne moída refogada → Guarnição: Também à base de hortaliças, porém, coccionadas com outros ingredientes, podendo ser esses outras hortaliças ou não. Exemplo: Purê de batatas → Acompanhamento: Preparações à base de cereais e leguminosas que tem por finalidade fornecer, preferencialmente, glicídios. Exemplo: Arroz Branco e Feijão Preto → Bebida: Deve fornecer vitaminas, minerais e glicídios e é, normalmente, uma preparação que envolve alguma fruta. Exemplo: Suco de melancia → Sobremesa: Nem sempre é oferecida, porém, quando está presente no cardápio, deve completar o valor energético total. Exemplo: Pêra; Pudim de Leite, etc. 1.3 Critérios de planejamento23 1.3.1 Estruturais → Perfil da clientela – idade, sexo, atividade física predominante e outros fatores associados determinam as necessidades nutricionais do grupo, permitindo o estabelecimento do VET e do per capta. → Hábito alimentar cultural e rotineiro da clientela – É o que determina quais alimentos serão escolhidos para compor determinado planejamento, sendo afetado por regionalidade, cultura, aceitação, etc. Evitam-se repetições de preparações ao longo da semana. → Disponibilidade de recursos materiais e humanos – o dimensionamento da unidade onde serão produzidas as refeições oferecidas nos cardápios afetam diretamente o tipo de cardápio oferecido na unidade, contando com a disponibilidade de equipamentos e utensílios, número de funcionários disponíveis e a qualificação dos funcionários que trabalham na unidade. Nesse caso, quando os recursos não são amplos, pode-se recorrer aos alimentos pré-preparados. 1.3.2 Relativos ao alimento → Equilíbrio de cores – A variedade de cores postas no prato estimulam o consumo e a atenção ao prato no comer, além da satisfação. Devem ser observadas as tonalidades de vermelho, de amarelo e de verde. → Consistências – A refeição deve alternar entre preparações pastosas, macias, sólidas e crocantes. Em uma só consistência tornam a refeição cansativa para os movimentos da mastigação e da deglutição e monótona sensorialmente. → Safras – O planejamento de cardápio deve ser baseado nas safras das hortaliças e frutas. No período de maior disponibilidade na produção há queda considerável do preço de hortifrutigranjeiros, redução de agrotóxicos e maior durabilidade do produto comprado. 1.3.3 Tipo de cardápio (relacionado ao custo total disponível para gasto) → Cardápio popular (trivial) – Planejado para trabalhadores das áreas operacionais, contando com preparações pouco elaboradas com economia de ingredientes e recursos para execução das preparações. Normalmente, oferece-se café com leite, mingaus, canjica, pão com margarina (com ou sem queijo e algum embutido 1x na semana), fruta popular, refrescos,etc. Nas grandes refeições, no máximo três variedades de hortaliças, uma opção de carne (normalmente de segunda), arroz, feijão, farinhas e farofas, etc. → Cardápio médio (trivial fino) – Planejado para trabalhadores dos setores administrativos das empresas, com preparações elaboradas e lista mais variada de ingredientes. Pode-se oferecer leite com café, chá, mingaus, pão com margarina ou manteiga, frutas ou geléias, refrescos ou sucos (ocasionalmente), variedade maior em saladas cruas, uma ou duas preparações diferentes para pratos principais, arroz, feijão, etc. → Cardápio formal (ou de luxo) – Planejado para setores de diretoria de empresas, convidados, executivos de altos cargos, etc. As preparações são caras, dependendo de gêneros caros e nobres. Oferece-se suco de fruta (inclusive no café da manhã), frutas sofisticadas, iogurtes, biscoitos, pães folheados e pães integrais, ovos, saladas, opções de pratos principais, molhos variados, vinho, produtos de confeitaria, etc. Observação¹: O café puro e bebidas alcóolicas (como licores, vinhos, etc.) não entram na estrutura do cardápio, contudo, entram no planejamento de compras. Observação²: Cardápios especiais podem ser servidos em qualquer um dos três tipos citados anteriormente, como véspera de natal, páscoa, dias comemorativos, etc. 1.3.4 Oferta de proteínas O tipo de proteína a ser oferecido entra em esquema de rodízio de acordo com as grandes refeições. Oferece-se, por cada grande refeição, carne bovina 3x na semana, de frango ou ave 2x, suína 1x e oriunda de pescados ou miúdos 1x na semana. Exemplo de distribuição: Almoço Bovina Peixe Bovina Ave Bovina Ave Suína Jantar Ave Bovina Suína Bovina Peixe Bovina Ave 2. Fichas Técnicas As fichas técnicas são estruturas em forma de planilha onde aparecem os ingredientes de uma preparação e a técnica, passo a passo, explicando como aquela preparação deve ser executada. O uso de ficha técnica em uma unidade de alimentação e/ou em uma unidade produtora de refeições padroniza as características de determinada preparação (bem como sua qualidade), de forma que a mão-de-obra que a repita obtenha sempre o produto final o mais semelhante possível. Além disso, as fichas, quando bem elaboradas, auxiliam o planejamento de compra reduzindo o excesso no pedido de gêneros perecíveis e de saída de despensa ou almoxarifado para a produção (onde normalmente ocorrem perdas). Há otimização de espaço de armazenamento, menos gastos desnecessários com excedentes, menos riscos de sobras que percam o prazo de validade e melhor otimização do serviço pelo seguimento de instruções. Em uma ficha técnica, é importante seguir uma série de instruções: → Ingredientes listados na ordem de utilização de preparação, excetuando o ingrediente mais importante → As quantidades per capta devem ser listadas após o nome dos ingredientes → Todas as etapas devem ser descritas utilizando verbos no infinitivo, como “lavar”, “triturar” (Tanto as instruções do pré-preparado quanto do preparo) → Deve ser estabelecida a forma, a temperatura e o tempo de preparo da refeição → A forma de serviço da preparação deve ser apresentada 3. Índices para cálculo → Peso Bruto: Quantidade total de alimento cru e “sujo”, isto é, contendo as partes não comestíveis ainda no alimento, como cascas, talos, folhas, etc. É o peso a ser considerado ao realizar o pedido de compras. → Peso Líquido: Quantidade total de alimento cru e “limpo”, isso é, Fonte: Material didático utilizado na disciplina de Técnica Dietética III – Nutrição UFF com remoção das partes não comestíveis. É o peso a ser considerado para o uso na preparação propriamente dita. → Fator de correção: É a relação entre peso bruto e peso líquido, determinando quantitativamente quanto que é “perdido” no processo de “limpeza” do alimento bruto. Esse índice, calculado por Peso Bruto/Peso Líquido, não é fixo, variando de acordo com a safra do alimento, qualidade do alimento comprado no fornecedor, especialização da mão de obra no pré-preparoe até mesmo o estado de conservação de objetos de corte. Quanto mais próximo de 1,0 melhor é esse indicativo. → Per capita: É a quantidade para uma pessoa de alimento cru e “limpo” → Fator térmico: É a relação entre alimento pronto e alimento cru (Rendimento/Peso Líquido ou Porção/Per Capita), determinando o ganho ou a perda desse alimento durante a preparação. Valores abaixo de 1,0 indicam a perda desse alimento durante o preparo enquanto valores acima de 1,0 indicam ganho térmico. → Porção: É a quantidade para uma pessoa de alimento cozido. Contém molhos, temperos, condimentos, etc. de uma preparação. → Rendimento: É a quantidade total de alimento já pronto. Contém molhos, temperos, condimentos, etc. de uma preparação. → Número de clientes: Quantidade de comensais para quem será preparado a refeição, deve ser considerado no cálculo de porção para obter rendimento e per capita para obter peso líquido. 4. Faixas a serem consideradas para estabelecimento de cardápio para coletividade 4.1 Trabalhadores De acordo com a portaria interministerial, n° 66, de 25 de agosto de 2006, garante o PAT (programa de alimentação do trabalhador)24, de forma que a alimentação oferecida em serviços próprios ou de terceiros seja de qualidade e em quantidade adequada. Os parâmetros estabelecidos são: Valor Energético Total: 2000 kcal Carboidratos: 55 – 75% Proteína: 10 – 15% Gordura Total: 15 – 30% Gordura Saturada: <10% Fibras: > 25g Sódio: < 2400 mg Admite-se que as refeições principais (almoço, jantar e ceia) contenham de 600 a 800 kcal, contendo 60% de carboidratos, 15% de proteínas, 25% de gorduras totais (<10% gorduras saturadas), 7 - 10 g de fibras e 720 – 960 mg de sódio. As refeições menores deverão conter de 300 a 400 kcal, alterando-se o valor de fibras de 7 – 10 g e sódio entre 360 – 480 mg. 4.2 Escolares De acordo com a Lei n° 11.947, de 16 de junho de 200925, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar, determina-se que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve oferecer alimentação escolar e ações de educação em alimentação e nutrição para estudantes em todas as etapas da educação básica pública. Para planejamento de cardápio, considera-se o período de permanência do aluno na instituição: → Parcial: oferta de 1 refeição, atendendo 20% das necessidades nutricionais diárias dos alunos matriculados na educação básica → Parcial: oferta de 2 ou mais refeições, atendendo 30% das necessidades nutricionais diárias dos alunos na creche e educação básica → Integral: deve atender no mínimo 70% das necessidades nutricionais diárias dos alunos matriculados na educação básica O VET varia de acordo com a faixa etária, utilizando-se a distribuição de macronutrientes a seguir: Carboidratos: 55 – 75% (média 65%) Proteínas: 10- 15% (média 12,5%) Lipídios: 15 – 30% (média 22,5%) 4.3 Coletividade sadia Para o atendimento de adultos nos padrões de coletividade sadia, analisa-se a adequação do cardápio ao público a que será oferecido, o equilíbrio das porções oferecidas, a moderação de alimentos de risco (açúcar, gorduras e carnes vermelhas), a variedade de alimentos oferecidos no cardápio planejado, etc. Pode ser feito o cálculo de VET mediante as fórmulas da FAO ou IOM, de acordo com a faixa etária média a ser atendida. Para macronutrientes, considera-se: Ministério da Saúde,201426: Carboidratos: 55 -75% (sendo açúcar simples <10%) Proteínas: 10 – 15% Lipídios: 15- 30% (sendo gordura saturada (10%) IOM, 200227 Carboidratos: 45 – 65% Proteínas: 10 – 30% (de 1,01 g/kg/dia) Lipídios: 20 – 35% 4.4 Enfermos A oferta de VET e macronutrientes altera-se de acordo com o estado nutricional do enfermo a que se deseja atender e à doença que o mesmo possui (a demanda varia de acordo com a enfermidade). Normalmente, no atendimento ao enfermo lança-se mão de regras de bolso que determinam faixas de kcal/kg de peso e ajustes da dieta para normo, hipo ou hiper proteica, lipídica e glicídica. Considera-se: Normoglicídica: 55 – 65% Normoproteica: de 0,9 – 1 g/kg peso Normolipídica: 25 – 35% Atenta-se ao fracionamento da dieta, ao volume oferecido, à temperatura das refeições e às características de modificação da dieta, conforme observado no ANEXO I. 5. Sequência para planejamento de cardápio 5.1. Anamnese do paciente ou do grupo, usando médias (idade, estatura, peso, histórico familiar, doenças e medicamentos, alergias, intolerâncias e preferências alimentares, perfil profissional, etc.). 5.2. Estabelecer faixas de macronutrientes de acordo com o perfil do paciente ou grupo, usando médias, (sexo, faixa etária, etc.) e micronutrientes pela DRI (por idade e sexo) 5.3. Relacionar alimentos/refeições a serem oferecidas para o cálculo do planejamento, normalmente de acordo com a rotina do paciente/funcionamento da unidade 5.3.1 Tabelas de Composição: Relacionar no final dos cálculos as tabelas utilizadas como referência para os valores do plano 5.3.2 Fracionamento das refeições: De acordo com o perfil do dia do paciente/cliente, é estabelecida a quantidade de refeições a serem oferecidas no dia (fracionamento normal, aumentado ou reduzido) e os horários que serão oferecidas 5.3.3 Adequação do plano: Por refeição, deve ser feito o % do VET que aquela refeição atende e o % de Adequação de acordo com o prescrito. Por refeição: Vet Real total – 100% Vet Real da refeição – x% Índice de adequação: Prescrito – 100% Obtido – x% 5.3.4 Medidas caseiras: Devem ser padronizadas. Não é possível fazer um material padronizado para o cliente/paciente sempre, já que na maioria das vezes não fazemos home care e acompanhamento exclusivo. Portanto, usa-se um padrão global ou, se houver, da instituição a qual o cardápio se destina. 5. 4. Proposta de cardápio com apresentação correta na ordem de cardápio (entrada, prato principal, guarnição, acompanhamentos, bebida e sobremesa), com ou sem medidas caseiras (dependendo da finalidade a qual ele se destina, como por exemplo, atendimento individual, hospitalar, coletividade, etc.) 5.4.1 Estabelecimento de horários: Ao apresentar as refeições do cardápio (Desjejum, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) devem ser estabelecidos horários em intervalos lógicos para as refeições. 5.5. Orientações nutricionais não devem ser esquecidas, em linguagem clara para entendimento do paciente, englobando de ingestão hídrica à preferência por alguns tipos de alimentos na rotina do paciente/cliente, hábitos saudáveis que podem ser associados aos objetivos desejados ao seguir aquele plano, etc. 6. Referências 1. HENRIQUES, Rafaele. Aula Introdução à disciplina – Nutrientes, mar – jun. de 2017. 5 f. Notas de Aula. 2. ORNELLAS, Lieselotte Hoeschl et al.Técnica Dietética: Seleção e Preparo de Alimentos. 8. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013. 296 p. 3. NEPA, UNICAMP. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO. Campinas: NEPA/UNICAMP, 2004. 42 p. 4. RODRIGUES, Diogo Pierre Alves et al. Relatório de avaliação de gelatinização de amido em diferentes cereais. Relatório de Aula, Disciplina Bioquímica de Alimentos I – Engenharia de Alimentos. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgvZUAC/relatorio- gelatinizacao-amido>. Acesso em: 01 ago. 2018. 5. DINIZ, Caroline et al. Formação de gel com diferentes amidos: efeito da temperatura. Minas Gerais, Universidade Federal de Lavras: Engenharia de Alimentos. 2015. 6. FACULDADE DE AMERICANA. Cereais. Americana: São Paulo. 33 slides. 7. CHIAPPINI, Claudete. Técnica Dietética II – Alimentos de Origem Vegetal - Cereais. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016. 35 slides. 8. LABORATÓRIO DE TÉCNICA DIETÉTICAFSP/USP. Métodos de cocção. Out. 2013. Disponível em: <http://dietecnica.blogspot.com/2013/10/metodos-de-coccao.html>. Acesso em: 01 ago. 2018. 9. HENRIQUES, Rafaele. Aula Técnica Dietética II - Cereais, mar – jun. De 2016. 2 f. Notas de Aula. 10. CHIAPPINI, Claudete. Técnica Dietética II – Alimentos de Origem Vegetal – Hortaliças. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016. 22 slides. 11. MEDEIROS, Maria das Graças. Higiene na produção de refeições. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2017. 51 slides. 12. CHIAPPINI, Claudete. Técnica Dietética II – Alimentos de Origem Vegetal – Hortaliças. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016. 22 slides. 13. Hortaliças: conceito, classificação, estrutura, pigmentos, valor nutricional, pré-preparo, preparo e conservação. 14. CHIAPPINI, Claudete. Técnica Dietética II – Alimentos de Origem Vegetal – Frutas. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016. 24 slides. 15. DOS SANTOS, IZABELLA RODRIGUES CHAVES. Escurecimento enzimático em frutos: polifenoloxidase de atemóia. 2009. 120 f. Pós graduação em alimentos e nutrição – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, São Paulo. 16. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Escurecimento Enzimático. Disponível em: <paginapessoal.utfpr.edu.br/lbracht/bioquimica...escurecimento_enzimatico.../file>. Acesso em: 01 ago. 2018. 17. CHIAPPINI, Claudete. Técnica Dietética II – Alimentos de Origem Animal - Ovo. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016. 22 slides. 18. BRANCO, Vanessa Naciuk Castelo. Leite e derivados: Aspectos nutricionais, bromatológicos e tecnológicos. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2017. 29 slides. 19. CHIAPPINI, Claudete. Técnica Dietética II – Alimentos de Origem Animal - Carnes. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016. 19 slides. 20. CHIAPPINI, Claudete. Técnica Dietética II – Alimentos de Origem Animal - Pescados. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016. 15 slides. 21. CRESTANI, Dhiego Mangilli. Efeitos da suplementação de ômega 3 no desempenho de exercícios resistidos. 2014. 39 f. Graduação em Educação Física – UNISALESIANO, Lins, São Paulo. Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/57717.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2018. 22. CHIAPPINI, Claudete et al. Unidade II – Introdução ao planejamento em unidades de alimentação e nutrição para coletividade sadia. 2016. Apostila de Disciplina – Técnica Dietética II. 23. HENRIQUES, Rafaele. Critérios de planejamento dietético, ago. - dez. de 2017. 3 f. Notas de Aula. 24. BRASIL. Portaria Interministerial n. 66, de 25 de agosto de 2006. Altera os parâmetros nutricionais do Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT. Brasília, ago. 2006. 25. BRASIL. Lei n. 11.947, de 16 junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica. Brasília, 16 jun. 2009. 26. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed., 1. reimpr. Brasília, 2014. 27. IOM/ FOOD AND NUTRITION BOARD. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids (Macronutrients). The National Academies Press, 2002.
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