Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema Digestório - fisiologia Composição: tubo digestório e glândulas anexas Funções: Suprimento contínuo de água, eletrólitos e nutrientes; Controle hormonal de várias funções. Principais Processos Fisiológicos: Motilidade→ Propulsão do alimento através do tubo digestivo. Cada compartimento tem o seu padrão de movimento. O objetivo dos movimentos é sempre propelir o alimento no sentido da boca para o ânus; existem movimentos contrários, que são chamados de anti- peristaltismo (ex. vômito). Secreção →Glândulas associadas secretam substâncias que atuarão no processo de digestão e proteção de estruturas (ex. muco esofágico). Digestão→ Degradação mecânica e digestão química Absorção→ Processos pelos quais as moléculas saem do tubo digestivo e ganham a circulação. Tudo aquilo que é absorvido pelo trato gastrintestinal, a partir do estômago até a região anterior ao reto, cai na veia-porta e chaga no fígado, ou seja, todo produto absorvido pelo trato gastrintestinal (exceto reto e cavidade oral) sobre metabolismo de primeira passagem no fígado. Excreções →Excreção de substâncias residuais e produtos oriundos do metabolismo hepático Secreções endócrinas →Secreção de hormônios com diferentes funções (ex. células do estômago e do intestino). Histologia: Camada mucosa, submucosa e muscular. A camada muscular mais externa é longitudinal, enquanto que a mais interna é circular. Quando a camada longitudinal é estimulada observa-se PERISTALTISMO, ou seja, uma onda que se propaga longitudinalmente. Quando se estimula a camada circular, observa-se um movimento de MISTURA. O peristaltismo é um movimento de propulsão do alimento, enquanto que o movimento de mistura tende a parar o alimento em uma determinada cavidade (ocorre mistura com as secreções de forma mais eficiente). A camada muscular da mucosa promove movimentação do epitélio. Sistema Nervoso Entérico: Plexo submucoso e Plexo mioentérico fazem o controle autônomo das funções motoras e secretoras do tubo gastrintestinal. Tipos de neurônios encontrados: sensorais (por exemplo, mecanoceptores detectam a presença de alimento pela distensão da parede; quimioceptores detectam o tipo de alimento; nociceptores) , interneurônios não-mielinizados que estão nos plexos e neurônios efetores, que podem estimular movimentos e liberação de secreção pelas glândulas. O sistema nervoso entérico pode gerar sozinho uma resposta, a partir dos neurônios de suas paredes (reflexos INTRÍNSECOS). Quando utiliza, além do sistema nervoso entérico, o neurovegetativo ou centros superiores tem-se reflexos EXTRÍNSECOS. Neurônios efetores: Neurônios submucosos →efetores Estimuladores: por meio de Ach e VIP. Neurônios mioentéricos → temos efeterores Excitatórios → Ach e Substância P e efetores Inibitórios → VIP e NO. Excitatórios determinam contração e inibitórios determinam relaxamento. Para que o bolo alimentar seja propelido para as outras cavidades: no local onde está o alimento os receptores sensoriais detectam a distensão da parede, levam a informação para os interneurônios do plexo mioentérico e sinalizam para os neurônios efetores ACIMA do bolo alimentar que ocorra contração (liberam Ach e Substância P) e, para os neurônios efetores ABAIXO do bolo alimentar, que ocorra relaxamento (liberam VIP e NO). Interação do sistema neurovegetativo com o sistema nervoso entérico: Inervação simpática: Fibras terminam nos plexos submucoso e mioentérico Fibras vasoconstritoras diretas: Inibem motilidade e secreções! Fibras inibitórias diretas no músculo liso: Relaxamento dos músculo – Alimento para! Inervação parassimpáticas: Fibras terminam nos plexos, promovendo maior motilidade e maior produção de secreções. O sistema nervoso parassimpático promove aumento das funções gastrintestinais. Característica do M. Liso que forma as vísceras do trato gastrintestinal: Sincício com junções comunicantes (propaga o potencial de ação para as outras células). Potencial de repouso oscila (-50 a -70mV), como se fosse um marca-passo. Quem controla esse marca-passo são células intersticiais de Cajal que possuem canais de vazamento que geram o ritmo elétrico básico na célula de Cajal e transferem esse potencial para as células do músculo liso. 3/min (estômago) – São 3 ondas lentas por minuto 12/min (duodeno) – São 12 ondas lentas por minuto 8/min (íleo) – São 8 ondas lentas por minuto Ondas lentas: Células intersticiais de Cajal localizadas entre camadas musculares c/ Junções abertas. Amplitude e freqüência das ondas lentas pode ser modulada (SN e hormônios). A motilina é um dos exemplos de hormônios que modifica a motilidade gastrintestinal. A estimulação simpática pode diminuir ou até abolir as ondas lentas. A estimulação parassimpática aumenta a frequência das ondas lentas. A onda lenta não é considerada um potencial de ação, é apenas uma oscilação do potencial de repouso que não determina um potencial de ação. Se onda lenta exceder o limiar (-40 mV) passamos a observar potencial de ação. No músculo liso, esse potencial de ação é classificado como “Potencial de Ação em Pontas”. PA e Contração no M. Liso: *Observar potenciais em ponta quando atinge-se o limiar (linha vermelha). Potencial de Ação: Causado pelo influxo de Ca++ e Na+ (Abertura de canais lentos Calcio-sódio, demoram para abrir e para fechar). Cálcio também contribui para contração e manutenção do tônus basal. Quando potencial atinge limiar ocorre salvas de PA (1 a 10/s) Quanto maior número de potenciais em ponta, maior a contração muscular. Fatores que modificam o PA: Despolarizantes → Ach, estimulação parassimpática, estiramento pela presença de alimento, motilina → aumenta ondas lentas →potenciais em ponta →CONTRAÇÂO! Hiperpolarizantes → Adr, estimulação simpática → ausência de ondas lentas → RELAXAMENTO do tubo digestivo → parada do alimento no local onde está. Contração tônica: É sempre mantida, pela presença constante de cálcio. Resposta Integrada à Refeição: presença do alimento! Fase cefálica da Resposta Integrada à Refeição: Respostas que antecedem a ingestão do alimento. Estímulos cognitivos e sensoriais (exemplo: sentir o cheiro da comida ou ver a comida)sofrem integração no tronco cerebral e em Centros superiores (hipotálamo, córtex) e promovem ativação do núcleo motor do vago. Essa ativação provoca aumento da secreção salivar (via nervo craniano) antes de começarmos a comer, e aumento da secreção gástrica, pancreática e biliar (contração vesícula para liberação da bile) Fase oral: Presença do alimento na cavidade oral Nessa fase, temos a capacidade de sentir o gosto do alimento (gustação). A evolução das espécies determinou que a gustação é um sentido importante, pois evita a ingestão de alimentos estragados que poderiam causar morte. Também é na fase oral que ocorre a degradação preliminar do alimento através da saliva. Alimento → Mastigação (degradação mecânica) e liberação de saliva →Formação do bolo alimentar. Sobre a mastigação: Mistura do alimento com saliva, lubrificando-o para facilitar sua deglutição; redução mecânica do tamanho das partículas alimentares, facilitando a deglutição e digestão; mistura do amido com a amilase salivar dando início à digestão dos carboidratos. Os incisivos cortam e os molares fazem a trituração do alimento. A mastigação é controlada pelo V nervo craniano e pelo tronco encefálico e é um ato reflexo, pois a pressão do bolo alimentar na boca no palato→ Núcleo mesencefálico → inibição reflexa dos músculos da mastigação → Mandíbula cai → Estimula músculos levantadores einibe músculos abaixadores → Estira os músculos da mandíbula → Contração rebote → inibe músculos levantadores e estimula músculos abaixadores → Pressão do bolo alimentar na boca... (Sobre isso a professora falou que é importante saber que o movimento é um reflexo em tronco, que tem como resposta a queda da mandíbula e depois elevação – é difícil entrar com um caso de mastigação na integrada, segundo a professora) Secreção salivar: Digestão de carboidratos; Proteção do trato gastrintestinal; Defesa Imunológica (lisozima – bactericida). Composição: Volume: 800-1500 ml/dia; Solução aquosa; Componentes orgânicos: proteínas*, uréia, ácido úrico, aa, glicose; Componentes inorgânicos: Na+, K+, Cl-, HCO3, Ca2+ e outros; pH 5,75 a 7,05; Levemente hiposmótica em relação ao plasma (densidade 1002-1012) Mucina (componente mucóide que promove adesão das partículas e lubrificação); Amilase salivar (para carboidratos); Lipase salivar; Lisozima; Calicreína (vasodilatadora que provoca mais produção e secreção de saliva); Imunoglobulinas (IgA, IgG e IgM – primeira linha de defesa do trato gastrintestinal). Glândulas salivares: Maiores ou extra-orais: Parótida; Submandibular; Sublingual Menores ou intra-orais: Serosas de von Ebner; Linguais anteriores; Diversas situadas na mucosa lingual, labial, palatina, faríngea, etc. Produzem primeiramente uma saliva primária que é isotônica e à medida que passa pelos ductos das glândulas ocorre saída de íons, promovendo uma saliva mais diluída – hiposmótica. Controle da secreção salivar: A presença do alimento é o principal estímulo para secreção de saliva. Os receptores gustativos, táteis e proprioceptivos levam informações sobre a natureza do alimento através dos nervos facial e glossofaríngeo até centro salivatório (núcleos salivatórios). A resposta desse estímulo é estimulação do sistema nervoso parassimpático, que estimula as glândulas salivares a produzirem mais saliva. Os núcleos salivatórios também podem ser estimulados pelo estômago e intestino, por exemplo, quando comemos algo que não nos fez bem, ocorre salivação excessiva. Essa salivação excessiva precede o vômito. Estimulação simpática (noradrenalina e adrenalina) – também estimula a salivação, entretanto, junto com a estimulação simpática ocorre vasoconstrição, então essa saliva será mais espessa, com alto conteúdo mucóide, que pode gerar sensação de boca seca. Parassimpático: Acetilcolina Estímulo direto das células salivares (acinares e tubulares) Indireto por aumento do suprimento sanguíneo (Calicreína - A calicreína é um vasodilatador, que aumenta o suprimento sanguíneo das glândulas salivares, contribuindo para a formação de uma saliva mais fluídica; Bradicinina - também é um vasodilatador). **Obs: Ausência ou redução da secreção salivar: Xerostomia – pode ocorrer em pacientes que tem câncer de cabeça e pescoço, pois a radioterapia degrada as células das glândulas salivares. O paciente que tem xerostomia não consegue deglutir, devido a ausência de saliva. Para ajudar a vida do paciente podemos recomendar saliva artificial e medicamentos parassimpatomiméticos (estimula as glândulas que sobreviveram à radioterapia). Pode cair na integrada. Sensação gustativa: Alimento aceito: mastigação e deglutição. Alimento rejeitado: cuspidura ou retirada Permite: Identificação do alimento; Identificação de Substâncias nocivas; Identificação do parceiro sexual. As células receptoras gustativas: 5 sabores básicos. Cada sabor possui um limiar para identificação. O olfato contribui para o paladar. Quem fuma perde receptores olfativos, então sentem menos gosto de alimentos. Nociceptores, Mecanoceptores e Termoceptores também influenciam. Pimenta contém capsaicina, que sensibiliza nociceptores. Receptores gustativos estão no palato, língua e epiglote. O sabor salgado: Através de canais, o Na entra no receptor, despolariza a membrana, abre canais de Ca, fazendo com que vesículas contendo neurotransmissores sejam exocitadas, havendo estimulação do neurônio aferente gustativo. O sabor azedo: Através de canal de Na, o H+ se difunde e despolariza a membrana, abre canais de Ca, fazendo com que vesículas contendo neurotransmissores sejam exocitadas, havendo estimulação do neurônio aferente gustativo. O sabor doce: Reconhecimento dos açucares por receptores de membrana, que são associados a proteína G, promovendo sinalização, fazendo com que vesículas contendo neurotransmissores sejam exocitadas, havendo estimulação do neurônio aferente gustativo. O sabor amargo (Alcalóides e Substâncias de cadeia longa contendo N): Há 2 mecanismos, pois somos mais sensíveis ao amargo. O amargo é normalmente nocivo. O sabor umami: glutamato abre canal de cálcio e sódio. Fisiologia da Deglutição: Alimento na BOCA, FARINGE e ESÔFAGO: Fases: Oral, faríngea e esofágica. Durante a mastigação há preparo do alimento que será deglutido. A língua separa a porção do alimento que será deglutida, empurrando o alimento contra a região do palato. À medida que o alimento se aproxima da faringe há desencadeamento do reflexo de deglutição. Mecanoceptores de faringe detectam a presença de alimento, fazem sinapse no tronco, e se inicia o reflexo de movimentação das estruturas. O esfíncter esofágico superior relaxa para receber bolo alimentar. Observa-se a primeira onda peristáltica, que tem origem ainda na região da faringe. O reflexo de deglutição compreende também o abaixamento da epiglote para que o alimento não atinja as vias aéreas. O controle da fase oral é dado pelo centro da deglutição (áreas do bulbo e porção inferior da ponte), que atua sobre a musculatura faríngea e da parte superior do esôfago (via nervos cranianos) e sobre o restante do esôfago via nervo vago. A partir do momento que o bolo alimentar alcança os dois terços inferiores do esôfago, observamos a organização: contração da parte que está superiormente ao bolo e relaxamento da parte que está a frente do bolo alimentar. A onda de relaxamento causa relaxamento do esfíncter esofágico inferior, possibilitando a passagem do bolo alimentar para o estômago. No momento que é gerada a primeira onda peristáltica, a tendência é que tudo aquilo que foi deglutido seja totalmente arrastado para o estômago. Se algum alimento ainda permaneceu no esôfago, são geradas ondas peristálticas secundárias, terciárias e quartenárias, até que não tenha mais alimento no esôfago. A gravidade é um ponto importante no processo de deglutição, então é difícil para um paciente acamado se alimentar, aumentando as chances de haver refluxo. Secreção esofágica: Muco que protege a parede esofágica do atrito causado pelo alimento. Patologia esofágica: GERD (Doença do refluxo gastroesofágico). Acontece principalmente quando há perda do componente gravitacional (paciente acamado); paciente entubado (prejudica os esfíncteres); durante alimentação por sonda nasogástrica; problemas anatômicos; problemas de tônus basal dos esfíncteres. O principal sintoma é azia. O tratamento é feito reduzindo o componente ácido do estômago, através de OMEPRAZOL. Alimento no ESTÔMAGO: Motilidade, Secreção, Digestão e Absorção Gástrica Motilidade gástrica: O estômago permite reservar grande volume de alimento (o estômago pode se distender bastante); Quebra e mistura do alimento com secreções; A capacidade do esfíncter pilórico de se contrair e relaxar determina o quão rápido(ou lento) o estômago vai se esvaziar. PARASSIMPÁTICO: aumenta a motilidade gátrica! SIMPÁTICO: diminui a motilidade gástrica! Inervação gástrica:Neurônios do Sistema Nervoso Entérico – Plexos mioentérico e submucoso. O sistema nervoso entérico pode receber aferências parassimpáticas através do nervo Vago , e aferências simpáticas através do plexo celíaco . Aferências sensoriais (pressão, distensão, pH e dor) – para SNC (reflexo extrínseco) ou para plexos do SNEntérico (reflexo intrínseco). Estímulo: Presença do alimento no estômago causa distensão das paredes. A distensão é percebida por mecanoceptores que enviam informações para o sistema nervoso mioentérico, provocando as contrações; podem também enviar informações para o sistema nervoso central, para ativa neurovegetativo. A contração tem início no corpo em direção ao antro, empurrando o alimento em direção ao piloro. Quando o alimento chaga no piloro encontra o esfíncter contraído e é obrigado a retornar em direção ao corpo (RETROPULSÂO). Uma nova onda de contração é gerada e o alimento é novamente empurrado em direção ao piloro, que ainda está com o esfíncter contraído, então o alimento retorna novamente. As contrações gástricas, com o piloro contraído, fazem com que o alimento seja bem misturado com as secreções digestivas, observando-se o início da digestão proteica. A natureza do alimento implica em quanto tempo o alimento precisa permanecer na cavidade, ou seja, alimentos proteicos precisam ficar mais tempo no estômago para que possam ser melhor misturados com o suco gástrico. A retropulsão é importante também para que o alimento não caia de uma só vez no duodeno. Função e Controle do piloro: Permitir esvaziamento gástrico controlado e impedir regurgitação de conteúdo duodenal Simpático – constrição – esfíncter fechado! Redução do esvaziamento gástrico. Parassimpático – fibras constritora e relaxadoras. Hormônios: CCK, gastrina, GIP e secretina causam constrição. Regulação do Esvaziamento Gástrico: Quimiorreceptores/Osmorreceptores na mucosa do intestino (duodeno e jejuno). O intestino informa se o estômago precisa esvaziar mais rápido ou mais lentamente. Se estiver chegando no intestino soluções hipertônicas, soluções de pH abaixo de 3,5, muitos aminoácidos e peptídeos, e ácidos graxos ou monoglicerídeos, ocorre sinalização para que o esvaziamento seja mais lento. A sinalização é feita via hormonal: a chegada de ácido no duodeno faz com que haja produção de secretina, que lentifica o esvaziamento gástrico e aumenta a secreção de bicarbonato pelo pâncreas; a chegada de gordura no duodeno leva a produção de colecistocinina (CCK) e do peptídio inibitório gástrico (GIP) que também lentificam o esvaziamento gástrico, fazendo com que a gordura sofra mais exposição às lipases gástricas; a chegada de aa ou proteínas mal digeridas levam a produção de CCK, GIP e gastrina. A lentificação do esvaziamento gástrico está relacionada com a constrição do esfíncter pilórico. Patologia: Gastroparesia diabética: retardo no esvaziamento gástrico - alimento fica muito tempo no estômago. Neuropatia autonômica e alteração na produção de hormônios gastrintestinais – tônus vagal reduzido e aumento da gastrina (constritora de piloro); pH é menos ácido o que também aumenta gastrina; motilina é alta sugerindo deficiência colinérgica (a motilina é um hormônio do jejum, mas que nessa patologia é alta durante o estado alimentado); Nível de CCK é alto. Os sintomas mais comuns são náuseas, vômitos, saciedade precoce, eructação, distensão abdominal e emagrecimento. Tais quadros podem durar dias ou semanas e, freqüentemente, são intercalados por períodos de remissão. O tratamento é feito com medicamentos que são pró cinéticos, que alteram a sinalização de serotonina aumentando a motilidade do estômago. Secreções Gástricas: Ácido clorídrico (“suco gástrico” – nome popular); Pepsinogênios; Lipase; Fator intrínseco (essencial para absorção de vitamina B12); Muco alcalino que protege a parede gástrica. Paciente que sofreu gastrectomia: a única função que ele perde é a de absorção de vitamina B12, pois a digestão de proteínas e lipídios também ocorre em outras porções. Proteases também são produzidas pelo pâncreas e liberadas no intestino. A deficiência de B12 leva à anemia perniciosa. Mucosa gástrica: Células epiteliais colunares Muco e líquido alcalino (protege a parede gástrica) Células mucosas superficiais Muco Glândulas Oxínticas ou gástricas ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco corpo e fundo (80% do estômago proximal) Glândulas pilóricas pepsinogênio, gastrina e muco antro (20% do estômago distal) Células da mucosa: células mucinogênicas, que secretam muco; células principais, que secretam grandes quantidades de pepsinogênio; células parietais, que secretam ácido clorídrico e fator intrínseco; células G produtoras de gastrina. Células principais: produzem o pepsinogênio, que é uma forma inativa (sem atividade proteolítica). A presença do ácido clorídrico transforma pepsinogênio em pepsina, que é a forma ativa. A pepsina cliva proteínas em estruturas menores. O estímulo para secreção e conversão da pepsina é a acetilcolina (vinda do sistema nervoso entérico ou quando se está sob estimulação parassimpática). A estimulação parassimpática ocorre sobre o plexo submucoso que responde liberando acetilcolina. O HCl também é estimulante para produção de pepsina. CCK e gastrina também estimulam células principais. Secreção do fator intrínseco: Células parietais Necessário para absorção normal de vitamina B12 no intestino (íleo) Vitamina B12 é encontrada em carnes, peixes e frutos do mar. Essa vitamina se liga a haptocorrina. Quando o completo B12-haptocorrina chega no estômago acontece o desligamento da B12 da haptocorrina, e ligação da B12 com o fator intrínseco. Quando o complexo B12-fator intrínseco se liga aos receptores, pode tanto ser internalizado para absorção da vitamina, como pode servir de sinalização via receptor quando a B12 vai desempenhar o seu papel. Sem fator intrínseco o complexo B12-haptocorrina é liberado nas fezes, e a pessoa fica com déficit de B12. A B12 é um fator importante para produção de células precursoras das hemácias, por isso sua deficiência leva a anemia perniciosa. Secreção de Muco e Bicarbonato Bicarbonato é secretado pelo epitélio e retido pelo muco – alcalinização. O muco alcalino do estômago é espesso (alguns centímetros) e sua ausência está relacionada a úlcera péptica, pois a pepsina vai degradar a parede. Secreção de Ácido Clorídrico pelas células Parietais: O ácido clorídrico é produzido pelas células parietais. Do líquido extracelular parte o Co2 em direção a célula parietal. Dentro da célula o Co2 se junta com a água e forma H2CO3, que se dissocia em bicarbonato e H+. O bicarbonato é trocado por cloreto e retorna ao fluido extracelular, enquanto que o H+ é trocado por K+ (pela bomba de H+K+ ATPase) e é externalizado para região dos canalículos, para que seja liberado na luz do estômago. A bomba de H+ K+ ATPase é importantíssima para que a célula parietal faça sua função. O cloreto que foi trocado pelo bicarbonato, também é externalizado para a região dos canalículos. No canalículo o H+ reage com o cloreto, formando o ácido clorídrico (HCl). OMEPRAZOL: inibe a H+K+ATPase de forma irreversível, fazendo com que o H+ não seja levado aos canalículo e que, portanto, não haja formação de HCl. A inibição da produção de HCl dura cerca de 24 horas ou mais. A produção de HCl só volta a ocorrer quando novas bombas sãosintetizadas. É usado na GERD, úlcera gástrica, gastrite e em pacientes que vão receber anestésico e ser intubados. Durante a intubação e devido ao relaxamento muscular que o paciente sofre devido ao anestésico, é comum desenvolver pneumonia de aspiração. A pneumonia de aspiração ocorre devido ao retorno do conteúdo gástrico, que acaba indo para o pulmão, então o omeprazol, ao reduzir a acidez, reduz chances de desenvolvimento de pneumonias de aspiração. O principal efeito colateral é hipergastrinemia (está explicado mais para frente). Controle da secreção gástrica: O principal estimulador da célula parietal é o plexo submucoso, que libera acetilcolina. A célula parietal possui receptores muscarínicos, a presença de acetilcolina nesses receptores provoca maior produção de HCl. Além disso, há células enterocromafins (ECL) que produzem histamina 2. A célula parietal possui receptores histaminérgicos, que na presença de histamina 2 ativa a produção de HCl. Os primeiros fármacos para controle da acidez estomacal tinham como princípio o antagonismo dos receptores histaminérgicos do tipo 2 (ex: cimetidina), as células parietais não paravam completamente a produção de HCl pq ainda tinham outros estímulo (o omeprazol produz parada completa da secreção de HCl). As células G produzem gastrina, que agem de duas formas, podem estimular as células ECL e podem atuar diretamente sobre a célula parietal, ambas ações provocam aumento na secreção de HCl. Ou seja, estimulam a célula parietal a produzir HCL: plexo submucoso (acetilcolina); células ECL (histamina 2); células G (gastrina em receptor CCKB); **Obs: Nós possuímos uma produção fisiológica de prostaglandinas, que fazem o controle da produção de HCl da célula parietal. Quando há perda da produção de prostaglandinas, a célula parietal produz mais HCl. Outra função da prostaglandina está relacionada a produção de muco, então sem prostaglandinas também observamos menor produção de muco protetor. Ou seja, a ausência de prostaglandinas associa maior produção de HCl com menor produção de muco, causando lesões da parede estomacal. Em stress prolongado, há produção de cortisol, que inibe COX e por consequência, inibe prostaglandinas, então observa-se gastrites. Uso de drogas anti-inflamatórias (ex: Aspirina) também podem provocar gastrites e sangramentos gástricos. (Ponto importante para prova integrada). Fases da secreção gástrica: Fase cefálica: antes do alimento chegar já há produção de HCl. Fase gástrica Presença do alimento no estômago – A distenção da parede do estômago ativa mecanoceptores, que se comunicam com plexos e produzem uma resposta efetora (Ach liberada pelo plexo submucoso) Presença de aminoácidos/proteínas no estômago, ativa a célula G, que produz gastrina (age sobre ECL e sobre parietal). Fase intestinal Presença de proteínas mal digeridas no intestino provoca produção de gastrina pelas células G. Então, se o uso de omeprazol bloqueia a produção de HCl pela célula parietal, não haverá conversão de pepsinogênio em pepsina e então as proteínas não serão digeridas no estômago. Dessa forma, as proteínas chegam mal digeridas no intestino, provocando muita secreção de gastrina. O eleito colateral do uso prolongado de omeprazol é a HIPERGASTRINEMIA. A hipergastrinemia pode levar ao surgimento de gastrinomas, que são cânceres de estômago, pois a gastrina também é um fator trófico. Fatores Inibitórios da secreção gástrica: Excesso de acidez do suco gástrico Prostaglandinas E2e I2 Somatostatina Fatores intestinais pós-gástricos (secretina, PIG, VIP, somatostatina) Reflexo enterogástrico reverso Úlceras gástricas: Desbalanço entre fatores protetores e agressivos no estômago (Interessante para Integrada) Principais causadores: NSAIDs, H. pylori, estresse. Estresse crônico libera cortisol, que inibe prostaglandinas, que são importantes para controle da produção de HCl, e para estimular a produção de muco. Sem o controle das prostaglandinas produz muito HCl e pouco muco, então aparece lesão na parede gástrica. Estresse agudo leva à produção de noradrenalina, que diminui o suprimento sanguíneo do trato gastrintestinal e provoca inibição dos plexos, levando a menor produção de muco e consequentemente maior risco de lesões gástricas. H. pilory é uma bactéria que coloniza o estômago humano, sobrevive ao pH ácido através de um halo de tamponamento. Embora 80% da população esteja infectada pela H. pilory, poucos desenvolvem sintomas. O que faz com que uma parte tenha sintoma e uma parte não tenha é o tipo de H. pilory e o tipo de reação do hospedeiro ao tentar combater a infecção, que pode causar inflamação e gastrite (inflamação gástrica e lesão). O tratamento consiste na utilização de 2 antibióticos em conjunto e em doses altas, pois ela é uma bactéria muito resistente e coloniza o muco de maneira difícil de o medicamento atingir (por isso doses altas). Além disso, reduzimos a acidez estomacal para não prejudicar os medicamentos e para que o paciente cicatrize a úlcera. Alimento no INTESTINO DELGADO PÂNCREAS Secreção pancreática ácinos pancreáticos (produzem os componentes enzimáticos da secreção pacreática): Enzimas proteolíticas: tripsinogênio, quimiotripsinogênio, procarboxipolipeptidase A e B, proelastase. Se a digestão proteica não for feita no estômago, ainda há chance de ser feita no intestino. Amilase pancreática (digestão de carboidratos) Lipase pancreática, colesterol-esterase, fosfolipase A2 Ribonuclease e desoxirribonuclease (digestão de RNA e DNA) Íons bicarbonato (vindos dos ductos) para alcalinizar o que está vindo do estômago. pH 7,0-8,0. A sinalização para que os ductos produzam mais bicarbonato é a acidez do intestino. Em casos de acidez, as células S do intestino produzem secretina, que estimulam as células dos ductos a secretar mais bicarbonato. (produção de bicarbonato – anidrase carbônica) Fatores regulatórios: Inibidores de tripsina, peptídeo monitor e procolipase. Os inibidores de tripsina são importantes para que durante a produção do suco pancreático as enzimas se mantenham inativas – o inibidor só se desliga das enzimas no ambiente intestinal. A manutenção das enzimas proteolíticas inativas é para evitar que elas digiram o próprio pâncreas! Quando não há produção do inibidor de tripsina, ou se por algum motivo as enzimas tornam-se ativas antes do tempo temos casos de PANCREATITE AGUDA, onde há destruição do próprio pâncreas. O peptídio monitor estimula a síntese de colecistocinina (CCK). A procolipase é estimulante da produção de sais biliares. “Pedra na vesícula” são cálculos biliares (precipitação do sais biliares) que impedem o escoamento da vesícula biliar e que também podem obstruir o escoamento da secreção pancreática, fazendo com que o suco pancreático se acumule no pâncreas. O acúmulo de enzimas no pâncreas predispõe o desligamento do inibidor de tripsina das enzimas proteolíticas, e dá-se início à digestão do próprio órgão: Pancreatite aguda. Outros fatores que podem causar: Uso abusivo de álcool alguns medicamentos. Controle da secreção dos ácinos: À medida que o alimento chega no intestino (duodeno), o próprio epitélio intestinal começa a produzir peptídeo liberador da colecistocinina (CCK). A CCK é produzina pelas células i. CCK → atua sobre os ácinos pancreáticos, provocando produção e secreção de secreções pancreáticas. Terminações nervosas colinérgicasque inervam o pâncreas também possuem receptores para colecistocinina, a CCK nesses receptores atua estimulando a produção de acetilcolina e de peptídio liberador da gastrina, que também tem a função de estimular os ácinos a produzirem secreções pancreáticas enzimáticas. Quando acaba a digestão do alimento pelo intestino, é necessário parar de liberar peptídeo monitor, para que pare de estimular secreção de CCK e por consequência, pare de liberar secreção pancreática. É a tripsina que digere o peptídeo monitor. Ou seja, CCK, acetilcolina, peptídeo liberador de gastrina, secretina = estímulos para liberação de secreção pancreática. FÍGADO: BILE: 600 a 1000 ml/dia Funções: emulsificação da gordura para facilitar ação das lípases. Não há função enzimática na bile! Controle da produção de bile: CCK/secretina (mesmos que controlam a secreção pancreática). A CCK vem das células i e a secretina vem das células S. A secretina, além de sinalizar a produção de bicarbonato pelo pâncreas, também estimula síntese de bile. A CCK, além de estimular ácinos a produzirem secreções pancreáticas, também estimulam a produção de bile. Fibras nervosas (parassimpáticas e entéricas) também atuam no fígado. Composição da bile: água, ácidos biliares/fosfatidilcolina/colesterol (na proporção 10:3:1) e eletrólitos. Junto com a bile, é liberado um líquido rico em bicarbonato, que é produzido pelos colangiócitos, que são células dos canalículos hepáticos. O bicarbonato tem função de tamponamento e mantém o pH para evitar a precipitação dos sais biliares, ou seja, quanto mais alcalina a bile, menor a chance de formar cálculo biliar. Prova de função hepática: dosagem de enzima do sangue. Quais? AST, ALT (ou TGO e TGP) e GGT. A AST e ALT aparecem no sangue quando há lesão de hepatócitos (ex: hepatite). GGT são enzimas presentes nos colangiócitos, quando os níveis séricos de GGT sobem, significa que há lesão dos canalículos do fígado!! Outra forma de prova de função hepática é dosar bilirrubina do sangue Ácidos biliares: são derivados do colesterol, e podem aparecer na forma conjugada ou simples. A forma conjugada é mais difícil de ser reabsorvida, então acaba sendo excretado junto com as fezes. Indústria farmacêutica: se conseguíssemos conjugar mais os sais biliares, aumentaríamos a excreção de colesterol – controle da HIPERCOLESTEROLEMIA. A vesícula armazena e concentra a bile, pois quando está na vesícula biliar a bile perde água, tornando-se mais concentrada do que quando foi produzida pelo fígado. É no processo de concentração da bile que pode haver formação de cálculos biliares pela precipitação. Retirada da bile: feita em casos de presença de cálculos biliares. Não compromete a vida do paciente, pois o fígado continuará produzindo bile. O paciente pode, ao ingerir alimentos mais gordurosos, apresentar diarreias, pois a bile que é produzida e diretamente secretada pelo fígado é um pouco menos “potente”, já que é menos concentrada e em menor volume. Quem contrai a vesícula biliar para permitir saída da bile é a CCK. A bile pode ajudar na excreção de substâncias que são tóxicas. O metabolismo de hemácias velhas libera o grupamento Heme. O Heme é convertido a biliverdina e posteriormente a bilirrubina. A bilirrubina é perigosa para o organismo, pois atravessa a barreira hematoencefálica e pode causar a morte de neurônios. Então o organismo usa a excreção biliar como forma de excreção da bilirrubina. Aumento sérico de bilirrubina = ICTERÍCIA. Motilidade do intestino delgado: Função de misturar o quimo com as secreções digestivas; Renovar o contato do quimo com a superfície absortiva; Impulsionar o quimo em direção ao colon. Movimento peristáltico = propulsivo (onda de contração que se espalha pelo intestino) = movimento de massa Contrações segmentares = mistura (quando há anel de constrição). Ritmo elétrico básico (dado pelas células deCajal). A despolarização do músculo liso acontece quando se está sob ação de hormônios ou com ativação de sistema nervoso entérico e neurovegetativo (parassimpático = aumenta movimentos peristálticos e de mistura. Simpático = perda do tônus basal e parada completa dos eventos motores). Motilidade do Cólon (intestino grosso) Movimento peristáltico = propulsivo (onda de contração que se espalha pelo intestino) = movimento de massa Contrações segmentares = mistura (quando há anel de constrição). No cólon esses movimentos são chamados de haustrações. Na transição de intestino delgado para grosso (região proximal) observamos movimentos reversos: entendidos como movimentos de acomodação, pq no cólon o bolo irá parar e ficar lá de acordo com o perfil de evacuações que o indivíduo tem. Nas regiões centrais e distais: movimentos de massa, que tendem a empurrar o bolo em direção ao reto. Secreções do Intestino delgado: Glândulas do duodeno que secretam muco para proteção da parede do intestino, pq é nessa região que o estômago esvazia e até que a bile e o pâncreas façam o tamponamento, ficamos muito vulneráveis a presença de úlceras duodenais. A secreção desse muco aumenta quando temos: presença de um fator irritante no intestino delgado (pH ácido), estimulo vagal (parassimpático) e secretina (liberada em resposta ao HCl). Criptas: enterócitos e células caliciformes. As células caliciformes produzem muco e os enterócitos produzem secreção aquosa ( faz tamponamento e pode servir como diluição de fatores irritantes)e que é liberada no intestino delgado. Tanto enterócitos como células caliciformes são estimulados pela presença do alimeneto, secretina e CCK. Quando o organismo detecta um fator irritante na luz intestinal, o líquido alcalino secretado pelo enterócito começa ser altamente secretado e tenta diluir o fator irritante. Ao agregar o conteúdo líquido adicional ao intestino provoca ENTERITE ou DIARRÉIA. Ou seja, diarreia é um mecanismo de defesa do organismo para tentar expulsar um fator irritante, por isso, na maioria das vezes é indicado não intervir na diarreia, e apenas hidratar o paciente. Ex de irritantes: toxina e produtos bacterianos. Secreções do Intestino grosso: Apenas muco. Defecação Envolve o relaxamento voluntário do esfíncter anal externo, que é um comportamento aprendido. No momento da defecação se observa movimentos de massa nos cólons descendente e sigmóide para propelir o conteúdo fecal para região do reto. Ao empurrar o bolo fecal para o reto desencadeia-se o reflexo de defecação. Reflexo de defecação: pode ser integrado na medula ou sob controle de centros superiores. A eferência vem via parassimpático. Reflexo gastrocólico: Quando há dilação gástrica (presença de alimento no estômago) começam a acontecer movimentos de massa, havendo aumento da motilidade colônica. Muito comum em bebês e crianças. Reflexo de defecação: intrínseco. Reflexo de defecação: Extrínsecos É o reflexo que é mais observado. Força de contração abdominal e prender a respiração durante a defecação também são movimentos aprendidos. Se houver lesão de medula, o indivíduo ainda defecará, através o Reflexo intrínseco. Vômito É um movimento anti-peristáltico. Expulsão de conteúdo gástrico e até duodenal (quando é esverdeado por causa da bile). Precedido por sensação de Náusea = preparo das estruturas para a onda anti-peristática. Dentre as preparações há salivação excessiva (proteção da cavidade oral), inspiração profunda, fechamento da glote, elevação do palato mole e relaxamento do esfíncer esofágico inferior e inibição da respiração. Coordenado por um Centro do vômito (bulbo) que usam a acetilcolina. Drogas anti-eméticassão antagonistas dopaminérgicas. Aferências vem de várias áreas do TGI (estômago, duodeno, orofaringe, etc), do labirinto, córtex, receptores de pressão intracranianos. Toxinas na região de estômago e duodeno podem ativar quimioceptores que levam a aferência até o centro do vômito. A orofaringe é muito sensível ao toque, e possui grande quantidade de mecanoceptores. Vários fármacos atravessam a barreira HE e podem ativar o centro do vômito. Zona de disparo de quimiorreceptor (assoalho do quarto ventrículo – lado externo da BHE) Complexo motor migratório (CMM) O trato gastrintestinal nunca cessa seus movimentos. O complexo motor migratório é o padrão motor do jejum, ou seja, quando há ausência de alimento. Mesmo que o indivíduo não esteja se alimentando, há produção e deglutição contínua de saliva, mantendo o esôfago limpo. A função do CMM é manter o fluxo unidirecional, inibindo migração de bactérias colônicas para íleo. O CMM é observado a partir do estômago. Fases do CMM: Período de quiescência (45-60 min) onde raramente se observam potenciais de ação e contrações. Período de 30 min. onde contrações peristálticas ocorrem e aumentam progressivamente de frequência. Peristalse tem origem no estômago e se propraga por todo o intestino delgado. Período de 5 a 15 minutos no qual ocorrem contrações rápidas e o piloro permanece aberto, permitindo que material indigesto passe para o intestino delgado. Nesse momento, estruturas que ficaram retidas na estrutura gástrica e não foram digeridas podem ser liberadas do estômago, pode-se observar saída de objetos estranhos, como pedras e caroço de azeitona. O que acontece: Aumento da atividade secretora gástrica, pancreática e biliar ocorre junto ao CMM. MOTILINA (células enterocromafins intestinais ou M) sérica aumentada. Ela é responsável pelo CMM. Eritromicina é agonista da motilina, então o efeito colateral é diarreia. CMM é abolido quando há ingestão de alimentos, pq o controle motor passa ser a presença do alimento. Importância terapêutica: absorção de drogas é variável em períodos interdigestivos. Importância social: barulho!
Compartilhar