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FISIOTERAPIA NAS SÍNDROMES DOLOROSAS DA COLUNA VERTEBRAL PRINCIPAIS APRESENTAÇÕES CLÍNICAS DA LOMBALGIAS NA FISIOTERAPIA REUMATOLÓGICA Origem Mecânica Degenerativas/Origem Facetária / Osteofitose Discogênicas Inflamatórias/Osteometabólicas Atenção às outras causas de dor lombar: Anomalias congênitas, Afecções traumáticas, ortopédicas, Dor lombar de origem visceral, Neoplásicas, infecciosas, síndrome da cauda equina. TRATAMENTO(Low Back Pain Clinical Practice Guidelines) JOSPT, v.42, n.4, 2014 Diversos Estudos mostram resultados insatisfatórios no tratamento da lombalgia. Por que? Lombalgia é tratada como uma entidade única e (excluindo-se algumas causas traumáticas, neoplásicas, etc) Ideal (subdividir) os pacientes de acordo com a história da doença (característica temporal), característica da dor e do movimento (baseado na CIF). Curso Clínico(Low Back Pain Clinical Practice Guidelines) JOSPT, v.42, n.4, 2014 Aguda (menos que 1 mês) 65% pcts com Dor aguda - 1 ou mais episódios por ano 2 meses – mediana para novo episódio 60 dias – duração do da dor lombar no ano Subaguda (entre 2 e 3 meses) Recorrente Prognóstico (Para Recorrente) História de episódio prévio Mobilidade excessiva da coluna Mobilidade excessiva de outras articulações Crônica (mais que 3 meses) Prognóstico (Para crônica) Sintomas abaixo do joelho Componente psicológicos Medo da dor, do movimento e de nova lesão Baixa expectativa para recuperação Dor de alta intensidade Passividade Agudizações Característica da dor Dor Irradiada Resulta da irritação dos axônios do nervo espinhal e dos neurônios do gânglio da raiz dorsal Dor Referida Ativação das terminações nervosas livres nociceptivas (nociceptores) nas células somáticas ou tecido visceral Convergência de vias nervosas aferentes em direção à neurônios comuns no SNC. SNC não é capaz de distinguir de qual parte do corpo é responsável pela a entrada desses estímulos. CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA CIF Dor lombar com déficit de mobilidade Dor lombar com deficiência na coordenação do movimento Dor lombar com dor irradiação Dor lombar com dor referida na extremidade inferior Dor lombar com tendências cognitivas e afetivas relacionadas Dor lombar generalizada DOR LOMBAR COM DÉFICIT DE MOBILIDADE Aguda Dor lombar localizada (costas, nádega e coxa) e/ou referida nos MMII (reproduzidas quando há provocação dos segmentos lombares, torácicos e sacroilíacos acometidos) ADM lombar restrita Mobilidade segmentar torácica inferior e lombar restritas Subaguda Dor unilateral, ocorre do meio ao fim da ADM ativa ou passiva e quando há provocação dos segmentos lombares, torácicos e sacroilíacos. Pode relatar sensação de rigidez nas costas. Presença de pelo menos uma restrição de ADM e mobilidade segmentar na torácia, lombar, lombopélvico ou quadril. ETIOLOGIA MULTIFATORIAL SOBRECARGA FÍSICA E MENTAL POSTURA ESTÁTICA MANTIDA ESFORÇO REPETITIVO TRANSPORTE DE PESO AUSÊNCIA DE TEMPO DE RECUPERAÇÃO TENSÃO MUSCULAR INÍCIO DO PROCESSO DE DEGENERAÇÃO ARTICULAR / INFLAMATÓRIO / OSTEOMETABÓLICA INSTALAÇÃO DE MIOGELOSES E PONTOS GATILHOS INSTALAÇÃO DA DOR RECORRENTE Plano de tratamento Objetivos de tratamento: Reduzir a dor e melhorar a mobilidade lombopélvica Prevenção da recorrência Conduta: Terapia manual com Thrust ou não para reduzir a dor (evidência forte) Exercícios terapêuticos para manter a mobilidade (evidência forte) Exercícios de coordenação, força e resistencia para vitar a recorrência (evidência forte) Educação do paciente (estilo de vida ativo, remoção de fatores individuaus e ambientais) (Evidência Moderada) Tração (Evidência conflitante) Acupuntura Obs.: Não indicados como conduta isolada TENS, Interferencial, Laser, Ultrassom (NICE Patway – Low Back Pain, 2014) DOR LOMBAR COM DEFICIÊNCIA NA COORDENAÇÃO DO MOVIMENTO É uma dor recorrente associada à dor referida no MI Aguda Dor no repouso ou ocorre do início ao meio da ADM ativa ou passiva (aguda) ou quando há provocação das estruturas deficiência na coordenação do movimento da região lombopélvica com movimentos de flexão e extensão Subaguda/crônica Dor ocorre do meio ao fim da ADM e piora ao fim da ADM ativa ou passiva ou posições e provocação das estruturas (subaguda) Dor ocorre na ADM final sustentada (crônica) Hipermobilidade segmentar e défict de mobilidade de quadril, pelve e tórax Diminuição da força e resistência do tronco e região pélvica Deficiências na coordenação dos movimentos nas atividades funcionais de autocuidado e do lar (subagudo) e ocupacional, recreacional e na comunidade (crônico) ETIOLOGIA MULTIFATORIAL INSTALAÇÃO DA INSTABILIDADE SEGMENTAR ADAPTAÇÕES TENSAO FASCIAL (TORACOLOMBAR E TRATO ILIOTIBIAL) ENCURTAMENTO MUSCULAR (PRINCIPALMENTE DOS ISQUIOTIBIAIS, ILIOPSOAS, QUADRADO LOMBAT) DISTENSÃO OU INSUFICIÊNCIA DA MUSCULATURA ABDOMINAL INSUFICIÊNCIA DOS MULTÍFIDOS E TRANSVERSO DO ABDOME DESEQUILÍBRIOS PÉLVICOS, SACRAIS E LOMBARES DESEQUILÍBRIO DO TRONCO E MMII OU ATÉ MMSS Plano de tratamento Objetivos de tratamento: - Enfocar nos movimentos que limitados Aumentar a ADM livre de dor Retorno às atividades Conduta (igual a anterior e incluir): Controle neuromuscular - Estabilização dinãmica (evidência forte) Dispositivo externo estabilizador Educação do paciente (posturas de alívio dos sintomas)Evidência Moderada) fortalecimento do tronco e região pélvica Treinamento domiciliar Treinamento reintegrativo (trabalho / domicilio) DOR LOMBAR COM DOR IRRADIADA Aguda Dor lombar e irradiada para o MI (parestesias, dormência e fraqueza) Sintomas aparecem ou pioram no início ou meio da ADM, na tensão do MI (SLR ou Slump Test) Sinais de lesão nervosa (sensorial, motora ou reflexa) Subaguda/crônica Dor lombar recorrente, toracolombar associada à irradiação e déficts neurológicos potenciais Sintomas aparecem no meio e pioram no fima da ADM (subaguda) e só no fim do movimento sustentado (crõnica) Tratamento Objetivos de tratamento: - Enfocar nos movimentos que limitados Aumentar a ADM livre de dor Conduta (Igual a anterior e incluir): Nobilização de tecidos moles e de articulações próximas ao nervo Mobilização neural - grau crescente de amplitude (evidência fraca) Orientação (posições que não estiram ou comprimem o nervo) DOR LOMBAR COM DOR REFERIDA NO MMII Aguda Dor lombar associada a dor referida nas nádegas, coxa e perna que pode ser centralizada e diminuída com posicionamento, terapia manual e movimentos Piora na flexão do tronco e ao sentar Desvio lateral do tronco, redução da lordose lombar, diminuição da extensão lombar Objetivos de tratamento: Centralização ou redução da Dor DOR LOMBAR AGUDA / SUBAGUDA RELACIONADA A TENDÊNCIA COGINITIVA E AFETIVA Dor lombar e/ou referida nos MMII intensa Presença de: Depressão Ansiedade Altos escores de dor e características de pessimismo, desamparo e ruminação em relação a dor DOR LOMBAR CRÔNICA COM DOR GENERALIZADA Dor lombar e/ou referida nos MMII extrema Presença de: Depressão Dor generalizada sem causa aparente Tratamento Conduta (incluir): exercícios aeróbicos de baixa intensidade orientação – acompanhamento multidisciplinar INTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Oswestry Disability Index Roland-Morris disability Questionnaire CASO CLÍNICO Paciente com diagnóstico clínico de dor lombar baixa (M54.5). 37 anos, sexo feminino, nulípara, IMC=32kg/m². Secretária executiva há 8 anos. QP: Dor localizada na região lombar (EVA=6) que “desce” pela região glútea direita. Dor cansada e fisgada, que piora ao sentar e melhora ao deitar. Não está afastada do trabalho e realiza todas as atividades de auto cuidado e em casa Queixa funcional: dor ao permanecer sentada por muito tempo no trabalho, no transporte, em casa,num barzinho etc Teste para a queixa funcional: posição sentada (ilíaco neutro) – 3 minutos (piora da dor) HDA: refere que a dor teve início há 2009 anos após umperíodo de grande demanda de trabalho (EVA=3). Essa dor permaneceu por 1 semana e melhorou completamente. No entanto, desde então vem apresentando recorrência frequente da dor, após passar muito tempo sentada. Nas últimas 6 semanas a dor se intensificou (EVA=6) e permanece constante até hoje (02/10/14). HPP: nega HISTÓRIA SOCIAL: trabalha num escritório 8h por dia sentada numa cadeira com ajuste de altura (assento posicionado a 60cm do chão) e mesa (70cm de altura), relata uso de computador (notebook) com tela de 14 polegadas no trabalho. Tem 1h de almoço (que muitas vezes passa maior parte do tempo sentada) Usa o transporte público do trabalho para casa Usa colchão “muito mole” (sic) Foi indicada a iniciar a fisioterapia desde o primeiro episódio de dor, mas nunca fez ... HÁBITOS: uso do computador em casa (em torno de 2h) – condições não ideais HOBBY: ver TV deitada na cama (supino – cabeça elevada) EXERCÍCIO: não pratica Nível de atividade sem dor: deitar e dormir em decúbito lateral. Nível de atividade com dor mínima: realiza atividades como permanecer em pé, andar, auto-trasferências posturais, e levantar e tranportar objetos (bolsas e sacolas), auto-cuidado. Postura Cabeça alinhada Ombros desnivelados (direito mais baixo) Ombro direito em RI Abdome globoso Retificação lombar RE de quadris Joelhos levemente varos Pés e tornozelos alinhadod Inspeção geral Maior volume muscular à direita na região dos trapézios superiores e médios e paravertebrais lombares á direita Cicatriz cirúgica liberada de 3cm (cisto cutâneo) na lateral da coxa direita Sinais de osteoartrose nas mãos (nega sintomas) ADM ativa completa para flexão, porém refere dor em todo o arco, sendo pior nos últimos graus de amplitude Marcha – bloqueio do troncoo Palpação ILÍACOS EM DESEQUILÍBRIO – POSTERIORIORIDADE (à direita) Tensão do grande dorsal, trapézio superior, quadrado lombar Ponto gatilho ativo em iliocostal lombar Mobilidade segmentar (dolorosa) associada a hipermobilidade lombar em especial nas últimas vértebras Trasverso do abdome pouco ativo, sem recrutamento voluntário satisfatório Teste de força Flexores do tronco – grau 4 Extensores do tronco – grau 4 Flexores do quadril – grau 5 Sensibilidade tátil, térmica e dolorosa normais nos dermátomos de L1 a L5 SLR e Slump – negativos (restrição de mobilidade – muscular de MI) Teste de Shober – 3cm Ìndice dedo-chão – 18cm Teste UPB – insatisfatório (em DV) teste de instabilidade em prono (positivo) Raio X lombar – achados incipientes de espondiloartrose lombar
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