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Júlia Barreto de Farias Turma 254 - FAMEB Técnicas Histológicas Básicas HISTOLOGIA Estudo das células e dos seus componentes É um ramo da anatomia que estuda os tecidos dos animais e das plantas → anatomia microscópica Compreensão da fisiologia e patologia MICROSCOPIA Microscopia Óptica (MO): unidade é o micrômetro Microscopia Eletrônica (ME): unidade é o nanômetro UNIDADE DE MEDIDA Micrômetro (µm) 1 µm= 0,001 mm Nanômetro (nm) 1 nm= 0,001 µm Aumento: relação entre tamanho da imagem e tamanho do objeto MO: cerca de 1.000 vezes ME: cerca de 100.000 vezes Poder de resolução: capacidade de distinguir estruturas bem próximas MO: limite de 0,2 µm ME: limite de 1 nm PREPARAÇÃO DOS TECIDOS Obtenção de lâminas para análise na microscopia óptica 1. Colheita do material (biópsia ou necropsia) 2. Fixação: é o tratamento do tecido com agentes químicos que não somente retardam as alterações do tecido subsequentes à morte (ou após sua remoção do corpo), mas também mantêm sua arquitetura normal. Pode ser química ou térmica. A química é mais empregada, utiliza-se formalina tamponada neutra 4 ou 10%. Funções: a. Inibir ou parar a autólise tecidual; Júlia Barreto de Farias Turma 254 - FAMEB b. Coagular ou endurecer o tecido; c. Proteger, através do endurecimento, os tecidos moles no manuseio e procedimentos técnicos posteriores; d. Preservar os componentes celulares e a arquitetura tecidual; 3. Desidratação: banhos com álcool etílico em concentrações crescentes (aumento do percentual de álcool) → promove a remoção de água. 4. Diafanização ou clareamento: retirada do álcool etílico com solventes como o xilol – o xilol é um produto químico miscível com a parafina fundida. Este processo é conhecido como diafanização, porque os tecidos se tornam transparentes no xilol. 5. Impregnação e Inclusão: remoção do xilol e endurecimento do tecido em parafina. A fim de distinguir as células sobrepostas e a matriz extracelular em um tecido, o histologista precisa incluir os tecidos em um meio apropriado (meio de inclusão) e em seguida seccioná-los em cortes finos. Para a microscopia óptica, o meio de inclusão mais comum é a parafina. O tecido é colocado em um recipiente adequado contendo parafina fundida até ficar completamente infiltrado. Uma vez impregnado com a parafina, o tecido é colocado em um pequeno recipiente, coberto com parafina fundida e deixado até endurecer, formando um bloco de parafina contendo o tecido. 6. Microtomia: obtenção dos cortes histológicos (5 a 10 µm) → uma única e delgada camada de células. Esta tarefa é efetuada utilizando-se uma máquina denominada micrótomo. 7. Extensão: banho de água e secagem 8. Coloração: os cortes de parafina são montados (colocados) em lâminas de vidro e corados em seguida com corantes solúveis em água, possibilitando a diferenciação de vários componentes celulares. 9. Montagem e análise COLORAÇÃO Visualização das Estruturas Teciduais Propriedade dos componentes celulares Como muitos constituintes dos tecidos possuem aproximadamente a mesma densidade óptica, eles devem ser corados para a microscopia óptica geralmente com corantes solúveis em água. Por essa razão, a parafina deve primeiro ser removida do corte; em seguida, cada tecido é reidratado e corado. Após a coloração, o corte é novamente desidratado para possibilitar que uma lamínula seja fixada de modo permanente usando-se um meio de montagem adequado. A lamínula não só protege o tecido de danos como também é necessária para a observação do corte ao microscópio. Júlia Barreto de Farias Turma 254 - FAMEB Tipos de corantes: Corantes que diferenciam os componentes ácidos e básicos da célula o A hematoxilina é um corante básico que cora preferencialmente os componentes ácidos da célula com uma cor azulada ou arroxeada. Como a maioria dos componentes ácidos é representada pelos ácidos desoxirribonucléico (DNA) e ribonucléico (RNA), o núcleo e as regiões do citoplasma ricas em ribossomas se coram em azul escuro ou arroxeado; estes componentes são chamados de basófilos (ou basofílicos). o A eosina é um corante ácido que cora os componentes básicos da célula com uma tonalidade que varia da rósea à avermelhada. Como a maioria dos componentes citoplasmáticos possui pH básico, as regiões do citoplasma se coram de rosa; estes elementos são chamados acidófilos (ou acidofílicos) Corantes especializados que diferenciam os componentes fibrosos da matriz extracelular Sais metálicos que se precipitam nos tecidos, formando depósitos de metal COLORAÇÕES ESPECIAIS Júlia Barreto de Farias Turma 254 - FAMEB INCIDÊNCIA DOS CORTES HISTOLÓGICOS MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO A microscopia eletrônica de transmissão (MET) usa cortes muito mais delgados em comparação com os da microscopia óptica e, para a evidenciação dos tecidos, requer técnicas de precipitação de metais pesados em vez de corantes solúveis em água. A preparação de espécimes de tecidos para a MET envolve as mesmas etapas básicas que as da microscopia óptica. Fixadores especiais foram desenvolvidos para serem usados na microscopia eletrônica de transmissão, pois o maior poder de resolução do microscópio eletrônico requer uma ligação cruzada mais fina e mais específica entre as proteínas. Fixação Desidratação Inclusão em resinas Cortes ultrafinos (20-100nm) Impregnação com metais Estruturas elétron-densas: escuras Estruturas elétron-luscentes: claras MISCROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA Fornece imagens tridimensionais
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