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ajustes fisiologicos parte 1

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Ajustes Fisiológicos da Gestação 
 
 
Curso de Nutrição 
Disciplina de Nutrição Materno Infantil 
Profa. Ana Carolina Montenegro/Ayana Meneses/Tatiana Uchôa 
Características Gerais 
• Alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas que 
afetam quase todas as funções orgânicas da gestante 
 
• Mudanças necessárias: 
• Regulação do metabolismo materno 
• Promoção do crescimento fetal 
• Preparação da mãe para o parto e lactação 
 
 
 
Características Gerais 
Entendimento desses ajustes é 
INDISPENSÁVEL para o 
nutricionista subsidiar a 
assistência nutricional pré-
natal. 
Características Gerais 
• 1º TRIMESTRE (até 14 semanas) 
• HIPERPLASIA 
 
• 2º TRIMESTRE (14ª a 28ª semana) 
• HIPERPLASIA E HIPERTROFIA 
• 4º mês: início da formação de células adiposas 
 
• 3º TRIMESTRE (28ª a 40ª semana): 
• HIPERTROFIA 
 
 *Intenso ganho de peso fetal nas últimas semanas a partir 
da 30ª SG 
 
Idade 
gestacional 
Crescimento Velocidade Peso 
atingido 
pelo feto 
12 semanas Hiperplasia Lenta 300g 
13 a 27 
semanas 
Hiperplasia 
Hipertrofia 
Acelerada 1000g 
Acima de 28 
semanas 
Hipertrofia Máxima 3000g 
Diferenciação celular de acordo 
com a IDADE GESTACIONAL 
 Períodos de Crescimento Fetal 
 
• BLASTOGÊNESE (período de implantação) 
 
– Da fecundação até a 2ª semana 
 
– Período hiperplásico: origina o EMBRIÃO 
 
– Essenciais: ácido fólico, B12 (síntese de ácidos 
nucléicos: divisão e crescimento celular) 
 
 
 Períodos de Crescimento Fetal 
 
• EMBRIONÁRIO OU ORGANOGÊNESE 
 
– Da 2ª semana até o 60º dia da gestação 
 
– Período hiperplásico e hipertrófico: origina o FETO 
 
– Diferenciação celular com formação dos órgãos 
 
– Deficiência nutricional: anomalias congênitas 
 
 Períodos de Crescimento Fetal 
 
• EMBRIONÁRIO OU ORGANOGÊNESE 
 
– ↓RIBOFLAVINA (B2): má formação esquelética 
– ↓ PIRIDOXINA (B6) E MANGANÊS: comprometimento 
do desenvolvimento neuromotor 
– ↓ B12, NIACINA e FOLATO: defeitos no SNC 
– ↓ VITAMINA A: alteração na diferenciação celular 
normal, crescimento e desenvolvimento do feto e dos 
tecidos maternos, podendo causar má-formação 
 
 Períodos de Crescimento Fetal 
 
• FETAL 
– Do 3º mês até o final da gestação 
 
– Período hipertrófico 
 
– 6g a 3,0-3,5Kg 
 
– 60% do ganho de peso materno corresponde ao 
peso fetal 
 
 
Períodos de Crescimento Fetal 
 
Sintomas Clínicos 
na gestação 
Sintomas Clínicos 
 
• 4 semanas: amenorréia 
 - outras causas (investigar) 
 
• 5 semanas: 
– Náuseas (+ pela manhã) 
– Vômitos e anorexia: ↓peso: adaptação materna 
ao HCG e potencializada por aspectos psíquicos 
– Mamas doloridas e congestas 
 
 
Sintomas Clínicos 
• 6 semanas: 
– Aumento do volume uterino: compressão da 
bexiga 
• Polaciúria (micção frequente em pequena 
quantidade) 
 
• 8 semanas: 
– Hiperpigmentação da aréola mamária 
• Ação estrogênica 
 
 
 
• 12 semanas: 
– Útero enche a pelve e é palpável na sínfise 
púbica 
– Batimentos cardíacos podem ser auscultados 
 
• 16 semanas: 
– Produção do pré-colostro (estrógeno) 
– Aumento visível do volume abdominal 
 
• 18 semanas: movimento fetais 
 
Sintomas Clínicos 
Sintomas Clínicos 
ESTRÓGENO: 
 
- Hormônio (Estradiol) 
- Preparação do útero para a reprodução 
- Características sexuais secundárias 
Exames de Comprovação 
da gestação 
Exames de Comprovação 
• Hormonal: Identificação do HCG 
– URINA OU SANGUE 
– Detecção da subunidade ß desse hormônio protéico 
comprova a gestação 
 
• Ultra-sonografia: 
– Após 4 semanas de amenorréia: detecção do saco 
gestacional na parte superior do útero 
– 12 semanas: identificação da placenta 
Cálculo da Idade Gestacional 
I. Quando a data da última menstruação (DUM) é 
conhecida: 
 
 Calcular a idade gestacional em mulheres com 
ciclos menstruais regular: 
 
• Uso do calendário: somar o número de dias do 
intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo 
o total por sete (resultado em semanas); 
 
• Uso de disco: gestograma 
Cálculo da Idade Gestacional 
II. Quando a data da última menstruação é 
desconhecida, mas se conhece o período do 
mês em que ela ocorreu: 
 
– Se o período foi no início, meio ou fim do mês, 
considerar como data da última menstruação os 
dias 5, 15 e 25, respectivamente. 
Cálculo da Idade Gestacional 
III. Quando a data e o período da última 
menstruação são desconhecidos: 
 Clinicamente: Medida da altura do fundo do 
útero e pelo toque vaginal (clínicos); 
 Início dos movimentos fetais: 16 a 20 semanas. 
 
 Ultrassonografia obstétrica 
 
Cálculo da Data Provável do Parto 
 
Cálculo da Data Provável do Parto 
 
 
 Considera-se a duração média da gestação normal (280 
dias ou 40 semanas) a partir da DUM 
 Uso do gestograma 
 
 Outra forma de cálculo é: 
 
 Para achar o dia: somar sete dias ao primeiro DUM 
 
 Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o 
número de dias do mês, passar os dias excedentes para o mês 
seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo do mês. 
 
 Para achar o mês: subtrair três meses ao mês em que ocorreu a 
última menstruação ou adicionar nove meses, se corresponder aos 
meses de janeiro a março) – Regra de Näegele. 
Exemplo: 
• DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO: 
 
05 / 01 / 2017 
 
 
12 / 10 / 2017 
 
Soma 7 Diminui 3 ou 
Adiciona 9 meses 
Exemplo: 
• DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO: 
 
15 / 12 / 2016 
 
 
22 / 09 / 2017 
 
Soma 7 Diminui 3 meses (9-3=5) 
Exemplo: 
• DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO: 
 
28 / 04 / 2017 
 
 
05 / 02 / 2018 
 
Soma 7 Como o mês “virou” (10+1=11): 
Diminui 3 meses (11-3=8) 
Cálculo da Data Provável do Parto 
 
 
 
Ajustes Fisiológicos da Gestação: 
Formação da Placenta 
• Placenta 
 
 Funções essenciais na gestação: 
 
 - Metabólica 
 - Endócrina 
 - de trocas 
 - e proteção do concepto 
Ajustes Fisiológicos da Gestação: 
Formação da Placenta 
• Modificações no endométrio: denominado decídua 
ou caduca: origina a placenta: 
– Estrutura esponjosa, oval, peso ao termo entre 450 e 650 
gramas, órgão de alta complexidade metabólica 
 
• Partes da placenta (anexo fetal): 
– Porção fetal origina o saco coriônico 
• Produção de estrógeno e progesterona 
– Porção materna originada do endométrio → 
células decíduas 
Ajustes Fisiológicos da Gestação: 
Formação da Placenta 
Ajustes Fisiológicos da Gestação: 
Formação da Placenta 
Ajustes Fisiológicos da Gestação: 
Formação da Placenta 
• Início da gestação: síntese de glicogênio, 
colesterol, AG: reservatório de nutrientes para 
o embrião 
 
• Principais funções: proteção, nutrição (produz 
nutrientes e transporta), respiração, excreção e 
produção de hormônios 
Ajustes Fisiológicos da Gestação 
Placenta 
• Sangue materno e fetal não se misturam  
membrana placentária (camada muito fina) 
 
– Torna-se mais fina ao longo da gestação, 
permitindo a passagem de outras substâncias, 
até drogas 
NUTRIÇÃO INTRA E EXTRAUTERINA 
 
Transferência de nutrientes 
• Difusão simples 
– Passagem do meio mais concentrado (sangue materno) 
para o menos concentrado (sangue fetal) até que o 
equilíbrio seja atingido 
– Nutrientes: 
• Oxigênio 
• Gás carbônico 
• Vitaminas lipossolúveis 
• CHO peso < 1000 
• Eletrólitos 
• Acidosgraxos 
• Água 
• 
Difusão Facilitada (CHO) 
 
Transporte ativo (aa, vit. 
Hidrossoluveis, ...) 
 
Pinocitose ou endocitose 
(IgG) 
... 
Hormônios da gestação 
 
QUE HORMÔNIOS SÃO ESSES??? 
Hormônios da gestação 
 
 
 
– Esteróides: progesterona e estrogênio (colesterol) 
– Protéicos: HCG, lactogênio placentário humano 
 
• Endocrinologia da Gestação é dividida: 
– Fase Ovariana (até 8ª semana - corpo lúteo): 
• Estímulo para a produção de HCG pela células 
trofoblásticas: secreção de estrógeno e progesterona 
 
– Fase Placentária (a partir da 8ª semana): (↓ HCG) 
 
 
Responsáveis pelas modificações corporais nas gestantes, amadurecimento 
fetal, parto e lactação. 
Hormônios da gestação (placenta) 
 
• Gonadotrofina coriônica humana (HCG) 
– Sangue: 8 dias após a fecundação / Urina: 15 dias 
– Fundamental enquanto a placenta não produz 
progesterona e estrógeno para promover a evolução 
da gestação; 
– Impede regressão do corpo lúteo 
– Inibe a contração espontânea do útero: mantendo a 
gestação 
– Nível máximo: 10 a 12 semanas 
 
 
Hormônios da Gestação (placenta) 
 
• Progesterona 
– Produzida a partir da 8ªSG 
 
– Relaxamento da musculatura uterina e de outros órgãos 
Intestino: < MOTILIDADE: > ABSORÇÃO / + CONSTIPAÇÃO 
 
– Apetite materno (1ª metade da gestação) 
 
– Efeito natriurético (aumenta a excreção de Na) 
 
– Facilita anabolismo (depósito de gordura materna) 
 
 
Hormônios da Gestação (placenta) 
• Estrogênio 
– Aumenta a elasticidade da parede uterina materno e do 
canal cervical: altera o tecido conjuntivo tornando mais 
elástico 
 
– Aumento dos ductos mamários 
 
– Aumento da genitália externa 
– Inibe secreção de prolactina 
– Reduz proteínas séricas 
– Hiperpigmentação cutânea 
– Diminui apetite (2ª metade da gestação) 
 
 
Hormônios da Gestação (placenta) 
 
• Lactogênio placentário ou Somatomamotrofina coriônica 
– Contra-insulínico: reduz a sensibilidade materna a insulina 
– Proporcional ao tamanho da placenta 
– Eleva glicemia pela estímulo da glicogenólise e lipólise 
– Promove a deposição de proteína nos tecidos fetais 
– Inicia o processo de lactogênese dos alvéolos das 
glândulas mamárias 
 
• Tireotropina Coriônica Humana 
– Estimula a produção de hormônios da tireóide 
 
 
Ação de Hormônios na Gestação 
 
 
• Tiroxina (tireóide) 
 
– Regula a velocidade de oxidação celular (aumenta TMB) 
 
• Hormônio do Crescimento (hipófise anterior) 
– Eleva glicemia 
– Estimula crescimento dos ossos longos 
– Promove retenção de nitrogênio 
 
 
 
Ação de Hormônios na Gestação 
 
 
• Cortisona (córtex adrenal) 
– Mobilização de AAS dos tecidos maternos para os tecidos 
do feto 
 
• Aldosterona (córtex adrenal) 
– Retenção de sódio e excreção de potássio 
– Maior retenção de Na: maior retenção de água: mais sede: 
SISTEMA ATIVADO 
• Causa retenção de líquidos, podendo causar HAS. 
 
 
 
Ação de Hormônios na Gestação 
• Insulina 
– A gestante tem resposta insulínica normal no início da 
gestação, mas com o avanço da gestação, uma quantidade 
maior de insulina é necessária para transportar a mesma 
quantidade de glicose 
• Redução da glicemia materna devido a passagem para o feto 
 
– Período Hiperinsulinêmico : < sensibilidade a insulina – 
presença de hormônios contra-regulatórios: progesterona, 
cortisol, prolactina e hormônio lactogênico placentário 
 
– Aumento da necessidade de glicose pelo feto reduz a 
eficiência .... isso aumenta num crescente 
Modificações no Organismo Materno 
 
Taxa Metabólica Basal 
 
• 15 a 20% a partir do 3º mês devido a demanda 
 > de oxigênio e > produção hormonal 
– Custo da gestação 
 
Modificações no Organismo Materno 
 
Metabolismo Protéico 
 
• FORNECE 20% das calorias para o feto 
 
• Insulina estimula síntese tecidual fetal e materna 
 
• < AAS na circulação materna: redução das 
proteínas plasmáticas da mãe (albumina): pode 
favorecer a ocorrência de EDEMA 
 
Modificações no Organismo Materno 
Metabolismo Protéico 
 
Modificações no Organismo Materno 
 Metabolismo dos Carboidratos 
• Ultimo trimestre: 50-70% das calorias para o feto: 
DERIVADOS DA GLICOSE 
• Consumo contínuo de glicose pelo feto: Redução da glicemia 
materna 
• Gestante: < sensibilidade materna a insulina: < utilização de 
glicose periférica 
• Insulina tem < eficácia devido a presença dos hormônios 
contra-regulatórios 
• Feto produz sua insulina a partir da 14ª semana 
 
Modificações no Organismo Materno 
 Metabolismo dos Lipídios 
• 30% DAS CALORIAS PARA O FETO 
 
• Devido a transferência de glicose para o feto, os AG tornam-
se a principal fonte de energia 
– No final da gestação existe um maior acúmulo de gordura 
em forma de TAG (coxas e região subescapular) 
 
• Objetivo: conservar glicose para feto e para o tecido nervoso 
materno 
• Maior mobilização da gordura corporal para produção de 
energia (aumento CT, TAG, …) 
 
Modificações no Organismo Materno 
 
 
• Maiores Modificações: 
 
– O AUMENTO DE 50% NA EXPANSÃO DO VOLUME 
PLASMÁTICO COM 20% DE AUMENTO NO CONTEÚDO DE 
HEMOGLOBINA 
 
– A ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS DOS HORMÔNIOS ESTRÓGENO E 
PROGESTERONA 
 
 
 
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Circulatório 
 
• Volume Plasmático: 
– Aumento de 50% (da 6ª até 34ª semana) 
• PICO: 28 a 32 semanas 
• Volume globular (conteúdo de hemoglobina e 
eritrócitos): 
– Aumento de 20-25% a partir do 6º mês. 
• PICO: PARTO 
– < taxas de hematócrito e hemoglobina (volume 
plasmático) 
• ANEMIA FISIOLÓGICA 
 
Modificações no Organismo Materno 
Sistema Circulatório 
 
• Fluxo Sanguíneo: 
– Cerebral e hepático inalterados 
– Renal aumenta 50% no 1º trimestre 
– Parto: 1 a 2 L de sangue extra 
• Necessário a conservação do Na (renina-
angiotensina) 
 
 
 
Modificações no Organismo Materno 
 Sistema Circulatório 
• Aumento do débito cardíaco (10 a 12ª semana): 
 aumento de 30 a 40%  
 ↑ perfusão e irrigação dos tecidos  Melhor 
desempenho dos órgãos 
 
• PA: cai no início (vasodilatação periférica) e 
retorna aos níveis pré-gravídicos no 3º T 
Modificações no Organismo Materno 
 Equilíbrio Hidroeletrolítico 
• Acréscimo total de água no organismo: 7,5 litros 
• 1,7 litros estão nos tecidos 
– Na é essencial para manter esse volume 
– No entanto, a progesterona tem efeito NATRIURÉTICO e 
ocorre aumento de 50% da filtração glomerular: 
• O sistema RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA é ativado 
–Renina estimula a secreção de ALDOSTERONA 
aumentando a reabsorção de Na 
Modificações no Organismo Materno 
 Equilíbrio Hidroeletrolítico 
Renina (rins)  Angiotensina I  Angiotensina 
II  Aldosterona (córtex suprarenal)  
Reabsorção de sódio 
Modificações no Organismo Materno 
 Sistema Urinário 
• + Urina: > ingestão de líquidos e > carga de solutos 
 
• Aumento da filtração glomerular em 50% (2º mês) 
e na velocidade do sangue pelos rins devido a 
diluição da albumina: isso facilita a excreção de 
creatinina, uréia e ácido úrico 
Modificações no Organismo Materno 
 Sistema Urinário 
 
• Fluxo de urina retardado (pressão das veias 
ovarianas nos ureteres pelo útero)  infecções 
urinárias; 
 
• Pode ocorrer glicosúria fisiológica: aumento em 
50% da filtração de glicose 
Modificações no Organismo Materno 
 Sistema Respiratório 
• ↑ útero: maior movimentação do diafragma: 
 ↑ freqüênciarespiratória 
 Maior movimentação com menor profundidade 
 
• ↑ 50% da ventilação pulmonar devido um aumento 
de 10-20% na demanda de oxigênio 
– Progesterona aumenta a sensibilidade materna ao gás 
carbônico 
 Modificações no Organismo Materno 
 Sistema Digestivo 
• 1º trimestre: 
– Náuseas, enjôos e vômitos matinais: perda de peso  
Estrogênio 
– Aumento dos “desejos” 
 
• Gengivas edemaciadas, hiperêmicas, sangram com 
facilidade (HCG / PROGESTERONA / ESTRÓGENO) 
 
• ↓ pH salivar: ainda não totalmente elucidado: propiciando 
o desenvolvimento de microorganismos causadores da cárie 
dentária. 
 
 Modificações no Organismo Materno 
 Sistema Digestivo 
• ↓ Secreção gástrica de ácidos: incidência reduzida de 
úlceras 
• Ptialismo ou Sialorréia: produção excessiva de saliva 
– Estimulo do trigêmeo / vago / ingestão de amido 
• Hipotonia do TGI (PROGESTERONA): 
– > tempo de esvaziamento gástrico: 
• > absorção 
• > incidência de náuseas, pirose, RGE e constipação 
• Hipotonia do intestino delgado: contato entre nutrientes e mucosa 
absortiva 
 
Modificações no Organismo Materno 
 Sistema Digestivo 
– Consensual: Ocorrência de mudanças do olfato, paladar e 
preferências alimentares 
– Paladar alterado: 
• Diminuição da sensibilidade ao sal: podendo causar 
aumento no consumo 
• Aumento da capacidade de sentir o sabor amargo: 
desejos, enjôos, vômitos 
–Proteção contra possíveis intoxicações 
– Olfato mais sensível (mais desenvolvido): náuseas e 
vômitos 
EXERCITANDO... 
CITE UMA ALTERAÇÃO METABÓLICA E BIOQUÍMICA (TMB, 
METABOLISMO DOS CHO, LIP, PTN) 
 
 
CITE UMA ALTERAÇÃO FUNCIONAL (SISTEMA CIRCULATÓRIO, 
DIGESTIVO, URINÁRIO, RESPIRATÓRIO) 
 Modificações no Organismo Materno 
 Modificações Posturais 
• Modificações posturais 
 
– Lordose da lombar: alteração do centro de gravidade 
da gestante, pois com a expansão do volume uterino, 
a postura adotada, lembra a de alguém carregando 
um objeto pesado, com isso para manter o equilíbrio 
a gestante empina o ventre e surge a lordose da 
coluna lombar. 
 
– “Andar de pata” 
 Modificações no Organismo Materno 
 Modificações Posturais 
 Modificações no Organismo Materno 
Modificações Psicológicas 
 
FATORES HORMONAIS: 
• Progesterona: efeito depressivo sobre o SNC, 
causando um efeito introspectivo 
• Catecolaminas: papel regulador das emoções 
(depressão e euforia) 
• Corticosteróide: variações emocionais 
– Depressão / euforia / paranóia 
 Modificações no Organismo Materno 
Modificações Psicológicas 
FATORES SOCIOCULTURAIS: 
• Conflitos internos: status de mulher e de mãe 
– Hiperêmese 
– Bulimia 
– Ganho de peso excessivo ou insuficiente 
– Ansiedade 
• Conflito com o companheiro 
 “Gravidez como evento social e familiar” 
 
Fatores que interferem no 
resultado da GESTAÇÃO 
FATORES ASSOCIAÇÃO COM .... 
Peso pré-gravídico 
excessivo 
Recém-nascido com excesso de peso 
Baixa estatura Desproporção céfalo-pélvica e BPN 
Ganho de peso 
insuficiente 
BPN e parto prematuro 
Placenta menor: < transporte de oxigênio e nutrientes 
Ganho de peso 
excessivo 
Macrossomia fetal e Diabetes 
gestacional 
Gestante na 
adolescência 
BPN, prematuridade e DHGE 
Imaturidade fisiológica 
Gestante > 35a Anomalias congênitas, DHGE e DG 
Minimizar outros fatores de risco .... 
 
Fatores que interferem no 
resultado da GESTAÇÃO 
FATORES ASSOCIAÇÃO COM .... 
Partos < 24m BPN 
DM / DMG Anomalias, DHEG, prematuridade, macrossomia, 
hipoglicemia neonatal 
Cigarro RCIU: efeito do CO e nicotina: < perfusão 
placentária: ação vasoconstritora, redução do 
transporte de O2 em 10% 
Fumantes apresentam < ingestão alimentar 
Casos extremos de dependência: 5 unidades/dia 
Álcool Anomalias, RCIU e síndrome fetal alcoólica 
(alteração da face, SNC, retardo mental e de 
crescimento) 
Cafeína Achados não conclusivas: BPN e má-formação 
Fatores que interferem no 
resultado da GESTAÇÃO 
FATORES ASSOCIAÇÃO COM .... 
Sacarina 
 
Estudos experimentais: Tumores 
malignos e falha no crescimento 
em animais. 
Ciclamato Estudos experimentais: Alterações 
cromossômicas, efeito 
teratogênico, redução da fertilidade 
e diminuição do peso de embriões. 
Ex1: Adoçil, doce mel, multiadoçante lowçucar 
 
Ex2: doce mel, finn 
Atividade 2 
• Gestante, 28 anos, renda familiar de 1 salário mínimo, separada do 
marido, desempregada, atendida em consulta pré-natal. Em gestação 
anterior teve abordo espontâneo no 1 trimestre. Gestante se encontra em 
quarta consulta pré-natal. 
Dados: 
Peso pré gestacional: 45Kg 
Altura: 1,60m 
P1: 46Kg (8 semanas) 
P2: 48Kg (10 semanas) 
P3: 49Kg (14 semanas) 
Idade gestacional: 20 semanas 
Peso atual: 52Kg 
 
Atividade 2 
Calcule: 
 - IMC pré-gestacional: 
 - diagnóstico nutricional pré-gestacional: 
 - IMC de todas as consultas: 
 - Curva ascendente ou descendente? 
 - ganho de peso dentro do recomendado (1 trimestre)? 
 - E a partir do segundo trimestre? 
 - Fatores de risco envolvidos? 
 
 
 
Procedimento avaliação nutricional 
Estado nutricional Inicial 
(IMC) 
Ganho de peso total 
(kg) no 1º. trimestre 
Ganho de peso semanal 
médio no 2º. e 3º. 
Trimestre 
Ganho de peso Total 
na gestação 
Baixo peso (<18,5) 2,3 0,5 12,5 – 18 
Eutrófica (18,5-24,9) 1,6 0,4 11,5 – 16 
Sobrepeso (25,0 a 29,9) 0,9 0,3 7 – 11,5 
Obesidade (>30) - 0,2 5,0 - 9,0 
(IOM, 2009) 
Referência da Aula 
• ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em 
obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009. 
– Capítulo 4 
• VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de 
Janeiro: Ed. Rubio, 2008. 
– Capítulo 5 
• GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica.Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2006. 
– Capítulo 82 
• CARREIRO, D. M e CORREA, M. M. Mães saudáveis têm filhos 
saudáveis. São Paulo: Ed. Referência, 2010.

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