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AULA 6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

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Aula 6: Interpretação e Análise dos Dados da Avaliação Instituciona
Realizado o trabalho avaliativo é simples elaborar o relatório de todas as fases executadas: desde a concepção do modelo até à da aplicação e correção da prova? 
O relatório deve ser apenas composto pela apresentação das tabelas e números encontrados? Nada se pode fazer para mudar o resultado de um município, do aluno ou da escola?
Esses são os pontos que desejamos discutir nesta aula. O que podemos fazer com os dados para que os interessados e os envolvidos na prática avaliativa, possam se valer das informações obtidas e possam adotar as medidas importantes para solucionar os problemas encontrados. Possam melhorar a proposta pedagógica de uma escola ou mudar a feição de um sistema de ensino.
Podemos alterar os currículos colocando-os de acordo com o que é incluído nos exames nacionais?
SOCIEDADE BRASILEIRA E SUA ESCOLA
Esse quadro teórico deve conter com muita clareza o modelo de sociedade que se pretende construir. Uma extensa reflexão sobre o papel da educação no desenvolvimento dos sujeitos e um detalhamento dos objetivos e finalidades da escola no mundo atual e conter um diagnóstico sobre a realidade brasileira. Deve especificar os recursos físicos e financeiros que possuímos que nos possibilitarão resolver os problemas apontados na avaliação.
Concluindo esse tópico, temos com base na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no Plano Nacional de Educação, um rico material de análise que nos permite ter um olhar mais abrangente sobre as situações encontradas que nos possibilitam escolher entre as alternativas existentes quais as que se aplicam a uma determinada escola.
Você entende que os documentos mencionados servem como subsídios para a escola elaborar um quadro teórico interpretativo que permita analisar os dados decorrentes da avaliação nacional?
REALIZANDO A ANÁLISE: O RELATÓRIO DO MEC/INEP
Para se realizar a avaliação é necessário construir um quadro teórico nacional que represente o nível de qualidade do processo educacional desejável nos sistemas, nas escolas e mesmo no aluno, permitindo que todos os que participam do processo avaliativo, possam compreender a importância das informações para a escolha das alternativas que permitirão resolver os problemas encontrados.
Por que afirmamos que todos podem analisar e interpretar os dados?
Antes de deter na análise da importância política das avaliações procedidas com base em parâmetros nacionais precisamos refletir sobre o significado da educação como indicador do nível de desenvolvimento de um país
Devemos esclarecer que a vinculação entre desenvolvimento e educação foi influenciada pelo resultado de estudos realizados a partir da década de 1990, financiados pelos organismos internacionais que queriam saber como poderiam diminuir a pobreza no mundo, dentro de uma lógica capitalista. Os estudos apontam a educação como a instituição social que pode mudar a realidade de um povo, de uma localidade. (Coraggio, 1999)
Sem essa reflexão não dá para explicar toda a complexidade que envolve a decisão de se construir um índice nacional de qualidade da educação. Ler um relatório de avaliação possibilita dimensionar o patamar educacional em que nos encontramos e os desafios a enfrentar para um futuro mais promissor.
Podemos considerar que é necessário construir um indicador em números, que dê significado ao cenário descrito por meio das palavras para a população em geral?
Mas esse modelo de sociedade pode ser representado por um índice nacional?
Você deve entender que a necessidade de se ter um indicador nacional provocou a criação do IDEB pelo MEC com o objetivo de estabelecer as metas e estratégias políticas para o Brasil alcançar o padrão educacional das nações mais desenvolvidas através do aperfeiçoamento da educação oferecida a seu povo.
O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, constantes no Censo Escolar e médias de desempenho no Saeb e na Prova Brasil.
O IDEB é mais que um indicador estatístico. Ele nasceu como condutor de política pública pela melhoria da qualidade da educação, tanto no âmbito nacional, como nos estados, municípios e escolas. Sua composição possibilita não apenas o diagnóstico atualizado da situação educacional em todas essas esferas, mas também a projeção de metas individuais intermediárias rumo ao incremento da qualidade do ensino.
 Como o Ideb é calculado
Caro aluno, você pode achar que é complicado calcular o índice, mas nesse momento o importante é saber o que ele representa como medida de comparação. Existe uma fórmula, mas não temos a pretensão de ensinar a calcular o Ideb. Caso tenha interesse e curiosidade em aprender, acesse o site do Inep e lá vai encontrar a fórmula e as explicações de como proceder. (www.inep.gov.br)
Como preparar nossos jovens para ao assumir o comando do país, seja como político, empresário ou profissional liberal, se preocupe com uma economia mais humana, pautada na participação da população pobre e na solidariedade entre os povos?
Edgar Morin quando responde sobre como diminuir a pobreza no mundo ele ressalta a importância da participação. A sua resposta contém uma missão para todas as escolas, do Brasil ou do mundo:
“Com um modelo de educação que ensine as crianças a viver, a ter mais compreensão dos outros, entender o significado do valor do conhecimento para enfrentar as questões que se impõem. As crianças e os jovens precisam pensar o que significa ser humano no contexto de sua época para que fiquem aptos a pensar soluções para os desafios que virão. Esses ensinamentos ajudam a constituir o valor da solidariedade e, hoje, para combater a pobreza, é preciso ser solidário. Falo de solidariedade entre pessoas e, sobretudo, entre países.”(Morin, 2012 )
Você concorda com Morin sobre a importância da educação para construirmos uma sociedade mais solidária e humana?
Após a publicação nos jornais dos conceitos recebidos no ENADE escalonando os melhores e os piores cursos com o nome da instituição, ocorre um movimento de busca da superação da avaliação negativa, no sentido de providenciar os recursos necessários para a compra de equipamentos e livros, assinatura de periódicos, reforma em prédios etc., o que é muito positivo para a aprendizagem do aluno. 
Todas as universidades querem obter os melhores conceitos.
Cabe esclarecer que há vários anos o MEC e seus organismos de fomento incentivam a formação continuada, estabelecendo metas de desempenho e escolaridade para o corpo docente das universidades. O que favorece um ensino de qualidade. Mesmo com esse panorama de incentivo a um aperfeiçoamento dos professores universitários existe uma disputa no campo acadêmico e as universidades brigam entre si por um lugar ao sol.  
Através do Conselho Nacional de Educação - CNE - normatizam as graduações e estabelecem as diretrizes curriculares para todas elas. Estabelecem as competências e as habilidades que devem ser desenvolvidas com os alunos ao longo dos diferentes cursos. Dessa forma, as instituições não podem alterar os seus currículos sem submeterem a uma avaliação da própria Secretaria de Educação Superior do MEC.
Eles, sem dúvida, possuem um grande conhecimento sobre o curso que estarão analisando. Porém o MEC não se dá conta de que, em um país tão extenso, com regiões de difícil acesso, com as disparidades existentes entre as Regiões Norte/Nordeste e as Regiões Sul/Sudeste. Não há como comparar, sem considerar as especificidades de cada uma. No entanto, os formulários usados por eles são iguais. Os critérios são os mesmos para todo o Brasil.
Pode ser de estranhamento ao encontrarem uma instituição de ensino superior que apresenta um bom ensino e não tem atividades de extensão ou de pesquisa, mas por estar interiorizada em um município carente, exerce uma função democrática de oferecer uma oportunidade a quem nunca teve nenhuma.
Concluindo essa aula, basta dizer que a avaliação externa realizada pelo MEC, através dos examesnacionais na Educação Básica e Superior, contribui para a identificação dos pontos positivos e negativos existentes nos sistemas de ensino e permitem a reformulação e o aperfeiçoamento dos currículos, de metas e objetivos mediante o estabelecimento de políticas públicas, que solucionem ou diminuam os efeitos negativos, ainda presentes na sociedade contemporânea, de um capitalismo centrado no ganho financeiro.

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