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REFORMA TRABALHISTA - MATERIAL

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DIREITO MATERIAL
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
SUMÁRIO
GRUPO ECONÔMICO – CARACTERIZAÇÃO (ART. 2 § 2º E § 3º)............................... 04
SÚMULAS: IMPOSSIBILIDADE DE RESTRINGIR DIREITOS E CRIAR 
OBRIGAÇÕES NÃO PREVISTAS EM LEI (ART. 8 º § 2º) .............................................. 04
EXAME DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO E ACORDOS 
COLETIVOS DE TRABALHO POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO 
TRABALHISTA – PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O 
LEGISLADO (ART. 8, § 3º) – REFLEXO (ART. 611-A) .................................................... 04
SÓCIO RETIRANTE (ART. 10-A) ........................................................................................ 04
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: PROCESSO DE EXECUÇÃO (ART. 11-A) ........ 05
REGISTRO PROFISSIONAL DOS EMPREGADOS: INFRAÇÕES 
ADMINISTRATIVAS – VALORES E CRITÉRIOS DE 
CORREÇÃO (ART. 47 E ART. 47-A) ................................................................................... 05
HORAS “IN ITINERE” (ART. 58) ........................................................................................ 05
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL (ART. 58-A) .................................... 06
BANCO DE HORAS: ANUAL, SEMESTRAL E MENSAL (ART. 59, § 2º, § 5º) ............ 06
JORNADA DE TRABALHO 12X36 (ART. 59-A) ............................................................... 06
NÃO ATENDIMENTO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA A COMPENSAÇÃO 
DE JORNADA: CRITÉRIOS (ART. 59-B) .......................................................................... 06
INTERVALO INTRAJORNADA (ART. 71, § 4º) ............................................................... 07
TELETRABALHO (ART 75-A) ............................................................................................. 07
FÉRIAS: FRACIONAMENTO (ART. 134) .......................................................................... 07
DANO EXTRAPATRIMONIAL (ART. 223-A) .................................................................... 07
GESTANTE: POSSIBILIDADE DE TRABALHO EM AMBIENTE 
INSALUBRE (ART. 394-A) ................................................................................................... 08
CONTRATAÇÃO DO AUTÔNOMO (ART. 442-B) ............................................................ 08
TRABALHO INTERMITENTE – CONCEITO (ART. 443) E 
CONDIÇÕES (ART. 452-A, § § 1º A 9º) ................................................................................ 08
SUCESSÃO DE EMPREGADORES: RESPONSABILIDADE (ART. 448-A) ................ 09
PADRÃO DE VESTIMENTA – TEMPO DE TROCA – LAVAGEM - 
LOGOMARCAS (ART. 456-A) ............................................................................................... 09
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
AUSÊNCIA DE NATUREZA SALARIAL: PRÊMIOS, ABONOS, 
GRATIFICAÇÕES, CONCESSÕES ESPONTÂNEAS, 
UTILIDADES, AUXÍLIOS (ART. 457, § 2º) ........................................................................ 09
EQUIPARAÇÃO SALARIAL (ART. 461) ........................................................................... 10
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – PRAZO PARA PAGAMENTO 
DA RESCISÃO E ENTREGA DE DOCUMENTOS (ART. 477) ...................................... 10
DISPENSAS INDIVIDUAIS, PLÚRIMAS OU COLETIVAS (ART. 477-A) .................. 10
PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA E A QUITAÇÃO PLENA E 
IRREVOGÁVEL DO CONTRATO (477-B) ......................................................................... 11
JUSTA CAUSA DO EMPREGADO: NOVO MOTIVO (ART. 482, “M”) ......................... 11
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – 
MÚTUO ACORDO (ART. 484-A) .......................................................................................... 11
ARBITRAGEM NO DIREITO DO TRABALHO: 
POSSIBILIDADE (ART. 507-A) ........................................................................................... 12
QUITAÇÃO ANUAL DO CONTRATO DE 
TRABALHO (ART. 507-B) ..................................................................................................... 12
REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS NA EMPRESA: QUANTIDADE 
DE TRABALHADORES (ART. 510-A) ................................................................................ 12
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL FACULTATIVA – EMPREGADOS E 
EMPREGADORES (ART. 578) ............................................................................................. 12
PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO (ART. 611-A 
CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO TÊM 
PREVALÊNCIA SOBRE A LEI - MATÉRIAS QUE PODERÃO SER 
OBJETO DE NEGOCIAÇÃO – DESDOBRAMENTO DO ART. 8, § 3º) ....................... 13
TRABALHO TEMPORÁRIO 
(ARTS. 4-A, 4-C, 5-A, 5-C, 5-D INCLUÍDOS PELA LEI 13.647/17) ................................ 13
TERCEIRIZAÇÃO (ART. 4-A DA LEI 6.019/1974 – 
REDAÇÃO DADA PELA LEI 13.467/2017) ........................................................................ 14
EXAME DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO 
POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO TRABALHISTA – PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O 
LEGISLADO - REFLEXO (ART. 611-A)
SÚMULAS: IMPOSSIBILIDADE DE RESTRINGIR DIREITOS E CRIAR OBRIGAÇÕES NÃO PREVIS-
TAS EM LEI
SÓCIO RETIRANTE
GRUPO ECONÔMICO – CARACTERIZAÇÃO 
Regra Anterior 
O Poder Judiciário poderia anular cláusulas coleti-
vas ou até mesmo o instrumento coletivo de forma 
integral mediante juízo de valor a respeito do que se 
era convencionado em convenções e acordos cole-
tivos de trabalho, por entender que estas cláusulas 
não compensavam direitos concedidos ou retirados. 
Regra Anterior 
Não havia previsão expressa para limitar a atuação 
dos tribunais do trabalho quanto a edição de súmu-
las que restringissem direitos ou criassem obriga-
ções não previstas em lei.
Regra Anterior 
Não havia qualquer previsão legal quanto a respon-
sabilidade específica do sócio retirante.
Regra anterior 
O texto anterior apenas se referia ao grupo econô-
mico vertical para caracterizar o grupo econômico, 
havendo a necessidade de uma empresa líder, con-
troladora, que comandasse as outras empresas do 
grupo. 
Nova Regra
No exame da Convenção Coletiva de trabalho, a 
Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a 
conformidade dos elementos essenciais ao negócio 
jurídico, observando o art. 104 da Lei 10.406, de 10 
de janeiro de 2002, ou seja, apenas verificará se o 
instrumento coletivo é estabelecido por agente ca-
paz, se possui objeto lícito, possível ou determinado 
e se possui forma prescrita ou não defesa em lei. 
Nova Regra
A lei expressamente estabelece a impossibilidade 
dos tribunais, por meio de súmulas, restringir direi-
tos e criar obrigações não previstas em lei. 
Nova Regra
Estabelece que o sócio retirante responderá sub-
sidiariamente pelas obrigações trabalhistas da so-
ciedade no período em que figurou como sócio, 
apenas em ações ajuizadas até 2 anos depois de 
averbada a modificação do contrato, e que ainda 
responderá solidariamente se ficar comprovada 
fraude na alteração societária em razão da modifi-
cação do contrato. 
Nova Regra
A nova redação preserva a hipótese do grupo eco-
nômico hierarquizado ou sob subordinação, no qual 
uma das empresas exerce o poder de dominação 
em relação aos demais, ou seja, quando as em-
presas envolvidas estão sob a direção, controle ou 
administração de outra. Dispõe ainda que a mera 
identidade dos sócios não caracteriza grupo econô-
mico, sendo necessária a demonstração do interes-
se integrado, a efetiva comunhão de interesses e 
a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
ART. 8 
 § 3º
ART. 8 
§ 2º
ART. 10-A
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QUADRO COMPARATIVO
4
ART. 2 
§ 2º E § 3º
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
5
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: PROCESSO DE EXECUÇÃO
REGISTRO PROFISSIONAL DOS EMPREGADOS: INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS – VALORES E 
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO
Regra anterior
Porentendimento jurisprudencial emanado pelo Tri-
bunal Superior do Trabalho a prescrição intercorren-
te não se aplicava ao processo do trabalho. 
Regra anterior
Na CLT havia previsão legal para a aplicação de 
sanções administrativas pela ausência do registro 
funcional valendo-se de moedas ou indexadores 
ultrapassados não prevendo a correção de tais va-
lores. 
Nova Regra
A prescrição intercorrente é aplicável no processo 
do trabalho. 
Nova Regra
A autuação ficou mais severa e prevê multas em re-
ais, além da aplicação de correção monetária para 
que os valores se mantenham atuais com o pas-
sar do tempo. Assim, o empregador que mantiver 
empregado não registrado ficará sujeito a multa no 
valor de R$3.000,00 (três mil reais) por empregado 
não registrado, acrescido de igual valor em caso de 
reincidência. Nos casos de microempresa ou em-
presa de pequeno porte, o valor final da multa apli-
cada será de R$800,00 (oitocentos reais) por em-
pregado não registrado. Não sendo informado sos 
dados a que se refere o parágrafo único do artigo 41 
(Além da qualificação civil ou profissional de cada 
trabalhador, deverão ser anotados todos os dados 
relativos à sua admissão no emprego, duração e 
efetividade do trabalho, férias, acidentes e demais 
circunstâncias que interessem à proteção do tra-
balhador), o empregador ficará sujeito à multa de 
R$600,00 (seiscentos reais) por empregado preju-
dicado. 
ART. 11-A
ART. 47
ART. 47-A
HORAS “IN ITINERE”
Regra Anterior 
O tempo despendido pelo empregado, em condu-
ção fornecida pelo empregador, até o local de traba-
lho de difícil acesso, ou não servido por transporte 
público regular, e para seu retorno é computável na 
jornada de trabalho.
Nova Regra
O tempo despendido pelo empregado desde a sua 
residência até a efetiva ocupação do posto de tra-
balho e para o seu retorno, não será computado na 
jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição 
do empregador. 
ART. 58
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
6
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL
Regra Anterior 
A jornada de trabalho tinha como padrão a duração 
de 25 horas semanais não sendo permitida a reali-
zação de horas extras. 
Nova Regra
A reforma amplia o conceito de parcial para a carga 
de 30 horas semanais, com a possibilidade da reali-
zação de horas extras. 
ART. 58-A
ART. 59 
§ 2º, § 5º
BANCO DE HORAS: ANUAL, SEMESTRAL E MENSAL 
Regra anterior 
A lei previa apenas a possibilidade de banco de ho-
ras anual, tendo para tanto a anuência do sindicato. 
Nova Regra
A previsão legal do banco de horas foi mantida, 
todavia haverá a possibilidade do banco de horas 
mensal ou semestral, pactuadas mediante os instru-
mentos coletivos ou acordo individual de trabalho. 
JORNADA DE TRABALHO 12X36
NÃO ATENDIMENTO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA A COMPENSAÇÃO DE JORNADA: 
CRITÉRIOS 
Regra Anterior 
A jornada 12x36 era apenas admitida quando pre-
vista em lei específica ou instrumento normativo de-
corrente de negociação coletiva. 
Regra Anterior 
Não havia regramento específico, a situação era 
apenas regulada pela jurisprudência.
Nova Regra
O artigo 59-A oficializa, de modo amplo, a jornada 
12x36, assim, resta facultada às partes mediante 
acordo individual escrito, convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho a estipulação desta jor-
nada de trabalho. 
Nova Regra
A lei expressamente prevê critérios para a conde-
nação das empresas que adotarem o regime de 
compensação sem cumprir com os deveres legais. 
No que tange aos critérios para a condenação das 
empresas cumpre observar que o não atendimen-
to das exigências legais para a compensação de 
jornada, inclusive quando estabelecida mediante 
acordo tácito, não implica a repetição do pagamen-
to das horas extras à jornada normal diária se não 
ultrapassada a duração máxima semanal, sendo 
devido apenas o respectivo adicional. Destaca-se 
que a prestação de horas extras habituais não des-
caracteriza o acordo de compensação de jornada e 
o banco de horas. 
ART. 59-A
ART. 59-B
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QUADRO COMPARATIVO
7
INTERVALO INTRAJORNADA 
TELETRABALHO
FÉRIAS: FRACIONAMENTO 
Regra anterior 
Não havia possibilidade de redução do tempo de 
intervalo dentro da jornada de trabalho. A não ob-
servância ou o não cumprimento integral do referido 
intervalo atribuía ao empregador o pagamento de 
horas extras do período cheio com reflexos nas de-
mais verbas trabalhistas.
Regra anterior
Não havia previsão legal para este tipo de trabalho. 
Regra anterior
Pela lei antiga as férias poderiam apenas ser fra-
cionadas em casos excepcionais em dois períodos, 
sendo que um dos quais não poderia ser inferior a 
10 dias. Contudo, aos menores de 18 anos e aos 
maiores de 50 anos o fracionamento era proibido 
expressamente. 
Nova Regra
Há possibilidade de redução do intervalo intrajor-
nada, sendo que sua concessão ou a concessão 
parcial implica, o pagamento de natureza indeniza-
tória e não mais salarial, apenas relativo ao período 
suprimido.
Nova Regra
A lei prevê a possibilidade do trabalho fora das 
dependências do empregador (trabalho em casa 
– home office), conceituando esta relação, estabe-
lecendo os requisitos para o cumprimento desse 
trabalho. 
Nova Regra
A nova lei oferece a possibilidade do fracionamento 
das férias. Dessa forma, a pedido do empregado, 
as férias poderão ser fracionadas em até 3 perío-
dos, sendo um deles não inferior a 14 dias, e caso o 
empregado opte pelo fracionamento das férias em 3 
períodos nenhum dos 2 períodos restantes poderá 
ser inferior a 5 dias corridos. 
ART. 75-A
ART. 134
ART. 71
§ 4
DANO EXTRAPATRIMONIAL
Regra anterior
Não haviam critérios legais quanto à fixação do va-
lor relativo a reparação moral.
Nova Regra
A reforma entendeu ser necessária a fixação de 
parâmetros para a aferição da indenização por da-
nos morais na Justiça do Trabalho. Desta forma, os 
parâmetros fixados pela nova lei constam no artigo 
223-G, devendo o juiz considerá-los para apreciar 
o pedido formulado em reclamação trabalhista. Em 
caso de procedência do pedido em eventual ação 
trabalhista, a indenização será fixada com a obser-
vação dos parâmetros contidos respectivamente 
nos § 1º, § 2º e § 3º deste artigo. 
ART. 223-A
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QUADRO COMPARATIVO
8
GESTANTE: POSSIBILIDADE DE TRABALHO EM AMBIENTE INSALUBRE
TRABALHO INTERMITENTE
CONTRATAÇÃO DO AUTÔNOMO
Regra anterior
O trabalho de mulher gestante ou lactante era ex-
pressamente proibido em ambientes insalubres. 
Regra anterior
Não havia prevista na legislação este tipo de con-
tratação. 
Regra anterior
Não havia previsão legal no tocante a contratação 
do autônomo.
Nova Regra
Agora o trabalho em ambiente insalubre, de grau 
mínimo ou médio, passa a ser permitido, compe-
tindo a mulher a apresentação de atestado médico 
que a impeça do cumprimento do respectivo tra-
balho, hipótese que somente ocorrerá, caso a em-
presa não tenha como remanejar essa empregada 
para outro ambiente de trabalho isento da condição 
de insalubridade. 
Nova Regra
A lei cria e estabelece esta nova forma de traba-
lho trazendo, inclusive, o conceito de contrato in-
termitente, o qual resta inserido no § 3º do artigo 
443 – Considera-se como intermitente o contrato 
de trabalho no qual a prestação de serviços, com 
subordinação, não é contínua, ocorrendo com alter-
nância de períodos de prestação de serviços e de 
inatividade, determinados em horas, dias ou meses, 
independentemente do tipo de atividade do empre-
gado e do empregador, exceto para os aeronautas, 
regidos por legislação própria. As condições para 
o estabelecimento deste tipo de contratação estão 
reguladas no artigo 452-A e seus parágrafos, entre 
as quais o contrato deve ser celebrado por escrito, 
devendo conter especificamenteo valor da hora de 
trabalho. 
Nova Regra
A contratação do autônomo passa a ser regulamen-
tada, porém afasta a qualidade de empregado pre-
vista no artigo 3º da CLT, ou seja, afasta a possibi-
lidade de reconhecimento do vínculo para este tipo 
de contratação. 
ART. 394-A
CONCEITO: 
ART. 443
CONDIÇÕES: 
ART. 452-A 
§ § 1º A 9º
ART. 442-B
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QUADRO COMPARATIVO
9
SUCESSÃO DE EMPREGADORES: RESPONSABILIDADE 
AUSÊNCIA DE NATUREZA SALARIAL: PRÊMIOS, ABONOS, GRATIFICAÇÕES, CONCESSÕES ES-
PONTÂNEAS, UTILIDADES, AUXÍLIOS 
PADRÃO DE VESTIMENTA – TEMPO DE TROCA – LAVAGEM - LOGOMARCAS 
Regra anterior
Não previa expressamente a responsabilidade do 
sucessor da empresa, não havendo critérios para a 
cobrança de dívidas da empresa, dos atuais sócios 
ou daqueles que dela se retiraram. 
Regra anterior
Tudo o que anteriormente era pago ao empregado 
incorporava-se ao seu salário não podendo ser su-
primido, acarretando o pagamento de impostos tan-
to por parte do empregado quanto da empregadora.
Regra anterior
A lei em nada falava a respeito da padronização da 
vestimenta dos empregados, nem da possibilidade 
de inserção de logomarcas da própria empresa ou 
de empresas parceiras. O tempo despendido com a 
troca de uniforme pelo empregado era considerado 
como hora extra. As empregadoras eram condena-
das a pagar pela lavagem dos uniformes de seus 
empregados.
Nova Regra
Reforça que a simples alienação da empresa ou 
simples trespasse do ponto comercial não são mo-
tivos suficientes para o rompimento do vínculo de 
emprego, razão pela qual configurada a sucessão, 
apenas a empresa sucessora responde pelos débi-
tos trabalhistas. 
Nova Regra
A partir de agora tais parcelas não têm mais nature-
za salarial, possibilitando ao empregador incentivar 
seu empregado pagando, por exemplo, bônus, prê-
mios, gratificações em nome da meritocracia. 
Nova Regra
Permite-se ao empregador padronizar a vestimenta 
de seus empregados, bem como inserir logomar-
cas próprias ou de empresas parceiras. A limpeza 
dos uniformes é de responsabilidade do emprega-
do, ressalvado a possibilidade de procedimentos e 
produtos específicos para a higienização. O tempo 
para a troca de uniforme é considerado como parte 
da jornada de trabalho. 
ART. 448-A
ART. 457
 § 2º
ART. 456-A
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
10
EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – PRAZO PARA PAGAMENTO DA RESCISÃO E ENTRE-
GA DE DOCUMENTOS 
DISPENSAS INDIVIDUAIS, PLÚRIMAS OU COLETIVAS 
Regra anterior
Os requisitos para o reconhecimento da equipara-
ção salarial estavam inseridos no texto legal, de for-
ma mais ampla e pouco meritória. 
Regra anterior
A estipulação de prazo para a entrega das guias 
era tema debatido pela jurisprudência no contexto 
do pagamento das verbas rescisórias, contudo, a lei 
estabelecia o prazo de 1 dia útil para o pagamento 
das verbas rescisórias, restrito aos casos de aviso 
prévio cumprido e o prazo de 10 dias para os casos 
de aviso prévio indenizado, término do contrato a 
prazo determinado, pedidos de demissão e demais 
situações. 
Regra anterior
A lei anterior não proibia a dispensa individual ou 
coletiva sem justa causa, contudo, a jurisprudência 
formada entendia que antes da dispensa em massa 
haveriam de ser tentados todos os meios necessá-
rios para a preservação dos empregos devendo as 
demissões então serem precedidas de negociações 
em conjunto com o sindicato da categoria. 
Nova Regra
O legislador tratou de fazer alguns ajustes no teor 
do comando legal existente com a finalidade de res-
tringir a concessão da diferença salarial oriunda da 
equiparação salarial perante a Justiça do Trabalho, 
estabelecendo requisitos objetivos (a todo trabalho 
de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no 
mesmo estabelecimento empresarial, corresponde-
rá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacio-
nalidade ou idade) para o conceito de equiparação 
salarial. O § 2º desse artigo esclarece que traba-
lho de igual valor será aquele feito com igual pro-
dutividade e com a mesma perfeição técnica, entre 
pessoas, cuja diferença de tempo de serviço para o 
mesmo empregador não seja superior a 4 anos e a 
diferença de tempo na função não seja superior a 
2 anos.
Nova Regra
A nova lei unifica o prazo para a entrega de docu-
mentos e o prazo para o pagamento das verbas 
rescisórias, independentemente da forma como o 
contrato de trabalho termine, observando o prazo 
de 10 dias contados a partir do término do contrato 
de trabalho. 
Nova Regra
Agora as dispensas imotivadas individuais, plúrimas 
ou coletivas estão equiparadas para todos os fins 
não havendo mais a necessidade de autorização 
prévia da entidade sindical ou mesmo da negocia-
ção coletiva. 
ART. 461
ART. 477
ART. 477-A
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
11
 PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA E A QUITAÇÃO PLENA E IRREVOGÁVEL DO CONTRATO 
JUSTA CAUSA DO EMPREGADO: NOVO MOTIVO 
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – MÚTUO ACORDO 
Regra anterior
A legislação anterior não previa nada com relação 
ao plano de demissão voluntária. 
Regra anterior
Não era previsto na lei anterior a perda de habili-
tação ou requisitos específicos para o exercício da 
profissão. 
Regra anterior
A legislação não permitia o término do contrato de 
trabalho por acordo entre as partes, assim se o em-
pregado pedisse para ser demitido a empresa lhe 
pagaria as verbas rescisórias em sua integralidade, 
do contrário se o empregado pedisse o seu desli-
gamento perdia bastante financeiramente já que a 
multa dos 40% do fundo de garantia não lhe seria 
paga. 
Nova Regra
A nova lei estabelece que o plano de demissão vo-
luntária ou incentivada, gera a quitação plena e irre-
vogável dos direitos relativos a relação de emprego, 
ressalvando disposição em contrário estabelecida 
entre as partes. 
Nova Regra
A partir de agora a dispensa por justa causa do em-
pregado poderá advir da perda de habilitação ou 
requisitos específicos para o exercício da profissão, 
desde que haja conduta dolosa do profissional. 
Nova Regra
O legislador oficializa prática encontrada no mer-
cado de trabalho de rescisão por comum acordo. 
Assim, o contrato de trabalho poderá ser extinto 
por acordo entre empregado e empregador, com a 
observância das condições impostas na letra da lei 
relativas ao pagamento e os benefícios que o traba-
lhador terá direito nessa hipótese. O inciso I desse 
artigo dispõe que serão pagas por metade: a) o avi-
so prévio, se indenizado e b) a indenização sobre o 
saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. 
Já o inciso II, dispõe que serão devidas na integra-
lidade as demais verbas trabalhistas. Importante 
destacar que de acordo com o § 2º desse artigo, a 
extinção do contrato de trabalho em razão do mútuo 
acordo, não autoriza o ingresso do empregado no 
Programa de Seguro-Desemprego. 
ART. 477-B
ART. 482, “M”
ART. 484 - A
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
12
QUITAÇÃO ANUAL DO CONTRATO DE TRABALHO 
REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS NA EMPRESA: QUANTIDADE DE TRABALHADORES
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL FACULTATIVA – EMPREGADOS E EMPREGADORES 
ARBITRAGEM NO DIREITO DO TRABALHO: POSSIBILIDADE 
Regra anterior
A quitação anual do contrato de trabalho não era 
prevista na lei anterior.
Regra anterior
A Constituição Federal já previa a representação 
dos empregados em empresa que possuísse mais 
de 200 empregados, porém faltava regulamentação 
para o efetivo exercício do direito. 
Regra anterior
A contribuição sindical, também conhecida como 
imposto sindical, anteriormente era prevista em lei, 
tinha cunho impositivo e coercitivo, tanto assim, que 
sempre no mês de março de cada ano o trabalhador 
tinha um dia de trabalho descontado, querendo ou 
não em favor do sindicatoda categoria. Os empre-
gadores pagavam percentual do faturamento tam-
bém de modo coercitivo. 
Regra anterior
De acordo com a norma anterior não era possível a 
arbitragem diante das relações individuais no Direi-
to do Trabalho.
Nova Regra
A nova lei estabelece de modo facultativo aos em-
pregados e empregadores, na vigência ou não do 
contrato de trabalho, firmar termo de quitação anual 
de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos 
empregados da categoria. 
Nova Regra
Com a nova lei houve a regulamentação da matéria, 
dispondo inclusive, as condições para a ocorrência 
da representação. Desta forma, nas empresas com 
mais de 200 empregados é assegurada a eleição 
de uma comissão para representá-los, com o ob-
jetivo de promover-lhes o entendimento direto com 
os empregadores. O § 1º desse artigo determina a 
composição da comissão. 
Nova Regra
A contribuição sindical agora se torna facultativa 
tanto para empregados como para empregadores.
Nova Regra
Nos contratos individuais de trabalho cuja remune-
ração seja superior a duas vezes o teto da Previ-
dência Social poderá ser pactuada cláusula com-
promissória de arbitragem. 
ART. 507-B
ART. 510-A
ART. 578
ART. 507-A
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
13
PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO (ART. 611-A CONVENÇÃO E ACORDO 
COLETIVO DE TRABALHO TÊM PREVALÊNCIA SOBRE A LEI - MATÉRIAS QUE PODERÃO SER 
OBJETO DE NEGOCIAÇÃO – DESDOBRAMENTO DO ART. 8, § 3º)
Regra anterior
A Constituição Federal já previa a possibilidade do 
Poder Judiciário poder observar convenções e acor-
dos coletivos de trabalho, podendo este, por crité-
rios absolutamente subjetivos anular cláusulas ou 
instrumentos normativos inteiros.
Nova Regra
A nova lei determina quais são as matérias que po-
dem ou não serem objetos de negociação coletiva 
delimitando a intervenção do Poder Judiciário, que 
agora não poderá discutir o mérito das cláusulas 
contidas nos instrumentos normativos devendo a 
análise ser restrita aos elementos essenciais ao ne-
gócio jurídico, observando o art. 104 da Lei 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002, ou seja, apenas verificará 
se o instrumento coletivo é estabelecido por agente 
capaz, se possui objeto lícito, possível ou determi-
nado e se possui forma prescrita ou não defesa em 
lei.
ART. 611-A 
DESDOBRAMEN-
TO 
ART. 8, § 3º 
TRABALHO TEMPORÁRIO 
Regra anterior
Esta modalidade de contratação é definida pela Lei 
6.019/74, a qual define trabalho temporário como 
todo aquele prestado por pessoa física contrata-
da por uma empresa de trabalho temporário que a 
coloca à disposição de uma empresa tomadora de 
serviços, para atender à necessidade de substitui-
ção transitória de pessoal permanente ou à deman-
da complementar de serviços. 
Nova Regra
A nova lei assegura aos empregados da empresa 
prestadora de serviços, quando e enquanto os servi-
ços, que podem ser de qualquer uma das atividades 
da contratante, forem executados nas dependên-
cias da tomadora, as mesmas condições, relativas 
a: a alimentação garantida aos empregados da con-
tratante, quando oferecida em refeitórios; direito de 
utilizar os serviços de transporte; atendimento mé-
dico ou ambulatorial existente nas dependências da 
contratante ou local por ela designado; treinamento 
adequado, fornecido pela contratada, quando a ati-
vidade o exigir; medidas de proteção à saúde e de 
segurança no trabalho e de instalações adequadas 
à prestação do serviço. Além disso, o contratante e 
contratada poderão estabelecer, que os emprega-
dos da contratada farão jus a salário equivalente ao 
pago aos empregados da contratante. A contratante 
é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato 
com empresa de prestação de serviços relaciona-
dos a quaisquer de suas atividades, inclusive sua 
atividade principal. Não poderá figurar como con-
tratada, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios 
tenham, nos últimos dezoito meses, prestado ser-
viços à contratante na qualidade de empregado ou 
trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se 
os referidos titulares ou sócios forem aposentados. 
O empregado que for demitido não poderá prestar 
serviços para esta mesma empresa na qualidade 
de empregado de empresa prestadora de serviços 
antes do decurso de prazo de dezoito meses, conta-
dos a partir da demissão do empregado.
ARTS. 4-A, 
4-C, 5-A, 5-C, 5-D 
INCLUÍDOS 
PELA 
LEI
 13.647/17
DIREITO MATERIAL
QUADRO COMPARATIVO
14
TERCEIRIZAÇÃO
Regra anterior
Admitida somente para as atividades “meio”, e não 
para as atividades “fim” das empresas. 
Nova Regra
A legislação atual admite a terceirização para qual-
quer atividade da empresa, independentemente de 
ser “meio” ou “fim”. O artigo 4 –A da Lei 6.019/1974, 
com a redação dada pela Lei 13.467/2017 traz um 
conceito muito mais amplo sobre terceirização, ao 
assim conceitua-la como: “Considera-se prestação 
de serviços a terceiros a transferência feita pela 
contratante da execução de quaisquer de suas ati-
vidades, inclusive sua atividade principal, à pessoa 
jurídica de direito privado prestadora de serviços 
que possua capacidade econômica compatível com 
a sua execução.
ART. 4-A DA 
LEI 6.019/1974 
REDAÇÃO 
DADA PELA 
LEI 13.467/2017
Quadro Comparativo - Reforma Trabalhista
Direito Material
Escola Superior de Advocacia
São Paulo OAB/SP - 2018
Presidente OAB SP
Dr. Marcos da Costa
Diretora ESA OAB SP
Dra. Ivette Senise Ferreira
Coordenadora Geral ESA SP 
Dra. Mônica Senatore
Pesquisa e Texto
Dra. Aline Torres
Diagramação
Felipe Lima
Revisão
Ingrid Brito Oliveira
 
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