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DIREITO MATERIAL DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO SUMÁRIO GRUPO ECONÔMICO – CARACTERIZAÇÃO (ART. 2 § 2º E § 3º)............................... 04 SÚMULAS: IMPOSSIBILIDADE DE RESTRINGIR DIREITOS E CRIAR OBRIGAÇÕES NÃO PREVISTAS EM LEI (ART. 8 º § 2º) .............................................. 04 EXAME DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO TRABALHISTA – PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO (ART. 8, § 3º) – REFLEXO (ART. 611-A) .................................................... 04 SÓCIO RETIRANTE (ART. 10-A) ........................................................................................ 04 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: PROCESSO DE EXECUÇÃO (ART. 11-A) ........ 05 REGISTRO PROFISSIONAL DOS EMPREGADOS: INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS – VALORES E CRITÉRIOS DE CORREÇÃO (ART. 47 E ART. 47-A) ................................................................................... 05 HORAS “IN ITINERE” (ART. 58) ........................................................................................ 05 TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL (ART. 58-A) .................................... 06 BANCO DE HORAS: ANUAL, SEMESTRAL E MENSAL (ART. 59, § 2º, § 5º) ............ 06 JORNADA DE TRABALHO 12X36 (ART. 59-A) ............................................................... 06 NÃO ATENDIMENTO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA A COMPENSAÇÃO DE JORNADA: CRITÉRIOS (ART. 59-B) .......................................................................... 06 INTERVALO INTRAJORNADA (ART. 71, § 4º) ............................................................... 07 TELETRABALHO (ART 75-A) ............................................................................................. 07 FÉRIAS: FRACIONAMENTO (ART. 134) .......................................................................... 07 DANO EXTRAPATRIMONIAL (ART. 223-A) .................................................................... 07 GESTANTE: POSSIBILIDADE DE TRABALHO EM AMBIENTE INSALUBRE (ART. 394-A) ................................................................................................... 08 CONTRATAÇÃO DO AUTÔNOMO (ART. 442-B) ............................................................ 08 TRABALHO INTERMITENTE – CONCEITO (ART. 443) E CONDIÇÕES (ART. 452-A, § § 1º A 9º) ................................................................................ 08 SUCESSÃO DE EMPREGADORES: RESPONSABILIDADE (ART. 448-A) ................ 09 PADRÃO DE VESTIMENTA – TEMPO DE TROCA – LAVAGEM - LOGOMARCAS (ART. 456-A) ............................................................................................... 09 DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO AUSÊNCIA DE NATUREZA SALARIAL: PRÊMIOS, ABONOS, GRATIFICAÇÕES, CONCESSÕES ESPONTÂNEAS, UTILIDADES, AUXÍLIOS (ART. 457, § 2º) ........................................................................ 09 EQUIPARAÇÃO SALARIAL (ART. 461) ........................................................................... 10 EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – PRAZO PARA PAGAMENTO DA RESCISÃO E ENTREGA DE DOCUMENTOS (ART. 477) ...................................... 10 DISPENSAS INDIVIDUAIS, PLÚRIMAS OU COLETIVAS (ART. 477-A) .................. 10 PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA E A QUITAÇÃO PLENA E IRREVOGÁVEL DO CONTRATO (477-B) ......................................................................... 11 JUSTA CAUSA DO EMPREGADO: NOVO MOTIVO (ART. 482, “M”) ......................... 11 EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – MÚTUO ACORDO (ART. 484-A) .......................................................................................... 11 ARBITRAGEM NO DIREITO DO TRABALHO: POSSIBILIDADE (ART. 507-A) ........................................................................................... 12 QUITAÇÃO ANUAL DO CONTRATO DE TRABALHO (ART. 507-B) ..................................................................................................... 12 REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS NA EMPRESA: QUANTIDADE DE TRABALHADORES (ART. 510-A) ................................................................................ 12 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL FACULTATIVA – EMPREGADOS E EMPREGADORES (ART. 578) ............................................................................................. 12 PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO (ART. 611-A CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO TÊM PREVALÊNCIA SOBRE A LEI - MATÉRIAS QUE PODERÃO SER OBJETO DE NEGOCIAÇÃO – DESDOBRAMENTO DO ART. 8, § 3º) ....................... 13 TRABALHO TEMPORÁRIO (ARTS. 4-A, 4-C, 5-A, 5-C, 5-D INCLUÍDOS PELA LEI 13.647/17) ................................ 13 TERCEIRIZAÇÃO (ART. 4-A DA LEI 6.019/1974 – REDAÇÃO DADA PELA LEI 13.467/2017) ........................................................................ 14 EXAME DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO TRABALHISTA – PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO - REFLEXO (ART. 611-A) SÚMULAS: IMPOSSIBILIDADE DE RESTRINGIR DIREITOS E CRIAR OBRIGAÇÕES NÃO PREVIS- TAS EM LEI SÓCIO RETIRANTE GRUPO ECONÔMICO – CARACTERIZAÇÃO Regra Anterior O Poder Judiciário poderia anular cláusulas coleti- vas ou até mesmo o instrumento coletivo de forma integral mediante juízo de valor a respeito do que se era convencionado em convenções e acordos cole- tivos de trabalho, por entender que estas cláusulas não compensavam direitos concedidos ou retirados. Regra Anterior Não havia previsão expressa para limitar a atuação dos tribunais do trabalho quanto a edição de súmu- las que restringissem direitos ou criassem obriga- ções não previstas em lei. Regra Anterior Não havia qualquer previsão legal quanto a respon- sabilidade específica do sócio retirante. Regra anterior O texto anterior apenas se referia ao grupo econô- mico vertical para caracterizar o grupo econômico, havendo a necessidade de uma empresa líder, con- troladora, que comandasse as outras empresas do grupo. Nova Regra No exame da Convenção Coletiva de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais ao negócio jurídico, observando o art. 104 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, ou seja, apenas verificará se o instrumento coletivo é estabelecido por agente ca- paz, se possui objeto lícito, possível ou determinado e se possui forma prescrita ou não defesa em lei. Nova Regra A lei expressamente estabelece a impossibilidade dos tribunais, por meio de súmulas, restringir direi- tos e criar obrigações não previstas em lei. Nova Regra Estabelece que o sócio retirante responderá sub- sidiariamente pelas obrigações trabalhistas da so- ciedade no período em que figurou como sócio, apenas em ações ajuizadas até 2 anos depois de averbada a modificação do contrato, e que ainda responderá solidariamente se ficar comprovada fraude na alteração societária em razão da modifi- cação do contrato. Nova Regra A nova redação preserva a hipótese do grupo eco- nômico hierarquizado ou sob subordinação, no qual uma das empresas exerce o poder de dominação em relação aos demais, ou seja, quando as em- presas envolvidas estão sob a direção, controle ou administração de outra. Dispõe ainda que a mera identidade dos sócios não caracteriza grupo econô- mico, sendo necessária a demonstração do interes- se integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. ART. 8 § 3º ART. 8 § 2º ART. 10-A DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 4 ART. 2 § 2º E § 3º DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 5 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: PROCESSO DE EXECUÇÃO REGISTRO PROFISSIONAL DOS EMPREGADOS: INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS – VALORES E CRITÉRIOS DE CORREÇÃO Regra anterior Porentendimento jurisprudencial emanado pelo Tri- bunal Superior do Trabalho a prescrição intercorren- te não se aplicava ao processo do trabalho. Regra anterior Na CLT havia previsão legal para a aplicação de sanções administrativas pela ausência do registro funcional valendo-se de moedas ou indexadores ultrapassados não prevendo a correção de tais va- lores. Nova Regra A prescrição intercorrente é aplicável no processo do trabalho. Nova Regra A autuação ficou mais severa e prevê multas em re- ais, além da aplicação de correção monetária para que os valores se mantenham atuais com o pas- sar do tempo. Assim, o empregador que mantiver empregado não registrado ficará sujeito a multa no valor de R$3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em caso de reincidência. Nos casos de microempresa ou em- presa de pequeno porte, o valor final da multa apli- cada será de R$800,00 (oitocentos reais) por em- pregado não registrado. Não sendo informado sos dados a que se refere o parágrafo único do artigo 41 (Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do tra- balhador), o empregador ficará sujeito à multa de R$600,00 (seiscentos reais) por empregado preju- dicado. ART. 11-A ART. 47 ART. 47-A HORAS “IN ITINERE” Regra Anterior O tempo despendido pelo empregado, em condu- ção fornecida pelo empregador, até o local de traba- lho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para seu retorno é computável na jornada de trabalho. Nova Regra O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de tra- balho e para o seu retorno, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. ART. 58 DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 6 TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL Regra Anterior A jornada de trabalho tinha como padrão a duração de 25 horas semanais não sendo permitida a reali- zação de horas extras. Nova Regra A reforma amplia o conceito de parcial para a carga de 30 horas semanais, com a possibilidade da reali- zação de horas extras. ART. 58-A ART. 59 § 2º, § 5º BANCO DE HORAS: ANUAL, SEMESTRAL E MENSAL Regra anterior A lei previa apenas a possibilidade de banco de ho- ras anual, tendo para tanto a anuência do sindicato. Nova Regra A previsão legal do banco de horas foi mantida, todavia haverá a possibilidade do banco de horas mensal ou semestral, pactuadas mediante os instru- mentos coletivos ou acordo individual de trabalho. JORNADA DE TRABALHO 12X36 NÃO ATENDIMENTO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA A COMPENSAÇÃO DE JORNADA: CRITÉRIOS Regra Anterior A jornada 12x36 era apenas admitida quando pre- vista em lei específica ou instrumento normativo de- corrente de negociação coletiva. Regra Anterior Não havia regramento específico, a situação era apenas regulada pela jurisprudência. Nova Regra O artigo 59-A oficializa, de modo amplo, a jornada 12x36, assim, resta facultada às partes mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho a estipulação desta jor- nada de trabalho. Nova Regra A lei expressamente prevê critérios para a conde- nação das empresas que adotarem o regime de compensação sem cumprir com os deveres legais. No que tange aos critérios para a condenação das empresas cumpre observar que o não atendimen- to das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamen- to das horas extras à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Destaca-se que a prestação de horas extras habituais não des- caracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. ART. 59-A ART. 59-B DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 7 INTERVALO INTRAJORNADA TELETRABALHO FÉRIAS: FRACIONAMENTO Regra anterior Não havia possibilidade de redução do tempo de intervalo dentro da jornada de trabalho. A não ob- servância ou o não cumprimento integral do referido intervalo atribuía ao empregador o pagamento de horas extras do período cheio com reflexos nas de- mais verbas trabalhistas. Regra anterior Não havia previsão legal para este tipo de trabalho. Regra anterior Pela lei antiga as férias poderiam apenas ser fra- cionadas em casos excepcionais em dois períodos, sendo que um dos quais não poderia ser inferior a 10 dias. Contudo, aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos o fracionamento era proibido expressamente. Nova Regra Há possibilidade de redução do intervalo intrajor- nada, sendo que sua concessão ou a concessão parcial implica, o pagamento de natureza indeniza- tória e não mais salarial, apenas relativo ao período suprimido. Nova Regra A lei prevê a possibilidade do trabalho fora das dependências do empregador (trabalho em casa – home office), conceituando esta relação, estabe- lecendo os requisitos para o cumprimento desse trabalho. Nova Regra A nova lei oferece a possibilidade do fracionamento das férias. Dessa forma, a pedido do empregado, as férias poderão ser fracionadas em até 3 perío- dos, sendo um deles não inferior a 14 dias, e caso o empregado opte pelo fracionamento das férias em 3 períodos nenhum dos 2 períodos restantes poderá ser inferior a 5 dias corridos. ART. 75-A ART. 134 ART. 71 § 4 DANO EXTRAPATRIMONIAL Regra anterior Não haviam critérios legais quanto à fixação do va- lor relativo a reparação moral. Nova Regra A reforma entendeu ser necessária a fixação de parâmetros para a aferição da indenização por da- nos morais na Justiça do Trabalho. Desta forma, os parâmetros fixados pela nova lei constam no artigo 223-G, devendo o juiz considerá-los para apreciar o pedido formulado em reclamação trabalhista. Em caso de procedência do pedido em eventual ação trabalhista, a indenização será fixada com a obser- vação dos parâmetros contidos respectivamente nos § 1º, § 2º e § 3º deste artigo. ART. 223-A DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 8 GESTANTE: POSSIBILIDADE DE TRABALHO EM AMBIENTE INSALUBRE TRABALHO INTERMITENTE CONTRATAÇÃO DO AUTÔNOMO Regra anterior O trabalho de mulher gestante ou lactante era ex- pressamente proibido em ambientes insalubres. Regra anterior Não havia prevista na legislação este tipo de con- tratação. Regra anterior Não havia previsão legal no tocante a contratação do autônomo. Nova Regra Agora o trabalho em ambiente insalubre, de grau mínimo ou médio, passa a ser permitido, compe- tindo a mulher a apresentação de atestado médico que a impeça do cumprimento do respectivo tra- balho, hipótese que somente ocorrerá, caso a em- presa não tenha como remanejar essa empregada para outro ambiente de trabalho isento da condição de insalubridade. Nova Regra A lei cria e estabelece esta nova forma de traba- lho trazendo, inclusive, o conceito de contrato in- termitente, o qual resta inserido no § 3º do artigo 443 – Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alter- nância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empre- gado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. As condições para o estabelecimento deste tipo de contratação estão reguladas no artigo 452-A e seus parágrafos, entre as quais o contrato deve ser celebrado por escrito, devendo conter especificamenteo valor da hora de trabalho. Nova Regra A contratação do autônomo passa a ser regulamen- tada, porém afasta a qualidade de empregado pre- vista no artigo 3º da CLT, ou seja, afasta a possibi- lidade de reconhecimento do vínculo para este tipo de contratação. ART. 394-A CONCEITO: ART. 443 CONDIÇÕES: ART. 452-A § § 1º A 9º ART. 442-B DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 9 SUCESSÃO DE EMPREGADORES: RESPONSABILIDADE AUSÊNCIA DE NATUREZA SALARIAL: PRÊMIOS, ABONOS, GRATIFICAÇÕES, CONCESSÕES ES- PONTÂNEAS, UTILIDADES, AUXÍLIOS PADRÃO DE VESTIMENTA – TEMPO DE TROCA – LAVAGEM - LOGOMARCAS Regra anterior Não previa expressamente a responsabilidade do sucessor da empresa, não havendo critérios para a cobrança de dívidas da empresa, dos atuais sócios ou daqueles que dela se retiraram. Regra anterior Tudo o que anteriormente era pago ao empregado incorporava-se ao seu salário não podendo ser su- primido, acarretando o pagamento de impostos tan- to por parte do empregado quanto da empregadora. Regra anterior A lei em nada falava a respeito da padronização da vestimenta dos empregados, nem da possibilidade de inserção de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras. O tempo despendido com a troca de uniforme pelo empregado era considerado como hora extra. As empregadoras eram condena- das a pagar pela lavagem dos uniformes de seus empregados. Nova Regra Reforça que a simples alienação da empresa ou simples trespasse do ponto comercial não são mo- tivos suficientes para o rompimento do vínculo de emprego, razão pela qual configurada a sucessão, apenas a empresa sucessora responde pelos débi- tos trabalhistas. Nova Regra A partir de agora tais parcelas não têm mais nature- za salarial, possibilitando ao empregador incentivar seu empregado pagando, por exemplo, bônus, prê- mios, gratificações em nome da meritocracia. Nova Regra Permite-se ao empregador padronizar a vestimenta de seus empregados, bem como inserir logomar- cas próprias ou de empresas parceiras. A limpeza dos uniformes é de responsabilidade do emprega- do, ressalvado a possibilidade de procedimentos e produtos específicos para a higienização. O tempo para a troca de uniforme é considerado como parte da jornada de trabalho. ART. 448-A ART. 457 § 2º ART. 456-A DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 10 EQUIPARAÇÃO SALARIAL EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – PRAZO PARA PAGAMENTO DA RESCISÃO E ENTRE- GA DE DOCUMENTOS DISPENSAS INDIVIDUAIS, PLÚRIMAS OU COLETIVAS Regra anterior Os requisitos para o reconhecimento da equipara- ção salarial estavam inseridos no texto legal, de for- ma mais ampla e pouco meritória. Regra anterior A estipulação de prazo para a entrega das guias era tema debatido pela jurisprudência no contexto do pagamento das verbas rescisórias, contudo, a lei estabelecia o prazo de 1 dia útil para o pagamento das verbas rescisórias, restrito aos casos de aviso prévio cumprido e o prazo de 10 dias para os casos de aviso prévio indenizado, término do contrato a prazo determinado, pedidos de demissão e demais situações. Regra anterior A lei anterior não proibia a dispensa individual ou coletiva sem justa causa, contudo, a jurisprudência formada entendia que antes da dispensa em massa haveriam de ser tentados todos os meios necessá- rios para a preservação dos empregos devendo as demissões então serem precedidas de negociações em conjunto com o sindicato da categoria. Nova Regra O legislador tratou de fazer alguns ajustes no teor do comando legal existente com a finalidade de res- tringir a concessão da diferença salarial oriunda da equiparação salarial perante a Justiça do Trabalho, estabelecendo requisitos objetivos (a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponde- rá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacio- nalidade ou idade) para o conceito de equiparação salarial. O § 2º desse artigo esclarece que traba- lho de igual valor será aquele feito com igual pro- dutividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas, cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a 4 anos e a diferença de tempo na função não seja superior a 2 anos. Nova Regra A nova lei unifica o prazo para a entrega de docu- mentos e o prazo para o pagamento das verbas rescisórias, independentemente da forma como o contrato de trabalho termine, observando o prazo de 10 dias contados a partir do término do contrato de trabalho. Nova Regra Agora as dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas estão equiparadas para todos os fins não havendo mais a necessidade de autorização prévia da entidade sindical ou mesmo da negocia- ção coletiva. ART. 461 ART. 477 ART. 477-A DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 11 PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA E A QUITAÇÃO PLENA E IRREVOGÁVEL DO CONTRATO JUSTA CAUSA DO EMPREGADO: NOVO MOTIVO EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – MÚTUO ACORDO Regra anterior A legislação anterior não previa nada com relação ao plano de demissão voluntária. Regra anterior Não era previsto na lei anterior a perda de habili- tação ou requisitos específicos para o exercício da profissão. Regra anterior A legislação não permitia o término do contrato de trabalho por acordo entre as partes, assim se o em- pregado pedisse para ser demitido a empresa lhe pagaria as verbas rescisórias em sua integralidade, do contrário se o empregado pedisse o seu desli- gamento perdia bastante financeiramente já que a multa dos 40% do fundo de garantia não lhe seria paga. Nova Regra A nova lei estabelece que o plano de demissão vo- luntária ou incentivada, gera a quitação plena e irre- vogável dos direitos relativos a relação de emprego, ressalvando disposição em contrário estabelecida entre as partes. Nova Regra A partir de agora a dispensa por justa causa do em- pregado poderá advir da perda de habilitação ou requisitos específicos para o exercício da profissão, desde que haja conduta dolosa do profissional. Nova Regra O legislador oficializa prática encontrada no mer- cado de trabalho de rescisão por comum acordo. Assim, o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, com a observância das condições impostas na letra da lei relativas ao pagamento e os benefícios que o traba- lhador terá direito nessa hipótese. O inciso I desse artigo dispõe que serão pagas por metade: a) o avi- so prévio, se indenizado e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Já o inciso II, dispõe que serão devidas na integra- lidade as demais verbas trabalhistas. Importante destacar que de acordo com o § 2º desse artigo, a extinção do contrato de trabalho em razão do mútuo acordo, não autoriza o ingresso do empregado no Programa de Seguro-Desemprego. ART. 477-B ART. 482, “M” ART. 484 - A DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 12 QUITAÇÃO ANUAL DO CONTRATO DE TRABALHO REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS NA EMPRESA: QUANTIDADE DE TRABALHADORES CONTRIBUIÇÃO SINDICAL FACULTATIVA – EMPREGADOS E EMPREGADORES ARBITRAGEM NO DIREITO DO TRABALHO: POSSIBILIDADE Regra anterior A quitação anual do contrato de trabalho não era prevista na lei anterior. Regra anterior A Constituição Federal já previa a representação dos empregados em empresa que possuísse mais de 200 empregados, porém faltava regulamentação para o efetivo exercício do direito. Regra anterior A contribuição sindical, também conhecida como imposto sindical, anteriormente era prevista em lei, tinha cunho impositivo e coercitivo, tanto assim, que sempre no mês de março de cada ano o trabalhador tinha um dia de trabalho descontado, querendo ou não em favor do sindicatoda categoria. Os empre- gadores pagavam percentual do faturamento tam- bém de modo coercitivo. Regra anterior De acordo com a norma anterior não era possível a arbitragem diante das relações individuais no Direi- to do Trabalho. Nova Regra A nova lei estabelece de modo facultativo aos em- pregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de trabalho, firmar termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. Nova Regra Com a nova lei houve a regulamentação da matéria, dispondo inclusive, as condições para a ocorrência da representação. Desta forma, nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com o ob- jetivo de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. O § 1º desse artigo determina a composição da comissão. Nova Regra A contribuição sindical agora se torna facultativa tanto para empregados como para empregadores. Nova Regra Nos contratos individuais de trabalho cuja remune- ração seja superior a duas vezes o teto da Previ- dência Social poderá ser pactuada cláusula com- promissória de arbitragem. ART. 507-B ART. 510-A ART. 578 ART. 507-A DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 13 PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO (ART. 611-A CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO TÊM PREVALÊNCIA SOBRE A LEI - MATÉRIAS QUE PODERÃO SER OBJETO DE NEGOCIAÇÃO – DESDOBRAMENTO DO ART. 8, § 3º) Regra anterior A Constituição Federal já previa a possibilidade do Poder Judiciário poder observar convenções e acor- dos coletivos de trabalho, podendo este, por crité- rios absolutamente subjetivos anular cláusulas ou instrumentos normativos inteiros. Nova Regra A nova lei determina quais são as matérias que po- dem ou não serem objetos de negociação coletiva delimitando a intervenção do Poder Judiciário, que agora não poderá discutir o mérito das cláusulas contidas nos instrumentos normativos devendo a análise ser restrita aos elementos essenciais ao ne- gócio jurídico, observando o art. 104 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, ou seja, apenas verificará se o instrumento coletivo é estabelecido por agente capaz, se possui objeto lícito, possível ou determi- nado e se possui forma prescrita ou não defesa em lei. ART. 611-A DESDOBRAMEN- TO ART. 8, § 3º TRABALHO TEMPORÁRIO Regra anterior Esta modalidade de contratação é definida pela Lei 6.019/74, a qual define trabalho temporário como todo aquele prestado por pessoa física contrata- da por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substitui- ção transitória de pessoal permanente ou à deman- da complementar de serviços. Nova Regra A nova lei assegura aos empregados da empresa prestadora de serviços, quando e enquanto os servi- ços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependên- cias da tomadora, as mesmas condições, relativas a: a alimentação garantida aos empregados da con- tratante, quando oferecida em refeitórios; direito de utilizar os serviços de transporte; atendimento mé- dico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a ati- vidade o exigir; medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. Além disso, o contratante e contratada poderão estabelecer, que os emprega- dos da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante. A contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relaciona- dos a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. Não poderá figurar como con- tratada, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado ser- viços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, conta- dos a partir da demissão do empregado. ARTS. 4-A, 4-C, 5-A, 5-C, 5-D INCLUÍDOS PELA LEI 13.647/17 DIREITO MATERIAL QUADRO COMPARATIVO 14 TERCEIRIZAÇÃO Regra anterior Admitida somente para as atividades “meio”, e não para as atividades “fim” das empresas. Nova Regra A legislação atual admite a terceirização para qual- quer atividade da empresa, independentemente de ser “meio” ou “fim”. O artigo 4 –A da Lei 6.019/1974, com a redação dada pela Lei 13.467/2017 traz um conceito muito mais amplo sobre terceirização, ao assim conceitua-la como: “Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas ati- vidades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. ART. 4-A DA LEI 6.019/1974 REDAÇÃO DADA PELA LEI 13.467/2017 Quadro Comparativo - Reforma Trabalhista Direito Material Escola Superior de Advocacia São Paulo OAB/SP - 2018 Presidente OAB SP Dr. Marcos da Costa Diretora ESA OAB SP Dra. Ivette Senise Ferreira Coordenadora Geral ESA SP Dra. Mônica Senatore Pesquisa e Texto Dra. Aline Torres Diagramação Felipe Lima Revisão Ingrid Brito Oliveira Fale Conosco: www.esaoabsp.edu.br Largo da Pólvora, 141 - Sobreloja - São Paulo, SP Tel. +55 11.3346.6800 Direitos - Periódicos. Ordem Dos Advogados do Brasil
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