Buscar

Atividade (ação recisória)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Conceituada por Jorge Amaury Maia Nunes e Guilherme Pupe da Nóbrega, a “Ação rescisória é espécie de sucedâneo recursal externo, ação autônoma que instrumentaliza meio de impugnação que tem como fito, presentes hipóteses específicas, desconstituir coisa julgada oriunda de decisão judicial transitada em julgado.”
O conceito dessa ação segundo Nelson Neri Junior é “É a ação autônoma de impugnação de natureza constitutiva negativa quanto ao juízo rescindendo, dando ensejo a outra relação processual distinta daquela em que foi proferida a decisão rescindenda”, 
Ou seja, unindo ambos os conceitos, é uma ação ou instituto processual a fim de afastar a coisa julgada que tenha se formado com um dos vícios gravíssimos de nulidade previstos em lei (rol taxativo) e se necessário rejulgar a lide.
Essa ação é uma medida excepcional, pois deve sempre priorizar pela preservação da coisa julgada. E por apresentar um rol de nulidades taxativo possui um cabimento vinculado à lei, sendo uma medida restritiva. Assim, ainda que possa encontrar outros vícios gravíssimos que não estejam previstos no rol taxativo da lei não cabe ação rescisória.
O intuito desta ação foi alterado com o novo código de processo civil, no anterior o objeto era a sentença de mérito apenas, já no novo cpc o legislador fez uma adequação da rescisória, das espécies de decisão que transitam em julgado. Saindo do objeto “sentença de mérito” para adotar a expressão “decisão de mérito transitada em julgado”, continuam incluídas as sentenças, mas acrescentou as interlocutórias parciais.
O CPC/15, de sua vez, mantém, no caput do artigo 966, o cabimento da rescisória, como regra, contra a sentença de mérito, mas consagra exceções no § 2º daquele dispositivo, autorizando a rescisão da decisão terminativa que impeça “nova propositura”2 da demanda (como a que reconhece ilegitimidade do autor e/ou do réu) ou a admissibilidade do recurso correspondente (quando não conhecido recurso, por exemplo), superando entendimento jurisprudencial antes consolidado.3
No art. 968, inciso I, está previsto o “duplo juízo” (duas análises) a fim de atingir objetivos. ocorrerá quando a desconstituição da coisa julgada trouxer ausência de solução para a lide. Princípio da inafastabilidade da decisão. Isto é, se gerar lacuna/ausência de julgamento, se julgará a lide na própria rescisória, através do Juízo Rescindendo. Por isso, diz -se que o Juízo rescisório tem natureza constitutiva em relação de uma nova decisão.
Inciso primeiro: “Se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz”. Possui Juízo Rescindendo e Rescisório.
Inciso segundo: “For proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente”. Possui Juízo Rescindendo e Rescisório.
Já no inciso III, há a menção à decisão resultante de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei. A inserção da coação e da simulação representaram novidade importante em relação ao Código anterior.
Inciso IV: “Ofender a coisa julgada”. A ação rescisória fundada no inciso IV traz a hipótese do conflito de duas coisas julgadas sobre a mesma lide. Se uma segunda ação idêntica for proposta e passar desapercebido acarretando no trânsito em julgado, após o juízo rescindendo não precisará rejulgar a lide, pois NÃO houve lacuna de julgamento.
Inciso V: “Violar manifestamente norma jurídica”. Será objeto de reforma processual responsável por uma inúmeras rescisórias. Se tivermos uma decisão transitada em julgado, conferindo ao autor coisa diversa da que foi pedida (“extrapetita”) ou valor superior ao que foi demandado (“ultrapetita”), só será solucionada via ação rescisória. Assim, uma decisão de mérito que transitar em julgado com vício de extra petição ou de ultra petição só será excluída do sistema pela via da rescisória.
A ação rescisória é uma ação de competência originária de tribunal, ou seja, inicia junto aos tribunais. O Tribunal de segundo grau é competente para a rescisória quando o trânsito ali ocorrer.
Se o trânsito ocorrer em primeiro grau contra sentença num novo recurso quem vai rescindir no tribunal de primeiro grau. No NCPC, se a rescisória for endereçada ao Tribunal errado ela será encaminhada ao Tribunal correto. Intimado o autor para eventualmente emendar a inicial e se houver emenda ouve-se o réu.
Diante do desconhecimento das informações exigidas do réu, basta que o autor na PI requerer ao juiz diligencias necessárias ao juiz. Não é necessário que o autor prove as informações dos dados do réu.
Não será frustrado o direito de ação em ausência a esses requisitos do réu. O juiz vai diligenciar comunicando ao réu que passe as informações que faltaram.
Serão partes, na rescisória, aqueles que figuraram como partes na ação principal, ou seus sucessores, porém há detalhes. Também poderá ser parte: o MP, o 3º juridicamente interessado, ingressa como agente litisconsorcial.
Previsto no artigo 967, § 4º, o NCPC confere legitimidade ao litisconsorte necessário para a propositura da rescisória.
Obs: o litisconsorte necessário implica na obrigatoriedade de ter mais de uma pessoa em um dos pólos. Sendo que a falta acarreta em nulidade.
O autor deve narrar os fatos que revelam a prolação de uma sentença ou interlocutória parcial transitada com vício de rescisória. Portanto, é preciso indicar a decisão, a data do trânsito, e é preciso comprovar o vício.
Se não houver a indicação desses elementos a rescisória será julgada pela sua improcedência. Logo, na exposição do pedido é necessário que o autor exponha, requeira a rescisão da decisão (juízo rescindendo) e se for o caso cumular a essa pretensão o pedido rescisório.
Caso deduzida (o autor apresentando) apenas a pretensão rescindenda descontitutiva e o caso exigir, também, o rejulgamento da lide (pretensão rescisória), o Tribunal determinará a emenda da petição inicial.
O autor deve narrar os fatos que revelam a prolação de uma sentença ou interlocutória parcial transitada com vício de rescisória. Portanto, é preciso indicar a decisão, a data do trânsito, e é preciso comprovar o vício.
Se não houver a indicação desses elementos a rescisória será julgada pela sua improcedência. Logo, na exposição do pedido é necessário que o autor exponha, requeira a rescisão da decisão (juízo rescindendo) e se for o caso cumular a essa pretensão o pedido rescisório.
Caso deduzida (o autor apresentando) apenas a pretensão rescindenda descontitutiva e o caso exigir, também, o rejulgamento da lide (pretensão rescisória), o Tribunal determinará a emenda da petição inicial.
Muito embora nos tribunais tenhamos a atuação do colegiado (3 julgadores), é o relator que assume a função de juiz preparador/condutor do processo, ou seja, é ele que conduz a relação processual. Não há prolação de uma sentença e sim ACÓRDÃO (art. 970).
Interessante salientar que a Ação Rescisória pode ou não comportar dilação probatória: quando a matéria for só de direito ou de direito e de fato há julgamento antecipado, sem necessidade de produção de prova. Mas quando há tal necessidade, o relator determina a remessa dos autos ao órgão inferior (à origem) para que seja produzida a prova. Confeccionada a prova sob o crivo do contraditório (não é produção unilateral), retorna-se a prova ao tribunal para ele possa julgar.
Quanto ao efeito suspensivo na Ação rescisória, disposto no art. 969/NCPC, a rescisória não suspende a execução, ou seja, a produção de efeitos da decisão que se quer rescindir. Se a decisão já produziu efeitos e a rescisória for julgada procedente, ocorre tutela reparatória. Portanto, admite-se o requerimento do efeito suspensivo como espécie de tutela de urgência, porém na prática é difícil de obtê-lo.

Continue navegando