Buscar

A formação do educador e a Inclusão Escolar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas
Giovanna Marmugi Bega
RA: 1577394
A formação do educador e a inclusão escolar
Trabalho de conclusão de curso da pós-graduação Lato Sensu “Educação Inclusiva“ sob a orientação do Prof. Dr. Marcelo Campos Thiago.
São Paulo-SP
2017
A FORMAÇÃO DO EDUCADOR E A INCLUSÃO ESCOLAR
Giovanna Marmugi Bega[1: Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)]
RESUMO
O trabalho a seguir procurou compreender a importância que a formação de um educador do ensino fundamental I, da rede privada de ensino, pode ter no processo de inclusão escolar dos alunos com necessidades especiais. Parte-se do pressuposto de que o educador é o responsável pela mediação da aprendizagem e pelo bom convívio de seus alunos em sala de aula. Também é enfatizada a premissa de que, para o educador obter um bom resultado em seus objetivos, é essencial compreender como que seus alunos aprendem e se auto desafiar a ensiná-los. Por meio de um estudo teórico e bibliográfico procurou-se correlacionar a influência do educador e sua formação nesse processo de inclusão.
PALAVRAS- CHAVE: Inclusão; Educador; Formação.
ABSTRACT
The following work for elementary education, the education network, the teaching and the teaching of basic education. It is based on the assumption of educational teaching and communication through the learning and the good conviviality of its students in the classroom. It is also emphasized the premise that for the educator, you get a good result on your goals, be essential as your students learn and automatically challenge themselves to teach them. By means of a theoretical and bibliographical study, it was tried to correlate an influence of the educator and its formation in the process of inclusion.
KEY WORDS: Inclusion, Educator, Formation
1. INTRODUÇÃO
Desde que os alunos com necessidades especiais (deficiências, síndromes ou transtornos) ganharam lugares em salas regulares, a necessidade da inclusão tornou-se uma realidade contínua. Mas será que os professores estão preparados para receber esses alunos, no contexto de mediar suas aprendizagens? 
Neste trabalho, partimos da premissa de que é preciso considerar a formação do educador, tendo em vista os desafios e as consequências didático-pedagógicas que a inclusão provoca nos contextos escolares.
Pela perspectiva da sociedade, a formação do educador não necessita de mudanças ou melhorias, pois muitos não conseguem enxergar o aluno como um ser individual, mas apenas a sala como um todo. A sociedade visa à escola como um local capitalista, e não se preocupam se o professor tem capacidade ou qualificação para lecionar, portanto atualmente encontram-se muitos professores incompetentes e/ou incapazes em salas de aula. 
A graduação de Pedagogia, exigida por lei para lecionar, está em constante mudança, porém nenhuma dessas mudanças trouxeram o aumento de disciplinas que capacitassem os educadores a compreender seus alunos com necessidade especiais. 
Se os educadores não estiverem devidamente preparados para educar e auxiliar no desenvolvimento de todos os seus alunos, duvida-se que alcançarão o objetivo de transmitir seus conhecimentos e auxiliar no desenvolvimento de sua sala de aula, visando cada aluno como um ser individual ou a sala como um todo.
Muitas vezes, a ausência de conhecimento das características e perfis de cada aluno que possui em sua sala de aula, resulta na falta de sensibilidade que o educador possa apresentar perante aos alunos com necessidades educacionais especiais, e o restante dos alunos, denominados como comuns pela sociedade, identificam essa falta de sensibilidade do educador e reproduzem seus atos, resultando na exclusão em sala de aula. 
Para que o educador sinta-se preparado e seguro para trabalhar junto de um aluno com necessidades especiais em sala de aula, o mesmo deve-se sentir segurança em seus conhecimentos e em si próprio, pois quando se sente seguro e sabe como agir, poderá ter a certeza que realizará um bom trabalho com seu aluno, e com sua turma. Mas não é isso que se vê atualmente em sala de aula, como dito acima, muitas vezes, encontramos educadores despreparados para trabalhar.
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 Educação Inclusiva
O termo Educação Inclusiva deu-se início por meio da Lei Pública 94.142, nos Estados Unidos, em meados de 1975 e expandiu-se para outros países e está em vigor até o presente momento. 
Segundo Mrech, pode-se entender por Educação Inclusiva “o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus.”[2: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/10/1-o-que-e-educacao-inclusiva.pdf]
Atualmente, está em vigor a legislação que oferece o direito aos alunos com necessidades especiais, frequentarem as salas regulares. Em alguns casos ocorrem o processo de normatização, que segundo Mrech2, é quando o professor da classe regular recebe um aluno com necessidades especiais, mas não possui o apoio de um professor especializado na área de Educação Inclusiva ou na área que o aluno necessita, pois o aluno deve provar que tem capacidade de acompanhar a turma sem precisar de um acompanhante. Já em outros casos, ocorre o processo de inclusão, que ainda de acordo com a autora é a tentativa de estimular ao máximo a capacidade da criança com necessidades especiais em acompanhar as atividades propostas em sala de aula regular, fornecendo o suporte adequado para tal prática, como profissionais especializados em educação inclusiva, que trabalham constantemente e continuamente com o aluno para obter um bom resultado.[3: ]
Rodrigues alega que tanto na legislação como na fala do educador, a inclusão aparece como algo corriqueiro, do ponto de vista de ser necessária tal presença do termo, para que tanto o professor quanto a legislação consiga a reputação de algo importante para a sociedade, mas na hora da prática, a inclusão tende ser vista como algo discreto, rápido, ou muitas vezes inexistente. O educador, constantemente, cita a inclusão em vão, principalmente no momento de rotular um aluno, mas quando é preciso pesquisar meios para incluir o mesmo, alega a falta da necessidade, afirmando que o aluno possui capacidades de realizar as próprias tarefas, ou até mesmo o deixa de canto e foca no restante da turma. Esse é o nítido resultado da distância entre a fala e a prática do educador em sala de aula, pois no momento em que percebe a diferença e/ou a dificuldade que o aluno apresenta, mostra-se capaz de perceber e muitas vezes de auxiliar, mas no momento da prática não é isso que demonstra. Tal atitude, é fruto de uma insegurança por falta de conhecimento?[4: http://redeinclusao.web.ua.pt/docstation/com_docstation/21/fl_47.pdf]
2.2 Formação de Educadores
A formação dos educadores da rede básica de ensino sofre mudanças constantes desde meados de 1970, devido às políticas públicas do país. O educador sofreu diversas crises em sua carreira devido às mudanças, como a falta de profissionais na área, o despreparo em sala de aula, a degradação da identidade profissional, a deterioração dos salários, entre outros.
Segundo Senna, na época que o regime militar passou a influenciar na educação, resultando em uma formação mais técnica e menos reflexiva, ou seja, formando apenas trabalhadores e não seres críticos e reflexivos, a inclusão social passou a ser vista como inadequada, resultando em grandes índices de reprovação na rede pública, a partir de então surgiu à polêmica, que muitas vezes encontra-se presente até o dia de hoje, o que investir como fundamento teórico e prático na formação dos educadores?[5: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/299/309]
Então, entre 1980 e 1990 deu-se início à graduação de Pedagogia, onde os professores da Educação Infantil e dos cinco primeiros anos do Ensino Fundamental, conhecido como Fundamental I, deveriam se graduar pra lecionarna área, porém os profissionais que possuíam o magistério poderiam continuar exercer suas funções, desde que também se licenciassem. Embora não é o que se vê hoje em dia no mercado de trabalho, pois mesmo com a lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, art.62 que alega essa obrigatoriedade do Ensino Superior, ainda existem muitos professores que possuem apenas o magistério lecionando em sala de aula.[6: Antigo curso dedicado à formação de professores]
Ao se deparar com uma situação dessa citada acima, deve-se refletir, que o educador licenciado na área já possui diversas dificuldades em sala de aula com alunos especiais, então um educador apenas com o magistério como formação saberia como agir? Na época em que o magistério ainda estava em vigor, existiam as escolas especiais, onde eram matriculados todos os alunos com necessidades especiais, com um professor capacitado para trabalhar junto a eles, portanto no magistério não se aprendia sobre educação inclusiva, pois era um termo ainda não utilizado no país. 
No ano de 2000, chamou a atenção para a graduação de Pedagogia, a inserção sobre a disciplina da Educação Especial, porém, ao que muito se vê as universidades de hoje, é que a disciplina é ministrada apenas por obrigação.
Rodrigues3 alega que enquanto a ênfase da formação dos educadores estiver voltada para a diferença e os casos mais difíceis, resulta em um questionamento que o próprio educador pode se fazer, avaliando suas tarefas futuras como inalcançáveis, pois estará sempre consciente das dificuldades que enfrentará, duvidado de seus bons resultados.[7: 3 http://redeinclusao.web.ua.pt/docstation/com_docstation/21/fl_47.pdf]
2.3 Acolhimento escolar 
2.3.1 O educador como mediador de aprendizagem
Segundo Tunes, Tacca e Júnior, o momento e desejo de aprendizagem surge do aluno, diferente do que muitos educadores acreditam, pois o educador aprende que uma de suas obrigações é captar o interesse do aluno nos conteúdos programáticos, porém de acordo com os autores, o aluno só aprende no momento em que deseja, independente do método que o educador esteja utilizando. Partindo do pressuposto que o educador necessita interagir e integrar com as atividades psíquicas do educando, pois o mesmo[8: http://www.scielo.br/pdf/%0D/cp/v35n126/a08n126.pdf]
[...] dirige a escolha dos modos de ensinar, pois sabe o professor que os métodos são eficazes somente quando estão, de alguma forma, coordenados com os modos de pensar do aluno. É nesse sentido, portanto, que podemos afirmar que o aluno dirige o seu próprio processo de aprender.6
A autora Bulgraen, afirma que o educador deve mediar o conhecimento dos alunos resgatando conhecimento que os mesmos já possuem, resultando na conclusão individual de cada um, pois com essa prática social estará ensinando o aluno a ser um indivíduo crítico e reflexivo.[9: http://www.moodle.cpscetec.com.br/capacitacaopos/mstech/pdf/d3/aula04/FOP_d03_a04_t07b.pdf]
Tunes, Tacca e Júnior6 comparam a profissão do educador com a do jardineiro, pois o educador deve fertilizar o solo, semeá-lo, mantê-lo úmido, proteger o broto para que cresça com saúde e produzir maravilhosos frutos, porém não se pode interferir na planta, a sua função é apenas protege-la, e no caso do educador além de todas essas funções, também deve aconselhar, auxiliar no desenvolvimento e crescimento e também amparar quando houver a necessidade.[10: 6 http://www.scielo.br/pdf/%0D/cp/v35n126/a08n126.pdf]
De acordo com a autora, ao se basear na teoria que cada aluno traz uma bagagem através de suas experiências sociais, o educador pode mediar discussões que os próprios alunos possam levantar. O educador não é o foco principal de aprendizagem de uma sala de aula, pois muitas vezes os próprios alunos abordam temas que podem ser trabalhados, basta o educador construir um olhar mediador de conhecimentos através de sua sala de aula.7[11: 7 http://www.moodle.cpscetec.com.br/capacitacaopos/mstech/pdf/d3/aula04/FOP_d03_a04_t07b.pdf]
2.3.2 Adaptações curriculares
Analisando as adaptações curriculares em benefício a inclusão escolar, pode-se questionar que são vistas como uma vantagem em prol da inclusão ou pode afastar ainda mais os colegas de classe?
Segundo Leite, as adaptações curriculares podem ser vistas como estratégias que o colégio pode utilizar para auxiliar na inclusão. [12: http://www2.fc.unesp.br/educacaoespecial/material/Livro10.pdf]
O Ministério da Educação (MEC) (1998), afirma que as adaptações curriculares são medidas necessárias que precisam ser acolhidas pelos educadores em diversos segmentos pedagógicos, como em sala de aula, projetos pedagógicos, atividades diversificadas, mas deve ser aplicada na sala de aula como um todo, e raramente no aluno como individual.
Para atender ao grande número de dificuldades exige repostas educativas adequadas, que englobam adaptações de acesso ao currículo. (BRASIL, 2001)
Tanto o currículo como a avaliação devem ser funcionais buscando meios úteis e práticos para favorecer o desenvolvimento das competências sociais; o acesso ao conhecimento, à cultura e às formas de trabalho valorizadas pela comunidade; e a inclusão do aluno na sociedade. (BRASIL, 2001)
Segundo Leite8, o educador tem a liberdade de adaptar objetivos pedagógicos baseando-se em seu planejamento de ensino assim pode priorizar qual objetivo é de maior relevância para o aluno, e com isso investir mais tempo e elaborar atividades mais diversificadas para o mesmo.
2.4 Aspectos inclusivos e estratégias de trabalho
2.4.1 Organização espacial
O espaço escolar deve ser acolhedor, pois o aluno precisa se sentir bem, resultando em autoconfiança. (SERODIO, 2015)
Segundo Cidade e Freitas a escola é vista como um espaço inclusivo e nos dirige à dimensão física e atitudinal, onde pode-se encontrar diversas barreiras, resultando em lugares extremamente complexos para o aluno com necessidades especiais usufruir.[13: http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/09/INCLUS%C3%83O-PRATICA-PEDAGOGICA.pdf]
Galardini e Giovannini (2002) apud Serodio (2015) afirmam que os espaços escolares são grandes aliados para o processo de aprendizagem dos alunos, pois a qualidade e a organização do espaço que a escola oferece aos alunos podem estimular a investigação, resultando no incentivo das capacidades do aluno, auxiliando no aprimoramento de sua concentração. 
Baseado na citação anterior, Serodio (2015) alega a urgência que as escolas precisam estabelecer esse espaço que os alunos necessitam para desenvolver suas habilidades, pois esses espaços diversos favorecem a autonomia da criança. 
Evangelista e Marin alegam que o espaço que a escola disponibiliza para seus alunos interfere diretamente e indiretamente no desenvolvimento das crianças [14: http://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/a-organizacao-do-espaco-escolar.pdf]
A forma como o espaço da instituição e principalmente da sala de referência da turma está organizada, reflete as concepções dos profissionais da educação. As crianças por sua vez, entendidas como sujeitos ativos, também têm uma concepção do espaço em que estão inseridas e atuam nele. Assim, é necessário levar em consideração diversos aspectos do ambiente para que seja aproveitado o máximo de sua potencialidade, em favor da infância.10[15: 10 http://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/a-organizacao-do-espaco-escolar.pdf]
As autoras ainda afirmam que “é importante que se organize o espaço da sala de referência da turma, de acordo com as especificidades de cada grupo: valores, medos, emoções, interesses, necessidades, conflitos, dificuldades, etc.”. Vale ressaltar a importância que conhecer o seu aluno sobressai nessas situações. 
2.4.2 Organização educacional
A política educacional que prevalece hoje em dia admite uma aproximação ao atendimento educacional especializado visando o lado pedagógico, deixando de focar apenas no lado clínico da situação, se baseando no modelo médico-psicológico, focadona etiologia na deficiência. (CAMBAÚVA, 1988 APUD GARCIA)[16: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbee/v12n3/01.pdf]
Garcia afirma que a organização do trabalho pedagógico visando a proposta pedagógica apresentada é diferente em cada local de atuação, referindo-se as escolas regulares, especiais, e ambientes não escolares. Ainda afirma que independente dos locais de atuação, os mesmo mantém as mesmas funções previstas, que são: apoiar, complementar e suplementar e, por fim, substituir os serviços educacionais comuns.11
Vale ressaltar que a Legislação vigente, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), número 13.146/2015 art.28, disponibiliza a acerca da necessidade do aluno adaptações, seja elas individuais ou coletivas[17: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm]
No Brasil, no campo educacional, as perspectivas para a mudança estão postas na lei, mas ainda não estão devidamente traduzidas em ações políticas, e por isso nem chegam às escolas, e menos ainda às salas de aula. O poder público não está cumprindo bem sua função, o que não impede que cada um assuma sua parte e se torne sujeito dessa história. (MENDES, 2006)
3. CONCLUSÃO
Ao partir do pressuposto que o professor é mediador no processo de ensino-aprendizagem e deve alcançar todos os seus alunos, é necessário refletir se o professor está devidamente preparado para exercer esse papel.
Como apresentado anteriormente, a formação do educador praticamente se manteve a mesma desde o começo da graduação em Pedagogia, em 1996, mas é preciso nos indagar, será que os mesmos conteúdos e aprendizados de antigamente são suficientes para hoje em dia? 
Muitas leis e procedimentos foram alterados daquele tempo para o dia de hoje, principalmente a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em salas de aulas regulares, porém não foi alterado o programa de conteúdos para os professores, ou seja, os professores estão recebendo alunos que necessitam de um olhar diferenciado e uma atenção maior, porém não sabem como trabalhar com os mesmos.
A lei permite que o professor realize atividade e avaliações adaptadas para alunos com necessidades educacionais especiais, mas se o mesmo não tiver a bagagem acadêmica adequada para saber trabalhar com esse aluno, ele não conseguirá alcançar e motivar o educando de nenhuma maneira. O professor tem a necessidade de conhecer quais os limites, facilidades e dificuldades que seu aluno irá apresentar em sala de aula, até mesmo de que maneira seu aluno aprende, para que assim, juntamente com uma equipe de profissionais consiga traçar objetivos a serem trabalhados e alcançados pelo aluno ao decorrer daquele ano letivo.
Até quando os professores vão lecionar para esses alunos com necessidades educacionais especiais se baseando em suposições? É necessário que os professores façam uma auto avaliação e se questionem se estão preparados para todos os tipos de alunos que podem aparecer em suas salas de aulas, ou se vão apenas ignorar mais um aluno e empurrá-lo para a professora do ano seguinte.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL/MEC. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – Lei nº 9394/96, de 20.12.1996 (Lei Darcy Ribeiro) – Plano nacional de educação: Lei nº 10.172, de 10 de janeiro de 2001 e legislação correlata e complementar/supervisão editorial Jair Lot Vieira. 2ª ed. revista, atualizada e ampliada. Bauru, SP: EDIPRO, 2001 (Série Legislação).
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Secretaria de Educação Especial - MEC, SEESP, 2001
BULGRAEN, Vanessa C. O papel do professor e sua mediação nos processos de elaboração do conhecimento. Disponível em: < http://www.moodle.cpscetec.com.br/capacitacaopos/mstech/pdf/d3/aula04/FOP_d03_a04_t07b.pdf> Acesso em 18 de Mar. de 2018 as 15h04
CIDADE, Ruth Eugênia. FREITAS, Patrícia Silvestre. Educação física e inclusão: considerações para a prática pedagógica na escola. Disponível em: <http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/09/INCLUS%C3%83O-PRATICA-PEDAGOGICA.pdf> Acesso em: 18 de Mar. de 2018 as 21h21
EVANGELISTA, Ariadne de Souza. MARIN, Fátima Aparecida D. G. A organização do espaço escolar: um levantamento bibliográfico. Disponível em: < http://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/a-organizacao-do-espaco-escolar.pdf> Acesso em: 25 de Mar. de 2018 as 17h24
GARCIA, Rosalba Maria Cardoso. Políticas para a educação especial e a formas organizativas do trabalho pedagógico. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbee/v12n3/01.pdf> Acesso em: 25 de Mar. de 2018 as 21h44.
LEITE, Lúcia Pereira. Práticas educativas: adaptações curriculares. Disponível em: <http://www2.fc.unesp.br/educacaoespecial/material/Livro10.pdf> Acesso em: 18 de Mar. de 2018 as 20h14
MENDES, Enicéia Gonçalves. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbedu/v11n33/a02v1133.pdf> Acesso em: 25 de Mar. de 2018 as 21h51. 
MRECH, Leny Magalhães. O que é Educação Inclusiva?. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/10/1-o-que-e-educacao-inclusiva.pdf> Acesso em: 28 de Fev. de 2018 as 22h18
SENNA, Luiz Antonio Gomes. Formação docente e Educação Inclusiva. Disponível em: < http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/299/309> Acesso em: 03 de Mar. de 2018 as 16h09
SERODIO, Suzana. A organização do espaço no 1º ano do Ensino Fundamental. Disponível em: <http://www.uel.br/ceca/pedagogia/pages/arquivos/SUZANA%20CRISTINA%20FULANETO%20SERODIO%20A%20importancia%20da%20organizacao%20do%20espaco%20do%201ordm%20ano%20do%20Ensino%20Fundamental%20de%20nove%20anos.pdf> Acesso em: 20 de Mar. de 2018 as 15h38
TUNES, Elizabeth. TACCA, Maria Carmen V. R. JUNIOR, Roberto dos Santos Bartholo. O professor e o ato de ensinar. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/cp/v35n126/a08n126.pdf> Acesso em: 18 de Mar. de 2018 as 15h02

Continue navegando