Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre Determinação de Cafeína em Refrigerantes Espectroscopia de UV/visível Nicole Garcia e Tais de la Rosa Porto Alegre, 2018 Desenvolvimento 1. Materiais e Métodos 1.1. Vidrarias: - 02 Cubetas de quartzo 10 mm; - 06 Balões volumétricos de 50,00 mL; - 01 (cada) pipeta volumétrica de 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 20,00 mL; - 01 Pipeta graduada de 2 mL; - 01 Pipeta pasteur; - Pipetador de borracha. 1.2. Equipamentos: - Espectrofotômetro UV-VIS de feixe duplo. 1.3. Reagentes: - Clorofórmio grau UV/VIS; - Solução padrão de cafeína (pureza mínima 99%) 0,1 mg/mL de clorofórmio; - Amostra: extrato de cafeína proveniente de uma lata de 350mL de refrigerante de cola. 1.4. Procedimento Inicialmente, a partir de uma solução estoque de cafeína 0,1 mg/mL de clorofórmio, foram realizados os cálculos relativos a transferência de volumes necessário para preparar soluções a 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1 e 1,2 mg de cafeína por 100 mL de clorofórmio, conforme a tabela abaixo: Solução de 0,2/mg de cafeína por 100 mL de clorofórmio 0,2 mg ---------- 100 mL x ---------------- 1 mL x = 0,002 mg/mL C1.V1 = C2.V2 0,1 mg/mL . V1 = 0,002 mg/mL . 50,00 mL V1 = 1,00 mL Volume da pipeta volumétrica utilizada: 1,00 mL Solução de 0,4 mg de cafeína por 100 mL de clorofórmio 0,4 mg ---------- 100 mL x ------------------ 1 mL x = 0,004 mg/mL C1.V1 = C2.V2 0,1 mg/mL . V1 = 0,004 mg/mL . 50,00 mL V1 = 2,00 mL Volume da pipeta volumétrica utilizada: 2,00 mL Solução de 0,6 mg de cafeína por 100 mL de clorofórmio 0,6 mg ----------- 100 mL x ------------------ 1 mL x = 0,006 mg/mL C1.V1 = C2.V2 0,1 mg/mL . V1 = 0,006 mg/mL . 50,00 mL V1 = 3,00 mL Volume da pipeta volumétrica utilizada: 3,00 mL Solução de 0,8 mg de cafeína por 100 mL de clorofórmio 0,8 mg ----------- 100 mL x ------------------ 1 mL x = 0,008 mg/mL C1.V1 = C2.V2 0,1 mg/mL . V1 = 0,008 mg/mL . 50,00 mL V1 = 4,00 mL Volume da pipeta volumétrica utilizada: 4,00 mL Solução de 1 mg de cafeína por 100 mL de clorofórmio 1 mg ---------- 100 mL x --------------- 1 mL x = 0,01 mg/mL C1.V1 = C2.V2 0,1 mg/mL . V1 = 0,01 mg/mL . 50,00 mL V1 = 5,00 mL Volume da pipeta volumétrica utilizada: 5,00 mL Solução de 1,2 mg de cafeína por 100 mL de clorofórmio 1,2 mg ---------- 100 mL x --------------- 1 mL x = 0,001 mg/mL C1.V1 = C2.V2 0,1 mg/mL . V1 = 0,012 mg/mL . 50,00 mL V1 = 6,00 mL Volume da pipeta volumétrica utilizada: 6,00 mL Dessa forma, foi pipetado para cada balão volumétrico de 50,00 mL, 1 mL, 2 mL, 3 mL, 4 mL e 5 mL de solução estoque de cafeína 0,1 mg/mL em clorofórmio e completado o volume até a marca, obtendo assim os padrões a utilizar para a curva de calibração. A amostra foi previamente preparada pela técnica do laboratório, que realizou a extração de cafeína a partir de uma alíquota de 20,00 mL de uma lata de refrigerante de 350 mL, a qual foi diluída em balão volumétrico de 100,00 mL, posteriormente foi transferido 3,00 mL desse balão para outro balão volumétrico de 10,00 mL e completado o volume com o solvente. Após a preparação dos padrões, para a construção da curva de calibração, selecionou-se no equipamento um comprimento de onda de 276 nm e duas cubetas de quartzo foram introduzidas no compartimento em cada medição para a construção da curva de calibração e procedeu-se à leitura pelo espectrofotômetro de UV/vis de feixe duplo, que realizou cada leitura em triplicata e forneceu a média. Em uma cubeta foi colocado o branco (clorofórmio) e na outra o padrão a ler, começando pelo de menor concentração. Esse procedimento foi repetido para a leitura de cada padrão, em ordem crescente de concentração. Finalmente, foi colocada a amostra com concentração desconhecida numa das cubetas e realizou-se a leitura pelo equipamento. Cabe ressaltar que, para cada leitura, a cubeta foi ambientada três vezes com a solução a quantificar e seca com papel macio. 1.6. Resultados: Curva padrão, equação da reta e R2 que foram fornecidos pelo software do equipamento: Valores de absorbância e concentração de cafeína obtidos no método analítico, conforme tabela a seguir: Concentração de cafeína em mg/100mL (x) Absorbância (y) Solução padrão 1 0,2 0,11367 Solução padrão 2 0,4 0,24102 Solução padrão 3 0,6 0,35821 Solução padrão 4 0,8 0,47367 Solução padrão 5 1,0 0,59963 Solução padrão 6 1,2 0,71451 Amostra 0,46325 0,27489 1.7. Cálculos da quantidade de cafeína em uma lata de refrigerante de guaraná: Conversão de unidades: 0,46325 mg/100mL= 0,0046325 mg/mL Concentração real do analito, antes das diluições (por fator de diluição): 0,0046325 3,33 5 = 0,0771 mg/mL× × Massa de cafeína em uma lata de refrigerante de 350 mL: 0,0771 mg 1 mL→ x 350 mL→ x= 26,985 mg 2. Conclusão: Segundo as informações fornecidas pelo fabricante, uma lata de 350 mL de coca-cola contém cerca de 35 mg de cafeína. Por outro lado, segundo a legislação vigente (RDC Nº 273, de 22 de setembro de 2005) da Anvisa, um composto líquido pronto para o consumo pode conter no máximo 35 mg/100 ml de cafeína. Na análise realizada em laboratório, por sua vez, obteve-se um valor de 26,98 mg de cafeína em uma lata de 350 mL do produto, indicando que o dado experimental apresenta-se dentro do valor informado pelo fabricante e abaixo da quantidade máxima permitida pela legislação. A curva-padrão obtida possui uma boa correlação linear entre as variáveis, uma vez que R2 = 0,99979, correspondendo ao valor ideal de R 2 ≥ 0,99, o que indica que o método de análise possui uma confiabilidade aceitável. Contudo, cabe ressaltar que, o valor da concentração obtido apresentou-se próximo aos primeiros pontos da curva de calibração, o que não é o mais adequado, pois significa que está próximo ao limite de quantificação do equipamento, porém não foi necessária a realização da técnica de spike, pois de acordo com as orientações recebidas durante a aula prática, tal valor não comprometeria os resultados da presente análise. Porém, se quiséssemos aperfeiçoar a análise e aumentar a sua confiabilidade, o ideal seria refazer todo o procedimento de extração com menor diluição ou construir uma nova curva de calibração com padrões de concentração menor, dessa forma a concentração do analito ficaria entre os pontos médios da reta, respeitando a Lei de Beer e ficando distante e acima do limite de quantificação do aparelho. 3. Referências bibliográficas: - RESOLUÇÃO-RDC No - 274, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005 - ANVISA. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/RDC_273_2005.pdf/8957400a-15ac-49a3-8da1-46d5cd582314. - https://www.cocacolabrasil.com.br/nos-respondemos/qual-e-a-quantidade-de- cafeina-em-uma-coca-cola - SKOOG, D. A. et al. Princípios de Análise Instrumental 5ª ed., 2006, Porto Alegre: Bookman.
Compartilhar