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DICIONÁRIO JUNGUIANO

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DICIONÁRIO JUNGUIANO
 
Amplificação: um método de interpretação em que o analista ajuda o paciente a conectar uma imagem de um sonho ou fantasia com a imagética universal. As imagens pessoais são amplificadas pela comparação com imagens e temas semelhantes encontrados nos mitos e nos contos de fada. Ao empreender esse processo, é obtida uma síntese do CS e do ICS, e do pessoal e do coletivo. A pessoa é reconectada com o arquétipo expressado por meio da imagem, e o conteúdo ICS é revelado.
Arquétipos: modos de percepção que, a priori, são herdados. Eles estão ligados aos instintos e regulam a própria percepção. Os arquétipos são ideias primordiais, comuns a toda humanidade, e que se expressam por meio das imagens arquetípicas. Está estão carregadas de emoção e atuam de modo autônomo a partir do ICS.
Compensação: para Jung, o ICS assume uma função compensatória em relação ao CS e age para restaurar qualquer desequilíbrio ou unilateralidade criada pela atitude CS. Conteúdos reprimidos emergem em sonhos, imagens e sintomas porque “todo processo que vai longe demais imediata e inevitavelmente clama por compensação.
Complexos: uma coleção de imagens e ideias com um tom emocional comum que se une ao redor de um centro arquetípico. Os complexos são autônomos e comportam-se como seres independentes. Eles são levados ao CS pelo ego, que pode ser afogado por eles (como na psicose) ou se identificar com eles (como na inflação do ego).
Ego: o ego é p centro da CS e oferece à pessoa seu sentido de finalidade e identidade. Ele organiza a mente CS, fazendo a mediação entre o CS e o ICS. O ego é a preciosa luz da CS que deve sempre ser protegida.
Esquizofrenia: originalmente nomeada como dementia praecox, ela era pensada como um distúrbio químico do corpo. Atualmente, é caracterizada por uma cisão dos pensamentos, sentimentos e ações. Jung reconheceu um componente fisiológico na doença, mas considerou psicológica sua origem primária – a dominação da personalidade por um complexo de cisão.
Extrovertido e introvertido: os dois pólos de orientação psíquica. Na atitude extrovertida, a energia flui para fora, em direção ao mundo, e é motivada e orientada pelos fatos exteriores e objetivos. A energia introvertida se recolhe do mundo e é motivada e orientada pelos fatos internos e subjetivos.
Função transcendente: um processo arquetípico que faz a mediação entre os opostos e possibilita a transição de uma atitude ou condição para outra. Ela é ativada sempre que a CS está engajada numa tensão entre opostos. Os símbolos carregam esses opostos, e, portanto, a função transcendente emerge na tentativa de compreender os significado impreciso de imagens e símbolos. A função transcendente tem um efeito curador ao unir o CS e o ICS e permitir que uma pessoa ultrapasse um estado unilateral.
Funções: Jung distinguiu quatro propriedades da energia psíquica, as quais ele chamou de quatro funções, unidas em dois pares de opostos: pensamento-sentimento e intuição-sensação. As funções são os meios pelos quais orientamos nossa experiência. Em qualquer pessoas, uma função é CS (superior) e seu oposto é ICS (inferior), e as duas restantes são parcialmente CS e ICS (auxiliares). As funções se combinam com os dois tipos de atitude (extrovertido e introvertido), formando os oito tipos funcionais.
Histeria: originada da palavra grega para útero, inicialmente a histeria foi diagnosticada como uma doença apenas feminina. A psiquiatria passou a usar o termo para designar o comportamento neurótico em que os sintomas físicos (por exemplo, paralisia ou convulsões) derivam mais de um distúrbio psicológico do que físico. A fobia ou ansiedade neurótica extrema também é uma forma de histeria. Jung concorda com Freud que os sintomas histéricos são o retorno de memórias reprimidas na experiência do paciente e que elas envolvem uma energia psíquica mal posicionada, geralmente sexual. A forma dos sintomas em si simboliza a natureza do problema psíquico.
Imagem da alma (anima ou animus): uma imagem arquetípica e interna do sexo oposto - a anima no homem e o animus na mulher. Ela aparece em sonhos e fantasias e é projetada em pessoas do sexo oposto, mais frequentemente na experiência do “enamoramento”. A imagem da alma tem uma função compensatória em relação à persona. Ela funciona como um guia para a alma e oferece possibilidades criativas para o processo de individuação.
Imaginação ativa: uma técnica terapêutica que permite que os conteúdos ICS sejam expostos no estado de vigília. É como “sonhar de olhos abertos”, mas, ao contrário da passividade dos sonhos, ela demanda a participação ativa da pessoa. As imagens que emergem podem ser elaboradas por meios artísticos e auto expressivos, como a pintura. 
Imaginação mitopoética: a imaginação criadora de mitos é característica da mentalidade primitiva, mas também, segundo Jung, do ICS. Ela contrasta com o pensamento discursivo e direto da CS. Aparece no pensamento fantasioso não dirigido e nas imagens oníricas e reflete a estrutura arquetípica pré-consciente da psique. 
Inconsciente: tanto a psicologia analítica quanto a psicanálise presumem a existência do ICS, com suas próprias leis e funções. Ele é capaz de afetar e interromper o CS de modo autônomo. Jung postula tanto um ICS pessoal quanto um coletivo, ambos se mantendo numa relação compensatória diante da CS. O ICS coletivo contém conteúdos coletivos e herdados, instintos e arquétipos. Uma das metáforas preferidas de Jung para referir ao ICS é o mar. Com sua fluidez, calma e também tempestuosidade, sereias e monstros, ele pode ser uma força tanto criativa quanto destrutiva. Jung considera o ICS primordialmente criativo e a serviço da pessoa.
Individuação: o processo de autodesenvolvimento em que uma pessoas integra as várias facetas da psique para se tornar ela mesma - um indivíduo, uma unidade separada e indivisível, com um sentido psíquico de completude.
Libido: o uso de Freud do termo libido como energia sexual foi ampliado por Jung para designar energia psíquica em geral. Ele deixou de usar o termo em favor da energia psíquica. 
Mandala: palavra sânscrita para “círculo mágico”. É um conjunto de pinturas geométricas sagradas usadas para meditação e caracterizadas por um círculo e um quadrado que irradiam de um ponto central. Jung as interpretou uma expressão arquetípica do self e da completude. Imagens de mandala sempre emergem em sonhos e pinturas durante a análise. 
Neurose: originalmente uma doença dos nervos. Freud percebeu que não se tratava apenas de um distúrbio do sistema nervoso, e sim da personalidade, causado pela frustração das pulsões instintivas. Além da larga distinção entre neurose e psicose, Jung não tenta uma classificação compreensiva da neurose. Seu processo analítico toma o todo da psique perturbada com tema e, então, ele considera a neurose como um reflexo do desequilíbrio psíquico. Os sintomas neuróticos podem funcionar como um processo compensatório e teleológico de autocura, uma vez que eles dirigem a atenção do paciente para seu distúrbio psíquico. 
Projeção: deslocamento ICS dos conteúdos psíquicos sobre outra pessoa ou objeto. Os conteúdos psíquicos sobre outra pessoa ou objeto. Os conteúdos projetados podem ser emoções ou qualidades inaceitáveis, ou benéficas e valorizadas. Tanto as projeções da sombra como da imagem da alma (anima e animus) são carregadas por pessoas reais. A lembrança e a integração dos conteúdos projetados é uma parte importante da análise e do processo de individuação. 
Psicologia Analítica: Jung cunhou esse termo em 1913 para distinguir sua abordagem da psicanálise Freudiana.
Psicose: invasão do CS pelos conteúdos ICS, situação em que o ego CS fica esmagado e faz a pessoa estranhar as convenções da realidade social. Desse modo, os pacientes têm dificuldade em responder à Psicoterapia. O mesmo processo que produz a loucura em uma pessoa pode contribuir para a genialidade em outra. Os estados psicóticos podem ser ingredientes da conversão religiosae da inspiração intensa. 
Psique e energia psíquica: por psique Jung entende a completude do ser, o CS e o ICS. Sua psicologia analítica busca revelar uma estrutura e dinâmica da psique e criar uma tipologia da energia psíquica - atitudes, funções, tipos, etc. A energia psíquica pode fluir por vários canais - biológicos, psicológicos, espirituais e morais. Se bloqueada, ela pode mudar de direção e fluir noutro canal. Uma mudança no fluxo de energia tem o objetivo e a função de manter um equilíbrio na psique como um todo.
Realidade psíquica: um dos principais conceitos junguianos. A psique funciona dentro de uma realidade psíquica. A vida é experienciada como realidade psíquica é, desse ponto de vista, mesmo experiências ilusórias são percebidas como reais. Tanto o mundo interior quanto o exterior são percebidos por nós em imagens, e, como evidência disso, tendemos a personificar os conteúdos ICS. Assim, Cristo é uma imagem coletiva do self e tem um força psíquica real, independente da questão histórica de Jesus. 
Self: o self é a imagem da unidade da personalidade como um todo, um princípio de ordenação central. “O self não é apenas o centro, mas também a circunferência completa que envolve tanto a CS quanto o ICS; ele é o centro dessa totalidade, assim como o ego é o centro da mente CS”.
Sincronicidade: 	Conexão inconstante através da contingência, equivalência ou significado. Parece muito com a mecânica quântica (estudos das partículas sub atômica infinitesimalmente pequenas), que diz que estados são descontinuidades (saltos quânticos) no funcionamento do universo“Conexão não causal entre estados físicos e eventos objetivos”. Para o ICS, espaço é tempo parece relativos - o conhecimento está num espaço-tempo contínuo, em que o espaço não é mais espaço, nem o tempo, tempo. Jung e Pauli concordavam que a trindade da física clássica - tempo, espaço e causalidade - poderia se transformar numa quaternidade ao se adicionar a sincronicidade como quarto termo. 
Sombra: as qualidades inferiores, incivilizadas é animalescas reprimidas pelo efo formam a sombra, que se mantém numa relação compensatória com a “luz” do ego. A sombra é aquilo que uma pessoa não deseja ser. Ela é do mesmo sexo da pessoa é pode aparecer em sonhos é fantasias ou ser projetada em uma ou um objeto. 
Transferência: é a projeção sobre o analista de sentimentos e ideias originados de figuras objetos contidos no passado do paciente, geralmente em figuras parentais. O paciente repete é reencena o relacionamento anterior com o analista. A transferência pode ser positiva (enamoramento) ou negativa (hostilidade e ódio). Ao analisar a transferência, padrões ICS se tornam CS para o paciente. A contratransferência ocorre quando o analista projeta seu próprio ICS no paciente.
Unus Mundus: O “Mundo Único”. essa frase dos alquimistas sugere a interpenetração do espírito, da alma é da matéria. na psicologia junguiana, descreve-se a inter-relação da psique com o corpo. Com o desenvolvimento da sincronicidade é a postulação de um substrato psicóide da realidade, essa metáfora é realizada na inter-relação entre a psique e a matéria. Jung desejou que essa proposição levasse a uma base comum para a psicoterapia é a física.

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