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NUTRIÇÃO ANIMAL Pirâmide da Produção Importância da Nutrição Animal Finalidade: - Nutrir; Tecnicamente; Economicamente; O que é nutrição? Conjunto de processos que vão desde a ingestão até a sua assimilação pelas células. Nutrição Enteral: Quando o paciente não consegue se alimentar por via oral (boca), a ingestão dos alimentos pode ser feita através de uma sonda (passagem naso/orogástrica) posicionada ou implantada no estomago, no jejuno ou no duodeno. Nesse caso, os alimentos estão na forma líquida ou em pó e têm o mesmo valor nutricional de uma refeição equilibrada. Nutrição Parenteral: É a alimentação administrada por via endovenosa. Pode fornecer parte ou totalidade das necessidades nutricionais de uma pessoa. Esse tipo de alimentação tem a finalidade de complementar ou, ainda, de substituir o fornecimento via oral ou enteral de nutrientes, como: glicose, proteínas, sais minerais, eletrólitos água e vitaminas e possibilita assim, a manutenção da homeostase, pelo suprimento de aminoácidos e calorias. O que é nutriente? Constituinte ou grupo de constituinte dos alimentos, de igual composição química geral que ajuda a manter a vida animal. Variação entre nutriente e em mesmo ingrediente. É o componente do alimento representando uma entidade química, que entra no metabolismo celular e concorre para a manutenção da vida. O que é nutriente essencial? É aquele que é exigido pelo animal e que não é sintetizado pelo organismo ou, se sintetizado, a velocidade de síntese não é suficiente para preencher as necessidades diárias. O que é nutriente não essencial? É aquele, igualmente exigido pelo animal, mas que é sintetizado pelo organismo em quantidade suficiente a fim de preencher as necessidades diárias. O que é alimento? Toda a substância que, consumida por um indivíduo é capaz de contribuir para assegurar o ciclo regular de sua vida e a sobrevivência da espécie a qual pertence. Fonte de matéria e energia para poderem realizar as suas funções vitais: Crescimento, movimento, reprodução e produção. O que é ingrediente? Qualquer matéria-prima utilizável na composição de uma ração, concentrado ou suplemento. O que é dieta? Conjunto de ingredientes selecionados e, geralmente, bem quantificados, para a alimentação animal, considerando, também ingredientes líquidos, sendo os referidos itens misturados ou não, processados ou não os teores adequados dos diversos nutrientes, devendo-se oferecer diariamente cotas pré-definidas. O que é ração total misturada? Composta por volumoso, cereais, alimentos proteicos, minerais, vitaminas e aditivos. A mistura desses ingredientes é realizada com o objetivo de fornecer uma ração completa que irá satisfazer as necessidades nutricionais dos animais. O que é alimento volumoso? Alimento de origem vegetal que, na matéria seca total que contém um teor de fibra bruta superior a 18% na matéria seca, como é o caso dos capins verdes, silagens, fenos, palhadas, etc. O que é alimento concentrado? Aqueles com menos de 18% de fibra bruta na matéria seca; Proteicos: Mais de 20% de proteínas na matéria seca; Energéticos: Menos de 20% de proteínas na matéria seca; Suplemento Produto rico em determinado(s) nutriente(s), ou constituído só ou basicamente de certo(s) nutriente(s), incluídos na dieta, a fime de nelas aumentar os teores do(s) princípios nutritivos em questão. Capaz de suprir a ração ou concentrado, em vitaminas, aminoácidos ou minerais, sendo permitida a inclusão de aditivos. Aditivo Substância adicionada ao alimento com a finalidade de conserva-lo, intensificar ou modificar positivamente suas propriedades, sem prejudicar seu valor nutritivo ou, então, visando aumentar seu teor de determinado(s) nutriente(s) ou ainda, reduzir a população microbiana indesejável e/ou favorecer a colonização por microbiota benéfica, sendo empregada em pequenas proporções nos alimentos. O que é Conversão Alimentar? Capacidade de o animal converter o alimento em uma unidade de produto animal, sendo: CA = Consumo de MS/ ganho de peso. O que é Eficiência Alimentar? Quantidade de produto animal obtida por quantidade unitária de alimento, sendo: EA = (Ganho de peso/ Consumo de alimentos) * 100 O que é deficiência Nutritiva? Insuficiência de um ou vários nutrientes na alimentação ou no organismo. O que é carência nutritiva? Ausência ou escassez de um ou vários nutrientes na alimentação ou no organismo. Quadro sintomático apresentado pelo animal como resultado da deficiência nutritiva O que é exigência nutricional? É a quantidade de cada nutriente, requerida por determinada espécie e categoria animal, para sua boa manutenção, produção e reprodução eficiente. Exigências Nutricionais Hoje se sabe que as exigências situam-se em torno de 50 fatores nutricionais. Além de proteínas, gorduras e carboidratos, ainda há os minerais, as vitaminas e a água. A água, apesar de parecer óbvia, muitas vezes não recebe a devida importância tanto sob o aspecto quantitativo quanto qualitativo. Definição de Metabolismo É o conjunto de transformações que sofrem os nutrientes no organismo animal, após serem absorvidos no trato digestivo. Inclui o desdobramento dos nutrientes, a síntese de constituintes celulares e a transformação da energia. O fornecimento das substâncias necessárias é feito através do ANABOLISMO e a eliminação dos produtos indesejáveis é feita através do CATABOLISMO. Metabolismo de Manutenção ou Básico Corresponde às necessidades do organismo animal durante um período de 24 horas, em repouso, sem perda nem ganho de peso. Metabolismo de Produção É a parcela adicional destinada a atender um trabalho útil qualquer: Lactação, ganho de peso e etc. Conceitos Complementares Desempenho: Performance; Ad libitum: à vontade On Top: Adição sobre dieta formulada; Peso Metabólito: PV0, 75 Proporcional a superfície/ Volume Matéria Seca Matéria Orgânica Carboidratos Alimento Proteínas Lipídeos Água Matéria Mineral Vitaminas FISIOLOGIA DA DIGESTÃO Definições Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico. Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe. Ingestão: Introdução do alimento no estômago. Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples. Absorção: Processos realizados pelos intestinos. Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastrointestinal. Organização do Trato Digestório Digestão: Transformação química e física do Alimento, todo alimento mastigado e engolido passa pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso até chegar ao ânus. A digestão se inicia logo após a entrada do alimento no canal digestório, processos químicos e mecânicos de modo que no final, possam atravessar a parede do trato gastrointestinal e entrar no sistema sanguíneo e linfático. Funções Aproveitamento de substâncias alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais; Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino. Transporte de alimentos ingeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino; Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastrointestinal e substâncias secretadas na luz do intestino. Cão e Gato O estômago funciona como reservatório permitindo que o alimento seja ingerido na forma de refeições espaçadas ao invés de continuamente, ele inicia a digestão das proteínas e regula o fluxo de materiais para o ID. A mucosa do corpo secreta muco, ácido hidroclórico e proteases (pepsinogênio é convertido em pepsina na presença do ácido hidroclórico). Organização do trato digestório Aves Bico; Faringe; Esôfago; Papo (inglúvio); Proventrículo (glandular); Moela (Muscular); Cecos; Reto; Cloaca. Organizaçãodo trato digestório Equinos Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Cólon Pequeno, Cólon Grande e Reto. Estômago Ruminante Rúmen: Papilas, Câmara de fermentação; Retículo: Câmara de fermentação; Omaso: Maceramento; Compressão e absorção; Abomaso: Estômago glandular. Percurso: Esôfago, Rúmen, Retículo, Omaso, Abomaso. Bezerro: Goteira esofágica – Abomaso – Cabeça erguida. Língua: Órgão muscular capaz de realizar movimentos com muita facilidade e precisão, como lamber, prender o alimento, articular a fala e na higiene também, papilas com funções mecânicas e outras com funções gustativas: Mecânica: Papila filiforme, papila cônica, papila marginal, papila bucal e papila lentiforme; Gustativa: Papila Fungiforme, papila folheada, papila valada. Faringe: Saco musculomembranoso que é comum aos sistemas digestório e respiratório; cruza por ele tanto o alimento quanto o ar; responsável de separar e coloca-los em seu determinado canal (digestório e respiratório); Composta por duas cavidades: orofaringe e nasofaringe Esôfago: Órgão musculomembranoso que se estende da faringe até o estômago para conduzir o alimento; Estômago: Órgão mais dilatado do TGI; início da digestão química de praticamente todos os alimentos; Estrutura é determinada através do meio de vida do animal e pela alimentação; Tem função de armazenamento; Ruminantes: Rúmen, retículo e omaso e a parte glandular o abomaso; As subdivisões internas do estômago são: Região Cárdica, Região pilórica e região fúngica. Retículo, rúmen e omaso: Pré-estômagos; Digestão enzimática e mecânica do alimento, principalmente da celulose, por mediação da flora bacteriana e da síntese dos ácidos graxos de cadeia curta (acético propiônico e butírico). Reabsorção de água ocorre no Omaso. A superfície do Rúmen é revestida por um epitélio estratificado plano glandular, com papilas ruminais, com exceção dos pilares do rúmen e também do teto dessa câmara que não apresenta papilas. Abomaso: Situa-se a direita do rúmen; porção pilórica eleva-se junto à face visceral do fígado, continuando com o duodeno. Intestino: Tem seu início caudalmente ao piloro e termina no ânus; o intestino delgado compreende o segmento entre o piloro e o ceco; o intestino grosso do ceco até o ânus; Carnívoros tem um intestino mais curto (de 03 a 04 x o comprimento do corpo) do que os herbívoros (até 25X o comprimento do corpo). Intestino delgado: Dividido em três segmentos: Duodeno, Jejuno e Íleo. Intestino Grosso: Dividido em Ceco, Cólon e Reto; O Ceco do equino é acentuadamente grande (capacidade 30 Litros); O ceco do equino serve como primeira câmara de fermentação para a digestão da celulose. Reto: A continuação do cólon descendente na cavidade pélvica forma o reto; Esse segmento intestinal dilata-se inicialmente na ampola retal e depois continua por fim no canal anal, o qual termina no ânus; O ânus apresenta um esfíncter interno que está sob controle autônomo e um esfíncter externo que sob controle voluntário. Glândulas anexas ao Intestino Fígado e pâncreas são glândulas anexas ao intestino e assumem uma função central para a digestão do alimento no trato intestinal. Fígado: Desintoxicação do sangue, órgão formador de glicogênio, fonte de calor e na hematopoiese fetal. Maior órgão de síntese de carboidratos, proteínas e metabolismo lipídico, assim como na neutralização de substâncias tóxicas. Produção da Bile. Pâncreas: Função endócrina, pela produção e pela liberação de hormônios (insulina e glucagon) e no metabolismo de carboidratos e ainda somatostatina. Secreções do Trato Digestório Glândulas Salivares – Sais e água (Solubilização do alimento), muco (Lubrificação e adesão do alimento) e enzimas amilase (Digestão de polissacarídeos (amido e glicogênio)). Esôfago: Condução do alimento até o estômago na deglutição muco: Lubrificação Estômago: Armazenamento temporário, mistura, solubilização e continuação do alimento, HCl: ativação do pepsinogênio e bactericida, Pepsinogênio: Precursor da pepsina, enzima que inicia a digestão de proteínas, Muco e Bicarbonato: Lubrificação e adesão do alimento, proteção da mucosa gástrica, Fator intrínseco: Essencial para a absorção da Vitamina B12 pelo íleo. Pâncreas: Secreção de enzimas e bicarbonato, Enzimas: Digestão de polissacarídeos. Proteínas, ácidos nucleicos e gordura. Bicarbonato Neutralização do ácido que sai do estômago e entra no duodeno e para atuação enzimática. Fígado: Secreta a bile, possui também funções não digestivas. Bile contém catabólitos e sais biliares que emulsificam as gorduras e facilitam sua digestão e absorção. Vesícula biliar: Armazena a bile Intestino Delgado: Digestão final, absorção dos nutrientes, água, eletrólitos e vitaminas. Sais e água: Solubilização do quimo, Enzimas: Digestão final dos peptídeos e dissacarídeos, Muco e bicarbonato: Lubrificação e adesão do alimento. Intestino Grosso: Armazenamento e concentração do material que não foi absorvido Misturam e propelem a massa fecal durante a defecação. Muco e Bicarbonato: Lubrificação e adesão da massa fecal; Proteção da mucosa. Saliva Secreção levemente ácida, e contém muco, que é um lubrificante muito eficiente e faz com que o ato de engolir seja facilitado; Em alguns animais, a amilase salivar, enzima que digere o amido (ptialina). Funções: Atuar na digestão de amido e lipídeos (α amilase e α ptialina: não ruminantes), dissolver partículas alimentares, Enzima antibacteriana (lisosima), Suprir nutrientes para microbióta ruminal, ação antitimpânica, antiespumante e tamponante em ruminante, Excreção de substâncias orgânicas e inorgânicas; Solubilizar compostos químicos do alimento (sabor). Suco Gástrico Muco: Proteção da mucosa durante a passagem de alimentos. Suco gástrico: (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas (pepsina e renina); Sais Biliares: Emulsificação das Gorduras; (Em cavalos e ratos a bile é depositada diretamente no duodeno, via o ducto biliar; Suco Pancreático: Solução alcalina formada por sais, água e diversas enzimas age no ID; Hormônios Gastrina: Estimula o estômago a produzir ácido, enzimas, e, também, aumenta a motilidade do estômago. Quando a secreção ácida causa a queda do pH, a liberação da gastrina é inibida. Quando o estômago esvazia, para o intestino delgado, a presença de lípideos estimula a liberação de hormônio duodenal enterogastrona, que faz o estômago cessar a produção de ácido. A mucosa, por contraste, produz uma solução que é alcalina e pobre em enzimas. Ela é misturada com o alimento antes de sua entrada no intestino delgado. Quimo Motilidade Gastrintestinal Ingestão de alimentos Preensão: Introdução do alimento na cavidade bucal Lábios e dentes incisivos: Equino, pequenos ruminantes e suínos Uso da língua: Bovinos Cão e Gato: Uso dos dentes. Mastigação: Dentes molares Deglutição: Passagem do alimento da cavidade bucal para a faringe Etapa: Oral, Faríngea e Esofágica. .Digestão e Absorção: Processos Fermentativos e Não Fermentativos Hidrólise (reação de decomposição ou alteração de uma substância pela água) enzimática das moléculas maiores. A hidrólise enzimática das moléculas maiores é a parte fundamental da digestão fermentativa, assim como da digestão glandular ou não fermentativa. A principal diferença entre os dois processos é que na digestão fermentativa, as enzimas são de origem microbiana e na digestão glandular as enzimas são endógenas (provenientes do próprio animal). Outras diferenças fundamentais entre as digestões fermentativas e glandulares são as taxas de reações e o grau de alteração das moléculas de substrato. Geralmente, na digestão não fermentativa, as enzimas atuam de forma mais rápida do que na digestão fermentativa e os substratos se alteram em um grau muito menor. Na digestão fermentativa, o animal usa a cadeia de carbono da proteína para fazer carboidrato, proteína e lipídio. E o tempo do alimento exposto a essas enzimas é muito maior na digestão fermentativa comparado à outra. Mecanismos de regulação do TGISNC e endócrino, localizado na parede do TGI Nível intrínseco: Intestino regula algumas de suas funções com base nas condições locais, como a quantidade e tipo de alimento contido no lúmen (fatores químicos e físicos). Controle do SNC exerce influência sobre os sistemas intrínsecos, que então regulam diretamente a função intestinal. O nível intrínseco permite que o intestino regule de maneira algumas de suas funções com base nas condições locais, como a quantidade e tipo de alimento contido no lúmen (fatores químicos e físicos). O controle do SNC é principalmente secundário, o SNC exerce influência sobre os sistemas intrínsecos, que então regulam diretamente a função intestinal. Digestão no estômago monocavitário Características nutricionais dos animais monogástricos. Reduzida capacidade de armazenamento de alimento; taxa de passagem dos alimentos no TGI relativamente rápida; baixa capacidade de digerir materiais fibrosos; pequena capacidade de síntese gastrointestinal; digestão básica dos alimentos faz-se por meio de enzimas digestivas; aproveitam mais eficientemente os alimentos concentrados do que os animais ruminantes; Aves Não mastigam alimento na boca. Divertículo chamado inglúvio ou papa; Estômago mecânico: Moela. Aves e Suínos Estômago Digestão gástrica de proteínas; Digestão de carboidratos quase nula devido ao pH ácido. Intestino Delgado Digestão final dos carboidratos, lipídios e proteínas; Seção de maior absorção de nutrientes; Função primária: Excreção dos resíduos alimentares não aproveitado no ID; Absorção de água e eletrólitos: Fermentação dos resíduos não aproveitados no ID; Microflora anaeróbicos => vitaminas, AGV e AA Motilidade O controle é feito pelo nervo vago: O estímulo por meio do alimento ingerido na cárdia (maior parte) e faringe; Retículo – Mediador de partículas: Partículas grandes – de volta a boca (ruminação) Partículas menores – enviadas ao rúmen para fermentação ou para o omaso Funções da Motilidade Mistura Eructação de gases; ruminação e passagem; Bactérias do Rúmen Celulolíticas: Digestora de Celulose; Amilolíticas: Digestora de amido; Digestoras de hemicelulose; Fermentadora de açucares: Glicolíticas; Utilizadoras de ácidos; Archaeabactérias metanogênicas; Proteolíticas: Digestoras de bactérias; Lipolíticas: Digestora de lipídios. Produtoras de amônia. Hidrolizadoras de ureia. População microbiana: BACTÉRIAS, FUNGOS E PROTOZOÁRIOS; Função: Fermentação de alimentos fibrosos, transformação em produtos absorvíveis pelo sistema digestivo; fonte de energia (AGCC) => Fermentação e digestão de carboidratos; Síntese de aminoácidos a partir de nitrogênio não proteico (dieta ou reciclagem via saliva); Síntese de vitaminas do complexo B e K; UNIDADE II – ÁGUA E ENERGIA EM NUTRIÇÃO ANIMAL Qual a importância da água na nutrição animal? Tendo em vista a grande variedade de suas funções e a magnitude de seus requisitos, a água pode ser considerada o nutriente essencial mais importante para os animais. A água é o maior constituinte do corpo, e a manutenção estável de sua quantidade é rigidamente controlada nos mamíferos e aves. O corpo humano pode perder praticamente toda a gordura e acima da metade da proteína e sobreviver, enquanto a perda de um décimo da água pode resultar em morte. O mesmo pode ocorrer com os animais domésticos, variando entre as espécies a capacidade de perdê-lo. Quais as funções da água? Transporte de nutrientes; Excreções (ureia); Secreções; Solvente para reações químicas (hidrólise); manutenção da temperatura do corpo; líquido sinovial; fluído cérebro-espinhal e amaciamento do alimento e assimilação de nutrientes. O que é água consumida? Ingestão de água O que é água metabólica? Refere-se à água formada durante o processo de oxidação dos H2 contidas nas proteínas, carboidratos e gorduras em nível de metabolismo orgânico. Por onde ocorrem as perdas de água? Pelas fezes, urina (maior volume), respiração, pele e produtos animais (leite e ovo). Quais sintomas de desidratação? São pele seca, sinais das pregas da pele, capilares sanguíneos mal preenchidos, aumento da frequência cardíaca e temperatura corporal elevada. Quais são as exigências de água? Os fatores que afetam as exigências/ consumo são: Espécie animal, Ingestão de matéria seca, temperatura do ambiente, ingestão de proteínas, incremento calórico, ingestão de sal e condições fisiológicas, taxa e composição do ganho de peso, idade, temperatura da água, atividade do animal e disponibilidade da água. Bovinos 60, 90, 60 Kg/dia Corte, Leite e manutenção Equinos 50 e 40 Kg/dia Lactação e Trabalho Aves 0,5 Kg/dia Suínos 6, 8 e 14 kg/dia Crescimento 30 kg Engorda/ lactação 60 – 100 kg Ovinos 6 e 4 kg/dia lactação e engorda Variação de consumo Bovinos Leiteiros 40 a 65l Bovinos de Corte 8 – 9l Ovinos 3,5 a 4l Equinos 30 – 45l Aves 2x a quantidade de alimento ingerido/ aumento com o calor Cão/ Gato 30ml Água em ruminantes Grande reservas de fluído no rúmen, grande produção de saliva, ingestão de alimentos é reduzido se ocorrer falta de água. Água em ovinos Produção média de 8l de saliva por dia, fezes mais secas comparadas às fezes de bovinos, boa parte de perdas de água via transpiração e respiração. Vaca leiteira Entrada Saída Água livre Fezes Alimento Urina Água metabólica Feto (eventualmente) Suor Leite Equinos Entrada Saída Água livre Fezes Alimento Urina Água metabólica Suor Cães e Gatos Entrada Saída Água livre Fezes Alimento Urina Água metabólica Expiração Aves de Postura Entrada Saída Água livre Excretas Alimento Ovo Água metabólica ENERGIA DO ALIMENTO Energia não é um nutriente, mas uma propriedade. Uma das mais importantes avaliações de um alimento, juntamente com o teor de PB e de A.A. O que é energia bruta? A energia química presente nos alimentos, obtida através da sua combustão completa até CO2 e H2 0 é chamada de Energia Bruta. A quantidade de energia bruta de um alimento depende da sua composição química, mas guarda pouca relação com o que está disponível para o animal, apesar de, em grande parte, o animal utilizar a oxidação como forma de gerar energia. Isto porque existem perdas no processo de digestão e metabolização que são extremamente variáveis. Necessidade energética é medida em calorias: kcal. Determinado pela bomba calorimétrica: Expresso em calorias (cal, kcal, mcal) ou Joules (j, kj e mj): 1 cal – 4,184 J. O que é energia digestível? Descontando a primeira ineficiência que é a energia perdida nas fezes, sobra a porção da energia química que é absorvida pelo organismo, chamada Energia Digestível. Valor energético dos alimentos Energia digestível (ED); ED = (EB * cd da EB)/ 100 Coeficiente da digestibilidade; Obtida também pelo NDT; 1g de NDT = 4,409 kcal de ED O que é energia metabolizável? A segunda perda de energia, ou seja, a próxima ineficiência do processo ocorre no metabolismo da energia absorvida (digestível). Essa ineficiência decorre da perda de energia através da urina e dos gases. A perda através dos gases é particularmente importante para ruminantes, por causa da fermentação ruminal. Descontadas as perdas da energia da urina mais as dos gases, ficamos com a Energia Metabolizável, ou energia disponível às células do animal. Energia Digestível Energia Metabolizável Energia Bruta Perdas pela urina Perdas (Fezes). Valor energético dos Alimentos EM = ED – Eurina - Egases % Coef. Dig. (%) Fração Digerida Cal/g EM (Cal) Umidade 10 - - PB 09 85 7,65 * (5,65-1,25) 4,40 33,66 EE 04 90 3,60 9,40 33,84 FB 05 05 0,25 4,15 1,04 MM 05 - - - - ENN 67 92 61,64 4,15 255,81 324,35Cal Energia Líquida A terceira perda de energia seria o Incremento Calórico, que é a perda energética na forma de calor inerente a metabolização dos alimentos. Subtraindo-se o incremento calórico da Energia Metabolizável tem-se a Energia Líquida, que é efetivamente a energia disponível para o animal sobreviver e produzir. Parte da Energia Líquida vai para o metabolismo basal do animal, que, basicamente, seria responsável pela manutenção da temperatura corporal, potencial de membranas e “turnover” de macromoléculas conhecidas como Energia Líquida de Manutenção. A outra parte da energia seria a responsável pela produção animal, isto é, seria a Energia Líquida de Produção, usada para crescimento ou secreção dos produtos animais (carne, leite, gestação). As vantagens do sistema de energia líquida seriam que: 1) a energia expressa como energia líquida é independente do tipo de dieta e 2) os valores de energia do alimento são determinados separadamente para diferentes funções fisiológicas, isto é mantença, ganho, lactação e gestação. EL = EM – IC Energia Líquida de Produção (ELp); Engorda; Gestação e Lactação. Energia Líquida de Manutenção (ELm); Metabolismo Basal; Atividade e temperatura do corpo; ENERGIA BRUTA – ENERGIA FECAL – DE ORIGEM ALIMENTAR – DE ORIGEM ENDÓGENA (CÉLULAS DE DESCAMAÇÃO, MICROORGANISMOS, ENZIMAS E SUCOS DIGESTIVOS) ENERGIA DIGESTIVEL – ENERGIA URINÁRIA – DE ORIGEM ALIMENTAR – DE ORIGEM ENDÓGENA (ENERGIA DE COMPOSTOS COMPONENTES DO NITRÔGENIO) ENERGIA METABOLIZÁVEL – INCREMENTO CALÓRICO – CALOR PRODUZIDO E DISSIPADO DUTANTE AS FERMENETAÇÕES DO TGI – AÇÃO DINÂMICO ESPECIFÍCA ENERGIA LÍQUIDA - ENERGIA DE MANTENÇA – ENERGIA METABOLISMO BASAL – ENERGIA UTILIZADA PARA A ATIVIDADE VOLUNTÁRIAS - ENERGIA PARA MANTER O CORPO AQUECIDO DURANTE O FRIO OU PARA BAIXAR A TEMPERATURA CORPORAL QUANDO ESTÁ QUENTE. ENERGIA PRODUTIVA – ENERGIA ARMAZENADA – NO FETO E NOS ANEXOS FETAIS, NA FESTANTE – NO SÊMEN – NA FORMA DE CRESCIMENTO – PRODUÇÕES. ENERGIA DO TRABALHO – TRABALHO EM SI – CALOR DISSIPADO % Coef. Dig. (%) Fração Digerida Cal/g EM (Cal) Umidade 10 - - PB 09 85 7,65 * (5,65-1,25) 4,40 33,66 EE 04 90 3,60 9,40 33,84 FB 05 05 0,25 4,15 1,04 MM 05 - - - - ENN 67 92 61,64 4,15 255,81 PBD = 4 FBD = 4 ENND = 4 EED = 9 Relação da PBD e ENN com EED 1:2, 25 4 -1 X = (9 * 1)/4 X = 2,25 Valor Energético dos lipídios é 2,25 X maior que os demais nutriented 9 - x DIGESTÃO E METABOLISMO DE PROTEÍNAS Proteínas: Macromolécula composta de uma ou mais cadeias polipeptídicas, cada uma possuindo uma seqüência de aminoácidos e peso molecular característicos, formadas por Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O) e Nitrogênio (N), contém ainda Enxofre (S), Fósforo (P), Cobre (Cu), absorvidas no tubo digestivo como aminoácidos, principais componentes dos órgãos e tecidos do organismo animal. Outros AA Ácido g-aminobutírico Beta-alanina Carnitina Ornitina Citrulina Glutationa TaurinaAminoácidos: Molécula orgânica que contém pelo menos um grupamento amina e um grupamento carboxila [Os aminoácidos são os componentes das proteínas.] AA semi-essenciais: Metionina+ + Serina Cisteína Fenilalanina Tirosina Aas Limitantes Presentes em menor quantidade às exigências do animal, em um determinado ingrediente ou ração, Limitam a síntese protéica. Aves: 1º AA limitantes: Metionina, 2º AA limitante: Lisina, 3º AA limitante: Treonina/ Triptofano Suínos: 1º AA limitantes: Lisina, 2º AA limitante: Metionina, 3º AA limitante: Treonina/ Triptofano Classificação nutricional dos aas Aminoácido essencial: Não é sintetizado, ou em quantidades insuficientes; Lisina/ Treonina são estritamente essenciais; Aminoácido não essencial Sintetizados pelos animais a partir de outros AA; Não necessário ser fornecido para os animais. Aminoácido Limitante Suprimento via dieta abaixo da exigência animal; Lisina/Treonina: Deficientes nos Cereais. Composição das proteínas: C: 51-55%, H: 6,5-7,3%, 21,5-23,5%, 15,5-18%, 0,5-2%, 0-1, 5% Classe Exemplo Enzima Tripsina, Hexoquinase Proteínas Transportadoras Hemoglobina, Mioglobina, Albumina do Soro Proteínas Nutritivas e de reserva Ovoalbumina, Caseína do Leite, Ferritina Proteínas Contráteis e de movimento Actina, Miosina Proteínas estruturais Queratina, Colágeno Proteínas de Defesa Anticorpos, Fibrinogênio, Trombina, Venenos de Serpentes Proteínas Hormonais ou Reguladoras Insulina, Hormônio do Crescimento Funções Estruturais: Membranas celulares. Proteínas contráteis, Colágeno,, queratina, etc. Bioquímicas: Enzimas Imunes: Anticorpos; Endócrinos: Hormônios; Presentes no núcleo, citoplasma e membrana celular; Formam a maior parte dos músculos, órgãos, pele, pelos penas, chifres, cascos, unhas e bico Metabolismo está ligado ao das vitaminas, minerais, lipídios e carboidratos, exercendo ainda, função de transporte de gorduras, vitaminas e alguns minerais. Proteínas Conjugadas AA + outro elemento: Lipoproteínas Lipídios Glicoproteínas Carboidratos Fosfoproteínas Fósforo Hemoproteína Ferro Flavoproteína Enzimas Metalproteína Íons Metálicos Proteínas globulares: Polipeptídios firmemente dobrados em forma de ‘bola’ e solúveis em água; Enzimas, Albuminas (transporte); Hemoglobina (transportador de oxigênio das hemácias). As proteínas globulares têm uma função dinâmica e incluem a maioria das enzimas, os anticorpos, muitos hormônios e proteínas transportadoras, como a albumina sérica e hemoglobina. Proteínas Fibrosas: As proteínas fibrosas são moléculas altamente alongadas em que são compostas quase exclusivamente pela sua estrutura secundária. Muitas proteínas fibrosas, como os presentes na pele, tendões e ossos, funcionam como matérias estruturais que têm um papel protetivo, conectivo e de suporte nos organismos vivos. Outras, como as proteínas musculares e ciliares, têm funções relacionadas com o movimento. Ex: Colágeno (Principal proteína do tecido conjuntivo); Queratina (Cabelo, lã, escamas, Unhas e penas); Elastina encontrada nos vasos sanguíneos. Estruturas das proteínas Primária: Sequência de AA que compõem a cadeia polipeptídica. A ordem exata do AA em uma proteína especifica é a estrutura primária dessa proteína. Secundária: Diz respeito aos padrões regulares e repetitivos que ocorrem localmente no enovelamento do esqueleto da proteína. Terciária: Diz respeito à forma tridimensional específica assumida pela proteína como resultado do enovelamento global de toda a cadeia polipeptídica Quaternária: Muitas proteínas são constituídas por mais de uma cadeia polipeptídica. A estrutura quaternária descreve a forma com que as diferentes subunidades se agrupam e se ajustam para formar a estrutura total da proteína. Desnaturação das proteínas É a perda da forma tridimensional de uma proteína, que ocorre por ação de qualquer fator capaz de destruir as estruturas secundária, terciária e/ou quaternária. ... ATENÇÃO: na desnaturação protéica NÃO há perda da estrutura primária, ou seja, os aminoácidos continuam unidos na mesma seqüência. A desnaturação é um processo no quais moléculas biológicas perdem suas funções, devido a alguma mudança no meio, seja em altas temperaturas, variações de PH, entre outras. Ela acontece comumente com proteínas. Proteínas são importantíssimas moléculas orgânicas, envolvidas em praticamente toda atividade celular. A síntese protéica se inicia no núcleo e termina no citoplasma dentro dos ribossomos, onde uma cadeia de polipeptídios é formada. Um aminoácido se liga a outro por uma ligação covalente, o que chamamos de ligação peptídica, formando a cadeia primária da proteína. Na estrutura secundária, aquela cadeia primária pode interagir com ela mesma, formando dobramentos que podem ser em forma de hélice, folhas ou laços. Na estrutura terciária podemos ver a disposição tridimensional da secundáriaem relação ao espaço, ligações de hidrogênio e dissulfeto garantem maior estabilidade desta estrutura. A quaternária é uma estrutura em que mais de uma proteína estão ligadas em um complexo. A sua estrutura está estritamente ligada à sua função. Dentre os milhares de proteínas, cada uma delas tem funções específicas, que evoluíram em um meio, com determinadas características. O processo de desnaturação protéica ocorre quando este meio é alterado de forma que mude a estrutura tridimensional da proteína, afetando sua atividade biológica. A desnaturação não afeta as ligações peptídicas entre os aminoácidos, a estrutura primária é mantida. Efeitos da água no dobramento das proteínas ‘Caixa’ que mantém a proteína dobrada; Pontes de hidrogênio mantêm moléculas de água juntas; Água repele as cadeias laterais de AA apolares, forçando-os para o interior da proteína. Cadeias laterais polares interagem com a água, permanecendo na parte externa da proteína. Digestão de proteínas/ Monogástricos Inicia-se no estômago Enzimas pepsina e renina; Polipeptídios grandes pela enzima pepsina. Suco gástrico (HCl e pepsinogênio) HCl é diluído (pH 2-3), não digere e sim desnatura proteínas. HCl ativa pepsinogênio pepsina proteína polipeptídios. Enzimas transformam as proteínas em peptídeos; Digesta chega ao intestino delgado; Suco pancreático libera zimogênios (tripsinogênio) Ação de tripsina, quimotripsina e carboxipeptidases; Enzimas produzem peptídeos ainda menores e AA; Enzimas amino e dipeptidades são secretadas pela mucosa intestinal; Quebra de peptídeos e AA; AA são absorvidos e transportados para a corrente sanguínea. Inicia-se no estômago; Proteínas são quebradas em polipeptídios grandes pela enzima pepsina; Diferentemente de quaisquer outras enzimas proteolíticas, a pepsina digere o colágeno, a principal proteína do tecido conjuntivo; Maior parte da digestão de proteína ocorre no duodeno; Tripsina, quimotripsina e carboxipeptidases pancreáticas quebram proteínas intactas e continuam a quebra iniciada no estômago até que pequenos polipeptídios e AA sejam formados; A fase final da digestão de proteínas ocorre na bordadura em escova, onde os dipeptídeos e tripeptídeos são hidrolisados aos seus AA; Vários peptídeos pequenos são, normalmente, eficientemente absorvidos intactos. AA são absorvidos através de transporte ativo; Transporte de AA co-transporte com o sódio; Os peptídeos e AA absorvidos são transportados para o fígado através da veia porta para serem liberados na circulação geral. Quase todas as proteínas são absorvidas quando alcançaram a porção terminal do jejuno e apenas 1% das proteínas ingeridas é encontrado nas fezes. • Alguns aa podem permanecer na célula epitelial e são usados na síntese de enzimas intestinais e de novas células. • A maioria das proteínas endógenas das secreções intestinais e células epiteliais descamadas também são digeridas e absorvida a partir do intestino delgado. Absorção de AA Alguns aminoácidos competem entre si, durante o transporte. O transporte é ativo: movem-se pela membrana dos enterócitos contra uma gradiente de concentração, com gasto de energia. Digestão de proteínas em Ruminantes Proteína verdadeira x nitrogênio não protéico; Ação de microrganismos; Proteína verdadeira é quebrada em AA pelas proteases e peptidases microbianas; desaminação amônia e AGCC; Peptídeos, AA e amônia podem ser incorporados à proteína microbiana; Proteína dietética que escapa à degradação ruminal e proteína microbiana vai até ID; Digeridas e absorvidas em forma de aminoácidos; Composto nitrogenados (proteínas e NNP) são usados para a síntese de proteína microbiana Eficiência de degradabilidade ligada a diversos fatores, principalmente a energia (carboidratos) Proteína Ideal Balanço exato de AA que é capaz de promover sem excesso ou falta, os requerimentos de todos os AA necessários para a manutenção do animal e máxima disposição protéica. Vantagem: Permite expressar o potencial máximo, melhor conversão alimentar, reduz custo de alimentação, redução do nível protéico da dieta. Produto PB(%) Farelo de Soja 45-51% Farelo de Algodão Com casca: 25-36 Sem casca: 43% Caroço de Algodão 24-25% Leucena Acima de 20% Maniçoba 21% Utilizados Qualidade variável Alto teor de proteína Composição Melhor balanço de AA essenciais Digestibilidade Destino para resíduos Biodisponibilidade de AA essenciais Fonte de Nutrientes caros Fatores antinutricionais Produto PB(%) Farinha de Vísceras 55-65% Farinha de penas hidrolisadas 75% Farinha de Carne e Ossos 36-63% Farinha de Sangue 85% Farinha de Peixe 62%/ 50% DPB Farinha de Carne 35-55% Farinhas de Ossos 6,5% Ovo desidratado 42% Leite em pó 30% Soro de Leite em pó 11% Cama de Frango 18-40% Cama de Frango: nAlto tisco de contaminação por bactérias, principalmente a Clostridium botulinum Valor Biológico da Proteína Escala de graduação usada para determinar se uma fonte nutricional é usada por um organismo e com que eficiência. Comparação de proteínas. Quando maior for mais aas e N o organismo irá reter Proteínas de alto valor biológico são aqueles que contêm todos os aminoácidos essenciais que o corpo não produz sozinho Aminoácidos Glicina: Biossíntese de ácidos nucléicos, sais biliares, porfirinas, fosfato de creatina e outros aa; Inibição de sinais neurotransmissores no SN. Alanina: Metabolismo do Triptofano e da piridoxina; Utilizado na síntese protéica; Redução do colesterol. Valina, Leucina e Isoleucina: Hidrofóbicos; Encontrados no interior das proteínas; Determinam a estrutura tridimensional das proteínas; Raramente são úteis em reações bioquímicas. Metionina: Auxilia no início da tradução do Rnam; 1° AA incorporado na posição N terminal de todas as proteínas; Fonte de enxofre para Cisteína (homocisteína). Fenilalanina: Biossíntese de AA e neurotransmissores. Tirosina: Síntese de várias substâncias (hormônios da tireóide, melanina, catecolaminas); Triptofano: núcleo do neurotransmissor serotonina; Serina: Porção ativa de “proteases da serina” (tripsina e quimotripsina). Treonina: Metabolismo da porfirina; Representantes mais comuns desta classe de compostos são o grupo hemo, que contém ferro, a clorofila, que contém magnésio, e os pigmentos biliares. Cisteína: Porções ativas de enzimas; Metabolismo: coenzima A, heparina, biotina, ácido lipóico e glutationa. Cistina (02 Cisteínas): Urina, cálculos vesicais e renais; Proteínas (cabelo, penas, pelos); Queratina, insulina, cromotripsinogênio A, papaína, tripsinogênio; Prolina: Componente primário do colágeno; Convertida em hidroxiprolina, no colágeno. Hidroxiprolina: Proteínas estruturais (colágeno, tecidos conectivos e paredes celulares; Asparagina: Biossíntese de glicoproteínas; Grande número de outras proteínas. •Glutamina: Regulação dos índices de amônia no organismo. Ácido aspártico: Síntese de outros AA (asparagina, arginina, lisina, metionina, treonina, isoleucina) e diversos nucleotídeos; Ciclo do ácido cítrico. Ácido glutâmico: Biossintetizado a partir de vários AA, incluindo ornitina e arginina; Bastante polar e presente no exterior das proteínas interagirem com o meio aquoso. Lisina: superfície das proteínas e porções Ativas; Essencial para o crescimento (jovens) e equilíbrio de N (adultos); Arginina: Porção ativa ou catalítica das proteínas; Histidina: Freqüente nas porções catalíticas das enzimas; Metabolizado no neurotransmissor da histamina. DIGESTÃO E METABOLISMO DE LIPÍDIOS Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool, tais como óleos e gorduras. Eles não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Apresentam coloração esbranquiçada ou levemente amarelada. De acordo com a natureza do ácidograxo e do álcool que formam os lipídios, eles podem ser classificados em quatro grandes grupos: simples, complexos, derivados e precursores. Os lipídios simples ou ternários são compostos apenas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Já os lipídios complexos ou compostos, além de possuírem os átomos presentes nos lipídios simples, apresentam átomos de outros elementos, como o fósforo. Os lipídios precursores são formados a partir da hidrólise de lipídios simples e complexos. Os derivados, por sua vez, são formados após transformações metabólicas sofridas pelos ácidos graxos. Utilizando como critério o ponto de fusão, podemos classificar os lipídios em dois grandes grupos: as gorduras e os óleos. As gorduras são sólidas em temperatura ambiente, são produzidas por animais e seus ácidos graxos são de cadeia saturada, ou seja, unidos por ligações simples. Os óleos, por sua vez, são líquidos em temperatura ambiente, fabricados por vegetais e seus ácidos graxos possuem cadeia insaturada, ou seja, apresentam dupla ligação. Ácidos Graxos Os ácidos graxos consistem em um tipo de lipídio formado por cadeias longas de carbonos (C) com um grupamento carboxila (–COOH) em uma de suas extremidades. Eles são a parte dos lipídios utilizada como combustível pelas células, constituindo uma das principais fontes de energia junto com a glicose e as proteínas. O termo “gordura” é freqüentemente utilizado para designar ácidos graxos. Porém, as gorduras são formadas não só por estas moléculas, mas pela união desses ácidos graxos a uma molécula de glicerol. As gorduras podem ser sólidas ou líquidas em temperatura ambiente, dependendo da estrutura do ácido graxo que a compõe, podendo ser basicamente de duas formas: saturada ou insaturada. Quando os átomos de carbono da cadeia do ácido graxo estão unidos apenas por ligações simples (C–C) formam as chamadas gorduras saturadas, pois todos os seus carbonos se encontram saturados de ligações com átomos de hidrogênio (H). Já quando a cadeia apresenta ligação dupla entre carbonos (C=C) formam as chamadas gorduras insaturadas, já que a ligação dupla ocorre por estes carbonos não estarem completamente saturados de átomos de hidrogênio (H). Gorduras contendo ácidos graxos saturados têm consistência sólida em temperatura ambiente, enquanto gorduras contendo ácidos graxos insaturados são líquidas em temperatura ambiente, formando óleos. Os ácidos graxos insaturados podem ainda ser subdivididos em monoinsaturados quando apresentam apenas uma ligação dupla ou, então, poliinsaturado quando possuem mais de uma ligação dupla. Nomenclatura Relacionado ao comprimento da cadeia e ao número de duplas ligações, separadas por dois pontos. A posição das duplas ligações é especificada por números sobrescritos seguindo a letra grega D (delta). A posição das duplas ligações também é regular Ácidos graxos monoinsaturados a dupla ligação fica entre os carbonos C-9 e C-10 (D9) Poliinsaturados nas posições D9, D12 e 15, separados por um grupo metileno (-CH2-). Ácidos Graxos Saturados: Não possuem duplas ligações São geralmente sólidos à temperatura ambiente Gorduras de origem animal são geralmente ricas em ácidos graxos saturados Exemplos: · Ácido Palmítico - CH3(CH2)14COOH · Ácido Esteárico - CH3(CH2)16COOH · Ácido Araquídico - CH3(CH2)18COOH Ácidos Graxos Insaturados: · Possuem uma ou mais duplas ligações sendo mono ou poliinsaturados · São geralmente líquidos à temperatura ambiente · A dupla ligação, quando ocorre em um ácido graxo natural, é sempre do tipo "cis". · Os óleos de origem vegetal são ricos em Ácidos Graxos insaturados. · Quando existem mais de uma dupla ligação, estas são sempre separadas por pelo menos 03 carbonos. As duplas ligações nunca são adjacentes e nem conjugadas Exemplos: · Ácido Palmitoléico - CH3 - (CH2)5 - HC = CH - (CH2)7 - COOH · Ácido Oléico - CH3 - (CH2)7 - HC = CH - (CH2)7 - COOH · Ácido Linoléico - CH3 - (CH2)3 - (CH2 - HC = CH)2 - (CH2)7 - COOH · Ácido Linolênico - CH3 - (CH2 - HC = CH)3 - (CH2)7 - COOH · Ácido Araquidônico - CH3 - (CH2)3 - (CH2 - HC = CH)4 - (CH2)3 - COOH · EPA - CH3 - (CH2 - HC = CH)5 - (CH2)3 - COOH C. Propriedades · O ponto de fusão dos ácidos graxos aumenta com o aumento da cadeia, mas diminui com o aumento do número de insaturações. Isso ocorre porque a configuração "cis" das duplas ligações provoca uma dobra de 30o na cadeia, o que dificulta a agregação das moléculas. Classificação dos Lipídios Saponificáveis simples: Gorduras e Ceras; Compostos: Glicolipídios e fosfolipídios; Insaponificáveis: Terpenos (Nome genérico dos hidrocarbonetos do tipo da terebintina [Nome genérico das resinas líquidas que se obtém por exsudação e incisões de árvores coníferas e terebintáceas]), esteróide e Prostaglandinas; Ácidos graxos livres: São pouco comuns, mais freqüentes ligados a um álcool. Triacilgliceróis (TAG) Os triacilgliceróis são uma forma de armazenamento de energia no organismo muito mais eficiente, por serem menos oxidados que os carboidratos e por exigirem pouca água de solvatação quando armazenados, porque são apolares. Eles são formados a partir da reação de esterificação de ácidos graxos com três grupos hidroxila de glicerol. Os triacilgliceróis simples são compostos apenas de um tipo de ácido graxo, já os triacilgliceróis misturados são formados por dois ou três tipos de ácidos graxos. A desesterificação de um triacilglicerol é chamada de reação de saponificação usada na produção de sabão, em meio alcalino por hidrólise e liberação doas ácidos graxos e o glicerol, que compõe sais de ácidos graxos. Na reação de interesterificação é possível mudar a composição dos triacilgliceróis. São os mais abundantes; Constituído 03 AG esterificados (Que foi transformado em éster, composto orgânico que deriva da reação de ácido com álcool) a 01 molécula glicerol; São compostos apolares Regiões polares de seus precursores (hidroxilas do glicerol e carboxila do AG) desaparecem na formação das ligações éster Em gorduras dos animais são ricos em AG saturados, o que contribui a esses lipídios consistência sólida à temperatura ambiente. E os de orige vegetal ricos e AG insaturados, são os líquidos Vantagem de estocar ENERGIA na forma de TAG Os átomos de Carbono dos ácidos graxos são mais reduzidos que os dos açucares, portanto, a oxidação dos triacilgliceróis libera duas vezes mais energia que os carboidratos. Os triacilgliceróis são hidrofóbicos e por isso desidratados, o que evita que o organismo carregue peso extra de água de desidratação. Ceras Presente nas partes externas das folhas dos vegetais, suas funções vão desde proteger pele e pelos até impermeabilizar as penas. São lipídios que por hidrólise liberam 01 mol de ácido graxo de cadeia longa e 1 mol de álcool alifático de cadeia longa. Possui estrutura linear o que facilita a agregação entre as moléculas, formando cadeias hidrofóbicas que configuram sua função impermeabilizante. Lipídios sem Ácidos Graxos em sua Composição: Não são saponificáveis. As vitaminas lipossolúveis e o colesterol são os principais representantes destes lipídios que não são energéticos, porém desempenham funções fundamentais no metabolismo. Lipídios Estruturais da Membrana A característica central na arquitetura das membranas biológicas é a dupla camada de lipídios, que age como uma “barreira” impedindo a passagem de moléculas polares e íons. As moléculas dos lipídios da membrana são anfipáticas (uma das extremidades é hidrofóbica e outra hidrofílica). Essas interações hidrofóbicas entre si e suas interações hidrofílicas com a água promovem e orientam sua reunião e organização em lâminas chamadas de bicamada lipídica. Existem cinco tipos mais comuns de lipídios de membrana: os glicerofosfolipídios (fosfoglicerídios), nos quais as regiões hidrofóbicas são compostas de dois ácidos graxos ligados a um glicerol; esfingolipídios, nos quais um único ácido graxo está ligado a uma amina graxa, a esfingosina; esteróis, compostos caracterizadospor um sistema rígido de quatro anéis hidrocarbônicos fundidos. Índice de Iodo: Detectar se o ácido graxo é saturado ou insaturado, maior índice de insaturação, maior é a retenção de iodo no triacilglicerol. Funções dos Lipídios Armazenamento de carboidratos que são metabolizados e gordura; Estrutura e Reserva; Fonte de energia: 2,25 vezes ais calorias que carboidratos; Aumenta eficiência da utiliza de energia Redução de IC (Por definição, o Incremento Calórico (IC) é representada pelo aumento da produção de calor após o consumo do alimento pelo animal. O IC é constituído basicamente do calor de fermentação e a energia gasta no processo digestivo) Redução de IMS (ingestão de matéria seca): A maior quantidade de ácidos graxos na corrente sanguínea reprime no SNC o desejo de ingestão. Participação da secreção de bile e síntese de prostaglandinas; Liberação de água metabólica Outras funções presentes em menor quantidade: Cofatores enzimáticos; Transportadores de elétrons; Pigmentos que absorve radiações luminosas; Âncoras hidrofóbicas; Agentes emulsificantes; Hormônios e mensageiros intracelulares; Vitaminas A, D, E, K: Compostos lipossolúveis; Nas rações: Melhoras palatabilidade; Redução de poeira e perda de nutrientes (granja- distribuição de grãos (farelos) Manutenção de equipamentos; Facilitar peletização (Transformação de farelos em grânulos através de um processo físico-químico adicionando-se vapor ao farelo submetendo-a aos fatores temperatura, umidade e pressão por um tempo determinado); Melhorar o conteúdo energético; Conversão da dieta; Valor Extra/Calórico Fornecimento de vitaminas lipossolúvel e ácidos graxos essenciais; Energia dietética de baixo incremento calórico (é representada pelo aumento da produção de calor após o consumo do alimento pelo animal. O IC é constituído basicamente do calor de fermentação e a energia gasta no processo digestivo) Favorecimento de absorção e aproveitamento de substâncias lipossolúveis (vitaminas, carotenos, ácidos graxos) Estímulo para liberação de hormônio colecistoquina (secreção de suco pancreático) O valor extra calórico depende muito do nível de inclusão nas rações, varia entre as espécies animais, o excesso torna-se fonte de energia, depende da categoria animal e reduz a velocidade de passagem do TGI. Digestão dos lipídios no estômago de não ruminantes A hidrólise das gorduras da dieta continua no estômago por ação da lípase lingual e da lípase gástrica (tributirase), secretada pela mucosa gástrica. A distribuição da lípase gástrica varia nas distintas regiões do estômago, sendo principalmente encontrada na região fúndica. Quando o alimento deglutido penetra no esôfago, há estímulos para liberação da gastrina pelas células G, principalmente provocados pela distensão do estômago e a presença de aminoácidos e peptídeos. A gastrina estimula a produção de ácido clorídrico que provoca abaixamento do pH do estômago, tornando o bolo alimentar acidificado (quimo). Existem três fases do processo de digestão lipídica, sendo dividida em emulsificação (estomacal e intestinal); hidrólise e formação de micelas (intestinal). Primeira fase – a emulsificação é o processo de redução de gotículas de lipídeos a um tamanho que forme suspensões estáveis em água ou soluções aquosas. A fase de emulsificação começa no estômago, à medida que os lipídeos são aquecidos à temperatura corpórea e submetidos a mistura e agitação intensa e ação de trituração no estômago distal. Esta atividade do estômago distal tende a quebrar os glóbulos dos lipídeos em gotículas que passem para o intestino delgado. O estômago é o principal sítio de emulsificação das gorduras devido à ação mecânica da sístole antral sobre os TG, fosfolipídios e ésteres de colesterol, assim como sobre os DG e os AGL resultantes da digestão pela lípase gástrica Destinos Metabólicos – Monogástricos Lipídios de Reserva: Suíno – Toucinho, Frangos de Corte – Carcaça e Abdômen, Poedeira - Gema Aves: Absorção se faz no mesentério; Suínos: Vasos Linfáticos Fígado: Metabolismo dos lipídios Digestão de Lipídios em Monogástricos – Resumo Inicialmente Lípase gástrica; Quebra de gordura em glicerol e ácidos graxos; No ID: atuação da bile; Facilitação da lípase pancreática; Produto final: Glicerol, ácidos graxos e monoglicerídeos. Glicerol, ácidos graxos e monoglicerídeos absorvidos no epitélio intestinal; Após a absorção: recombinação a triglicerídeos; Seguem pelo sistema linfático e sanguíneo até o fígado e tecido adiposo; Digestão dos lipídios em ruminantes Imediatamente após a ingestão dos lipídios, estes são submetidos à ação da microbiota ruminal. Primeiro, ocorre uma hidrólise das ligações éster, via enzimas bacterianas de natureza extracelular (HENDERSON, 1971; PERRIER et al., 1992), as quais possuem atividade lipolítica, galactolipolítica e fosfolipolítica (JENKINS, 1993). Essa hidrólise promove a liberação de um “pool” de ácidos graxos saturados (AGS) ou insaturados (AGI), glicerol (oriundo dos triglicerídeos dietéticos) ou galactose (proveniente dos galactolipídios ingeridos) Posterior à hidrólise, os AGIs sofrem um processo bioquímico de saturação, denominado biohidrogenação. O glicerol e a galactose serão fermentados, até AGV, os quais serão absorvidos pelo epitélio ruminal. O processo de liberação das gorduras ocorre com a entrada dos lipídeos no rúmen. Os lipídeos não sofrem o processo de fermentação e podem passar pelo rúmen sem sofrer alterações, porém a maioria sofrerá ação das bactérias ruminais através do processo de hidrólise e biohidrogenação, sendo estes eventos seqüenciais respectivamente. Os lipídeos que adentram o rúmen pela alimentação estão esterificados como: triglicerídeos, fosfolipídios e galactolipídios. Com a exposição ao rúmen sofrem a hidrólise (lipólise) ocorrendo no meio extracelular pela ação das bactérias ruminais e pouca influencia também de protozoários presentes no rúmen, fungos, salivas e ação de lipases das plantas. O glicerol e açúcares que são liberados pela hidrólise são fermentados a ácidos graxos voláteis (AGV) e alguns destes são utilizados por bactérias para a formação de fosfolipídios necessários para a parede celular. Assim, a partir da liberação do glicerol estarão no líquido ruminal ácidos graxos de cadeia longa como: os ácidos graxos oléico, linoléico e linolênico. A hidrólise é reduzida em animais quando a dieta oferecida tem aumento nos níveis de gordura, diminuição de pH e adição de ionóforos que inibem o crescimento bacteriano ruminal. O processo de biohidrogenação depende para a sua realização dos ácidos graxos estarem na forma não esterificada ou livre, assim são necessárias ligações duplas (insaturadas) com a adição de 3 hidrogênios para promover a saturação, ficando apenas a cadeia carbônica com ligações simples. Ácidos graxos poli-insaturados são tóxicos para as bactérias ruminais sendo as mais susceptíveis as Gram positivas. A toxicidade é devido a característica anfipática dos ácidos graxos, aqueles que são solúveis, tanto em solventes orgânicos como em água, são mais tóxicos. Assim, a biohidrogenação atua como um mecanismo de defesa importante para o rúmen. Metabolismo dos ácidos graxos no rúmen: biohidrogenação dos ácidos graxos poliinsaturados. O metabolismo dos ácidos graxos insaturados no rúmen resulta como principal produto o ácido esteárico que passará ao abomaso e ao intestino onde será absorvido. O processo normal da biohidrogenação dos ácidos oléico, linoléico e linolênico formará ácido esteárico, porém em algumas situações devido à incompleta biohidrogenação dos ácidos graxos ocorrem alterações que levam a formação final de ácidos graxos trans Lipídeos no intestino A formação de micelas é essencial para a absorção dos lipídeos pelas células intestinais, para o qual é necessária a mistura de bile, secretada pelo fígado e pâncreas,com enzimas e bicarbonato. Assim, os fosfolipídios são absorvidos e digeridos no intestinodelgado. Os ácidos graxos presentes no intestino são provenientes na maioria da glicose sanguínea, se encontrando ligados ao glicerol para a formação de triglicerídeos. Tanto os triglicerídeos como o colesterol, alguns ácidos graxos livres e outras substancias lipídicas são recobertas por proteínas para a formação de lipoproteínas, também conhecidas por quilomicrons ou lipoproteínas de baixa densidade. Dentre as lipoproteínas estão os quilomicrons (QM) que transportam triglicerídeos do intestino para o fígado, lipoproteínas de muito baixa densidade conhecidas por VLDL que efetuam o transporte dos triglicerídeos do fígado para o tecido adiposo, lipoproteínas de baixa densidade (LDL) que levam o colesterol do fígado para as células do corpo, lipoproteínas de alta densidade (HDL) que recolhemos colesterol dos tecidos do corpo, e transportam de volta para o fígado e lipoproteínas de densidade intermediária (IDL)que atuam como intermediários entre VLDL e LDL. Para adentrar a corrente sanguínea as lipoproteínas entram nos vasos linfáticos seguindo para o ducto torácico onde se encontra a junção do sistema linfático e circulatório. Os lipídeos que são absorvidos entram na circulação sem uma prévia metabolização hepática, diferente do que ocorre na maioria dos outros nutrientes. Digestão dos lipídios em ruminantes – Resumo Ação de microorganismos; Hidrólise; Triglicerídeos Glicerol e Ácidos Graxos; Galactolipídios Galactose e ácido graxos; Glicerol Fermentado à propionato; Galactose Ácidos Graxos Voláteis; Biohidrogenação: Saturação dos ácidos graxos insaturados Destinos Metabólicos - Ruminantes Não Sintetizado pelos animais Ácidos graxos essenciais Envolvidos nos processos de integridade das membranas celulares e precursores das prostaglandinas. Linoléico (diz-se de ou ácido graxo insaturado (C18H32O2), comum em óleos vegetais, importante na nutrição animal; linolênico [É us. na medicina, no preparo de tintas e na fabricação de margarina.] Linolênico Aracdônico No fígado ocorre a síntese a partir do linoléico co a presença de vitamina B6; Fisiologicamente essencial; Aves, suínos e cães produzem; Gatos não produzem; Ácidos graxos essenciais são os ácidos graxos que os seres humanos e outros animais devem ingerir, porque o organismo necessita, mas não pode sintetizá-los. Apenas dois EFAs são conhecidos para os seres humanos: Ácido alfa-linolênico (um ácido graxo ômega-3) e o ácido linoléico (um ácido graxo ômega-6). Outros ácidos graxos que são apenas "condicionalmente essenciais" incluem ácido gama - linolênico (um ácido graxo ômega-6), ácido láurico (um ácido graxo saturado), e ácido palmitoléico (um ácido graxo monoinsaturado) Funções dos Ácidos Graxos Essenciais No organismo, ácidos graxos essenciais têm funções múltiplas. Eles são modificados para fazer os eicosanóides clássicos (que afetam a inflamação e muitas outras funções celulares) os endocanabinóides (afetam o comportamento, humor e inflamação). Eles formam balsas lipídicas (afetando sinalização celular). Eles atuam sobre o DNA (ativando ou inibindo fatores de transcrição tais como NF-kB, que é ligado à produção de citocinas pró-inflamatórias). Constituintes da membrana celular; Auxiliam na absorção de ácidos graxos; Funções reprodutivas; Araquidônico: Síntese de prostaglandinas; Sintomas de deficiência de ácido linoléico em Aves Crescimento retardado; Fígado gorduroso; Redução no tamanho dos ovos; Redução da taxa de postura; Redução na eclodibilidade (desenvolvimento) dos ovos; Elevação da mortalidade embrionária durante incubação; Sintomas de deficiência de ácido linoléico em Suínos Perda de pelo; Dermatite escamoso-casposa; Pelo seco e quebradiço; Deficiência na produção de bile; Atrofia dos testículos; Redução ou falta de espermatogênese; Ácido Linoléico Conjugado (ALC) 18 carbonos; Duas duplas ligações; Óleos vegetais e tecidos animais possuem pequenas quantidades de ALC; Concentração na carne e ovos está relacionada ao consumo; Efeito imunológico; Humanos não realizam Biossíntese; Principal fonte: Leite da vaca. Ácido graxo ômega-3 Encontrado em óleos de peixes de águas frias (EPA-eicosa-pentaenóico e DHA-docosa-hexaenóico); Linoléico: Óleos vegetais; Baixa incidência de problemas cardíacos e de artrite; EPA: associado principalmente com proteção e saúde vascular; Ligados ao processo de metabolismo de lipídios plasmáticos; agregação de plaquetária e coagulação sanguínea. Essencial para adultos; DHA: Formação do tecido nervoso e visual; Formação da massa encefálica; Essencial para primeira etapa de desenvolvimento; Conversão de linolênico em EPA e DHA; Alguns animais; Galinha poedeira: Eficiência de conversão; Humanos: Conversão Lenta; Inclusão de linolênico, EPA e DHA nas dietas; Vantagens do uso de óleo (5 a 10%) Permite o uso de dietas de alta densidade nutricional; Permite o equilíbrio desejado da relação energia/proteína; Melhora o consumo de ração (maior palatabilidade); Melhora a conversão alimentar; Diminui o desperdício de ração; Melhora a eficiência do metabolismo energético. Permite o uso de ingredientes alternativos; Desvantagens do uso de óleo (5 a 10%) Acelera os processos de oxidação; Exige o uso de antioxidantes; Acelera a perda de nutrientes específicos (vitamina E); Aumenta a deposição de gordura corporal; Desvantagens do uso de óleos e gorduras nas fábricas de ração Limpeza de tanques de armazenagem e misturadores; Estocagem Oxidação; Tanques; Dispersores; Dispersor para a perfeita homogeneização da dieta; Desbalanceamento; Grumos; VITAMINAS E MINERAIS São substâncias orgânicas heterogêneas, classificadas não por sua natureza química, mas por suas funções. São constituintes normais dos alimentos e essências à vida ou à saúde do animal. Eficientes em quantidades diminutas, diferenciando-se dos micro-elementos minerais pela sua natureza orgânica. Essenciais ao metabolismo normal dos tecidos, mas não participa como unidade estrutural da célula. Não são desdobradas para fornecimento de energia, mas não essenciais para obtenção da energia dos nutrientes. Muitas são sintetizadas no trato digestivo pela simbiose com microorganismos, não sendo necessária a sua ingestão com os alimentos. Sintetizadas nos tecidos corporais, não sendo necessária, em condições normais, a sua absorção pelas espécies que as sintetizam. Vitaminas lipossolúveis Vitaminas hidrossolúveis Retinol B1- Tiamina D2 – ergocalciferol B2 – Riboflavina D3 – Colicalciferol B3 – Ácido pantotênico E – Tocoferóis B6 – Piridoxina K – Filoquinona e menaquinona B12 – Cianocobalamina H – Biotina Bc – Ácido Fólico Colina C – Ácido ascórbico Necessidades de Vitaminas Espécie Animal: A e D (Todos os animais); E (Ratos e Aves); C (Homem, Cobaia e Primatas). Agentes microbianos do trato digestório sintetizam vitaminas do complexo B, sendo esta fonte de vitaminas muito importante para os animais jovens: Ruminantes: Bactérias do Rúmen sintetizam vitaminas do complexo B e K (independem da dieta). Monogástricos: A síntese pelas bactérias do trato digestório não é suficiente para atender as exigências. Enfermidades, Parasitas e Estresse: Uso de reservas corporais (energia) - Atividade Enzimática - exigência de vitaminas. Destrói mucosa intestinal e diminui a absorção de vitaminas. Condição Fisiológica do animal: Animal em crescimento e gestação (terço final), têm maiores exigências de vitaminas; VITAMINA A - Lipossolúveis Retinol, Vitamina do Crescimento. Funções: Visão (formação da rodopsina); Formação células epiteliais (mucosas); metabolismo dos hormônios sexuais; Desenvolvimento do sistema nervoso; Reprodução e desenvolvimento embrionário; Crescimento dos Ossos (osteoclastos e osteoblastos); Absorção é no intestino delgado. Suplementação: Pré-disposições às infecções, lesões de pele e mucosas de diversos tipos, transtornos da adaptação ao escuro, enfermidades hepáticascom a conseguinte diminuição da capacidade de armazenamento da vitamina A. Vermes e coccidiose comprometem a mucosa intestina, diminuindo a absorção do caroteno e sua conversão em vitamina A. Transferência via placenta é muito pequeno, por isso, o RN deve mamar o colostro, que é rico em vitamina A. Deficiência: Em geral, perda de apetite, redução do crescimento, aumento à susceptibilidade. Perda da visão, cegueira noturna, xeroftalmia (olho seco), lacrimejamento copioso, queratomalácia (doença ocular caracterizada pelo amolecimento da córnea, o que pode levar à perfuração do globo ocular), Crescimento anormal dos ossos, resultando em compressão dos nervos. Em machos: Degeneração do epitélio germinativo e em Fêmeas ocorre a degeneração severa do ovário (suínos), redução da produção de ovos e taxa de eclosão (aves), anormalidade fetais e abortos; VITAMINA D – Anti-raquítica / Vitamina do Sol - Lipossolúvel Desenvolvimento dos ossos em crescimento, absorção de Ca pela mucosa intestinal e incorporação de Ca e P na matriz óssea. Eliminação de P pelos rins melhorando a absorção de P nos túbulos renais. Ativa a fosfatase alcalina, enzima responsável pela calcificação óssea. Presente em plantas e leveduras, quando expostos à luz UV, transforma-se em vitamina D2 (ativa em mamíferos). Presente nos tecidos animais, quando exposto à luz UV, transforma-se em vitamina D3 (ativa em mamíferos e aves). Peixes, fígado (peixe) e seus óleos. Absorvida no ID, favorecida por qualquer fator que melhore a absorção de gorduras, pouca reserva no organismo (fígado, rins, adrenais e ossos) e é excretada com a bile e pela parede intestinal. Suplementação: Exigências variam com o conteúdo de Ca e P da dieta e tempo de exposição ao sol, animais jovens são mais exigentes, cor da pele e pelame tem menor passagem de radiação quanto ser mais escuros. Hipervitaminose: Hipercalcemia (calcificação dos tecidos moles, incluindo rins, como também das paredes arteriais). Deficiência: Em geral: Diminuição do apetite, inibição do crescimento, perda de peso (suínos Bovinos e aves); Desmineralização dos ossos. Depósito de Ca nos ossos em crescimento (raquitismo, no animal jovem); Perda de Ca dos ossos (osteomalácia e osteoporose, nos animais adultos); Marcha dolorosa, dura, imobilidade, má formações ósseas dos membros, ossos brandos, flexíveis; Predispõe a espasmos por tetania em leitões; pré-diminuição da postura, produção de ovos com casca fina, redução da eclodibilidade (aves), crias fracas, mortas ou com má formação (bovinos e ovinos), Eliminação renal excessiva de fosfatos. VITAMINA E - Lipossolúveis Antioxidante biológico; Protege a vitamina A evitando a sua oxidação; Metabolismo dos ácidos nucléicos, na síntese do ácido ascórbico, no metabolismo dos AA sulfurados e estimula a síntese de coenzima Q; Fator protetor da membrana dos eritrócitos, aumentando a resistência contra agentes hemolíticos (peróxido de H); Manter a função testicular; Co-fator da porção citocromo redutase da NAD oxidase e seccinato desidrogenase. Inter-relação da vitamina E. Previne edema produzido por aumento da permeabilidade dos capilares (diátese exsudativa). Fontes Naturais: Gérmen de grãos; plantas verdes e seus fenos muito bem curados (alfafa); Absorção no ID na presença de bile e excreção pelas fezes. Armazenada no tecido adiposo, músculo, adrenais, coração e fígado. Suplementação: Selênio potencializa a ação de vitamina E, reduzindo a distrofia muscular e a diátese exsudativa em aves e a retenção de placenta em ruminantes e eqüinos. Passa através da placenta para o leite, de forma que as reservas da cria dependem da dieta da mãe. Exigências de vitamina E aumentam com o aumento da quantidade de ácidos graxos na dieta. Deficiência: Em geral: Transtornos no crescimento, encefalomalácia em aves (hemorragia e edema de cerebelo); Degeneração muscular cardíaca e esquelética, distrofia muscular em pintos; Aumenta oxidação da gordura corporal (suínos e aves); Distrofia hepática de origem alimentar, em suínos; Degeneração testicular e esterilidade (leitões, terneiros, frangos), diminuição da eclodibilidade, fertilidade e aumento na morte e reabsorção dos fetos (suínos); Hemólise (anemia), edema exsudativo em aves; Problemas vasculares; VITAMINA K – Anti-hemorrágica - Lipossolúvel Funções: Coagulação Sanguínea; Transporte de elétrons na cadeia respiratória e na fosforilação oxidativa; Absorção e excreção: Similares a vitamina E; Não se acumula no organismo (exceção do fígado) Fontes Naturais: Forragens verdes, bons fenos, farinha de alfafa desidratada e sementes inteiras; farinha de peixe, sintetizada de forma plena (ruminantes) ou satisfatória (monogástrico) no trato digestório sadio. Suplementação: Pouca passagem pela placenta (suplementar RN). Bactérias do trato digestório produzem vitamina K suficiente, para atender as exigências, principalmente para ruminantes e monogástricos herbívoros. Aves e suínos em condições normais recomendam-se a suplementação Deficiência: Raras em mamíferos, podendo aparecer, principalmente em leitões e terneiros. Hemorragias em distintos tecidos (subcutâneo) e órgãos, músculos, cérebro, trato digestório, cavidade abdominal, vias urinárias, etc. Aumento no tempo de coagulação sanguínea. VITAMINA B1 – Tiamina - Hidrossolúvel Funções: Metabolismo normal dos carboidratos; Acetil-CoA também constitui o elemento básico para a formação dos ácidos graxos e dos esteróis, sendo, portanto, essencial para a transformação dos carboidratos em lipídios. Fontes Naturais: Plantas e microorganismos; grãos de cereais (arroz); Farelos de soja, de caroço de algodão, de amendoim, de alfafa e de arroz e levedura. Suplementação: Processamento pode destruir a Tiamina; Substâncias anti-tiaminicas (samambaia); Peletização e presença de minerais reduz a atividade de tiamina; Dietas com muitos carboidratos ( Tiamina), Deficiência: Redução do Apetite, debilidade geral progressiva (suínos e frangos); Cianose (Aves e Suínos), Ataxia, espasmos, convulsões, Bradicardia, Dilatação Cardíaca, Edema, Diarréia, Úlceras e Hemorragias da Parede Intestinal (suínos), Inibição do desenvolvimento testicular em animais jovens; atrofia dos ovários, crias prematuras, natimortos, diminui a produção e eclodibilidade dos ovos; Beribéri (homem - resultando em fraqueza muscular, problemas gastrointestinais e dificuldades respiratórias), Poliencéfalomalácia no gado: Destruição da Tiamina no rúmen (tiaminase) RIBOFLAVINA – B2 - Hidrossolúvel Funções: Componente de enzimas transportadoras de H; Metabolismo geral dos carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos, através da oxidação dos numerosos substratos. Fontes Naturais: Subprodutos do Leite, Farinha de Fígado, Leveduras Secas, Fenos de Gramíneas e de Folhas de leguminosas. Suplementação: Estável em premixes, com ou sem minerais, por 06 meses, à temperatura ambiente. Minerais são depressores em altas temperaturas. Pouco efeito de peletização no conteúdo de riboflavina das rações. Insensível ao calor e oxigênio e levemente sensível à umidade e luz. Exigências maiores em ambientes com baixas temperaturas e nas aves; Deficiência: Em geral, inibição do crescimento, redução do apetite, dermatite seca com escamação, perda de pelo, pelo eriçado, sensibilidade à luz, turvação do cristalino, catarata (suínos), espasmos e paralisia, ataxia (degeneração da mielina), patas estiradas e dedos curvos (frangos), vômitos, diarréia, irritação das mucosas do aparelho digestivo (suínos e frangos); Transtornos de postura, redução da eclodibilidade, edemas (leitões), mortalidade embrionária (aves), partos prematuros e fetos mortos (suínos). NIACINA – B3 – Hidrossolúvel Funções: Metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, Importantes nas reações metabólicas que fornecem energia aos animais, participando diretamente na transferência de H. Fontes Naturais: Derivados de carne, peixe, grãos de destilaria e leveduras, solúveis de destilação e fermentação, oleaginosas e materiais folhosos. Cereais: Formaquímica não disponível (aves e suínos); Suplementação: Exigências aumentam em 60 – 80% devido à baixa disponibilidade nos alimentos, estáveis em premixes com ou sem minerais. Insensível ao calor, oxigênio, umidade e luz. Deficiência: Inflamação e Ulcerações da mucosa da língua, boca e esôfago, dermatite escamosa e pelo áspero nos suínos; Perose (Anormalidade no desenvolvimento das pernas das aves), atrofia do fêmur em frangos, anemia em suínos, inapetência, vômitos, diarréia hemorrágica (suínos e pintos), pelagra em humanos e língua negra em cães. PIRIDOXINA – B6 – Hidrossolúvel Funções: Piridoxal-5-fosfato: coenzima para uma série de enzimas que catalisam a transaminação, descarboxilação, desaminação, dessulfidração (degradação ou síntese dos AA). Mantém o nível adequado de coenzima A no fígado, que intervém no metabolismo de ácidos graxos. Fontes Naturais: Vegetais (folhas verdes, grãos de cereais e seus subprodutos) como pirodoxina, que é a forma dietética predominante. Alimentos de origem animal (músculo e fígado): piridoxal e piridoxamina. Suplementação: Disponibilidade no farelo da soja (processamento); estável em premixes sem minerais ou com minerais na forma de sulfatos. Perdas na presença de minerais óxidos e carbonatos. Exigência: Dietas ricas em proteínas, TRP e MET. Deficiência: Em geral redução do apetite, má conversão alimentar, plumagem eriçada e insuficiente (aves), ataxia, debilidade geral, anemia microcítica hipocrômica (suínos e aves). Degeneração gordurosa do fígado, perda de apetite, diarréia (suínos bovinos e aves); Queda na postura e eclodibilidade (aves). ÁCIDO PANTOTÊNICO – B5 – Fator Antidermatite - Hidrossolúvel Funções: Forma ativa e conjugada com um nucleotídeo, a coenzima A, reações do metabolismo intermediário. Fontes Naturais: Quantidades variáveis nos alimentos. Baixo no Milho. Deficiência: Em geral, redução do crescimento e apetite, má utilização dos alimentos (todas as espécies); Exsudação na pele, alopecia (suínos). Incoordenação motora (suínos), inapetência, ulceras, diarréia (suínos); redução da postura e eclodibilidade em aves, reabsorção fetal (suínos), crias fracas. VITAMINA H - BIOTINA – B7 – Hidrossolúvel Funções: Reações de carboxilação e descarboxilação no metabolismo intermediário. Adição de CO2 ao Acetil-CoA para formar o Malonil-CoA (síntese de lipídios). Fontes Naturais: Baixa Concentração nos tecidos de plantas e animas, fígado, melaço, amendoim e ovos são ricos em biotina. Suplementação: Avidina (clara de ovo crua): se liga a biotina tornando-a indisponível; Streptavidina (Streptomices): efeito mais potente que a avidina. Rancificação oxidativa destrói a biotina. Deficiência: Em geral: Redução do crescimento (suínos e aves); Dermatite, rachaduras do bico e das patas (aves); Perose (frangos); Redução da Eclodibilidade (aves), bico arqueado (pintos), má formação embrionária do esqueleto (aves). ÁCIDO FÓLICO – B9 – Hidrossolúvel Função: Transportador de unidades de carbono; Essencial no metabolismo dos compostos monocarbonados (C1): Interconversão da serina e glicina; Degradação da histidina; Síntese de Purinas; Síntese de Grupamentos metil para a metionina, colina e timina. Fontes Naturais: Alimentos em Geral (Folhas verdes, Carnes, Cereais, Feijão e Soja), Síntese bacteriana intestinal. Suplementação: Estável em premixes sem minerais. Perdas de até 50% em premixes com minerais. Perdas aumentam com a temperatura ambiente. Perdas na peletização (ajuste de 10 – 20% para aves); muito sensível ao calor e luz. Deficiência: Em geral: Inibição do crescimento, redução do Apetite (suínos); Penas eriçadas, Dermatite, Despigmentação das penas, Degeneração gordurosa do fígado, diarréia branca (pintos); Má formação do bico. Mortalidade embrionária. Anemia normocitária em suínos e macrocítica em pintos. CIANOCOBALINA – VITAMINA B12 – Hidrossolúvel Funções: Inter-relacionada com ácido fólico, ácido pantatênico, colina, metionina, etc. Biossíntese de grupamentos metil-lábeis, necessários para a biossíntese das bases púricas e pirimídicas, que são elementos essenciais aos ácidos nucléicos, Metabolismo de Lipídios. Fontes Naturais: Fígado e Farinha de Fígado; Produtos de origem animal (carne, leite, ovos, peixes e moluscos) em menores quantidades; Síntese ruminal e Intestinal. Suplementação: Boa estabilidade em premixes com ou sem minerais; Presença de Co para a síntese ruminal e intestinal; Excesso de proteínas e energia aumentam as exigências; Exigências: Níveis de Colina, Metionina e ácido fólico. Deficiência: Em geral: Baixa eficiência alimentar e retardo do crescimento; Dermatite e pelagem eriçada; anemia normocítica leve e moderada (suínos e terneiros); Faltam de apetite, diarréia e vômito (suínos); Redução da eclodibilidade, morte dos embriões (aves); ÁCIDO ASCÓRBICO – VITAMINA C – Hidrossolúvel Funções: Formação do colágeno e substâncias correlatas em ossos e tecidos moles; Formação de hidroxiprolina (hidroxilação); Fator antioxidante; Facilita a absorção de ferro no intestino; Conversão de ácido fólico para a sua forma ativa, o ácido folínico; Deficiência: Escorbuto (doença aguda ou crônica caracterizada por hemorragias, alteração das gengivas e queda da resistência às infecções), Fontes Naturais: Frutas Cítricas, tomates, folhas verdes, batatas, outras frutas e vegetais. Leite Fresco (Não pasteurizado). Suplementação: Homem, primatas e Cobaias; Falta a L-gulonolactona oxidase, Estresse (aves e peixes). Baixa Estabilidade (protegidas). COLINA – Hidrossolúvel Função: Coenzima, acetilcolina (transmissão de impulsos nervosos); Atividade lipotrópica, previne acúmulo de gordura no fígado; Fornece grupos metil para a formação da metionina e da cratina. Fontes Naturais: Todos os alimentos (sojas e leveduras). Melhores fontes (gema, fígado, farinha e solúveis de peixe). Suplementação: Tratamento da soja reduz a disponibilidade da colina; Nível protéico e de Metil afetam as exigências de colina; Cloreto de colina é estável em premixes com ou sem mineral. Diminuição da vitamina B12 e ácido fólico aumenta as exigências de colina. Deficiência: Fígado Gorduroso (Dietas ricas em CHO); Crescimento retardado e perose. MINERAIS A função dos minerais está envolvida em proporcionas a resistência dos ossos e dentes; Ativação de sistemas enzimáticos (reações metabólicas); Manter pressão osmótica e excreções; Equilíbrio ácido-base; Exercer efeitos característicos na irritabilidade dos músculos e nervos, produção de leite, carne, ovos, lã etc. Estrutural: Ca, P, S Mantença Balanço A-B: Na, K, Cl Cofatores: MG, e Cu Atividade de Enzimas: Zn, Se, Mo Hormônios: Iodo Vitaminas: Cobalto Essenciais: São aqueles cuja ausência na dieta ocasiona redução no desempenho e/ou na saúde dos animais. Macrominerais (requeridos de 100 mg a > 1g): Cálcio (Ca), Fósforo (P), Potássio (K), Sódio (Na), Cloro (Cl), Enxofre (S), Magnésio (Mg). Microminerais (microgramas a 100 mg/dia): Ferro (Fe), Zinco (Zn), Cobre (cu), Selênio (Se), Cobalto (Co), Iodo (L), Manganês (Mn). Sinergismo Ca e P na formação dos ossos. Cu e Fe na formação da hemoglobina. Mn e Zn na formação do DNA. Antagonismo Formação do oxido de magnésio na presença de excesso de magnésio na dieta; Complexo de Ca – P – Zn na presença de excesso de cálcio. Biodisponibilidade A biodisponibilidade biológica pode ser definida como aquela porção de um mineral que pode ser usada pelo animal para atender suas necessidades metabólicas. Importância: Diminuir a excreção para o meio ambiente sem afetar o desempenho. Fatores que interferem na biodisponibilidade Fatores físicos químico Forma química do elemento (livre ou complexado); Presença de outro íon inorgânico, interação do nutriente mineral com o seu carreador molecular, receptores específicos de mucosa. Moléculas orgânicas Ex: Fitatos, que diminuem a disponibilidade Zn, Fe, Cu, Mn; Certos açúcares diminuem Cu, Fosfatos diminuem Fe e Mn, Polifenóis diminuem Fe, Aminoácidos aumentam a disponibilidade Zn,
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