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Semana 4 - Volume por Fatiamento Quando tentamos calcular o volume de um sólido nos deparamos com o mesmo tipo de problema que é calcular a área entre duas curvas. Sob condições apropriadas, a mesma estratégia usada para determinar áreas, pode ser usada para encontrar o volume de um sólido. Seja S um sólido compreendido entre os planos x=a e x=b. A seção transversal em cada ponto x ∈ [a,b] é uma região R(x) de área A (x). Se A(x) for uma função contínua de x, podemos usá-la para calcular o volume de S como uma integral. A ideia é dividir o volume em finas lâminas que têm seções transversais que não variam muito em tamanho nem em forma. O volume de cada uma dessas fatias será dado por Vi=A(xi)∆x (aproximadamente) Somando essas aproximações, conseguimos uma aproximação para o volume de S obtemos uma Soma de Riemann e como quanto mais fina for a lâmina melhor é a aproximaçãopara o volume de S, ao calcular o limite da Soma de Riemann quando ∆x −>0 conseguimos calcular o volume de S como uma integral. V= lim ∆𝑥→0 ∑ 𝐴(xi)∆𝑥 Definição: Seja S um sólido compreendido entre os planos x=a e x=b. Supondo que sua seção transversal tenha área A(x) conhecida em cada ponto x ∈ [a,b], então o volume V do sólido S é dado por: V= ∫ 𝐴(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 Exemplo 1- Obtenha a fórmula para o volume de uma pirâmide reta com altura R cuja base é um quadrado com lados de comprimento a. Considere um sistema de corrdenadas no qual o vértice da pirâmide está na origem e o centro sobre o eixo x. As seções transversais em x são quadrados com lado l. Usando semelhana de triângulos, temos: 𝑥 ℎ = 𝑙 𝑎 => 𝑙 𝑎 ℎ . 𝑥 => 𝐴(𝑥) =𝑙2 = 𝑎2 ℎ2 . 𝑥2 Logo, 𝑉 = ∫ 𝑎2 ℎ2 . 𝑥2𝑑𝑥 = 𝑎2 ℎ2 . 1 3 ℎ 𝑎 𝑥3 | ℎ 0 = 𝑎2 ℎ2 . 1 3 (ℎ3 − 0) =>𝑉 = 𝑎3ℎ 3 𝑢. 𝑣 OBS.: Não precisamos colocar o vértice no eixo y positivo, obtemos o volume pela integral V=∫ 𝑎2 ℎ2 ℎ 0 (ℎ − 𝑦)2𝑑𝑦 Exemplo 2- Uma cunha foi obtida por meio do corte de um cilindro de raio 3 por dois planos. Um deles é perpendicular ao eixo do cilindro. O segundo cruza o primeiro formando um ângulo de 45º no centro do cilindro. Determine o volume da cunha. A área da seçãotransversal é dada por: A(x) = 2x √9 − 𝑥2 Daí V=∫ 2𝑥√9 − 𝑥2 3 0 𝑑𝑥 Fazendo u= 9-x2 temos: { 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = −2𝑥 => 2𝑥 𝑑𝑥 = −𝑑𝑢 𝑥 = 3 => 𝑢 = 0 𝑥 = 0 => 𝑢 = 9 => 𝑉 = ∫ −𝑢 1 2⁄ 0 9 𝑑𝑢 = 2 3 𝑢 3 2⁄ |9 0 = 2 3 . 9 3 2⁄ = 18 ∴ V= 18 u.v Sólidos de Revolução (método do disco) Um sólido de revolução é um sólido gerado pela rotação de uma região plana em torno de uma reta (eixo de revolução). Cilindro Podemos de terminar o volume de um sólido de revolução por fatiamento. Neste caso, as seções transversais são circulares e daí: A(x) = 𝜋.(raio)2 Se, por exemplo, a curva 𝑦 = 𝑓(𝑥) gira em torno de eixo x, o volume do sólido de revolução resultante é: 𝑉 = ∫ 𝜋(𝑓(𝑥))2 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 Exemplo 1- O círculo 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑟2 é guiado em torno do eixo x para gerar uma esfera. Determine seu volume. R=√𝑟2 − 𝑥2 daí 𝑉 = 𝜋 ∫ (𝑟2 − 𝑥2) 𝑟 −𝑟 𝑑𝑥 = 𝜋 (𝑟2𝑥 − 1 3 𝑥3) | 𝑟 −𝑟 = 𝜋(𝑟3 − 1 3 𝑟3 + 𝑟3 − 1 3 𝑟3) 𝑉 = 𝜋 (2𝑟3 − 2 3 𝑟3) =>𝑉 = 4 3 𝜋𝑟3 u. v Exemplo 2- A região delimitada pelo eixo x, pela curva y = x2+1 e pelas retas x= -1 e x=1 gira em torno de eixo x. Determine o volume do sólido resultante. 𝑉 = 𝜋 ∫ (𝑥2 + 1)2𝑑𝑥 = 𝜋 1 −1 ∫ (𝑥4 1 −1 + 2𝑥2 + 1)𝑑𝑥 = 2𝜋 ∫ (𝑥4 1 −1 + 2𝑥2 + 1)𝑑𝑥 = 2𝜋 [ 1 5 𝑥5 + 1 3 𝑥3 + 𝑥] | 1 0 = 2𝜋 [ 1 5 + 2 3 + 1] = 56 15 𝜋 𝑢. 𝑣 Exemplo 2- Determine o volume do sólido obtido com a rotação, em torno do eixo y, da região compreendida entre o eixo y e a curva 𝑥 = 2 𝑦 com 1 ≤ 𝑦 ≤ 4. 𝑉 = ∫ 𝜋 ( 2 𝑦 )2 4 1 𝑑𝑦 = 𝜋 ∫ 4 𝑦2 4 1 𝑑𝑦 = 4𝜋 (− 1 𝑦 ) | 4 1 = 4𝜋 (− 1 4 + 1) = 4𝜋. 3 = 3𝜋 𝑢. 𝑣 Exemplo 3- Determine o volume do sólido obtido com a rotação em torno da reta 𝑦 = 1 da região definida por 𝑦 = √𝑥 e 𝑦 = 1 e 𝑥 = 4. V= 𝜋 ∫ [𝑅(𝑥)]2 4 1 𝑑𝑥 Onde R(x) = √𝑥 − 1 ∴ V= 𝜋 ∫ (√𝑥 − 1)2 4 1 𝑑𝑥 = 𝜋 ∫ (𝑥 − 2√𝑥 + 1)𝑑𝑥 = 4 1 𝜋 [ 𝑥2 2 − 4 3 𝑥 3 2⁄ + 𝑥] |4 1 = 𝜋 [8 − 32 3 + 4 − 1 2 + 4 3 − 1] = 7𝜋 6 𝑢. 𝑣 Se a região que giramos para girar um sólido não atingir ou não cruzar o eixo de revolução, o sólido resultante terá um orifício no meio. Neste caso, as seções transversais são arruelas (anéis) e não discos. Se chamamos: { 𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜: 𝑅(𝑥) 𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜: 𝑟(𝑥) Temos a área da arruela dada por: 𝐴(𝑥) = 𝜋[𝑅(𝑥)]2 – 𝜋[𝑟(𝑥)]2 Daí: V= 𝜋 ∫ 𝜋[R(x)]2 – 𝜋[r(x)]2 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 Exemplo 4- A região limitada pela curva 𝑦 = 𝑥2 + 1 e pela reta 𝑦 = −𝑥 + 3 gira em torno do eixo x para gerar um sólido. Determine seu volume. Limites de Integração 𝑥2 + 1 = 𝑥 + 3 𝑥2 + 𝑥 − 2 = 0 => { 𝑥 = −2 𝑥 = 1 ∴ 𝑉 = 𝜋 ∫ [(−𝑥 + 3)2 − (𝑥2 + 1)2 1 −2 ]𝑑𝑥 = 𝜋 ∫ (−6𝑥 + 9) − (𝑥4 + 2 1 −2 𝑥2 + 1)𝑑𝑥 = 𝜋 ∫ (8 − 6𝑥 − 1 −2 𝑥2 − 𝑥4)𝑑𝑥 = 𝜋 (8𝑥 − 3𝑥2 − 𝑥3 3 − 𝑥5 5 ) | 1 −2 = 𝜋(8 − 3 − 1 3 − 1 5 + 16 + 12 − 8 3 − 32 5 = 117𝜋 5 𝑢. 𝑣 Exemplo 5- A região compreendida entre a parábola 𝑦 = 𝑥2 e a reta 𝑦 = 2𝑥 no primeiro quadrante gira em torno do eixo y para gerar um sólido. Determine seu volume. Limites de integração: 𝑥2=2x=> 𝑥2 − 2𝑥 = 0 => 𝑥(𝑥 − 2) = 0 =>{ 𝑥 = 0 𝑥 = 4 ou { 𝑦 = 𝑥2 => 𝑥 = √𝑦 𝑦 = 2𝑥 => 𝑥 = 1 2 𝑦 Daí; { 𝑦 = 0 𝑦 = 4 ou ∴ 𝑉 = 𝜋 ∫ (√𝑦 ) 2 − ( 1 2 𝑦) 2 𝑑𝑦 = 𝜋 ∫ (𝑦 − 𝑦 4 2 ) 𝑑𝑦 = 𝜋( 𝑦 2 24 0 4 0 + 𝑦 12 3 ) |4 0 = 𝜋( 16 2 - 64 12 ) = 8 3 𝜋 𝑢. 𝑣 Exemplo 6- Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da região delimitada por 𝑥2 = 𝑦 − 2, 2𝑦 − 𝑥 − 2 = 0 e as retas verticais 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1 em torno da reta 𝑦 = 3. { 𝑦 = 𝑥2 + 2 𝑦 = 1 2 (𝑥 + 2) 𝑟(𝑥) = 3 − (𝑥2 + 2) = 1 − 𝑥2 𝑅(𝑥) = 3 − ( 1 2 𝑥 + 1) = − 1 2 𝑥 + 2 ∴ 𝑉 = 𝜋 ∫ ( 1 −2 𝑥 + 2)2 − (1 − 𝑥2)2𝑑𝑥 1 0 = 𝜋 ∫ ( 1 4 𝑥2 − 2𝑥 + 4 − 1 + 2𝑥2 − 𝑥4) 𝑑𝑥 1 0 = 𝜋 ∫ (3 − 2𝑥 + 9 4 𝑥2 − 𝑥4) 𝑑𝑥 = 𝜋[3𝑥 − 𝑥2 + 3 4 𝑥3 − 1 5 𝑥5] | 1 0 1 0 = 𝜋 (3 − 1 + 3 4 − 1 5 ) = 51 20 𝜋 𝑢. 𝑣
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