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Vitor Marinho da Costa 1 Vitor Marinho da Costa Quarta-feira 08/08/2018 1. ESCALA DE ANSIEDADE: • Escala de Corah. Vitor Marinho da Costa 2 Vitor Marinho da Costa • O uso de medicamentos para controle de ansiedade não é de uso obrigatório para a realização de procedimentos odontológicos, no entanto são de extrema eficácia para a melhoria do atendimento, deixando o paciente mais cooperativo. • A escala de Corah é a principal forma de graduar a ansiedade de um paciente, através de perguntas e respostas. 2. ANSIOLÍTICOS: • Psicofármacos que aliviam seletivamente a ansiedade e os estados de tensão, sem induzir depressão do SNC. • Etanol, hidratado de cloral, opioides e barbitúricos. • Ação não seletiva. • Os medicamentos para tratamento de ansiedade são chamados de ansiolíticos e são classificados como Psicofármacos, visto que interagem com o SNC. Atuando de forma seletiva, aliviando sintomas de ansiedade e tensão. Embora esses medicamentos sejam classificados como depressores do SNC, eles não causam uma depressão acentuada, atuando aliviando os estados de ansiedade ao invés de deprimir de forma muito significativa o SNC. • Dentro dos ansiolíticos existem medicamentos que são mais seletivos para o alivio dos sintomas da ansiedade (que são os usados em odontologia) e existem ainda aqueles que não desempenham uma função tão seletiva, que seriam substancias que deprimem o SNC de forma mais acentuada (Etanol, hidratado de cloral, opioides e barbitúricos). • O principal grupo de antiansiolíticos usados na odontologia são os BENZODIAZEPÍNICOS (Agem de maneira seletiva para os sintomas de ansiedade promovendo alivio de tensão). • Por que Etanol, hidratado de cloral, opioides e barbitúricos não são uma boa escolha para a odontologia? Pois eles não apresentam ações seletivas para os sintomas da ansiedade. 3. USO EM ODONTOLOGIA: • Sensação de formigamento. • Palidez. • Aumento da frequência respiratória. • Quais são as causas? • Movimentos bruscos. • Experiências negativas. • Relatos Vitor Marinho da Costa 3 Vitor Marinho da Costa • O paciente ansioso apresenta aumento de frequência cardíaca (passa a reclamar de palpitação), aumento da frequência respiratória (o aumento da frequência respiratória pode causar perda de consciência, num quadro de emergência chamado de síndrome da hipoventilação), suor excessivo, pupila dilata, palidez, tremor nas extremidades, sensação de formigamento/dormência (principalmente ao redor da boca antes do paciente ser anestesiado). • Quais são as principais causam de ansiedade em um ambiente odontológico? Visualização do profissional paramentado, experiencias negativas, visualização de sangue, expectativa de dor. • Ansiedade nada mais é do que neurônio HIPEREXCITADO. No dicionário ansiedade significa medo do desconhecido, logo, as chances de ansiedade em procedimentos desconhecidos são maiores. É interessante sempre a TRANQUILIZAÇÃO VERBAL. 4. USO EM ODONTOLOGIA: • SEDAÇÃO MÍNIMA – Discreta depressão do nível de consciência produzida por métodos farmacológicos, que não afeta a habilidade do paciente de respirar de forma automática e independente e de responder de maneira apropriada à estimulação física e ao comando verbal. • Os níveis de sedação são divididos em: Sedação mínima (uso em odontologia), moderada (ansiolítico por via intravenosa como na endoscopia) e profunda (anestesia geral). • A sedação mínima nada mais é quando usamos de um método farmacológico para criar uma discreta depressão do SNC, onde de forma alguma o paciente perde a capacidade de respirar ou de responder a estímulos físicos e verbais. 5. USO EM ODONTOLOGIA – INDICAÇÕES: • Ansiedade aguda. • Intervenções mais invasivas. • Doença cardiovascular controlada. • Asma brônquica controlada. • História de episódios convulsivos controlados. • Após traumatismos dentários acidentais. Vitor Marinho da Costa 4 Vitor Marinho da Costa • O protocolo de controle de ansiedade é indicado para pacientes com quadro de ansiedade, para procedimentos onde a manipulação de tecidos e maior (tempo de duração maior – os pacientes sendo calo, visto que esses procedimentos podem causae níveis de estresse no paciente). • Pacientes com doença cardiovascular controlada – Todas as vezes que somos submetidos a procedimentos que causam estresse, medo ou dor, acontece uma liberação de adrenalina e noradrenalina pela medula da glândula suprarrenal e pacientes com doenças cardiovasculares nem sempre estão bem preparados para essas condições, podendo inclusive causar um aumento de PA. O mesmo acontece com pacientes diabéticos e pacientes com asma brônquica controlada. • Convulsão – A convulsão é uma Hiperexcitação neuronal e também se beneficiam do uso de ansiolíticos antes dos procedimentos. Porém merece atenção o fato de pacientes que possuem quadro recorrente de convulsão já tomarem medicamos anticonvulsivantes (já são depressores do SNC), a anestesia local já é uma depressão do SNC. Temos que ter um pouco de atenção na hora de indicar benzodiazepínicos para pacientes que já usam depressores do SNC, para evitar uma depressão maior do SNC. • Após traumatismos dentários – Situações traumáticas já possuem um quadro de ansiedade e estresse, logo o uso de ansiolíticos é super-indicado para o melhor atendimento. • PROCEDIMENTO ELETIVO – É aquele que eu escolho o melhor momento para realizar. 6. USO EM ODONTOLOGIA: • Controle de ansiedade: • Forma não farmacológica – Verbalização. • Farmacológica – Via oral (BDZ) e Via inalatória (óxido nitroso + 02). • Em odontologia usamos de duas formas para controlar a ansiedade. Através da tranquilização verbal e do controle farmacológico, que inclui os benzodiazepínicos (uso oral) e do óxido nitroso combinado com oxigênio (via inalatória). Vitor Marinho da Costa 5 Vitor Marinho da Costa BENZODIAZEPÍNICOS 7. MECANISMO DE AÇÃO: • Para entendermos como os benzodiazepínicos agem no nosso corpo, devemos antes, entender um neurotransmissor próprio do nosso corpo, o GABA (ácido gama amino butílico). O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do SNC, funcionando como o nosso ansiolítico endógeno, inibindo o excesso de excitação que está acontecendo nos neurônios. O GABA é sintetizado a partir de um precursor chamado GLUTAMATO, que sofre a ação da enzima glutamato descarboxilase, formando GABA que fica armazenado nas vesículas. • O GABA exerce o seu efeito final se ligando ao seu receptor, que pode ter duas conformações (GABAa e GABAb – não possui ligação com os benzodiazepínicos). 8. MECANISMO DE AÇÃO – RECEPTOR GABA: • GABAa: • Associados ao canal de cloro. • Moduladores por um conjunto de receptores vizinhos. • Estrutura pentamérica. • Diferentes subunidades. • Charney, 2010. • O neurotransmissor GABA exerce seu efeito final ligando-se ao seu receptor, que possui duas conformações (GABAa e GABAb, esse último não apresenta relação com os benzodiazepínicos. Apresentando uma estrutura pentamérica, isto é, formada por 5 subunidades dispostas de forma concêntrica com um poro no meio (o próprio canal), o receptor GABAa é associado ao canal iônico do íon Cloro e a ligação de GABA nesse receptor promove a abertura do canal de Cloro. • Uma importante característica do receptor GABAa é o fato dele ser modulado por um conjunto de receptores vizinhos, ou sejaque esse receptor não é exclusivo do neurotransmissor GABA, logo, existem outras substancias que podem se ligar a esse receptor e modificar o funcionamento desse receptor, seja para mais ou para menos, que é o que acontece com os benzodiazepínicos (se ligam ao receptor GABA). Não exclusivamente os benzodiazepínicos, mas outros medicamentos usados no controle de ansiedade se ligam ao receptor GABA, como os barbitúricos e etanol Vitor Marinho da Costa 6 Vitor Marinho da Costa 9. MECANISMO DE AÇÃO: • Hiperpolarização – efeito inibitório. • FUNCIONAMENTO DO GABA – Um determinado estímulo causa a liberação do neurotransmissor GABA na fenda sináptica. Esse neurotransmissor busca pelo seu receptor para realizar a sua ligação. A ligação do GABA ao seu receptor causa uma abertura dos canais de CLORO, promovendo uma entrada desse íon na célula nervosa. A entrada de cloro causa uma HIPERPOLARIZAÇÃO da membrana dificultando a passagem do impulso nervoso. • FUNCIONAMENTO DO BENZODIAZEPÍNICO – O benzodiazepínico se liga ao receptor GABAa e promove uma mudança conformacional no receptor, criando um aumento de afinidade do receptor pelo neurotransmissor GABA. Logo, fica mais fácil para o GABA se ligar ao seu receptor, fica mais fácil para o canal de cloro se abrir, acontece uma entrada maior de cloro, fica muito mais negativo, potencializando assim o efeito inibitório do neurotransmissor GABA. Todas as vezes que um fármaco modifica um receptor chamamos de ALOSTERISMO OU MODULAÇÃO ALOSTÉRICA, que poderá ser positiva (deixando o receptor mais sensível ao ligante) ou negativa (deixando o receptor menos sensível ao seu ligante natural). • Por que o benzodiazepínico é seguro? Pois diretamente ele não tem efeito nenhum, ele causa um aumento da ação dos nossos neurotransmissores, porém esse neurotransmissão possui uma reserva. Uma vez que utilizamos uma dose maciça de BZD e esgotamos as reservas o BZD perde o efeito, porém é possível conseguir níveis tóxicos com esse medicamento. • OBSERVAÇÃO – SEGURANÇA DO MEDICAMENTO: A magnitude do efeito do benzodiazepínico é limitada pela nossa reserva e quem decide o quanto de reserva existe é o nosso próprio organismo, isso torna um fármaco muito seguro. • OBSERVAÇÃO: Não adianta tomar uma caixa de benzodiazepínico e querer se matar, pois o efeito do medicamento depende da reserva de gaba e uma vez esgotada, o medicamento perde o efeito. Esses medicamentos possuem dose tóxica muito longe da dose terapêutica. Vitor Marinho da Costa 7 Vitor Marinho da Costa 10. EFEITOS FARMACOLÓGICOS: • Ansiolítico. • Sedativo e hipnótico. • Miorrelaxante. • Anticonvulsivante. • Amnésico. • Cardiovascular. • Respiratório. • Ansiolítico – Efeito mais conhecido dos benzodiazepínicos, sendo o mais desejado dentro da odontologia. • Alguns benzodiazepínicos podem apresentar efeito SEDATIVO E HIPNÓTICO. Dentre os BZD que são usados me odontologia, o MIDAZOLAM (Dormonid) é o que mais pode causar efeito hipnótico. BZD que possuem esse efeito são usados para a melhoria do sono, mantendo o sono por mais tempo e fazendo com que os pacientes durmam com maior facilidade (esse não é o uso odontológico, mas o da área médica). • Ansiolíticos também provocam efeito RELAXANTE MUSCULAR. Existem indícios de que BZD podem reduzir o reflexo de vômito, o que pode ser muito conveniente em pacientes que apresentam dificuldade em serem moldados. • Alguns BDZ também podem apresentar efeito anticonvulsivantes. Existe uma mudança na molécula química desses fármacos que pode tornar um BZD mais anticonvulsivante que outros. Por exemplo, o CLONAZEPAM (rivotril), é um medicamento que apresenta efeito anticonvulsivante graças a mudanças na estrutura química da sua molécula. É importante comentar que dentre os BZD o CLONAZEPAM não aparece na lista dos que possuem uso odontológico, visto que ele é muito melhor anticonvulsivante que ansiolítico. • TODO BZD apresenta efeito AMNÉSICO, ou seja, é comum que o paciente esqueça sobre o os fatos do procedimento, logo é importantíssimo que o paciente possua recomendações PÓS cirúrgicas por ESCRITO. • Com relação aos efeitos sistêmicos, quando em doses terapêuticas os BZD quase não apresentam efeito cardiovascular, mas em sobredosagem podem deprimir esse sistema. Em relação ao sistema respiratório, os BZD não apresentam interferência com esse sistema em pacientes saudável, no entanto eles podem levemente reduzir a frequência respiratória (ATENÇÃO para pacientes que possuem quadro de insuficiência respiratória). Vitor Marinho da Costa 8 Vitor Marinho da Costa 11. EFEITOS ADVERSOS: • Dose única. • Baixa incidência. • Sonolência. • Reação paradoxal. • Amnésia anterógrada. • Discreta diminuição PA. • Leve redução da frequência respiratória. • Os BZD são usados em odontologia em dose única pré-operatória, ou seja, o mais comum é que seja administrada uma dose 30 minutos antes, 1 hora antes (o tempo vária de acordo com a escolha do BZD). O fato dos BZD serem usados em uma única dose torna os efeitos adversos pouco preocupantes. Em alguns casos usamos duas doses de BZD, sendo uma dose na noite anterior, para que pacientes muito ansiosos consigam dormir e a outra dose administrada antes do procedimento. No entanto, mesmo em dose única os BZD podem causas efeitos adversos importantes. • SONOLÊNCIA – Não é raro que o paciente durma na cadeira odontológica, o que pode ser ruim ou bom dependendo da circunstância. • REAÇÃO PARADOXAL – É aquela que acontece quando o efeito desejado não acontece e o resultado é um efeito totalmente ao contrário, como desejar que o paciente fique mais calmo e ele ficar mais agitado. Essa reação não é possível de ser prevista, embora que em idosos e crianças o índice de chances de reação paradoxal é maior. Ter uma reação paradoxal com um BZD não significa que isso ocorrerá com todos os demais BZD (tentativa e erro). • AMNÉSIA ANTERÓGRADA – É o esquecimento dos fatos durante o efeito do medicamento. • ATENÇÃO: O paciente não consegue comprar apenas um comprimido de BZD na farmácia. Logo, ele terá que comprar uma caixa, o que pode acarretar em uso crônico. É interessante que o CD tenha o BZD em seu consultório e administre antes da consulta ou procedimento. 12. EFEITOS ADVERSOS: • Tolerância: • Mais lento para agentes de ação prolongada. • Gravidade – dose do fármaco e sua meia vida. • Mecanismos desconhecidos. • Dependência: • Suspensão abrupta: ansiedade, irritabilidade, insônia e fadiga. Vitor Marinho da Costa 9 Vitor Marinho da Costa • Minimização – Redução lenta e compostos de ação prolongada. • O uso crônico de BZD aumenta a incidência de efeitos adversos. Passamos a nos preocupar com os efeitos adversos TOLERANCIA e DEPENDÊNCIA. Nos dias atuais, a maioria os transtornos de ansiedade são tratados com antidepressivos e não com BZD justamente pela preocupação no desenvolvimento de tolerância e dependência. • TOLERANCIA é quando o paciente passa a precisar de doses cada vez maiores para que obtenha o efeito que tinha antes com uma dose maior. A tolerância funciona como uma adaptação do receptor do medicamento, assim a dose menor passa a não mais fazer efeito. • A DEPENDENCIA é o quadro quando o paciente passa a ser dependendo do medicamento. Quando em ausência do fármaco ele passa a desenvolver quadros de abstinência. A dependência pode ser física ou pscicológica (vício).• Todos os medicamentos que terminam em AM pertencem ao quadro dos BZD. • OBSERVAÇÃO: Quanto maior a duração do efeito, menor a chance de se desenvolver tolerância, pois o paciente passa a tomar menos doses por dia. • OBSERVAÇÃO: Pacientes que tomam BZD de forma crônica não devem interromper a terapêutica de forma abrupta, ou caso contrário sintomas de abstinência se instalam no paciente: Irritabilidade, fadiga, insônia e etc. 13. EFEITOS ADVERSOS – GESTANTES: • Capacidade de atravessar a barreira placentária. • 1º trimestre – malformação fetais. • 3º trimestre – abstinência do recém-nascido. • Evitados durante toda a gravidez. • Para pacientes gestantes a principal forma de controle de ansiedade é a tranquilização verbal, visto que o uso de BZD em odontologia não é um quadro de VIDA ou MORTE para a gestante. Assim, eles devem ser evitados durante toda a gestação. Esse medicamento atravessa a barreira placentária e causa danos ao feto. Quando usado no 1º trimestre ele está muito associado a formação de fenda labial e palatina, já no 3º trimestre é comum que o bebe nasça com sinais de abstinência. 14. BENZODIAZEPÍNICOS – SEGURANÇA CLÍNICA: • Segurança clínica – Potencialização dos efeitos do GABA. Vitor Marinho da Costa 10 Vitor Marinho da Costa • Diazepam: • Dose tóxica – 250 a 400mg. • Doses terapêuticas (adultas) – 5 a 10 mg. • Os BZD são considerados seguros pois potencializam o efeito de um neurotransmissor próprio do nosso organismo. • O exemplo do Diazepam demonstra que a dose tóxica dos BZD é muito alta quando comparada com a dose terapêutica. 15. BENZODIAZEPÍNICOS: • Sedação por via oral – Benzodiazepínicos. Nome genérico Início de ação (min) Meia vida plasmática (h) Duração do efeito (h) Diazepam 60 20 - 50 12 – 24 Lorazepam 120 12 – 20 2 – 3 Alprazolam 60 12 – 15 1 – 2 Midazolam 30 1 – 3 1 - 2 • A tabela acima mostra os quatro BZD (todos com nomes genéricos) mais usados em odontologia, não sendo os únicos disponíveis. Esses quatro sãos os mais usados pois apresentam maiores efeitos ansiolíticos. Perceba que nessa tabela o CLONAZEPAM não está presente, pois ele presenta um efeito maior como anticonvulsivante. • DIAZEPAM (Valium) é o BZD de maior duração, sendo indicado para procedimentos com duração mais prolongada ou para pacientes que precisam manter o repouso após algum procedimento, mas que você sabe que não ficará em repouso. • LORAZEPAM (Lorax) tem um tempo de latência de 2 aa 3 horas, sendo indicado para idosos, visto que é o que menos causa reação paradoxal dentre todos os BDZ. Não podendo ser usados em crianças. Recomenda-se para crianças o uso de apena dois BZD, que são: DIAZEPAM e MIDAZOLAM • ALPRAZOLAM (Frontal) e MIDAZOLAM (Dormonid). • ATENÇÃO: Quem toma BZD não pode ir sozinho para a consulta. 16. BENZODIAZEPÍNICOS: • Midazolam – fármaco de escolha: • Jovens e adultos. • Rápido início de ação. Vitor Marinho da Costa 11 Vitor Marinho da Costa • Menor duração do efeito • Alprazolam – alternativa: • Menor incidência de efeito paradoxais e amnésia anterógrada. • Crianças – Midazolam ou Diazepam. • Idosos – Lorazepam. • Não existe um BZD que seja especifico para cada caso, sendo o MIDAZOLAM (Dormid) o medicamento de primeira escolha, uma vez que seu inicio de ação é rápido e a duração do efeito é menor, podendo ser administrado para crianças. • Atualmente o ALPRAZOLAM (Frontal) é uma alternativa para o uso de MIDAZOLAM(Dormid), pois o índice de amnésia anterógrada e de reação paradoxal são menores com o uso de ALPRAZOLAM, quando comparado com o MIDAZOLAM. 17. BENZODIAZEPÍNICOS – DOSAGENS: • Sedação por via oral – Benzodiazepínicos. Nome genérico Doses para adultos Doses para idosos *Doses para crianças Diazepam (Valium) 5 a 10 mg 5 mg 0,2 a 0,5 mg/kg Lorazepam (Lorax) 1 a 2 mg 1 mg Não recomendado Alprazolam (Frontal) 0,5 a 0,75 mg 0,25 a 0,5 mg Não recomendado Midazolam (Dormid) 7,5 a 15 mg 7,5 mg 0,25 a 0,5 mg/kg • Normalmente, para cada BZD existe uma dosagem maior e outra menor e devemos optar por uma delas. Em idoso optamos pela dose menor. Em pacientes que serão sedados pela primeira vez na vida, é recomendado que a dose menor seja escolhida. • PROVA: Saber o tempo que o efeito se inicia (quanto tempo antes precisa ser administrado) e a dose. • *Casos clínicos com crianças não serão cobrados na prova, pois serão vistos em odotopediatria. 18. ORIENTAÇÕES AO PACIENTE: • Acompanhante na consulta. Vitor Marinho da Costa 12 Vitor Marinho da Costa • Não ingerir álcool (Nem 24 horas antes e nem 24 horas depois do uso do medicamento). • Não dirigir. • Não operar máquinas perigosas. • Todas as vezes que os BZD são prescritos, é necessário que a prescrição venha acompanhada de algumas orientações (de preferência por escrito). • O BZD pode interagir com o álcool, sendo que ambos são depressores do SNC, causando um aumento no efeito depressor do SNC. 19. CONTRAINDICAÇÃO X USO COM PRECAUÇÃO: USO COM PRECAUÇÃO CONTRAINDICAÇÃO • Outros fármacos depressores do SNC. • Insuficiência respiratória de grau leve. • Doença hepática ou renal. • Insuficiência cardíaca congestiva. • Gravidez (2º trimestre). • Lactação. • Insuficiência respiratória grave. • Glaucoma ângulo estreito. • Miastenia grave. • Gravidez (1º trimestre e ao final). • Crianças com comprometimento físico ou mental severo. • Hipersensibilidade. • Apneia do sono. • Elitistas (uso crônico de álcool). • USO COM PRECAUÇÃO X CONTRAINDICAÇÃO – Uso com precaução é como se fosse uma contraindicação relativa, ou seja, não significa que o medicamento é 100% proibido, mas que ele deve ser usado quando os benefícios superarem os riscos. Contraindicação é tudo que é PROIBIDO. • São contraindicações: • Pacientes que já fazem uso de depressores do SNC devido a sobrecarga do efeito da depressão. • Um dos efeitos dos BZD é uma leve redução a frequência respiratória, o que pode ser um problema para pacientes que apresentam insuficiência respiratória. Caso a insuficiência seja LEVE o uso deve ser com precaução e caso seja GRAVE, essa insuficiência entra em contraindicações. • São contraindicações: • Em casos de glaucoma de ângulo estreito devido ao risco de aumento de pressão intraocular com o uso de BZD. • Miastenia Grave, uma vez que os BZD provocam efeito miorelaxante.