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Matéria Direito Penal III - 1º Bimeste/4º Semestre

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HOMICÍDIO Art 121: Conceito: É a morte de um homem provocada por outro homem (Capez) - Eliminação da vida extrauterina, provocada por outra pessoa (Damásio)
São três os tipos básicos (espécies):a) Homicídio simples b) Homicídio privilegiado c) Homicídio qualificado
Admite a co-autoria e a participação - Autor: é a pessoa que pratica a conduta descrita no tipo, o verbo do tipo, direta ou indiretamente Partícipe: é a pessoa que não comete a conduta descrita no tipo, mas de alguma forma contribui para o crime (ex: empresta a arma ou incentiva a ação criminosa)Para que exista a co-autoria ou participação é necessário que exista liame subjetivo, ou seja, a ciência por parte dos envolvidos de que estão colaborando para um fim comum 
Observações: Crime impossível: Afasta o crime, inclusive a tentativa Ex: tirar a vida da pessoa já morta (absoluta impropriedade do objeto)
Lesão corporal seguida de morte: Crime praeter doloso por excelência
Desistência voluntária: Ligado à ideia de tentativa imperfeita 
Arrependimento eficaz: Ligado à ideia de tentativa perfeita
Elemento Subjetivo: Dolo (vontade ou assentimento em matar):
Dolo Direto ou imediato: Quando o agente quer produzir o resultado morte
Indireto ou mediato: Compreende duas modalidades: Eventual ou Alternativo
Eventual: não quer o resultado, mas assume o risco de produzi-lo (não deseja, mas prevê a morte como resultado possível e ainda assim age)
Alternativo: quando o agente quer produzir um ou outro resultado na vítima (ferir ou matá-la)
Dolo geral: Quando se alcança o resultado, porém não da forma previamente desejada.
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXILIO A SUÍCIDIO Art. 122 – A doutrina costuma chamar o crime de “Participação em suicídio”.
Conceito de suicídio: Suicídio é a supressão voluntária e consciente da própria vida.Havendo violência ou grave ameaça, o crime será de homicídio, pois fica excluída a voluntariedade da vítima.O mesmo ocorre se houver fraude, que afasta a consciência quanto ao suicídio.
O crime pode ser cometido por dolo direto ou eventual.
Um exemplo de dolo eventual é quando terceiro incentiva a vítima a praticar “roleta russa”.
Exige-se seriedade na conduta. Se o pretenso incentivo é uma brincadeira por parte do agente, não há dolo.
Deve existir nexo causal entre a conduta e o resultado. ex. Se houve o empréstimo de uma corda e a vítima se mata ingerindo veneno, ocorre rompimento do nexo causal.
Consumação: A consumação ocorre quando a vítima morre ou sofre lesão corporal grave.
Existe doutrina que afirma ser inexistente a resistência se a vítima possuir menos de 14 anos. Neste caso, segundo essa doutrina, tratar-se-ia de homicídio e não participação em suicídio.
INFANTICÍDIO Art. 123 – do infanticídio Matar: aplicam-se as regras do homicídio (consumação, tentativa etc.).Se a mulher, por erro, mata o filho de outra, supondo ser o dela, responderá por infanticídio (art. 20, § 3.º, do Código Penal – erro quanto à pessoa).
Ex: Se a morte da criança for resultado de conduta inoficiosa da mãe, que se encontra sob a influência do estado puerperal, existem duas posições doutrinárias:
1. a mãe responde por homicídio culposo (Mirabete).
2. o fato é atípico (Damásio), pois não se pode exigir cuidado e prudência quando a mulher está sob influência do estado puerperal.
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM SEU CONSENTIMENTO Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:Aborto provocado por terceiro 
Art. 125 – Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Art. 126 – Provocar aborto com o consentimento da gestante:
FORMAS QUALIFICADAS Art. 127 – As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.Aborto ou abortamento é a interrupção da gravidez com a consequente destruição do produto da concepção.
Ex: Se a gravidez era de gêmeos e a pessoa que praticou o aborto não sabia, há crime único para evitar a responsabilidade objetiva. Se sabia que eram gêmeos, responde pelos dois crimes de aborto (concurso formal impróprio ou imperfeito: uma ação, dois resultados, cuja conseqüência é a soma de penas).
LESÃO CORPORAL Art. 129: Ofender significa agredir, macular, menoscabar, reduzir a atividade fundamental do corpo ou prejudicar o estado de saúde física ou psíquica de alguém.Integridade do corpo resulta em prejuízo ao bem-estar físico ou mental do ofendido (de modo não insignificante).
A lesão leve identifica-se por exclusão. Havendo lesão corporal que não seja grave ou gravíssima, será leve.A conduta exige que o agente produza algum menoscabo na integridade corporal ou à saúde da vítima.
Ex: Expor alguém a perigo significa criar ou colocar a vítima em uma situação de perigo de dano. O dolo nos crimes de perigo distinguem-se dos crimes de dano. No dolo de dano o agente tem vontade de causar uma lesão efetiva. No dolo de perigo, a vontade restringe-se a colocar a vítima em situação de perigo.
PERIGO DE CONTÁGIO E MOLÉSTIA GRAVE Art. 131 – As moléstias venéreas, sendo elas graves, podem tipificar este crime, desde que o perigo de contágio não ocorra através de ato sexual, já que, nesse caso, aplica-se o artigo 130 (“perigo de contágio venéreo”).Havendo a transmissão da doença que implica em lesão leve, ficarão estas absorvidas, mas se implicarem lesões graves ou morte, o agente será responsabilizado apenas por crime de “lesões corporais graves” ou “homicídio”.
PERIGO PARA A SAÚDE OU A VIDA DE OUTREM Art. 132 – Foi instituída principalmente em virtude de medidas preventivas a serem tomadas pelos patrões decorrente dos acidentes de trabalho, mas também alcança outros fatos, como por ex.: “fechar” veículo, desferir golpe com instrumento contundente próximo à vítima etc.
ABANDONO DE INCAPAZ Art. 133 – A ação incriminada é abandonar (largar, deixar sem assistência). Exige-se relação de assistência entre sujeito ativo e passivo. Pune-se o abandono da própria pessoa e não o dever de assisti-la. Não existe este crime se o agente fica próximo do ofendido ou em situação de vigiá-lo, mesmo à distância.
EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM NASCIDO Art. 134 – Expor (remover a vítima para local diverso daquele em que lhe é prestada a assistência) ou abandonar (deixar sem assistência) recém-nascido, para ocultar desonra própria (a honra que o agente deve visar preservar é a de natureza sexual, a boa fama, a reputação etc.; se a causa do abandono for miséria, excesso de filhos ou outros ou se o agente não é pai ou mãe da vítima, o crime será o de “abandono de incapaz”): Para a maioria dos doutrinadores é crime próprio que somente pode ser cometido pela mãe para esconder a gravidez fora do casamento.Alguns doutrinadores (Damásio) também sustenta que pode ser praticado pelo pai, na mesma hipótese, ou em razão de filho adulterino ou incestuoso.
OMISSÃO DE SOCORRO Art. 135 – a omissão só é punível quando for possível prestar a assistência ou pedir socorro sem risco pessoal. O risco moral ou patrimonial não afasta a incriminação.
MAUS TRATOS Art. 136 – A lesão leve é absorvida por este crime. . Somente pode ser agente quem tem o sujeito passivo sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fins de educação, ensino, tratamento ou custodia.
Ex: o objetivo do pai é corrigir ou disciplinar e resultar na morte, é crime de maus tratos qualificado pelo resultado.
Se o objetivo não é a correção e resulta a morte, responde por homicídio.A distinção entre maus tratos e tortura está na motivação do agente.O crime de tortura poderá ficar caracterizado se o objetivo não era de corrigir oudisciplinar, mas de fazer sofrer por prazer, ódio, vingança ou outro sentimento vil.
DA RIXA Art. 137 – O conceito de rixa consiste numa luta desordenada, um tumulto, envolvendo troca de agressões entre 3 ou + pessoas, em que os lutadores visam todos os outros indistintamente, de forma a que não se possa definir dois grupos autônomos.Participar tem o sentido de tomar parte. A participação pode ser material ou moral.Se um dos participantes objetiva a separação dos contendores, o crime fica afastado em relação ao agente.Se ocorre resultado agravador (morte ou lesão grave), o crime passa a ser qualificado pelo resultado, com pena de detenção de 6 meses a 2 anos.
CALÚNIA Art. 138 – imputar falsamente a alguém fato definido como crime.Atinge a honra objetiva.
ex.: foi você que roubou o João.
Em relação ao crime contra os mortos, somente é possível a calúnia, pois na “difamação” e na “injúria” não é possível, por não haver previsão idêntica. Neste caso, o sujeito passivo são os familiares;
DIFAMAÇÃO Art. 139 – A difamação consiste na conduta de imputar fato não criminoso, mas ofensivo à reputação. Atinge a honra objetiva.
ex.: você não sai daquela casa de prostituição.Não se exige que a imputação seja falsa.
INJÚRIA Art. 140 – Na injúria não se imputa fato, mas se atribui uma qualidade negativa, ofensiva à dignidade ou decoro da vítima.Atinge a sua honra subjetiva
Ex. você é viado, chifrudo. 
Injúria Real - A injuria real consiste em violência, agressão da qual não decorra lesão corporal; aviltantes: causa vergonha, desonra – ex.: esbofetear, levantar a saia, rasgar a roupa, cavalgar a vítima com intenção de ultrajar, atirar sujeira, cerveja, um bolo.
Injúria qualificada :A injuria qualificada vem prevista no § 3º e consiste na prática do crime motivado por preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência
Honra: é o conjunto de atributos morais, físicos e intelectuais de uma pessoa, que a tornam merecedora de apreço no convívio social e que promovem a sua autoestima.
Honra objetiva ou externa – é o que os outros pensam a respeito do sujeito. É a reputação, fama de alguém perante o meio em que vive. Reside na opinião dos demais a respeito da pessoa.
A “calúnia” e a “difamação” atingem a honra objetiva, por isso se consumam quando terceira pessoa toma conhecimento da ofensa proferida.
Honra subjetiva (ou autoimagem) – é o juízo que se faz de si mesmo, o seu amor próprio, sua autoestima. É a imagem interna, noção que alguém tem sobre sua própria pessoa. Honra-dignidade (diz respeito aos atributos morais da pessoa.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL Art. 146. Constranger é compelir, obrigar. Pelo Código, é crime obrigar alguém, mediante violência ou grave ameaça, a não fazer o que a lei permite ou fazer o que ela proíbe.Igualmente crime é constranger alguém, depois de lhe haver reduzido, por qualquer meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permita ou a fazer o que ela não manda. a violência pode ser material e/ou moral.
AMEAÇA Art. 147. Assim, a ameaça pode ser oral, escrita, real (por intermédio de gesto) ou simbólica. A ameaça pode ser classificada como direta, quando é dirigida ao sujeito passivo e indireta quando dirigida a terceiros, ligados à vítima. Ambas são punidas a título de dolo. O delito de ameaça, igualmente ao de constrangimento ilegal é subsidiário em relação a outros crimes. Assim, funciona como elementar das descrições típicas dos crimes de roubo, extorsão, estupro e etc.
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO Art. 148. Por cárcere privado deve-se entender qualquer casa, apartamento, edifício, não destinado à prisão legal.

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