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RELATÓRIO ESTAGIO ENSINO FUNDAMENTAL NOTA 10

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
DAIANA PEREIRA DE OLIVEIRA, RU 1367863, TURMA 2016/02
ESTÁGIO SUPERVISIONADO ENSINO FUNDAMENTAL
Esteio/RS
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
DAIANA PEREIRA DE OLIVEIRA, RU 1367863, TURMA 2016/02
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: ENSINO FUNDAMENTAL
Memorial Reflexivo de Estágio Supervisionado Ensino Fundamental: apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER
Esteio/RS
2018
�
SUMÁRIO
Capa............................................................................................................................
Folha Rosto................................................................................................................1
Sumário.......................................................................................................................2
Introdução: Contextualização do local do estágio.......................................................3
Atividades desenvolvidas durante o período de observação participativa..................4
A realização da docência: os desafios de aprender a ser professor(a)......................7
Conclusões: Dificuldades e Superações...................................................................11
Referências...............................................................................................................12
Plano de Aula............................................................................................................14
Anexos.......................................................................................................................16
�
Introdução: Contextualização do Local do Estágio
O presente relatório refere-se ao Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental, do Curso de Pedagogia, na modalidade à distância, do Centro Universitário Internacional Uninter, sob a orientação da tutora do polo de São Leopoldo/RS, Lovana Manzke. O estágio foi por mim realizado, no período de 28 de junho a 12 de julho do ano de 2018, no Centro Municipal de Educação Básica Edwiges Fogaça, situado na Avenida Castro Alves, nº 660, Bairro Tamandaré na cidade de Esteio/RS, cujo fone de contato é 51 34736504 e o e-mail emedwigesfogaca@esteio.rs.gov.br. A escola oferta os níveis de Educação Infantil: Pré-escolar I (4 anos) e Pré-escolar II (5 anos), nos turnos da manhã e/ou tarde e Ensino Fundamental: 1º e 5º ano nos turnos da manhã e tarde (faixa etária entre 6 a 11 anos) e 6º ao 9º ano no turno da manhã (faixa etária entre 11 a 15 anos de idade), sendo que seu horário de funcionamento na manhã é das 8h às 12h e no turno da tarde das 13h às 17h. 
Atendendo atualmente 468 alunos, a escola acolhe também 7 alunos de inclusão, sendo que 4 necessitam de monitoria (custeadas pelo município). A Instituição conta com uma equipe diretiva formada por direção, vice-direção, supervisão educacional e orientação escolar, o corpo docente é formado por 29 professores, além de 01 técnico em biblioteconomia, 01 secretária, 05 serventes e 02 merendeiras, trabalhando para proporcionar aos alunos um ensino de qualidade. A estrutura física da escola compreende 15 salas de aula, secretaria, sala dos professores, cozinha, refeitório, sala dos funcionários, laboratório de informática, laboratório de aprendizagem, laboratório de ciências, sala de vídeo, sala de recursos multifuncionais, quadra coberta e biblioteca. A escola está localizada em um bairro de classe médio-baixa da cidade de Esteio/RS, percebi que as famílias trazem os alunos de carro ou a pé, não utilizam meio de transporte público, o que confirma que a residência é próxima à escola. Quanto à sua participação, as famílias dizem fazer de forma diária, seguida de quando solicitadas ou na entrega de boletins, a maioria verifica os cadernos e auxilia na elaboração dos trabalhos. 
Após minha apresentação e conversa com a equipe diretiva, iniciei meu período de observação em sala de aula, numa turma do 5º ano do Ensino Fundamental, composta por 28 alunos, que me gerou muita expectativa, pois ainda não atuo na área da educação e esta, seria minha primeira experiência com crianças de faixa etária entre 9 e 11 anos de idade. Acompanhei as aulas da professora Flaviane, regente da turma, que atua como docente há quase 10 anos, no ensino fundamental e também no ensino médio. A sala de aula da turma que estagiei, era uma sala simples, composta por mesas e cadeiras, armário e ventilador (a escola ainda não disponibiliza aparelhos de ar condicionado em todas as salas de aula); salvo em alguns momentos de apresentação de trabalhos, onde a professora solicitava à turma que se colocasse em círculo, a disposição das carteiras era dupla, de acordo com Richardson, 1997: 
Uma das principais preocupações dos professores com o espaço é experimentar a reorganização da disposição da sala de aula, a forma como o mobiliário está disposto pode ter influência no tempo de aprendizagem escolar, e consequentemente, na aprendizagem dos alunos. A flexibilidade na colocação das mesas e das cadeiras, bem como no agrupamento dos alunos, é essencial para proporcionar uma aprendizagem cooperativa, o apoio entre os pares e a apresentação dos conteúdos a todos os elementos da aula.
Atividades desenvolvidas durante o período de observação participativa
Durante o período de estágio no Ensino Fundamental, procurei observar todos os aspectos, com relação às formas de ensino da professora para com a turma, e também a maneira com que os alunos absorviam esse conhecimento, e cheguei à conclusão que nem todas as crianças demonstram o mesmo entusiasmo no seu processo de aprendizagem. Procurei interagir com a turma, com o objetivo de criar um vínculo com as crianças, pois isso certamente me deixaria mais segura no momento da minha prática, aproveitei os momentos em que resolviam as questões propostas pela professora, para auxiliá-las e questioná-las sobre suas preferências e expectativas com relação à escola. As crianças me acolheram de forma muito receptiva, demonstrando-se atentas aos meus atos e à minha participação em sala de aula quando a professora solicitava minha complementação e/ou opinião sobre o assunto trabalhado em determinado momento. No decorrer dos dias, os quais passamos algumas horas juntos, já era visível algumas demonstrações de carinho, como abanos, beijos e abraços e até mesmo bilhetes com mensagens afetuosas (particularmente, essa é mais uma razão pela qual admiro tanto a profissão de professor, pois sabemos que o sentimento que os alunos demonstram, é verdadeiro). 
Fiz-me presente na escola no período da Festa Junina, muito aguardada pelos alunos, e em virtude de tais comemorações, percebi que muitas atividades em todas as turmas, eram voltadas a esse tema. Abaixo, seguem imagens dos trabalhos realizados pelas crianças do 5º ano, nas aulas de Artes (onde a professora, como de costume, aproveitou assuntos recentes e do interesse dos alunos para elaborar seu plano de aula), são “totens” de personagens com vestimentas típicas das festas juninas, elaborados pelos alunos, que serviriam de painel de fotografias no evento escolar. A professora deixou as crianças bem à vontade, com o intuito de trabalhar sua criatividade, sugeriu diversos tipos de materiais para a confecção dos totens, desta forma, os trabalhos foram muito bem elaborados e bem diversificados, com direito à tecidos, plumas e confetes, todo o material utilizado na atividade foram fornecidos pelos próprios alunos. 
 
Através da leitura dos documentos pertinentes à Instituição como o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico, tive a oportunidade de conhecer os objetivos, metas e regras sobre o funcionamento da mesma. O Projeto Político Pedagógico norteia as ações da escola, alicerçado nos fins da educação e respeitando as disposições legais, e a GestãoDemocrática de Ensino, levando em consideração a realidade da comunidade onde a mesma está inserida. O PPP agrega como princípio a concepção teórica Sociointeracionista, pautando a teoria de Vigotsky, que: “entende o homem e seu desenvolvimento numa perspectiva sociocultural, ou seja, percebe que o homem se constitui na interação com o meio em que está inserido” (Resende, 2009). Para Miranda; Senra (2012): “Vigotsky afirma que o desenvolvimento da linguagem implica o desenvolvimento do pensamento, pois pelas palavras o pensamento ganha existência”. É necessário deixar que as crianças falem, exercitando assim o seu pensamento e o professor, sendo mediador, deve ouvir os educandos, auxiliando na construção do conhecimento. Para reforçar a ideia de mediação:
O contato que o indivíduo tem com seu meio e com seus iguais é mediado por um conhecimento e/ou experiência assimilado anteriormente, uma vez que o indivíduo não tem contato direto com os objetos, e sim mediado. Por isso, ele tem a sua teoria como socioconstrutivista, pois percebe que interação é mediada por várias relações, diferentemente do construtivismo, em que o sujeito age diretamente com o objeto (Magalhães, 2007). 
Alguns aspectos mesclam a concepção teórica, de modo que, características da Pedagogia Tradicional se fazem presentes no formato de avaliação, pois com exceção às turmas do Pré I e Pré II, existe a aplicação de provas com o intuito de mensurar o conhecimento memorizado pelo aluno, onde a nota adquirida irá somar com a avaliação de outras atividades. Em sala de aula, observando a docência da professora Flaviane, notei particularidades da Pedagogia Construtivista, onde o aluno participa ativamente do próprio aprendizado e evolução, mediante os estímulos e experimentações, interagindo no meio em que vive e utilizando o raciocínio hipotético-dedutivo, formulando hipóteses e realizando pesquisas, a professora dá liberdade para a formação dos grupos e na forma como estes irão conduzir seus trabalhos. Existe o diálogo democrático dos participantes do processo de ensino e aprendizagem, a professora instiga a turma a formular questões e opiniões, comparando os assuntos do currículo a serem trabalhados, com situações do cotidiano das crianças, o que torna a aula atrativa e participativa, trocam exemplos de experiências vividas, gerando uma relação respeitosa, onde ninguém se sobressai. 
A escola apresenta como concepção de educação, a mediação do processo de construção do conhecimento, possibilitando o aluno contextualizar o ensino estabelecendo relação entre seus conhecimentos adquiridos e na interação com seu meio, através de troca de experiências, desenvolvimento da criticidade, do respeito ao outro e da sensibilidade. Entende-se que o papel do professor é desafiar os educandos a buscar respostas em diferentes fontes, formular hipóteses, construir conceitos, apropriar-se de valores, hábitos, atitudes, competências, formando sua constante evolução. Em sua função social, possui a finalidade de possibilitar o exercício da cidadania, proporcionando aos educandos a aquisição de valores e conhecimentos essenciais para a vida, construindo assim sua história e considerando as diferenças étnico-culturais presentes em nossa sociedade.
Observo que as novas demandas e exigências na área da educação requerem dos profissionais competências e conhecimentos, além de habilidades que respondam na prática as necessidades e expectativas dos alunos, o que faz do estágio um processo indispensável na formação do futuro professor, nesse período o estudante poderá identificar na prática, a teoria adquirida na Universidade. Os objetivos do estágio compreendem a prática docente como experiência profissional, os aspectos teórico-metodológicos para o planejamento e aplicação das aulas, dentro do contexto histórico, político e educacional da unidade estagiada. É um componente curricular fundamental para a formação dos egressos da graduação, e também, um espaço de aproximação real entre universidade e comunidade, que possibilita uma integração à realidade social e participação no processo de desenvolvimento regional. 
A realização da docência: os desafios de aprender a ser professor (a)
A atuação em sala de aula me levou a refletir como será meu dia-a-dia como professora, pois através da docência no estágio, pude ter uma pequena ideia do que é estar frente a uma classe com 30 ou 40 alunos, onde cada uma dessas crianças apresenta sua peculiaridade, tem seu próprio ritmo de aprendizado, traz consigo sua história, seus medos, suas expectativas. Tais fatos me remetem a imagem de que o professor deve estar preparado e atento, sempre refletindo sobre sua prática educativa, e o estágio tornar-se um meio de identificar novas estratégias para solucionar problemas que muitas vezes ele nem imaginava encontrar no seu cotidiano escolar, passando a desenvolver mais o raciocínio, a capacidade e o espírito crítico, além da liberdade do uso da criatividade. A experiência vivida através da prática em sala de aula alertou-me para alguns pontos (positivos e negativos) com os quais o professor diariamente se depara: durante o período de observação e também na ocasião da minha docência na turma, percebi a disparidade dos interesses dos alunos pelo assunto trabalhado. A grande maioria dos alunos acompanha o desenvolvimento das aulas, as explicações, debates e assimilações dos assuntos dispostos nos livros didáticos com seu cotidiano, no entanto, um pequeno percentual das crianças aguarda ansiosamente por outros momentos, como o recreio ou o período no pátio, onde a brincadeira livre se faz presente. Concluo que nem sempre o professor irá finalizar seu plano de aula com o êxito esperado, pois fatores internos e externos acabam refletindo no aprendizado dos educandos. 
Durante meu período de observação, nas aulas de matemática, percebi que boa parte dos alunos apresentava um pouco de insegurança para resolver os exercícios propostos, em vários momentos auxiliei os mesmos a fazerem cálculos simples que envolviam as quatro operações, desta forma, antes de elaborar meu plano de aula, questionei a professora regente da turma sobre algumas atividades que ela acharia importante trabalhar com os alunos, com o intuito de reforçar o aprendizado, e sugeri problemas matemáticos, envolvendo cálculos de soma, subtração, multiplicação e divisão, o que foi muito bem aceito pela docente. Aproveitei o entusiasmo das crianças com a festa junina da escola para elaborar meu plano de aula sobre esse eixo temático, afinal esse era o “assunto do momento”. Meu planejamento foi de iniciar a aula com uma conversa sobre o tema: questionei as crianças se sabiam qual era a origem das Festas Juninas, o que mais chamava sua atenção em todo seu contexto, e o que mais gostavam de fazer ao participar de uma festa como essa. Percebi que as questões despertaram o interesse das crianças e todas participaram da conversa, com suas declarações, opiniões e troca de ideias. Então, depois de alguns minutos de diálogo entre os alunos, apresentei meu plano de aula, solicitando aos mesmos que fizessem em conjunto a leitura de um pequeno texto, posteriormente fariam a resolução de problemas matemáticos, envolvendo as quatro operações, e finalmente executaríamos uma dinâmica para finalizar a aula e também o meu período junto com a turma: propus a turma que após a realização das tarefas, faríamos a brincadeira do “estoura balão”. 
Para executar meu plano de aula, pesquisei sobre temas relativos às Festas Juninas, como: O que se comemora nas festas juninas, qual é sua origem, como essas festas surgiram no Brasil. Também busquei um pequeno texto ilustrado para chamar a atenção dos alunos e praticar a leitura, bem como alguns exercícios matemáticos voltados ao assunto, que incluísse em seu contexto as quatro operações, e por fim, procurei uma atividade dinâmica, uma brincadeira tradicional dos festejos para aplicar com os alunos, o que encerraria a atividade e também meu período de permanência com as crianças em sala de aula.Procurei manter a mesma metodologia pedagógica utilizada pela professora Flaviane, conduzindo minha docência com características da teoria Construtivista, interando o assunto da aula com a realidade dos alunos, instigando sua curiosidade e encontrando suas respostas a partir de seus próprios conhecimentos. 
Após a leitura em conjunto do texto, percebi o interesse e a interação entre os alunos para buscar a resolução dos problemas matemáticos, de acordo com Vigotsky, a aprendizagem se dá através da interação com outros indivíduos: “Não é possível aprender e apreender sobre o mundo, sobre as coisas, se não tivermos o outro, ou seja, é necessário que alguém atribua significado sobre as coisas, para que possamos pensar o mundo à nossa volta” (SILVA, 2006, p.12). Para auxiliá-los, parti do exemplo de que eles mesmos viriam na festa junina com determinado valor em dinheiro e gastariam determinada quantia para comprar um saco de pipoca ou um pedaço de bolo, alguns copos de refrigerante, desta forma, exercitamos as quatro operações matemáticas e passamos para a resolução dos problemas propostos, novamente desempenhando a principal tarefa do professor: Interferir no que Vygotsky chamou de zona de desenvolvimento proximal. Segundo Silva (2007, p.13) “A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre aquilo que o ser humano consegue fazer sozinho e o que consegue desenvolver com a mediação do outro”. Passando o tempo previamente calculado, a grande maioria da turma já havia concluído a execução da tarefa, então partimos para a correção dos exercícios, onde todos interagiram muito bem. Com exceção a insegurança ocasionada pela dispersão de alguns alunos (situação a qual eu não consegui reverter a atenção dos mesmos para o que estava ocorrendo na turma), me senti confiante ao conduzir a aula, percebi que o planejamento é de extrema importância para o professor, pois somente assim, terá a noção de tempo, das possíveis dúvidas que surgirão, e de que forma poderá abordar o questionamento dos alunos, com o objetivo de se fazer compreensível. 
Finalizando a aula, pedi à turma que deixasse livre o centro da sala para fazermos a atividade dinâmica, enquanto as crianças arrumavam as carteiras em um canto da área, instalei o pendrive no aparelho de som para a reprodução de algumas músicas, tradicionalmente lembradas nas festas juninas, então selecionei um “pot-pourri”, com a junção de várias cantigas para animar a classe no momento da brincadeira. Preparei os balões, enchendo-os e amarrando aos mesmos um barbante para que os alunos os prendessem em seus tornozelos, perguntei a turma se já conheciam a dinâmica e a maioria respondeu positivamente, estavam afoitos para que a mesma fosse iniciada, então expliquei as regras, salientei a importância de manter certa cautela nos movimentos com os pés, com o objetivo de ninguém sair machucado e, sobretudo a importância da competição. Quando dei inicio à música, as crianças alegremente começaram a brincar, ao mesmo tempo em que tentavam estourar o balão preso no tornozelo do seu colega, esquivavam-se das pisadas alheias, tentando esconder seu balão. Ao final do jogo, restou um casal de alunos, e após várias tentativas, a menina não conseguiu desviar seu balão da “pegada fatal”, o que ocasionou a vitória do menino. A turma ficou eufórica com a brincadeira, e os meninos festejaram o título do colega campeão. Encerramos a atividade comendo pipocas, já no ritmo da festa junina, ofereci a cada aluno um saquinho com pipocas, o que foi muito apreciado pelos mesmos. A professora regente então me parabenizou e agradeceu pela atividade proposta, solicitando à turma que fizéssemos algumas fotografias para recordação do momento. Agradeci as crianças pela atenção a carinho que me receberam e conclui minha atividade com um sentimento de alívio por tudo ter dado certo.
Conclusões: Dificuldades e Superações
O estágio é uma oportunidade de previamente vivenciarmos nossa rotina profissional, o qual devemos realizá-lo com determinação, comprometimento e responsabilidade, características que deverão permanecer em toda nossa trajetória após nos formarmos professores. A observação tem papel fundamental, pois como observadora, pude analisar sob outro ponto de vista a realidade escolar, já que antes era aluna, e agora uma futura educadora. Ampliei minha visão referente ao funcionamento e procedimentos escolares, bem como a prática docente, me permitindo como futura profissional, distinguir aspectos positivos e negativos da docência, os quais muitas vezes, surpreende o estudante recém-formado ao ingressar na área, e concluir que na prática diária nem tudo funciona da forma como nos aponta a teoria, pois acaba este encontrando as mais extraordinárias situações em sua jornada, sendo que diante de tantas contradições, poderá até surgir certa desmotivação. 
Em minha atuação na sala de aula, tive a oportunidade de refletir, de analisar algumas situações que me deixaram pensativa, pois planejei minha aula pensando que seria algo interessante, mas ao colocá-la em prática, percebi meu engano, que as crianças não possuem os mesmos interesses, e até mesmo se dispersam com assuntos mais “relevantes” do que a aula propriamente dita. Questões como: “o que posso melhorar?” se fizeram presentes em minha análise pós-docência, de acordo com WEIDUSCHAT (2007, p.34) “ [...] queremos dizer que existe um exercício intencional do professor que o leva, constantemente, a refletir o que realizou, a mudar a sua ação sempre que necessário e a refletir novamente sobre os rumos de sua nova ação, assim temos: ação-reflexão-ação. 
Compreendi que quando o professor está na sala de aula, frente à turma, percebe o valor do planejamento, aliás, diante da minha experiência como docente, é difícil imaginar como dar andamento em uma aula sem planejá-la, consegui mensurar a importância de saber o que e como será ensinado aos alunos, quanto tempo será necessário para que ocorra a interação das partes envolvidas, quais conteúdos farão a diferença no aprendizado das crianças e o que despertará o interesse dos aprendizes, concluo: é uma longa caminhada, de acordo com Freire, em WEIDUSCHAT (2007 p.50-51):
Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem ensina aprende […] O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar certo conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. […] A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente.
 Muitas demandas, de diferentes naturezas, têm sido colocadas sobre o professor, contudo, sabe-se que ser profissional da educação nos dias de hoje requer a renovação constante de sua profissão. Infelizmente os educadores são cada vez mais desvalorizados e enfrentam diariamente vários desafios para tentar exercer sua profissão com dignidade. As transformações sociais decorrentes das últimas décadas ocasionaram mudanças de valores e de comportamentos, trazendo consigo ainda mais dúvidas: “Como exercer a docência na contemporaneidade, numa sociedade globalizada, multicultural e imersa em uma realidade complexa”? Questões como essa nos faz refletir sobre a função dupla do professor, que se depara com divergentes especificidades: por um lado a concepção acadêmica que remete a transmissão do saber fazer, ao ensino de conhecimentos técnicos e ao profissionalismo, e por outro lado a papel humanista, que visa a formação de indivíduos críticos, pensantes, transformadores da realidade.
REFERÊNCIAS
Livros:
RICHARDSON, V. Tempo e espaço. In: ARENDS, R. I. Aprender a ensinar. Lisboa: McGrawHill, 1997.
MIRANDA, Josete Barbosa & SENRA, Luciana Xavier. Aquisição e Desenvolvimento da linguagem: contribuições de Piaget, Vygotsky e Maturana, 2012.
MAGALHÃES, Mônica M. G. A perspectiva da Linguística: linguagem, língua e fala. Rio de Janeiro, 2007. MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessáriosà Educação do Futuro. São Paulo, Cortez, 2002. 118p. 
SILVA, Daniela Regina da Psicologia da Educação e Aprendizagem. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). – Indaial: Ed. ASSELVI, 2006.
WEIDUSCHAT, Iris. Didática e avaliação. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). – Indaial: Ed. ASSELVI, 2007, 2. ed.
Textos retirados da Internet:
RESENDE, Muriel L. M. Vygotsky. Um olhar sociointeracionista do desenvolvimento da língua escrita. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1195. Acesso em: 11 set. 2018. 
História da Festa Junina e tradições. Disponível em: https://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm . Acesso em 15 set. 2018. 	
Tendências Pedagógicas. Disponível em: https://www.infoescola.com/pedagogia/tendencias-pedagogicas/ Acesso em 15/09/2018.
PLANO DE AULA
	
PLANO DE OFICINA PEDAGÓGICA
IDENTIFICAÇÃO:
- Estagiária: Daiana Pereira de Oliveira
- Escola: Centro Universitário Internacional Uninter
- Componente curricular: Estágio Supervisionado: Ensino Fundamental
- Turma: 2016/02
CONTEÚDO: 
-Explanação sobre a origem e outras questões pertinentes às Festas Juninas;
-Leitura de pequeno texto ilustrado;
-Interpretação e Resolução de problemas de matemática, exercícios envolvendo as quatro operações;
-Dinâmica com brincadeira tradicional das Festas Juninas. 
OBJETIVOS
- Conhecer as origens das festas juninas;
- Desenvolver a oralidade;
- Desenvolver o raciocínio-matemático;
- Desenvolver a socialização dos alunos;
- Conhecer as características das festas através da dinâmica da brincadeira;
 
 MATERIAIS UTILIZADOS/RECURSOS:
- Cópias dos exercícios propostos impressos em folhas A4;
- Aparelho de som (cedido pela escola para a execução da atividade);
- Pen drive com o arquivo MP3 do áudio (música);
- Balões;
- Barbantes;
- Saquinhos de papel;
- Pipoca.
 SÍNTESE DO ASSUNTO: 
 As Festas Juninas são belas manifestações da cultura popular, comemoradas em todo o Brasil, são festas muito tradicionais, aguardadas por pessoas de todas as idades, principalmente dentro do contexto escolar. Por ter tamanha abrangência, torna-se um tema muito vasto a ser trabalhado nas atividades escolares. Este plano de aula desenvolve em cima do tema, atividades de leitura e interpretação, contemplando o desenvolvimento da linguagem e do raciocínio lógico, além do conhecimento das origens das festividades e das tradicionais brincadeiras decorrentes dos festejos, que fazem parte da história cultural do Brasil.
 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
 No primeiro momento a turma receberá material impresso com breve texto explicativo sobre a origem e características das Festas Juninas, após leitura em grupo os alunos poderão reunir-se para trabalhar na resolução de problemas matemáticos, envolvendo as quatro operações. Já no segundo momento, faremos a correção dos cálculos, de forma expositiva, os alunos serão convidados a resolver as questões de matemática no quadro de giz para a turma acompanhar e sanar possíveis dúvidas. Então no terceiro momento após a organização de espaço na sala de aula, finalizaremos a atividade com a brincadeira do “estoura balão”. 
 REFERÊNCIAS:
http://miriamveiga.com/festa-junina-problemas/ Acesso em 10 jul.2018.
https://www.ouvirmusica.com.br/cantigas-populares/631309/ Acesso em 10 jul.2018.
 
ANEXOS:

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