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TÉCNICA CIRÚRGICA VETERINÁRIA I - Resumo

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TÉCNICA CIRÚRGICA VETERINÁRIA I 
Organizado por: Kristian da Silva Barbosa. 
 
Ramo da MV que trata parcial ou totalmente as moléstias por processos manuais, tem finalidade 
de produzir modificações úteis ao organismo animal. 
É dividida em: téc cirúrgica, patologia cirúrgica e clínica cirúrgica. 
 
TÉCNICA CIRÚRGICA: estuda o ato cirúrgico, se baseia na diérese, hemostasia e síntese. 
CONJUNTO CIRÚRGICO: estudo das intervenções exigidas pelas afecções cirúrgicas, 
resultando no tratamento. 
 Operação (Op.): ato executado c/ instrumentos ou pela mão do cirurgião. 
 
1 CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES 
 Quanto a perda de sangue 
 Cruenta: há perda sanguínea. 
 Incruenta: praticamente s/ perda de sangue. 
 Segundo a finalidade 
 Curativas ou de necessidade: 
 Op. de extra urgência: aquelas onde o cirurgião deve intervir imediatamente p/ 
salvar a vida do paciente (traqueotomia). 
 Op. De urgência relativa: cirurgião dispõe de certo tempo p/ preparar o paciente 
(OSH). 
 Op. Em pacientes c/ graves alterações funcionais: cirurgião tem dois 
tratamentos iminentes, o da afecção cirúrgica e o da alteração funcional (obstrução intestinal de equino 
– laparotomia e tratamento do desequilíbrio hidroeletrolítico e endotoxemia) 
 De conveniência: realizadas em paciente hígidos (orquiectomia, descorna). 
 Experimentais: as realizadas c/ finalidade de estudos (rumenostomia, 
ileostomia). 
 Segundo a técnica empregada 
 Conservadoras: quando conversa o tecido ou órgão afetado. 
 Mutiladoras: quando há necessidade de retirar o órgão (parcial ou total). 
 Reparadoras: quando faz-se reparação do tecido ou órgão afetado. 
 Segundo o resultado 
 Paliativa: qdo não há cura total. 
 Radical: qdo há cura total da lesão. 
 Segundo o prognóstico: leve ou grave. 
 
2 DIVISÃO DAS OPERAÇÕES 
Preparatórias: são as que precedem o ato operatório (contenção, tricotomia, anestesia e 
profilaxia das infecções). 
Gerais: são realizadas indistintamente em qlqr região do corpo (diérese, hemostasia, síntese e 
curativo). 
Especiais: realizadas em regiões específicas ou determinadas (ovarioectomia). 
 
 
3 NOMENCLATURA OU TERMINOLOGIA CIRÚRGICA 
PREFIXO SIGNIFICADO PREFIXO SIGNIFICADO 
Abdomino, celio, 
laparo 
Abdome Nefro Rim 
Adeno Glandula Neuro Nervo 
Artro Articulação Oftalmo Olho 
Cisto Bexiga Oofor Ovário 
Cole Vesícula biliar Orqui Testículo 
Colo Cólon Osteo Osso 
Colpo Vagina Oto Orelha 
Dermo Pele Procto Reto 
Entero Intestino Rino Nariz 
Faringo Faringe Salpinge Tuba uterina 
Gastro Estomago Sinos Seios nasais 
Histero Útero Teno Tendão 
Laringo Laringe Toraco Tórax 
Mio Músculo Traqueo Traqueia 
 
SUFIXO SIGNIFICADO 
Tomia Abertura (laparotomia). 
Stomia Abertura de uma cav mantendo exposta ao meio externo (colostomia). 
Scopia Visualização de uma cav c/ instrumentação ou aparelhagem própria (astroscopia) 
Ectomia Retirada, ressecção (enterectomia, orquiectomia). 
Anastomose Junção, união de uma estrutura (enteroanastomose). 
Rafia Sutura, síntese (dermorrafia). 
Pexia Fixação de uma estrutura a outra (abomasopexia, gastropexia) 
Centese Punção (abdominocentese). 
Stasia Parar, suturar (hemostasia). 
Plastia Plástica, reparação (otoplastia, dermoplastia). 
Dese Imobilização (artrodese). 
Clasia Fratura (osteoclasia). 
 
NOMENCLATURA SIGNIFICADO 
Plano operatório Resultado de um exame minucioso da situação pelo confronto lesão e do 
paciente. Dividido em tempos operatórios – diérese, hemostasia e síntese. 
Método operatório Plano principa da operação, segundo o qual esta será executada. 
Processo operatório Uma variação do método. 
Momento operatório Escolha do momento oportuno p/ realização da operação. 
Campo operatório Região do corpo que representa o local da intervenção cirúrgica, indicado 
por referência anatômica. 
Equipe cirúrgica Consta do cirurgião, auxiliar, instrumentador, anestesista e circulante de 
sala. 
 
 
4 INFECÇÃO E PROFILAXIA DAS INFECÇÕES 
Período áureo: cerca de 5 h após a produção da ferida, durante o qual o inóculo bac é pequeno 
e permite a oclusão segura da mesma. Entretanto, deve-se considerar a virulência bacteriana, 
ambiente tecidual e os mecanismos de defesa do hospedeiro. 
4.1 Fontes de contaminação da ferida 
Fontes exógenas (bac): ar, instrumentos e fômites cirúrgicos, e o pessoal que transita no 
ambiente cirúrgico. 
Bactérias endógenas: trato respiratório, gastrintestinal, urogenital e pele. 
Disseminação hematógena e linfática são a fonte menos comum de infec endógena. Sendo a 
flora cutânea e bac exógenas correspondentes pela maior parte das infecções nos proced cirúrgicos. 
 
4.2 Classificação das cirurgias 
CIRURGIA SIGNIFICADO 
Limpa Não estão envolvidas manipulações no TGI, TU ou TR 
Contaminada limpa Envolve TGI, TU ou TR, mas ñ há derrame de material contaminado. 
Contaminada Ocorre derrame de conteúdo contaminado ou existe inflamação aguda. 
Suja Presença de pus ou perfuração de víscera. 
 
4.3 Ambiente tecidual da ferida 
A quant de bac necessárias p/ produção de infecção varia de acordo c/ o ambiente local. 
Necessita-se de tecido viável e sadio p/ estabelecer defesa contra bac invasoras. 
Contribuem p/ desenvolvimento da infec: lesão tecidual, alteração na irrigação sanguínea local 
– bisturis elétricos, laser, choque, epinefrina - e presença de material estranho. Isquemia tecidual 
(reduz resposta inflamatória). 
 
4.4 Conceitos 
Assepsia: conj de procedimentos/cuidados empregados p/ prevenir contaminação dos tecidos 
durante a intervenção cirúrgica. 
Antissepsia: processo que leva ao extermínio dos micro em tecidos vivos. 
Esterilização: processo pelo qual se faz a eliminação completa dos micro, por meio de métodos 
físicos ou químicos, sobre objetos inanimados. 
Desinfecção: método pelo qual se faz a destruição de grande parte dos micro presentes em 
objetos inanimados. 
 
4.5 Esterilização e desinfecção 
Métodos p/ esterilização de instrumentos e equipamentos cirúrgicos: vapor, subs químicas, 
plasma e radiação ionizante. 
Vapor: mais utilizado, destrói micro por coagulação e desnaturação de prot celulares; deve ter 
relação correta entre t°, P e tempo de exposição. 
Calor úmido: ebulição ou fervura (H2O em ebulição/30-60min), autoclavagem (H2O em forma 
de vapor e sob P, 120 a 130°C/30 a 40min). 
Calor seco: estufa de ar quente (160°C/60min). 
 
Desinfecção é realizada por agentes químicos (desinfetantes e antissépticos). 
Desinfetantes: agentes químicos que destroem micro (geralmente são germicidas), utilizados 
em objetos, materiais e instalações. 
Antissépticos: agentes químicos que inibem ou impedem o crescimento de micro (geralmente 
bacteriostáticos e preparados p/ uso em tecidos vivos). 
 
 
5 TEMPOS FUNDAMENTAIS DA TÉCNICA CIRÚRGICA 
5.1 Diérese 
Manobras manuais e instrumentais que visam afastar os tecidos c/ finalidade terapêutica. 
Classificação: 
A) Diérese cruenta: divisão dos tecidos c/ perda de sangue. 
TIPO SIGINIFICADO 
Arrancamento Manobra feita por rompimento (nervos, vasos, orquiectomia em bezerro) 
Curetagem Utiliza cureta, finalidade de eliminar tecidos superficiais neoformados 
indesejáveis (ativa cicatrização). 
Debridamento Utiliza tesoura ou bisturi p/ eliminar bridas (aderências). 
Descolamento Manobra manual ou c/ tesoura romba fechada, visa promover 
cicatrização + rápida e menos volumosa. 
Escarificação Raspado mais superficial do tecido (usa cureta ou lâmina de bisturi). 
Exérese ou ressecção Eliminação de det estrutura anatômica. 
Formação de fístula Exteriorização de um órgão oco. 
Fratura Realizada c/ fio serra, serra, etc. 
Liberação de aderênciaTéc manual ou c/ a tesoura romba fechada. 
Punção Realizada c/ agulha ou trocater. 
Divulsão Téc que afasta o tecido s/ secção. 
Punço-incisão Téc realizada c/ bisturi para drenagem de abcesso. 
Incisão: Realizada c/ bisturi, tesoura. Deve ser feita em um só tempo, não trocar 
a direção do corte. 
Classificação: simples ou combinada. Tem eixo e direção 
 
B) Diérese incruenta: s/ perda significativa de sangue (bisturi elétrico, laser e criobisturi). 
 
5.2 Hemostasia 
Manobras manuais e instrumentais p/ evitar, prevenir ou deter a hemorragia ou impedir a 
circulação temporária de det área. 
5.2.1 Classificação das hemorragias 
Externa: sangue flui p/ o exterior. 
Interna: sangue tente acumular no interstício dos tecidos ou em cavidades neoformadas. 
5.2.2 Tipos de hemostasia 
- Preventiva: torniquete e faixa de Smarch. 
- Temporária: tamponamento c/ gaze, compressão digital ou instrumental, pinça hemostática. 
- Definitiva: ligadura ou transfixação c/ fios de sutura. 
 
5.3 Síntese 
Conjunto de manobras manuais e instrumentais, através do uso de fios e outros materiais, visa 
estabelecer condição anatômica funcional dos tecidos. 
- Tipos de cicatrização: 
Primeira intenção: incisão feita pelo cirurgião, faz-se sutura e ocorre a cicatrização. 
Segunda intenção: ferida aberta, tec de granulação, cicatrização. Ferida aberta, pus, faz-se 
curetagem p/ estimular cicatrização. 
Terceira intenção: Ferida contaminada que é suturada (geralmente coloca-se dreno. 
 
6 FIOS DE SUTURA 
Absorvível é aquele que perde a força tênsil em menos de 60 dias. Alguns classificados como 
inabsorvíveis são biodegradáveis. 
Classificação dos fios 
Materiais inabsorvíveis 
Tipo Exemplo Características 
Origem animal, vegetal ou 
mineral 
Seda, linho, algodão 
e aço. 
C/ exceção do aço são de fácil manuseio. 
Seda: fácil manipulação e pouca reação 
tecidual. 
Sintéticos Nylon, perlo, 
poliéster e 
polipropileno. (são 
os mais inertes de 
todos). 
Menor reação tecidual, alguma 
dificuldade c/ manuseio e facilidade em 
desatar o nó. 
Materiais absorvíveis 
Tipo Exemplo Características 
Origem animal ou orgânico Categute Perda de capacidade tensiva em 1-2 
semanas, adição de sais de cromo ↓ grau 
de absorção. 
Sintéticos 
Derivados de açúcares, lentamente absorvidos (60-180 dias), mono ou 
multifilamentados 
Multifilamentados Ác. poliglicólico Ótima resistência, mínima reação inflam, 
completamente absorvido em 90 dias 
Poliglactina 910 Totalmente absorvível por hidrólise em 
60-90 dias. 
Monofilamentados Poligliconato, 
polipropileno 
Reabsorvido em 180 dias. 
 
Resistência: pele e fáscia > estômago e ID > bexiga.

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