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Código de Defesa do Consumidor no Turismo

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Aula 10 – Código de Defesa do Consumidor
Introdução
Nesta aula, conheceremos o Código de Defesa do Consumidor (CDC) na sua essência no que tange aos serviços, que é a atividade do Turismo, e que esta norma foi criada para harmonizar as relações de consumo entre o consumidor e o fornecedor, melhorando a qualidade dos serviços.
Familiarizar-se com os direitos do consumidor para saber usá-los quando necessário e saber que tem prazo para apresentar a sua reclamação.
Você reconhecerá que a oferta e a publicidade devem ser veiculadas de forma clara e de fácil compreensão para não induzir o consumidor ao erro. Perceberá que cláusulas abusivas, nos contratos de serviços turísticos, serão nulas de pleno direito, excetuando os Contratos de Adesão.
O que é consumidor?
Segundo o Código de Defesa do consumidor...
“Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. “
No Artigo 6º do CDC estão elencados os Direitos Básicos do Consumidor que são: proteção da vida, saúde, segurança, publicidade enganosa, cláusulas abusivas entre outros.
 Para exemplificar do que trata a Responsabilidade pelo Fato e Serviço, informando que o serviço é defeituoso quando não fornece segurança ao Consumidor pelo modo do fornecimento, os riscos e época que foi fornecido, imagine que uma agência de viagens venda uma excursão para Turquia ao cliente sabendo que dois dias antes houve um terremoto de 8.5° em Istambul.
Tal ação estaria violando a Lei prevista no Artigo 6º do CDC já que colocaria assim a segurança do consumidor em risco.
O fornecedor não será responsabilizado quando provar que o defeito é inexistente ou é culpa exclusiva do consumidor. Exemplo: Em uma viagem, o reservado foi o Hotel Sheraton, mas por problemas técnicos o cliente ficou no Hotel Intercontinental, de mesma categoria e localização, portanto,  não houve falha no atendimento ao cliente.
Responsabilidade por vícios do serviço
Segundo o professor Rizatto Nunes: “ O vício é uma característica inerente, intrínseca do produto ou serviço em si. O defeito é um vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca que causa um dano maior que simplesmente o mau funcionamento, o não funcionamento, quantidade errada, a perda do valor pago.”
Tornou se muito comum pela utilização de compras via internet, principalmente de meios de hospedagem, os consumidores se decepcionarem ao deparar-se com o produto adquirido, que na foto são lindos, mas quando se chega ao local é decepcionante. Nestes casos, o consumidor terá direito, alternativamente e à sua escolha à reexecução dos serviços, à restituição imediata ou ao abatimento no preço.
Consta no código de defesa do consumidor o direito de reclamação por parte daquele que adquiriu o produto em, no máximo, 30 dias.
Em caso de serviços como este (compra de diária de pousada, hotel, etc.) inicia-se esta contagem a partir do retorno de viagem).
Aqueles que adoram comprar tudo pela internet, inclusive serviços turísticos, devem observar o Artigo 49 do CDC, que permite ao consumidor se arrepender no prazo de 7 dias a contar do dia que apertou o botão de “concordo”.
Fornecedores
Os fornecedores têm atualmente muita atenção na hora de apresentar uma oferta ou publicidade dos seus serviços, informando de forma clara e de fácil entendimento para não induzir o consumidor ao erro de interpretação, mas quando acontecer e o fornecedor recusar o cumprimento, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha, exigir o cumprimento, aceitar outro serviço equivalente e rescindir o contrato se pagou algum valor.
Como exemplo: Um erro material por parte do jornal ou do site que ao invés de informar o valor de R$ 2.000,00 publicou R$ 200,00.  Caso apareça um cliente solicitando esse serviço, a empresa terá que honrar o valor anunciado.
Contrato de viagem
Antes de comprar qualquer produto turístico leia o Contrato de Viagem com atenção, mesmo sendo difícil encontrar cláusulas abusivas na atividade de turismo, o que é mais comum em contratos de seguro de saúde. 
Todas essas cláusulas são consideradas nulas de pleno direito pelo judiciário e no CDC.
O Artigo 54 do CDC trata dos Contratos de Adesão, ou como é chamado no Turismo, trata das Condições Gerais. 
São aquelas cujas cláusulas são aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
São os casos das excursões onde o operador apresenta em seu folheto todas as informações como: 
Disneyworld Fantástica, saída dia 12 de janeiro de 2012 e retorno em 15 de janeiro de 2012, voando pela TAM, em classe econômica promocional “W”, hospedagem no Hotel Holiday Inn International Drive, sem café. Atrações incluídas: 4 ingressos Disney, 2 ingressos Universal Studios, Seaworld e Busch Gardens com transportes em ônibus de luxo. Guia acompanhante brasileiro.
O consumidor aceita viajar ou não, já que não poderá modificar nada que foi oferecido no pacote de viagem, ou seja, faz a sua adesão concordando com tudo e assina o contrato.

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